Lauro JardimO Globo
Carlos Bolsonaro surpreendeu na sexta-feira passada quando tuitou uma foto sua dentro de uma reunião ministerial — aliás surpreendeu os próprio ministros com a sua presença que, evidentemente, não cabia no encontro. O “zero dois” não tem cargo no governo. “Filho de presidente” não é cargo oficial, o menos por enquanto.
Além desse fato óbvio, tem outro ainda não narrado: todos os ministros foram obrigados a deixar seus celulares na porta da sala de reuniões. Já Carlos entrou com o seu celular, ficou postando durante o encontro e levou para dentro do local mais duas pessoas: seu primo Leonardo, conhecido como Índio, e Tércio Tomaz.
INCÔMODO – Índio mora com Carlos no Rio de Janeiro. Tércio trabalhava em seu gabinete na Câmara de Vereadores carioca e foi nomeado na semana passada assessor de Jair Bolsonaro. A presença de Carlos, seus amigos e os celulares em punho causou incômodo em pelo menos dois ministros.
Orgulhosamente, publicou até foto no Twitter e um texto com as bravatas de sempre. Escreveu o “zero dois”:
“Acompanho, aprendo e diferente do que muitos lixos da mídia dizem, sem interesse maior algum. Somente com intuito natural de estar perto de quem ama, tentando sempre dar um ponto de vista sabendo sempre meu lugar! Algo que provavelmente estes tais boçais não sabem o significado”.
Beleza. Imagine se Paulo Henrique Cardoso entrasse, puxasse uma cadeira e participasse de reuniões ministeriais no governo FHC. Ou se Lulinha ficasse sentadão, tranquilamente, assistindo a um encontro do primeiro escalão do hoje presidiário Lula e depois falasse que queria somente “ficar perto de quem ama” …
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Excelente nota de Lauro Jardim, reveladora de que o comportamento dos filhos de Bolsonaro é uma afronta à cidadania. São os “príncipes-regentes”, estão se achando o máximo, agem de forma inconveniente e até ridícula, e ainda chamam de “boçais” os jornalistas que criticam esse proceder da “família imperial”. A culpa, é claro, não é deles, mas do paí, que não lhes deu educação nem lhes ensinou que na vida há limites. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Excelente nota de Lauro Jardim, reveladora de que o comportamento dos filhos de Bolsonaro é uma afronta à cidadania. São os “príncipes-regentes”, estão se achando o máximo, agem de forma inconveniente e até ridícula, e ainda chamam de “boçais” os jornalistas que criticam esse proceder da “família imperial”. A culpa, é claro, não é deles, mas do paí, que não lhes deu educação nem lhes ensinou que na vida há limites. (C.N.)