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sexta-feira, janeiro 25, 2019

Juiz do DF marca depoimento de Palocci e Jobim sobre compra de caças suecos


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O juiz Vallisney é considerado tão rigoroso quanto Moro
Renato SouzaCorreio Braziliense
O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, marcou para 18 de março o depoimento dos ex-ministros Antônio Palocci e Nelson Jobim como testemunhas no processo relacionado a compra de 36 aviões de caça da Suécia. A ação penal corre contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o filho dele Luis Cláudio Lula da Silva.
Lula é acusado de tráfico de influência na compra dos aviões de combate. A investigação sobre o assunto ocorreu no âmbito da Operação Zelotes, da Polícia Federal, em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é réu pelos crimes de tráfico de influência, organização criminosa e lavagem de dinheiro na compra de caças Gripen pelo governo federal.
OUTROS RÉUS – Além de Lula e do filho Luis Cláudio Lula da Silva, são réus na ação o casal de lobistas Mauro Marcondes e Cristina Mautoni. Os crimes teriam ocorrido entre 2013 e 2015, quando o petista, já como ex-presidente, teria participado de um esquema para beneficiar empresas durante a gestão de Dilma Rousseff como chefe do Executivo.
Os depoimentos de Palocci e Jobim foram cancelados anteriormente pelo desembargador Néviton Guedes para que outras testemunhas fossem ouvidas na Suécia, França e Reino Unido. Por conta disso, o juiz Vallisney pediu celeridade para esses países. Entre os depoimentos que devem ser tomados no exterior está o do ex-presidente da França, Nicola Sarkozy, nos quais os advogados de Lula dizem ser uma “testemunha imprescindível”.
IRREGULARIDADES – Na denúncia, apresentada em 2016, o Ministério Público Federal acusou os réus por “negociações irregulares que levaram à compra de 36 caças do modelo Gripen, por cerca de R$ 5,4 bilhões, pelo governo brasileiro e à prorrogação de incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos por meio da Medida Provisória 627”.
Os procuradores afirmam que os crimes aconteceram entre 2013 e 2015, quando Lula, já ex-presidente, “integrou um esquema que vendia a promessa de que ele poderia interferir junto ao governo para beneficiar as empresas MMC, grupo Caoa e SAAB, clientes da empresa Marcondes e Mautoni Empreendimentos e Diplomacia LTDA (M&M)”.
Em troca, afirma a denúncia, Mauro e Cristina, donos da M&M, repassaram a Luis Cláudio pouco mais de R$ 2,5 milhões. Em maio de 2017, o mesmo juiz Vallisney rejeitou um pedido da defesa de Lula para absolvição sumária do ex-presidente na ação. (Matéria feita com informações da Agência Estado)

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