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sexta-feira, novembro 09, 2018

Prisão de dez deputados exibe o “nível” da política no Rio de Janeiro


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Por G1 Rio
O governador Luiz Fernando Pezão informou na noite desta quinta-feira (9) que aceitou o pedido de exoneração do secretário de governo, Affonso Monnerat, e determinou a exoneração dos demais servidores citados na operação Cova da Onça. “O governador reitera que não tem conhecimento dos fatos e tampouco do teor das acusações imputadas a esses servidores. O governador reafirma sua confiança na inocência do ex-secretário Affonso Monnerat”, diz a nota de Pezão.
Affonso foi um dos 22 presos na operação, que, segundo o MPF, investigava um “mensalinho” distribuído na Alerj para a aprovação de projetos de interesse da organização criminosa comandada pelo ex-governador Sérgio Cabral.
LAÇOS NO DETRAN – Além de Affonso Monnerat ainda foram exoneradas Carla Adriana Pereira e Shirley Aparecida Martins da Silva. Carla Pereira ocupava a diretoria de registros do Detran. Segundo o MPF, ela intermediaria as indicações dos deputados com os postos de trabalho à mando do deputado Paulo Melo preso na operação Cadeia Velha.
A diretora de registros coordenou a campanha eleitoral de Franciane Motta, mulher de Paulo Melo e, deputada estadual eleita pelo MDB nestas eleições.
OPERAÇÃO FURNA DE ONÇA – O esquema de compra e venda de votos na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) movimentou ao menos R$ 54 milhões, segundo informou o superintendente da Polícia Federal, Ricardo Saadi. A declaração foi dada em entrevista coletiva nesta quinta-feira (8), após a deflagração da Operação Furna da Onça, que investiga o que o Ministério Público Federal chama de “mensalinho” da Alerj. Os valores chegavam a R$ 900 mil.
A investigação cumpriu todos os 22 mandados de prisão – três alvos já estavam presos desde o fim de 2017, quando da Operação Cadeia Velha. No total, dez são deputados estaduais, cinco deles reeleitos.
No Poder Executivo, foram presos Affonso Monnerat, secretário estadual de Governo; Leonardo Jacob, presidente do Detran; e Vinícius Farah (MDB), ex-presidente do Detran, eleito deputado federal.
DEZ DEPUTADOS – No Poder Legislativo, foram presos André Correa (DEM), deputado estadual reeleito e ex-secretário estadual de Meio Ambiente; Chiquinho da Mangueira (PSC), deputado estadual reeleito e presidente da escola de samba; Coronel Jairo (MDB), deputado estadual não reeleito; Edson Albertassi (MDB), deputado afastado – já preso em Bangu; Jorge Picciani (MDB), deputado afastado – já em prisão domiciliar; Luiz Martins (PDT), deputado estadual reeleito; Marcelo Simão (PP), deputado estadual não reeleito; Marcos Abrahão (Avante), deputado estadual reeleito; Marcus Vinícius Neskau (PTB), deputado estadual reeleito; Paulo Melo (MDB), deputado afastado – já preso em Bangu.
ASSESSORES – Também foram presos Alcione Chaffin Andrade Fabri, chefe de gabinete e operadora financeira de Marcos Abrahão; Daniel Marcos Barbiratto de Almeida, enteado e operador financeiro do depurado Luiz Martins; Jennifer Souza da Silva, empregada do Grupo Facility/Prol, vinculada a Paulo Melo; Jorge Luis de Oliveira Fernandes, assessor e operador financeiro de Coronel Jairo; José Antonio Wermelinger Machado, ex-chefe de gabinete e principal operador financeiro de André Corrêa; Leonardo Mendonça Andrade, assessor e operador financeiro de Marcos Abrahão; Magno Cezar Motta, assessor e operador financeiro de Paulo Melo; Shirlei Aparecida Martins Silva, ex-chefe de gabinete de Edson Albertassi e subsecretária dos Programas Sociais da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Social; e Carla Adriana Pereira, assessora de registros do Detran.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Como dizia o jornalista David Nasser, falta alguém em Nuremberg, porque 0s federais ainda não conseguiram prender o governador Luiz Fernando Pezão, por causa do foro privilegiado. Mas em janeiro ele sai do governo e vai bailar a contradança, conforme é de seu merecimento desde que desempenhou a função de secretário de Obras do governo Cabral.(C.N.)

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