Depois de reconhecer que não tem preparo para prevenir catástrofes naturais em um documento enviado à ONU no ano passado, o governo anunciou hoje (17) a criação de um Sistema Nacional de Prevenção e Alerta de Desastres Naturais. É uma reação á tragédia que atinge a região serrana do Rio de Janeiro. A falta de alertas preventivos levou à morte de 647 pessoas, de acordo com o último número atualizado. A situação foi comparada à da Austrália, que sofreu enchentes também. Lá, por conta dos sistemas preventivos de defesa civil, os danos foram muito menores.
De qualquer modo, somente em quatro anos o sistema anunciado hoje (17) estará funcionando de fato. O sistema foi anunciado após reunião da presidenta Dilma Rousseff com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo; da Defesa, Nelson Jobim; da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante; da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, e da Saúde, Alexandre Padilha.
Para a montagem do sistema, serão adquiridos equipamentos mais modernos de meteorologia, como radares e pluviômetros, que tornem mais eficiente a capacidade de prevenção de fenônemos climáticos. Além dos equipamentos de previsão do tempo, serão montados mecanismo de alerta para a população que vive em áreas de maior risco. "Temos que criar um sistema de alarme, dar conhecimento à população e informar os procedimentos que a pessoa tem de tomar em caso de risco", disse Mercadante.
O governo fará também um levantamento geofício para identificar melhor as áreas de risco no país. Segundo Mercadante, o governo estima que existam 500 áreas de risco no país, onde moram cerca de 5 milhões de pessoas. Além dessas áreas mais perigosas, haveria outras 300 sujeitas a inundações.
De acordo com o Fernando Bezerra Coelho, a presidenta Dilma autorizou também o aumento do número de servidores para reforçar a Defesa Civil. Inicialmente, isso será feita com realocação de pessoal do próprio governo.
Com informações da Agência Brasil
Fonte: Congressoemfoco