Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

domingo, janeiro 02, 2011

Caso Battisti está resolvido, diz procurador-geral da República

Mário Coelho

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou neste sábado (1º) que, uma vez decidido que o ex-ativista de esquerda italiano Cesare Battisti não será extraditado, o assunto está resolvido. Na visão dele, a extradição é de responsabilidade do presidente da República. Portanto, com a decisão do ex-presidente Lula de manter Battisti no Brasil e negar o pedido da Itália, não existe a necessidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) analisar o caso novamente.

"Decidida pelo Executivo a concessão do refúgio, não caberia mais qualquer discussão no âmbito do Judiciário", afirmou Gurgel, em entrevista concedida momentos antes da posse da presidenta Dilma Rousseff no Congresso. O chefe do Ministério Público entende que Lula, ao examinar os pressupostos de concessão de refúgio político, tomou uma decisão que não pode ser revertida. "Decidiu o presidente pelo indeferimento da entrega, o assunto está resolvido", completou.

Questionado do motivo de Battisti não ter sido solto ainda, Gurgel disse que há dúvidas no Supremo sobre o cumprimento ou não da decisão de Lula. "Na verdade, há uma dúvida se o assunto voltaria ao Supremo Tribunal Federal. Há ministros do Supremo que têm ponto de vista diversos", comentou. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o presidente do STF, Cezar Peluso, afirmou que a corte vai analisar os argumentos usados pelo presidente Lula para manter o ex-ativista no país.

No último dia de seu governo, Lula decidiu manter Battisti no Brasil na condição de refugiado político. A posição do ex-presidente vai de encontro à determinação do Supremo, dada em 2009, de negar o status de refugiado e aceitar o pedido de extradição feito pela Itália. O ex-ativista foi preso no país em 2007 pela Polícia Federal.

Battisti foi condenado na Itália por quatro assassinatos que teria cometido entre 1977 e 1979, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Depois de sair da França, Batistti está preso no Brasil desde 2007. Ele se declara inocente das acusações e diz que é perseguido pelo atual governo, de perfil conservador, da Itália.

Sobre Dilma Rousseff, o procurador-geral da República lembrou que a eleição da petista é positiva para o país pela forma que aconteceu, com o resultado proclamado rapidamente e sem dúvidas sobre a votação. "Temos a renovação, um dos aspectos que mais qualifica a República", comentou.

Fonte: Congressoemfoco

Em destaque

Chega de Pilantropia! Já é hora de hospital e universidade pagar INSS

Publicado em 3 de maio de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Charge do Nef (Jornal de Brasília) Rômulo Saraiva Fol...

Mais visitadas