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sábado, novembro 07, 2009

O DEM E A SUCESSÃO

Marco Wense
O caminho natural do DEM, ex-Partido da Frente Liberal, o antigo PFL do mandonismo e do chicote na mão, é se unir ao PSDB em todos os Estados que a coligação for possível.
O comando nacional das duas legendas já mandou avisar que pode destituir os diretórios rebeldes. O PSDB e o DEM são os mais importantes partidos de oposição ao governo do presidente Lula.
Aqui na Bahia, a aliança dos democratas com os tucanos é, sem dúvida, a mais harmoniosa de todas. Chega a ser um exemplo para outras unidades federativas. A unanimidade em torno da necessária junção não é burra.
Os tucanos, na sucessão estadual de 2006, diziam que a recondução de Paulo Souto, então candidato (reeleição) ao Palácio de Ondina, depois de 16 anos de carlismo, seria uma catástrofe para a Bahia. Um retrocesso.
Agora, sem nenhum tipo de constrangimento, defendem a volta do ex-governador, achando que ele é a solução de todos os problemas, inclusive da própria herança maldita deixada para o governador Jaques Wagner (PT).
O DEM e o PSDB, com suas respectivas lideranças, estão conduzindo o processo sucessório com muita inteligência. Sabem que a união é condição indispensável para impedir a reeleição do governador Jaques Wagner.
A possibilidade de um prefeito democrata trair o partido, apoiando Wagner ou o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), em detrimento do pré-candidato Paulo Souto, é muito remota.
A posição de Souto nas pesquisas de intenção de votos cria uma perspectiva de vitória, impedindo que prefeitos do DEM passem para o lado de Wagner. Se o candidato do DEM estivesse na mesma situação de Geddel, a debandada seria inevitável.
A composição da chapa majoritária, encabeçada pelo ex-governador Paulo Souto, salvo algum acidente de percurso, já está quase definida, não em termos de nomes, mas dos partidos.
A vaga de vice-governador e uma das duas vagas para o Senado da República cabe ao PSDB. A outra vaga fica com o DEM, com ACM Júnior buscando sua permanência na Casa.
O PSDB, no entanto, cederia a vaga do Senado para o democrata José Ronaldo, ex-prefeito de Feira de Santana. Se o senador César Borges ficar com Souto, ACM Júnior deixa de ser candidato.
Enquanto a oposição busca o consenso, evitando qualquer tipo de atrito entre seus pares, os governistas se engalfinham.
E mais: o Partido dos Trabalhadores, além de não abrir mão da disputa pelo Senado, quer também um petista como candidato a vice-governador na chapa da reeleição.
A defesa de uma chapa puro sangue é a prova inconteste de que o bom governador Jaques Wagner tem dois obstáculos pela frente: a oposição, que é inerente ao sistema democrático, e o próprio PT, que pensa que pode tudo sozinho.
Paulo Souto, pré-candidato do DEM ao cobiçado Palácio de Ondina, que não tem nada a ver com a vaidade e a burrice política dos adversários, agradece penhoradamente.
Nos bastidores, em conversas reservadas, restritas a poucos correligionários, Paulo Souto tem confessado que alguns governistas são os melhores “cabo eleitorais” da sua campanha.
Quando alguém pergunta por que são os melhores cabos eleitorais, o democrata, sem pestanejar, responde: “Eles azucrinam o governador Jaques Wagner”.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.
Postado em Pimenta na Muqueca

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