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domingo, novembro 01, 2009

A ELITE NÃO TEM JEITO

Aproveitando o atual feriado longo sem expediente na 2ª feira (dia de finados) tinha intenção visionária de analisar as engenharias dos candidatos a Deputado Estadual de Paulo Afonso ou vinculados a Paulo Afonso nas próximas eleições de 2.010 e a tentativa de criação de bloco político já visando às próximas eleições municipais e isso fica para depois em face do artigo publicado pelo ex-presidente FHC em vários jornais do país.


Fernando Henrique no artigo (extraí do jornal Zero Hora por indicação de Josias de Souza) sob o título “ Para onde vamos?” questiona o Governo Lula e anuncia como raciocínio a existência de um autoritarismo popular e as possíveis transgressões de conduta que segundo ele coloca em risco a democracia constitucional, verdadeira reengenharia do discurso vazio oposicionista e ele se contrapõe (e de outro modo não poderia ser) a eleição da ministra Dilma por vislumbrar a consolidação de um processo andredemente preparado. Ao se referir a candidata escolhida por Lula ele assim se refere:

“...Os partidos estão desmoralizados. Foi no “dedaço” que Lula escolheu a candidata do PT à sucessão, como faziam os presidentes mexicanos nos tempos do predomínio do PRI. Devastados os partidos, se Dilma ganhar as eleições, sobrará um subperonismo (o lulismo) contagiando os dóceis fragmentos partidários....”.

O discurso do ex-presidente FHC revela o conservadorismo e o inconformismo por não subsistir no Brasil moderno a figura do “príncipe” porque para ele todo o presidente deveria ser um Príncipe saído do âmago da elite política e econômica do Brasil afastando governo extraído do homem do povo. O Príncipe leia-se o Presidente deveria sair da elite da classe política brasileira, de tradicional família de poder, doutorado por universidades e que fizesse parte também da elite do pensamento político e econômico. Somente “gente fina e de fino trato” poderá ser um príncipe brasileiro a traduzir sob sua ótica as mudanças que seriam olhadas de cima e toleradas e não conquistadas.

Vale lembrar que temos uma democracia constitucional sob o fundamento de que “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição (art. 1º, parágrafo único da CF) e Lula quando lançada a idéia de se alterar a Constituição para possibilitar um terceiro mandato ele a rejeitou diferentemente de Fernando Henrique Cardoso que manobrou nos bastidores a reformar a Constituição a lhe proporcionar um segundo mandato amparado no sucesso do Plano real que lhe concedeu prestígio popular o mesmo que hoje desfruta o presidente Lula.

O PSDB-PFL(DEM) de Fernando Henrique Cardoso foram os responsáveis pelo desprestígio do ensino público brasileiro e o destroçamento das universidades públicas para fazer surgir e fortalecer a elite que explorava e explora o ensino privado em detrimento do interesse público, política revista e redirecionada pela atual administração Lula que possibilitou o ingresso na universidade e de parcela razoável da população menos desfavorecida e então marginalizada.
O ex-presidente não deve dizer cometido de amnésia para esquecer que sua desastrada política de privatização beneficiou apenas alguns em detrimento dos interesses da nação e do povo brasileiro com uso abusivo dos recursos públicos por intermédio BNDE como resultado do discurso da modernização.

Se a administração Lula tem resposta junto ao povo e que lhe dar maior sustentabilidade é porque não saído da elite política e como homem do povo soube melhor traduzir, localizar e combater os problemas mantenedores da marginalidade social e não é sem razão que os indicadores sociais dão grande significado ao Brasil a colocar como a nação que melhor tem programa de combate a fome.

A força do Brasil do pré-sal e fonte produtora de energia não poluente com o etanol assomado a estabilidade econômica e a influência brasileira no concerto das nações são o que o credencia até 2.016 ficar entre as 05 maiores economia do mundo e nos próximos 25 anos disputar a ponta.

O artigo de FHC revela apenas intolerância por entender que o presidente do Brasil somente poderá ser um príncipe quando um presidente não é e nem pode ser escolhido por pedigree, situação econômica ou privilégios políticos.

A fraqueza dos partidos políticos brasileiros em nada diz respeito a uma possível eleição de Dilma porque os nossos partidos continuam com o mesmo viés descrito por Francisco Lisboa (1821-1863) sobre a estrutura partidária do Brasil Império:
"Os nossos partidos são intolerantes e insaciáveis; qualquer vitória não lhes basta, e ainda a completa aniquilação dos partidos contrários os deixaria talvez pouco satisfeitos e mal seguro de si. Daí vêm essas intermináveis precauções que estão sempre a tomar, essas três e quatro camadas de suplentes, essas leis pessoais, essas infindáveis opressões e injustiças, a administração pública enfim desviada dos seus fins naturais e legítimos, e convertida em máquina de guerra com que uma parte da sociedade combate incessantemente a outra. Mas tudo isso o que denota, senão a extrema fraqueza, e o extremo terror? Se os nossos partidos fossem mais fortes, mais cheios de fé, menos divididos e multiplicados, não teriam tamanho medo uns aos outros poderiam andar de ombro a ombro, e em muito amigável companhia, procurando cada um alargar a sua influência, melhorar a sua posição e fazer valer os seus direitos, sem negar os alheios. Nisto é que consiste a vida política; tudo o mais é antes a ausência dela, ou, para melhor dizer, a morte. E se não, vede como esses partidos, por mais que multipliquem as precauções e as injustiças, por mais que triunfem e dominem absolutamente, se acham exaustos e moribundos ao cabo de três ou quatro vitórias sucessivas, e se esvaem ao menor sopro, como essas múmias do Egito, que numa aparente integridade têm triunfado através dos séculos, e se desfazem em vil poeira ao simples toque do viajante curioso que ousa devassar a solidão das pirâmides.

A fraqueza é o sua grande mal, e nesta parte as presentes considerações alcançam porventura além dos limites da província. Nenhum deles tem sólido apoio na opinião pública, nem prende as suas raízes nas grandes massas da população. E como poderia isso ser, se a população, já de fatigada e desenganada, se tornou indiferente; e nem sequer existe isso a que se chama opinião pública? Daí vem que quando à sabedoria imperial apraz mudar de política, e a sabedoria ministerial busca operar a mudança, ao seu aceno, e no meio de vãs e importantes algazarras, se esvai o fantasma de partido anteriormente dominante; procurando conforme as suas tendências, confuso e envergonhado, rebuçar sua extrema fraqueza, ou nos mentidos protestos de uma resignação e amor à ordem que não é senão a importância, ou nas convulsões ainda mais importantes, porém mais fatais, da desordem e da anarquia.”


ELEIÇÕES EM SANTA BRÍGIDA. França teve o registro de sua candidatura ao cargo de Prefeito de Santa Brígida indeferido por ter contas de convênio rejeitadas pelo TCU e no curso do pleito eleitoral ingressei em nome dele perante a Corte de Contas com pedido de reforma da decisão provando que os recursos repassados para aquisição de 02 ônibus para o transporte escolar foram aplicados com a aquisição dos ônibus mediante processo licitatório e transcrição deles em nome no Município no órgão de trânsito. Pois é, somente agora depois de passadas as eleições o TCU reformou a decisão e entendeu aprovadas as contas e agora é tarde e Inez é morta. Houvesse agilidade no julgamento a situação seria outra.

FRASE DA SEMANA. "O pecado é necessário à redenção, porque faz a alma passar pelo sofrimento, indispensável à salvação." Graça Aranha.
Paulo Afonso, 01 de novembro de 2009.
Fernando Montalvão.

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