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quarta-feira, outubro 08, 2008

Partidos costuram alianças para o 2º turno

Tribuna da Bahia Notícias-----------------------
PMDB e PT voltaram a se estranhar em menos de 24 horas após a conclamação dos resultados do primeiro turno. Ontem, a direção de ambos os partidos intensificou os contatos visando aumentar o leque de apoio para a próxima etapa eleitoral, que,aliás,já começou. De acordo com as regras da Justiça Eleitoral, a nova campanha se inicia tão logo seja proclamado o resultado oficial das eleições majortiárias, que deve acontecer ainda hoje. Assessores diretos do prefeito João Henrique confidenciaram ontem que o candidato à reeleição já começou a receber apoios, sobretudo de vereadores eleitos e não eleitos ligados ao Democratas. Confirmaram também que contatos estão sendo feitos diretamente com o deputado ACM Neto que ficou na terceira posição com praticamente um terço do eleitorado. Uma outra frente do PMDB busca aliança com o vice de Neto, o bispo Márcio Marinho, que representa a Igreja Universal do Reino de Deus. “ Estamos abertos a receber todos os apoios, pois consideramos que a vitória é apenas uma questão de poucos dias”, disse um secretário municipal diretamente enga-jado na elaboração da estratégia do PMDB para o segundo turno. Ele avalia ainda que uma parcela significativa do eleitorado que votou em Imbassahy fechará com João. “ O eleitor tucano que decidiu por Pinheiro o fez logo no primeiro turno. Tanto é assim que Imbassahy, que tinha 14% das intenções de votos segundo as últimas pesquisas às vésperas do pleito, despencou para pouco mais de 8%. Em tese, a perda dos 6% de votos acabou indo para o petista. Os peemedebistas apostam ainda na projeção feita pelo Instituto Datafolha, na última quinta-feira, que apontava que 70% dos eleitores de Neto ficariam com João no segundo turno. “ Com quadro tão favorável, temos a certeza absoluta que o prefeito renovará seu mandato e, mais, concluirá um belo trabalho que já vem sendo realizado em toda Salvador”, disse o assessor, acrescentando que “ boa parte do pessoal que trabalhou na campanha de domingo folgou ontem. O mesmo assessor informou que o presidente Lula já asseverou que não vai participar de campanha no segundo turno nas cidades onde houver dois candidatos aliados, caso de Salvador.
Pinheiro fala de novas estratégias
Com mais de 30% dos votos válidos, que lhe garantiram a ida para o segundo turno das eleições, o candidato Walter Pinheiro, que iniciou a campanha com 6% das intenções de voto, creditou sua conquista ao diálogo com a população de Salvador, à apresentação de propostas viáveis, à força da militância e à consonância de seus projetos com a política do governo Lula. “Gostaria de aproveitar o momento para agradecer a Deus que, diante de tantos ataques de leviandade e agressões, nos deu, a mim e à equipe, serenidade, preparo para enfrentar esse momento, para mantermos o equilíbrio; demonstrando que estamos preparados psicologicamente, centrados, capacitados para esse momento importante para Salvador - uma cidade que precisa de um prefeito com equilíbrio, preparo e capacidade para dirigi-la. Quero agradecer também à militância dos partidos, à minha família, à minha companheira Ana, que tem convivido comigo ao longo de mais de 30 anos - nos conhecemos meninos e continuamos jovens até hoje -, à militância dos partidos, que ganhou as ruas de Salvador, que empolgou a cidade, que dialogou com o povo e teve a oportunidade de demonstrar que é possível se fazer um debate e apresentar sugestões à cidade, que acreditou desde o início que é possível debater com a população de Salvador.” Pinheiro disse que”construímos o programa de governo no processo de campanha, não a partir de posições isoladas de técnicos, mas também com o diálogo com a base, recebendo informações de quem vive o problema. Apresentamos propostas com viabilidade, dizendo de onde buscamos os recursos, mostrando o que vamos fazer em quatro anos e o que vamos deixar preparado para os próximos quarenta. Agradeço a Lídice da Mata, com toda a sua experiência, o aconselhamento e sua grande contribuição. Lídice é uma pessoa mais experiente do que eu, temos estabelecido uma grande convivência, fazendo uma campanha irmanada. Temos uma relação com a vice que tem um papel dirigente de campanha e terá também na administração dessa cidade. A imprensa teve papel importante também em nossa campanha. Alguns veículos fizeram questão de cobrir permanentemente a campanha, deram uma grande contribuição de publicizar os atos, as caminhadas, o que amplia o processo democrático. Estamos festejando a alegria dessa vitória e nos preparando para o processo seguinte. Amanhã de manhã iniciamos uma nova jornada, para a vitória no segundo turno”. “Buscaremos aliados que estão conosco no Estado da Bahia, que têm historicamente marchado conosco na base do governo estadual. Também vamos procurar o PSOL, companheiros oriundos do PT, que têm uma trajetória próxima da nossa. Mas a melhor aliança é com o povo de Salvador. Vamos dizer porque é importante ir atrás do que o povo dessa cidade quer, os quase 70% da população que disse que quer um projeto novo. Queremos dialogar com essa sociedade, que se posicionou querendo um outro projeto, de forma mais direta com o projeto que estamos implantando no Brasil”. “Não usei adjetivos para desqualificar ninguém, não acusei ninguém. Vamos continuar na trajetória de debater politicamente e apresentar propostas. O adjetivo, apesar de ter uma amplitude grande na língua portuguesa, não será utilizado por nós. Vamos continuar fazendo uma campanha substantiva, apresentando propostas”. “Não posso usar minha campanha pra decidir o que o governador deve fazer com sua base. Vou tocar a campanha apresentando propostas para a cidade e não para fazer pressão para as eleições de 2010”.
Neto admite ficar com Geddel
O candidato derrotado e ex-favorito às eleições municipais de Salvador, ACM Neto (DEM), afirmou ontem, em entrevista coletiva, que se reunirá hoje, em Brasília, com as lideranças nacionais do partido e do PR para decidir quem apoiará no segundo turno. Ele já conversou com o ex-governador Paulo Souto e com o senador César Borges, mas afirma que ainda não há um encaminhamento. Para a imprensa, ele declarou ainda que já planeja 2010, contudo também não definiu se tentará a reeleição na Câmara Federal ou se alçará vôos mais ambiciosos. ACM Neto ressaltou a necessidade do fortalecimento da relação entre democratas e tucanos e disse que a conduta de Imbassahy, que ele considera “linha acessória do PT” não atrapalhará os planos. “Se um candidato que teve oito por cento dos votos conseguir ameaçar uma aliança nacional, eu saio da política”, ironizou. O democrata não descartou também a possibilidade de tentar o governo baiano e disse não temer um provável embate com Geddel Vieira Lima. “Ainda é cedo pra falar no assunto e tem muita gente no partido que está na frente. Sobre Geddel, nós podemos estar do mesmo lado”, revelou.
Nilo diz que pesquisa gerou “voto útil” contra Imbassahy
Ainda decepcionado com a irrefutável derrota de seu correligionário Antonio Imbas-sahy (PSDB) à prefeitura de Salvador, o presidente da Assembléia Legislativa, Marcelo Nilo, criticou “o absurdo da divulgação de pesquisas dois dias antes da eleição”. Para ele, enquanto o Datafolha apontava Imbassahy com 21% das intenções de voto, “outro instituto dava 14%, numa manipulação que prejudicou o candidato, porque, infelizmente, as pessoas ainda tendem muito ao chamado voto útil”. Nilo se referia à prática de uma parcela do eleitorado de “votar não com o coração, como deve ser, mas num nome que as pesquisas indicam que vai ganhar ou que pode ganhar”. Ontem mesmo o presidente da AL anunciou seu apoio a Walter Pinheiro (PT) no segundo turno, argumentando que sempre foi aliado dos petistas baianos nos seus 18 anos de atividade parlamentar. O partido deve reunir hoje ou amanhã sua Executiva estadual, que deverá, também, ficar com Pinheiro. Considerando os principais resultados em todo o Estado, Marcelo Nilo entende que houve “uma eleição equilibrada”, sem vitória ou derrota destacada de nenhuma liderança. O governador Jaques Wagner, por exemplo, perdeu em Itabuna, Itapetinga e Brumado, municípios onde se empenhou mais diretamente, “mas teve boas vitórias em Conquista, Camaçari, Senhor do Bonfim e Irecê”, e seu partido, o PT, saiu do pleito com 65 prefeituras.O PMDB venceu em 111 municípios, pouco abaixo das 120 prefeituras que o ministro Geddel Vieira Lima esperava conquistar, mas tem sua grande proeza em Salvador, onde o prefeito João Henrique passou ao segundo turno como o candidato mais votado. Suas derrotas mais expressivas ocorreram em Juazeiro e Jacobina, pois em Brumado e Itapetinga o insucesso atinge também o governador. O DEM elegeu 44 prefeitos, mantendo-se na situação crítica a que foi relegado com a derrota para o governo do Estado em 2006 e, depois, com a morte de seu grande líder, o senador ACM. Obteve vitória em Feira de Santana, onde Tarcízio Pimenta superou dois candidatos da base do governo, Colbert Martins e Sérgio Carneiro. Em Itabuna, o antigo PFL obteve resultado importante, já que o Capitão Azevedo superou a petista Juçara mulher do secretário da Agricultura, Geraldo Simões. (Por Luis Augusto Gomes)
Souto reage às críticas de Wagner
O presidente do DEM, Paulo Souto ficou intrigado com as declarações do governador Jaques Wagner a respeito de uma “modernidade” que teria sido responsável por um suposto bom resultado do PT na eleição da Bahia. “Primeiro, não posso considerar como vitorioso um partido que tem o governo estadual, o governo federal e um presidente profundamente bem avaliado como Lula e que venceu em apenas 65 municípios. Aliás, é a primeira vez em muitos anos na Bahia onde o partido do governador não tem a maioria das prefeituras”, disse Souto. O ex-governador declarou que não viu nada de moderno no uso ostensivo da Polícia Militar em alguns municípios, ou na veiculação maciça de publicidade governamental no período eleitoral como houve nesse pleito. “Ao contrário, não houve reclamações da oposição nas eleições de 2004 e 2006 porque isso seguramente não ocorreu”. Souto destacou também a intervenção “no mínimo heterodoxa” do governador em algumas campanhas do interior do Estado. “Será que para ele é moderno subir num palanque do adversário de seu partido e perder a eleição, como em Itapetinga, ou afirmar em Dias D’Ávila que seu objetivo era destruir o 25, e também perder a eleição?”
Fonte: Tribuna da Bahia

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