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domingo, outubro 19, 2008

Mesmo sem efeito comprovado, afrodisíacos fazem sucesso

Ivan Marques Redação CORREIO Paulo M Macedo
A crença popular muitas vezes supera a comprovação científica. Um dos exemplos mais famosos disso são os afrodisíacos. Apesar de nunca terem tido o efeito de revigorante sexual comprovado, os alimentos assim considerados continuam sendo muito apreciados em Salvador, principalmente alguns tipos de tira-gostos.
No Bar e Restaurante Caranguejo de Sergipe, por exemplo, muitos clientes não dispensam comidas que fazem parte da mitologia popular. 'O caldo de sururu e a lambreta são os favoritos', revela o gerente da filial da Barra, Lucélio Santos.
Ele garante que muita gente vai lá especificamente procurando por algo que dê um fogo maior na hora daquele momento especial a dois. 'Já tivemos clientes que vieram de fora do estado e conheciam a fama do caldo de sururu', assegura o gerente, contando que tanto homens quanto mulheres costumam se deliciar com a iguaria.
Além do caldo de sururu e da lambreta, outros frutos do mar - como camarão, lagosta e caranguejo -, temperos, ervas, frutas e outros alimentos têm notoriedade pela lenda de provocarem excitação.
Catuaba, marapuama e guaraná, por exemplo, formam um trio muito usado em bebidas estimulantes, principalmente aquelas vendidas em postos de gasolina. Até músicas já foram feitas citando o fervor de certas comidas. Ovo de codorna, de Luiz Gonzaga, e Caldinho de mocotó, de Genival Lacerda, são duas das mais famosas.
Para a sexóloga e terapeuta sexual Ozana Barreto, a questão é muito mais psicológica. 'Se a cabeça muda, o corpo muda junto. Não tem nada comprovado cientificamente', acredita.
Ela pensa que o ato de comer junto com quem se gosta, em um ambiente propício, influencia muito mais do que as características químicas dos alimentos. 'O maior afrodisíaco é ter quem você quer. É a paixão, o tesão, a atração e, principalmente, o jogo da sedução que um faz com o outro', afirma.
A falta de provas concretas é também citada pelo urologista Gilson Mendonça. 'O único afrodisíaco que funciona realmente é a testosterona', reitera. De acordo com ele, o Viagra é um remédio que estimula a ereção e não o desejo. 'O que provoca o apetite sexual é a libido, que seria um afrodisíaco, mas nada é cientificamente comprovado'.
Para a Mendonça, caso alguém tenha problema com a baixa taxa de libido, a indicação é procurar um terapeuta. 'Ele irá avaliar como se encontra a taxa de hormônios. Caso exista algum problema, pode ser indicada uma medicação', afirma.
Se, para alguns, o álcool é um estimulante, o urologista alerta que a substância, em alta quantidade, é um adaquelas que podem diminuir a libido. 'A alimentação inadequada deteriora o organismo e, junto comisso, o sistema emocional da pessoa', avisa.
Na opinião de Ozana, tudo vale a pena se as pessoas estão tentando melhorar o desempenho.' É bom usar o instinto, o charme, cortejar. O parceiro agradece. A verdade é que a grande maioria das substâncias ditas afrodisíacas não faz mal. Se você acha que melhora, vá em frente', aconselha.
HISTÓRIA
Os afrodisíacos têm muita história para contar. Os primeiros registros do uso de substâncias com a intenção de aumentar a libido evocam à Roma antiga. O poeta Terêncio, nascido em 185 a.C., escreveu: 'Sine Ceres et Libero friget Venus', que significa 'sem comida e vinho não há sexo'. Como lembrou o urologista Mendonça, o álcool é perigoso. Se, para uns, ele serve para relaxar e estimular, pode também causar problemas. Na dúvida, fique com o caldo de sururu.
Fonte: Correio da Bahia

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