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quinta-feira, outubro 02, 2008

Crise financeira dos EUA aterrissa no Brasil

TRIBUNA DA BAHIA Notícias
O agravamento da crise financeira nas últimas semanas causou uma restrição do crédito mundial, reduzindo o volume de recursos disponíveis no sistema financeiro internacional. Com isso, o volume de empréstimos no Brasil também fica prejudicado, o que já levou o Banco Central, na semana passada, a anunciar mudanças no depósito compulsório. A nova conjuntura já está mudando, também, o dia-a-dia de algumas instituições financeiras no País. Com a restrição do crédito externo, alguns bancos estão aumentando as taxas e reduzindo os prazos, além de elevar o rigor dos empréstimos às empresas. Maior seletividade das instituições financeiras no crédito, onde estão mais atentas ao grau de endividamento dos consumidores e seu comportamento de renda nas novas contratações de empréstimos. Em muitos casos além de uma maior seletividade já se observam igualmente maiores restrições aos financiamentos. As taxas de juros das operações de crédito estão sendo elevadas e com tendência de alta, dados preliminares da pesquisa de juros de setembro/2008 demonstram que a taxa média de juros das operações de crédito para pessoa física passou de 7,39% ao mês (135,27% ao ano) em agosto/2008 para 7,45% ao mês (136,85% ao ano) em setembro/2008. Na pessoa jurídica a taxa média de juros passou de 4,27% ao mês (65,16% ao ano) em agosto/2008 para 4,33% ao mês (66,31% ao ano) em setembro/2008. Já há redução dos prazos de financiamentos em cerca de 12 meses, tendo no caso de veículos os prazos máximos sido reduzidos de 72 meses em agosto/2008 para 60 meses em setembro/2008 e de bens diversos (linha branca, linha marrom, móveis, computadores) o prazo reduzido de 36 meses em agosto/2008 para 24 meses em setembro/2008. No caso dos prazos no segmento de veículos, anteriormente a maioria dos anúncios era para prazos de 60 a 72 meses, já hoje os mesmos são para prazos entre 36 a 48 meses. Para financiamento de bens diversos, anteriormente a maioria dos anúncios era para 24 meses, hoje os mesmos apresentam em sua maioria prazo de 12 meses. No Banco do Brasil, a estratégia foi reduzir o volume de recursos disponibilizado para cada companhia, a fim de conseguir atender o aumento da demanda. “O BB está atendendo ao maior número possível de empresas”, disse o presidente Antonio de Lima Neto, por meio da sua assessoria de imprensa. O banco admitiu que a demanda pelas linhas do banco aumentou substancialmente, enquanto a oferta de crédito internacional diminuiu devido ao agravamento da crise. Empresas que tradicionalmente tomavam empréstimos em outros bancos estão procurando o BB. Além disso, a instituição assegurou que não há discriminação no atendimento das empresas. Mas a instituição foi obrigada a administrar a demanda. O fato é que o BB reduziu o volume de recursos emprestados para cada empresa com o objetivo de atender um número maior de companhias. As taxas das linhas aumentaram e os prazos encurtaram. Mas o volume global é o mesmo, afirma o BB. O que tem sido feito até agora é um gerenciamento para emprestar a mais empresas. Líder na oferta de crédito no comércio exterior, o BB tem uma participação entre 25% e 30% do mercado. No primeiro semestre, o banco tinha 27% das operações de câmbio exportação e, 24% de importação. Com a demanda aquecida, essa participação deve subir no segundo semestre. Segundo o BB, o banco tem mantido contado permanente com as 66 instituições financeiras no exterior com as quais têm contrato para o fornecimento de linhas de comércio exterior. Embora estejam mais escassas e com custo mais alto, as linhas, segundo o BB, estão sendo renovadas diariamente. No caso do Bradesco, o que aumentou foi a seletividade nas concessões de crédito, o que, segundo o vice-presidente executivo, Arnaldo Vieira, poderá resultar na melhora das margens operacionais. De acordo com ele, o maior critério nas novas operações é o único efeito da crise externa no dia-a-dia do banco. “O nosso custo de captação não subiu muito. O que aumentou foi o nosso rigor, porque não sabemos o que vem por aí”.
Saldo da balança comercial cai 31,4% e chega US$ 2,7 bi
A balança comercial brasileira registrou um saldo (diferença entre exportações e importações) positivo de US$ 2,762 bilhões em setembro, conforme informações divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento ontem.O resultado representa uma queda de 31,4% frente à média por dia útil negociada no mesmo período do ano passado, quando o superávit da balança ficou em US$ 3,477 bilhões. Frente ao mês de agosto, o saldo teve alta de 16,2% na média diária. No mês, as exportações ficaram em US$ 20,025 bilhões, frente a importações de US$ 17,263. No mesmo mês de 2007, esses valores haviam sido de US$ 14,166 bilhões e US$ 10,689, respectivamente. A diminuição do superávit se explica pelo aumento de 39,5% ns das importações.
Banco do Brasil antecipará R$ 5 bi em crédito para agricultura
O ministro Guido Mantega (Fazenda) informou ontem que o Banco do Brasil antecipará R$ 5 bilhões em crédito para o setor agrícola para suprir a falta de recursos causada pela crise financeira. De acordo com o ministro, o banco antecipou o cronograma de liberação desses recursos e houve um remanejamento em alguns fundos para que não falte dinheiro para a agricultura. “O Banco do Brasil já está antecipando [recursos para a agricultura], ele já está liberando mais recursos do que no ano passado. São aproximadamente mais R$ 5 bilhões que resolvem o problema e o crédito já está sendo antecipado”, disse o ministro. Mantega participou ontem de reunião da coordenação política com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na reunião, o ministro explicou ao presidente que a crise atingirá todos os países, mas que o Brasil será afetado em menor proporção. “O Brasil está naquele grupo de países menos atingidos porque tem um crescimento maior, tem reservas, um mercado interno mais robusto e as contas públicas mais equilibradas”, afirmou. Mantega disse ainda esperar que o pacote de ajuda proposto pelo governo dos Estados Unidos seja aprovado ainda nesta semana pelo Congresso norte-americano. Segundo o ministro, o Brasil está tomando todas as providências para impedir que o mercado brasileiro seja prejudicado. “O Banco Central está fazendo leilões de dólares, dando linhas de crédito, estamos estimulando os bancos a liberarem crédito para viabilizar as exportações. Se isso não for suficiente, novas medidas serão tomadas de forma a irrigar essas linhas de crédito”, completou.
Fonte: Tribuna da Bahia

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