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quinta-feira, outubro 16, 2008

Bahia está em alerta contra a forma mais grave da dengue

Este ano, até o último mês de setembro, mais de 34 mil casos de Dengue foram registrados na Bahia. Na capital, o número é de 3.182 registros suspeitos. Os índices preocupam a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), que já se prepara no sentido de evitar uma possível proliferação da forma mais grave da doença no próximo ano. Isso porque, o mosquito – que começou a aparecer no Brasil desde 1995 – está cada vez mais forte e é menor a parcela da população que nunca adquiriu a moléstia. Entre os casos contabilizados este ano, estão 194 ocorrências das formas mais graves da doença, o que resultou em 12 óbitos. As preocupações da Secretaria, de acordo com a coordenadora estadual de controle da Dengue, Jesuína Castro, se intensificam durante o verão, “já que o clima é o mais propício para o aparecimento do mosquito. Com pancadas de chuvas e temperaturas médias de 28°C”. Conforme Castro, o Estado tem realizado diversas medidas de combate a Dengue sendo que, entre elas, estão a contratação, regularização e capacitação de novos agentes de combate às endemias, além da intensificação das ações de comunicação, com campanhas na mídia. “Hoje podemos afirmar que em todas as unidades de emergência, inclusive as da rede particular, existe – pelo menos – um profissional capacitado por nós. Treinamos profissionais multiplicadores justamente para que o diagnóstico da doença possa ser feito de modo mais rápido e seguro”, afirmou. Tanta preocupação com a capacitação dos profissionais é explicada por conta da ausência de conteúdos relacionados à Dengue na formação desses médicos. “A Dengue sempre foi colocada de lado e os avanços nos estudos sobre a doença só começaram recentemente”, contou Castro lembrando a primeira epidemia da doença no País, ocorrida em 1996. Castro explicou ainda que, embora o Estado esteja prestes a iniciar medidas de combate para todas as formas da doença, há uma grande preocupação em relação aos tipos mais graves. “O mosquito da dengue começou a aparecer no Brasil desde 1995 e, como modo de sobrevivência, ele tem se tornado cada vez mais forte. Isso nos preocupa uma vez que a possibilidade de ocorrência da forma mais grave da doença fica cada vez maior. Até porque hoje muitas pessoas já adquiriram a Dengue em algum momento da vida”, esclareceu. A preocupação é ainda maior com as crianças menores de 14 anos já que, de acordo com Castro, são elas as principais vítimas da doença. “Temos nos preocupado bastante com as ocorrências das formas mais graves da doença. E, infelizmente, são as crianças as principais atingidas”, disse. “Dos casos graves, 2% evoluem e levam ao óbito”, completou.(Por Lorena Costa)
Cuidado no reforço à doença
Ainda que muitos investimentos estejam sendo feitos no sentido de capacitação profissional e métodos mais eficientes de eliminação do mosquito, a coordenadora estadual de controle da Dengue, Jesuína Castro, destacou a importância da conscientização da população para o combate da doença. “É fundamental que a população participe deste processo destruindo o acúmulo de objetos propícios à proliferação do mosquito”, indicou. O reforço no combate à dengue no estado para 2009, que já começa este mês, deve se prolongar até junho, já que este ano as ocorrências das doenças se mantiveram altas mesmo após o verão. A decisão foi anunciada pelo secretário da Saúde, Jorge Solla, na tarde da última terça-feira durante o Seminário Estadual de Avaliação do Programa de Controle da Dengue na Bahia, que acontece no Hotel Vilamar, em Amaralina, com a participação de técnicos e representantes de secretarias municipais da Saúde e Diretorias Regionais de Saúde (Dires). Os cuidados em que população será estimulada a tomar são os de não deixar objetos, como garrafas, pneus e vasilhas, expostos. Limpar calhas de telhas e pratos das plantas. Mesmo simples, as medidas – garante Castro – são eficientes para o controle da doença. Outra informação importante a ser dada à população é o de identificar os sintomas da doença. “São sinais de alerta, como dor abdominal, vômitos, tontura, queda de pressão, mãos frias e palidez. É importante que, ainda que qualquer um dos sinais apareça em um só dia, ir imediatamente ao médico. A população não deve descartar a hipótese da doença”, disse. “Isso porque situações mais graves como, por exemplo, a hemorragia, só aparece quando a doença já está avançada, o que pode ser tarde demais para o paciente”, considerou.
Serviços gratuitos para a população
Serviços gratuitos de saúde e orientações sobre alimentação saudável estão sendo oferecidos esta semana nos Centros Sociais Urbanos (CSUs) e Restaurantes Populares da capital. As atividades fazem parte da Semana Mundial da Alimentação, que até sexta-feira (17) é comemorada na Bahia com reflexões sobre os hábitos alimentares, produção e acesso aos alimentos, além dos altos índices de fome e pobreza que afetam a população. Os moradores do Nordeste de Amaralina e região já foram atendidos com diversos serviços, a exemplo de aferição de pressão arterial e avaliação antropométrica, que mede a altura e o peso ideal. Além disso, quem foi ao CSU do bairro recebeu informativos sobre as formas de prevenir doenças como obesidade, osteoporose, hipertensão e diabetes. A dona-de-casa Maria Raildes, 62 anos, foi uma das primeiras atendidas. “Acho essas iniciativas importantes, principalmente para pessoas da minha idade. Com as orientações, pretendo melhorar a qualidade das minhas refeições”, disse. A previsão é que assim como ela, mais de 6 mil pessoas sejam beneficiadas com as atividades durante esta semana. Outro destaque da programação foi a oficina de aproveitamento integral de alimentos. O “suco da horta”, feito das folhas e talos do couve com ingredientes como limão, maracujá, açúcar e água, foi uma das receitas ensinadas na aula. “Trata-se de um suco muito bom para a combater a anemia, já que é rico em ferro e vitamina C. É refrescante e bom para a saúde”, explicou a nutricionista Patríca Peixoto. As explicações chamaram a atenção de pessoas como Dilce de Oliveira, moradora do bairro Santa Cruz. “Dicas como essas são sempre bem vindas, afinal, a gente sabe que a maior parte dos problemas de saúde acontece por causa da má alimentação”, ressaltou. A realização da Semana Mundial da Alimentação na Bahia é fruto da parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), o Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), a ONG Ação da Cidadania Contra a Fome e o Conselho Regionalde Nutricionistas (CRN). Ontem, as ações foram desenvolvidas no Restaurante Popular da Liberdade, e no CSU de Narandiba. Na sexta-feira (17), será realizado no teatro do Irdeb o seminário “Segurança Alimentar Mundial: os Desafios das Mudanças Climáticas e da Bioenergia”. A discussão do assunto visa conscientizar sobre a necessidade de se reduzir os efeitos climáticos, cada vez mais danosos à agricultura, e o impacto dos biocombustíveis na produção alimentícia. Entre os temas do seminário, estão a crise do sistema alimentar, políticas de segurança alimentar e nutricional, abastecimento alimentar e agricultura familiar. Participarão das mesas, representantes da FAO, dos Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Meio Ambiente, das Secretarias de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza e da Agricultura, do Consea, da Conab, entre outros.
Fonte: Tribuna da Bahia

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