Tribuna da Bahia Notícias-----------------------
“Me pediram várias vezes e alguns continuam crendo que se eu quisesse poderia ter imposto uma única candidatura”, disse o governador Jaques Wagner ao analisar a situação de Salvador, onde três candidatos de sua base parlamentar disputam o cargo de prefeito, o que termina por caracterizar ACM Neto (DEM) como único de oposição. Nenhum dos jornalistas presentes à entrevista-almoço da última sexta-feira, prudentemente, quis saber quem faria semelhante pedido, talvez por entenderem todos que Wagner não cometeria a deselegância de tal revelação. O estigma oposicionista do herdeiro genético do carlismo derivou, embora ele atribua à imprensa a paternidade, de uma declaração do próprio governador nos primórdios desse debate, quando, indagado sobre a dispersão dos aliados na sucessão municipal, manifestou sua preferência por uma eventual candidatura única - supostamente João Henrique (PMDB), num passo frio para manter a aliança com o ministro Geddel Vieira Lima em 2010. E lembrou que ACM Neto representava as forças que eles derrotaram em 2006, sendo portanto, necessariamente, opositor. Quanto a isso, o governador se disse “impressionado com alguns analistas” para os quais estaria “se reproduzindo o antifulano do passado”. Na sua visão, o quadro eleitoral atual é produto da nova fase da política baiana, que tem na atuação de sua maior autoridade a mais forte contribuição para essa pretendida mudança. “Dentro das forças que dão sustentação ao governo há uma pluralidade que, não se chegando a um denominador comum, se expressa para a sociedade”, afirmou. Um repórter indagou sobre a união em 2004 para eleger João Henrique (no segundo turno) contra o candidato do falecido senador Antonio Carlos Magalhães, mas Wagner argumentou que houve ainda as candidaturas de Nelson Pelegrino (PT) e Lídice da Mata (PSB). “A mesma coisa de hoje, não, há um diferencinha”, contestou ante nova pergunta: “Antes era a oposição com três contra o adversário poderoso. Hoje tem um adversário que eu considero fraco, pelo peso eleitoral do PFL na Bahia, e o poder, por ser democrático, tem três”. Duvidou, com razão, de que no auge carlista “o lado de lá” pudesse ter três candidaturas.(Luis Augusto gomes)
Um elogio à liberdade política
Wagner não se furtou a comentar a primeira eleição em Salvador sem a presença de ACM e sem o DEM, que ele chama recorrentemente de PFL, no poder. Advertindo que não falava com ironia, por “não brincar com essas coisas”, avaliou: “A ausência física poderá produzir uma homenagem póstuma a quem se foi? O nosso povo tem emoções. Ou escolho quem eu quiser porque não preciso mais render homenagens?” Ele entende que em dois anos “não se decantou uma cultura”, por isso não pode definir “como está a cabeça do eleitorado baiano”. O governador demonstra certo orgulho ao se ver como protagonista desse choque cultural e, sem querer “repisar o passado”, lamenta “certa irritação do ex-governador Paulo Souto” quando ele critica as antigas relações políticas na Bahia. “Não falo dele, não personifico as coisas. Falo do sistema. É público e notório que até as forças empresariais deste Estado sempre se moveram cheias de olhares para os lados e para trás até ao entrar num restaurante. Muita gente está feliz porque isso não existe mais. As pessoas vão às festas que quiserem, não precisam dar satisfação ao governador ou ao chefe político”. Nas hostes oposicionistas, diz o governador, há uma expectativa de que a eleição de outubro da capital recomponha a antiga mística do carlismo, mas ele não acredita nem haja um sucessor. “Não estou dizendo que o DEM não poderá ganhar em algum momento da história, em tese, pode, mas não há sucessor porque a conjuntura política não é a de 1968, quando começou de verdade a carreira do ex-senador”. Afirmando que o Judiciário “não está submetido” e o Legislativo “vive um novo momento”, Wagner referiu-se à “planta de valores imateriais” que está cultivando e fulminou: “ Rogo a Deus que as pessoas gostem e não queiram voltar a ser tuteladas ou comandadas”. (Luis Augusto gomes)
Walter Pinheiro já tem a sua “trincheira de lutas”
Depois de realizar uma caminhada pela avenida Vale das Pedrinhas à frente de mais de 200 militantes da coligação “Salvador - Bahia - Brasil” (PT, PSB, PC do B, PV), o candidato a prefeito Walter Pinheiro comandou a festa de inauguração do comitê central da sua campanha ontem pela manhã. “Aqui é a casa das mulheres, dos negros, dos excluídos, dos homossexuais, de todos que são vítimas da violência e da discriminação. É a nossa trincheira, o nosso quilombo, de onde organizaremos o diálogo com a cidade para revertermos as prioridades na gestão de Salvador”, disse o candidato. O comitê está localizado na Chapada do Rio Vermelho, exatamente na esquina de acesso ao Vale das Pedrinhas, nas imediações de onde funcionou o comitê do candidato a governador Jaques Wagner e também do candidato a governador Waldir Pires, como lembrou a deputada Lídice da Mata. “Este local é simbólico, foi daqui que partimos para a vitória de Waldir, de Wagner e daqui estamos partindo para a vitória de Pinheiro”, afirmou a ex-prefeita. Pinheiro agradeceu o apoio dos partidos que integram a coligação “Salvador - Bahia -Brasil” e disse que a história da sua companheira de chapa, Lídice da Mata era uma referência importante para a futura administração. “Lídice já demonstrou que Salvador é a Cidade - Mãe, a cidade de todos nós”, disse, em alusão ao slogan da gestão da ex-prefeita. O candidato petista convocou os militantes a participarem intensamente da campanha, pois este trabalho será decisivo para a vitória eleitoral. Lembrou aos presentes que “não somos candidatos de nós mesmos”, mas instrumentos de todos os que estavam presentes, dos que não puderam vir e dos que já se foram desta vida e “que lutaram em favor dos excluídos”. Pinheiro garantiu que o seu programa de governo não sairá da prancheta de especialistas, mas estes terão que ouvir as comunidades e lideranças de todos os bairros da cidade. “O que faremos na Prefeitura de Salvador resultará da colaboração dos companheiros de todos os partidos a partir das suas experiências em cada cant?=???????W??¹?????????¹??o da cidade”, reiterou. Depois de lembrar que a última experiência da esquerda no poder em Salvador foi exatamente aquela liderada pela sua candidata a vice Lídice da Mata, cujo governo foi sitiado e cerceado pelas forças políticas conservadoras, que controlavam o poder federal e estadual na época, Pinheiro destacou a oportunidade histórica que a cidade vive agora de “associar as políticas públicas federais e estaduais às políticas municipais”.
João participa de carreata em Cajazeiras
O candidato pela coligação Força do Brasil em Salvador, João Henrique, realizou ontem pela manhã sua primeira carreata, do fim de linha da Boca Mata até a Fazenda Grande III. Em um carro aberto, o prefeito - acompanhado do candidato a vice, Edvaldo Britto, e do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima - foi saudado por moradores durante o percurso, que seguiu pelas ruas de Cajazeiras VIII e XI. A carreata foi encerrada na Praça Batatinha, onde foi realizado um comício. Em seu discurso, o candidato João Henrique - acompanhado do seu vice e também de candidatos a vereadores e lideranças comunitárias - destacou as obras realizadas na região, como banho de asfalto e luz, e serviços importantes como atendimento odontológico especializado nos postos e instalação de câmeras de segurança em linhas que rodam na localidade. Além disso, lembrou que Cajazeiras não tinha agência bancária. “Trouxemos para cá agências bancárias, em dois anos de gestão, do Bradesco e do Banco do Brasil, e estamos trazendo agora a Caixa Econômica Federal”. Segundo o sargento César Augusto Mota, presidente da Associação de Praças da PM de Cajazeiras e do Centro Sócio-cultural Cajazeiras, havia 28 anos que o bairro não recebia tratamento asfáltico. A prefeitura municipal realizou banho de asfalto nas vias coletoras de Cajazeiras VIII e X e Fazenda Grande II e III, serviço que está sendo concluído também em Boca da Mata e Cajazeiras XI. Além disso, todas as vias coletoras foram beneficiadas com banho de luz. A comunidade levou ao prefeito algumas outras reivindicações, a exemplo de banho de asfalto em um trecho do loteamento Jambeiro, construção de alambrado em dois campos de futebol e construção de uma praça na Fazenda Grande II, instalação de mais dois postos de saúde na Fazenda Grande III e em Cajazeiras VI e VII, dentre outras, um compromisso de João Henrique sendo reeleito. “Temos certeza da vitória de João Henrique pelo trabalho que vem fazendo e por ser um homem carismático e bom”, disse o major Mota. Com a presença do ministro Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, o candidato da coligação Força do Brasil em Salvador, João Henrique (PMDB), ao lado do seu companheiro de chapa, Edvaldo Brito, inaugura hoje, às 18 horas, o comitê central de campanha rumo a reeleição. O comitê fica na Avenida Vasco da Gama (em frente à Caixa Econômica Federal).
Fonte: Tribuna da Bahia
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