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terça-feira, maio 13, 2008

DEM e PMDB defendem diálogo

Lideranças dos dois partidos dizem que conversas são naturais


Luiza Torres
Democratas e peemedebistas defenderam ontem a manutenção do diálogo entre os dois partidos em Salvador, o que mantém a possibilidade de um acordo entre as duas legendas num eventual segundo turno das eleições para a prefeitura da capital. Tanto o deputado federal ACM Neto, pré-candidato do DEM à prefeitura, quanto o presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, afirmaram que não pode haver discriminação em relação às conversas entre os dois partidos e que isso não é nenhuma afronta ao governador Jaques Wagner e nem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, líder do PMDB no estado, concordou.
ACM Neto disse que as conversas políticas são naturais e devem ocorrer de maneira democrática. Ele rebateu as declarações de Wagner de que uma aliança entre PMDB e DEM num eventual segundo turno em Salvador seja uma afronta aos governos federal e estadual, aos quais os peemedebistas são aliados e os democratas fazem oposição. “Esta posição de não aceitar o diálogo aberto é coisa do passado. Prefiro ficar com o Wagner, que sempre defendeu uma relação democrática entre os partidos”, disse o deputado.
O democrata afirmou que, caso seja eleito prefeito de Salvador, seu primeiro compromisso será um encontro com o governador Jaques Wagner e o presidente Lula a fim de tratar dos interesses da cidade. Segundo ele, esta posição foi exposta ao governador, que concordou. “Estou conversando com vários partidos, inclusive com o PMDB. Porém não há uma agenda concreta. São apenas conversas políticas sem pactos firmados”, ressaltou, acrescentando que é difícil fazer um prognóstico para o segundo turno das eleições em Salvador.
Segundo o presidente do PMDB, Lúcio Vieira Lima, o partido está conversando com todas as legendas e a formação das alianças para o segundo turno dependerá de quem serão os candidatos. O peemedebista acredita que o prefeito João Henrique Carneiro (PMDB) possa estar no segundo turno e que provavelmente o PT apóie novamente o atual gestor, mas não descarta o apoio de outras legendas, incluindo o DEM. “Se o PT for adversário do PMDB no segundo turno, faremos alianças sem nenhum tipo de discriminação. O PMDB é livre para escolher e não iremos permitir censuras”, disse, mandando o recado ao governador.
Geddel – Em um comunicado enviado ontem aos veículos de comunicação, o ministro Geddel Vieira Lima afirmou que respeita as opiniões do governador Jaques Wagner, o que não significa que tenha que concordar integralmente com todas elas. Ele chegou a criticar o apoio do PSDB (partido do ex-prefeito Antonio Imbassahy) ao governo do estado. “Veja, por exemplo, que em nome da minha lealdade ao presidente Lula já manifestei desconforto que – por uma suposta tranqüilidade na política estadual – o PT se aproxime tanto do PSDB”, disse o ministro.
Para Geddel, é no PSDB que nascem as grandes articulações para afrontar o projeto nacional do presidente. “Evidente que as colocações sobre o PMDB estão no campo das especulações. Quando chegar o momento de tomar decisões, o PMDB, sem desejar afrontar ninguém, adotará sua política de alianças levando em conta o que considerar de interesse de Salvador e da Bahia. Tudo será feito sempre dentro da autonomia, altivez, lealdade e transparência que caracterizam as posições do PMDB e também as minhas próprias”, declarou.
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Luiz Alberto desiste da pré-candidatura pelo PT
Cíntia Kelly e Luiza Torres
O secretário estadual da Promoção da Igualdade, Luiz Alberto, abriu mão, ontem, da pré-candidatura a prefeito de Salvador para tentar evitar as prévias no PT. A estratégia dele é forçar com que outros pré-candidatos desistam, em busca do consenso.
O governador Jaques Wagner chegou ontem do Rio de Janeiro, onde participou do lançamento da nova política industrial do governo federal, e foi direto para o Palácio de Ondina. Nada de matar a saudade de casa. À sua espera estava o prefeito de Camaçari, o petista Luiz Caetano, cuja missão era falar a Wagner que um dos pré-candidatos a prefeito de Salvador pelo PT, o deputado federal Nelson Pellegrino, não vai retirar a candidatura.
Wagner teria pedido a Pellegrino para conversar, em busca de uma solução que evitasse as prévias do PT, marcada para o próximo domingo. No entanto, o agrupamento que o apóia preferiu que a conversa fosse com uma outra pessoa, e o interlocutor escolhido foi Caetano. Ele expôs a Wagner que Pellegrino não tem a intenção de retirar seu nome da disputa por não estar convencido de que isso é melhor para o partido.
Antes do encontro com o governador, o prefeito de Camaçari conversou, no início da tarde, com o secretário de Desenvolvimento Social, Valmir Assunção, a presidente da Conder, Maria Del Carmen, o ex-presidente do PT estadual, Marcelino Gallo, para juntos tentarem resolver o impasse que se tornou a disputa interna do partido. Nada de resolução. Até o momento, Pellegrino parece ser o único dentre os quatro nomes do partido que não pretende baixar a guarda.
O deputado estadual J. Carlos, cujo nome tem apoio também dentro da militância, e que nos últimos dias dissera que não vai desistir, mudou o discurso. Informou que o melhor para o partido é não enfrentar as prévias. Há o temor do desgaste já acumulado com a disputa interna pela presidência da legenda tanto em Salvador quanto no estado.O Processo de Eleição Direta (PED) chegou a um terceiro turno, com direito a interferência do diretório nacional. O que era para ter sido resolvido em uma tarde de dezembro, se estendeu a março. “As prévias são um instrumento legítimo, mas diante do desgaste que vem desde o PED e o tempo que começa a correr seria bom que chegássemos a um consenso”, disse J. Carlos.
Reunião - Com a desistência do deputado estadual, dificilmente as prévias seriam levadas a um segundo turno, já que nem o deputado federal Walter Pinheiro e nem o secretário de Promoção da Igualdade, Luiz Alberto, têm votos suficientes entre os militantes, que hoje chegam a seis mil em Salvador. Enquanto permanece o impasse, a Executiva municipal se reúne hoje, às 8h30, para definir os locais de votação e alista de fiscais. “Não vamos desistir. Vamos às prévias. Pellegrino é bastante maleável, mas não há motivos para ele desistir”, informou o secretário geral do PT de Salvador, Edísio Nunes.
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PSDB debate projetos culturais
Um evento gratuito, realizado em espaços públicos, onde a população tem acesso a 24 horas de atrações musicais, teatro, dança, circo, música erudita e apresentações regionais. Essa é a dinâmica do projeto Virada Cultural Paulista, que foi discutido ontem no Casarão Santa Maria, Rio Vermelho. O debate “Poder cultural e oportunidades”, evento que integra o Ciclo de Seminários Salvador 2009 – Novos Caminhos, foi promovido pelo PSDB da Bahia e contou com a presença do pré-candidato da legenda à prefeitura da cidade, Antonio Imbassahy.
Arnaldo Gobetti Júnior, da Secretaria de Cultura de São Paulo, destacou a expansão do evento para as cidades do interior, onde haverá uma intensa programação cultural nos próximos dias 17 e 18. “Começamos com dez municípios no ano passado e este ano a Virada acontecerá em 19 cidades”, comemora. Para Gobetti, trata-se da “retomada dos espaços públicos pelo povo”. Sobre a viabilidade de implantação do projeto na capital baiana, ele afirmou que “Salvador é uma cidade que transpira cultura. É só organizar”.
Representante nato da cultura baiana, Vovô do Ilê apontou desafios para a cidade. “Salvador precisa ser mais igual, e, para isso, seus representantes e a sua população precisam assumir a sua cara preta”.
Fonte: Correio da Bahia

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