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sábado, outubro 01, 2022

Bolsonaro tem direito de contestar perda da eleição, mas não muda nada, diz Meirelles

O ex-ministro Henrique Meirelles durante encontro com empresários

Tudo depende da mobilização nas ruas, ressalva Meirelles

Guilherme Seto
Folha

O economista Henrique Meirelles diz que o impacto econômico de Jair Bolsonaro (PL) eventualmente não reconhecer o resultado das eleições caso não saia vitorioso deve ser praticamente inexistente. O ex-presidente do Banco Central e ex-ministro declarou apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana passada.

Para Meirelles, o precedente nos Estados Unidos com Donald Trump, que não reconheceu a derrota para Joe Biden e falou em fraudes eleitorais sem apresentar provas, mostra que os efeitos de atitudes do tipo não costumam ter repercussão no médio prazo em termos econômicos.

É UM DIREITO – “Aconteceu nos Estados Unidos, inédito lá também, o Donald Trump não reconheceu a vitória do Biden. Tudo bem, direito dele, não reconhece. Reclamar e não reconhecer, tá bom, tudo bem, sem problemas, o Trump também não reconheceu”, afirma Meirelles ao Painel.

Ele foi ouvido por empresários durante jantar no restaurante Carat, em São Paulo, na terça-feira (27). O evento foi organizado pelos empresários Rafael Prado e Vinícius Trapani, da Confraria SP, que também compareceram.

Meirelles pondera, contudo, que a reação de Bolsonaro pode ter efeito econômico se gerar movimentação de rua significativa.

OUTRAS HIPÓTESES – “Se houver conflito, pode prejudicar um pouco. Depende da capacidade de mobilização real. Se tiver guerra civil na rua é outra coisa”, afirma.

No encontro, o economista disse que não vê espaço para expansão da dívida pública para aumentar a capacidade de investimento em 2023, o que tem sido debatido pelos aliados de Lula.

“O Risco Brasil está elevado, e se a dívida começa a subir muito, sobe a taxa de juros, sobe o risco, é um problema. Acho que a solução é o contrário, cortar despesas desnecessárias e abrir espaço para investir e trazer capital privado para investir através de licitações”, disse o ex-ministro.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Meirelles tem razão em defender o teto de gastos e a responsabilidade fiscal. Se depender de Lula ou Bolsonaro, a dívida pública vai explodir novamente, sem a menor dúvida. Mas quem se interessa? (C.N.)

Debate na TV Globo não consegue alterar as colocações de Lula e Bolsonaro

Publicado em 1 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Troca de acusações se sobrepôs à apresentação de propostas

Pedro do Coutto

O debate promovido pela TV Globo não alterou as colocações de Lula da Silva e Jair Bolsonaro na disputa para as urnas de domingo. Embora bem conduzido por William Bonner, o Padre Kelmon surgiu do passado e prejudicou a sequência das opiniões; querendo ajudar Bolsonaro, acabou que a sua imagem desfocou a do atual presidente da República.

Na minha impressão, se for realizada uma pesquisa pelo Datafolha ou pelo Ipec sobre a participante que refletiu a pior imagem no debate, certamente recairá uma percentagem alta apontando para o Padre Kelmon em todos os sentidos e em praticamente todas as suas colocações. Gerou maciça antipatia e que respingou em seu verdadeiro candidato, Jair Bolsonaro.

POSICIONAMENTO – Este aspecto da questão foi debatido na manhã de ontem por comentaristas da GloboNews, entre os quais Valdo Cruz, traçando o perfil representado pelo padre da Igreja Ortodoxa, como ele próprio se apresenta. Suas posições são de um passadismo ululante, para lembrar a expressão do meu saudoso amigo Nélson Rodrigues.

Assim, ao invés de somar, acho que ele tirou votos preciosos de Bolsonaro, e que podem contribuir amanhã para que a eleição presidencial decida imediatamente após a coleta dos votos.

A pesquisa do Datafolha apontou 50% dos votos válidos para Lula contra 36 pontos para Bolsonaro. Neste panorama, a rigor, Lula estaria dependendo de um voto somente para obter vitória no primeiro turno.

EMBALO – Tenho a impressão  pelo arremate da maratona, que Lula deve subir no anoitecer de hoje, sábado, até o amanhecer de amanhã, domingo, mais uns dois ou três pontos. Isso porque está mais embalado para o final do confronto e também porque os segmentos de menor renda deixam para decidir na véspera da eleição.

Lula apresenta um predomínio substancial entre os que recebem por mês até dois salários mínimos. Nesta classe, ele tem 59% contra 27%. O Datafolha focalizou a faixa de renda de até dois salários mínimos. Ainda não incluiu, o que talvez esteja fazendo hoje, a faixa de dois a cinco salários mínimos.

Isso é fundamental para completar a pesquisa. Além desse aspecto, existem outros em que eleitores e eleitoras não responderam exatamente às perguntas dos pesquisadores, como no caso dos que recebem Auxílio Brasil e entre os evangélicos.

VINCULAÇÕES – Não responderam com exatidão em face de vinculações existentes entre verbas oficiais e a sua aplicação nos respectivos setores. Mas essa é outra questão. O essencial  é que o destino está lançado. Não há mais tempo para recuos de alto porte no plano federal.

Sobre a corrida eleitoral com a divisão por segmentos, no O Globo, a reportagem é de Marlen Couto. Na Folha de S. Paulo, de Igor Gielow. Marlen Couto focaliza a divisão das tendências por segmento de renda, mas falta a faixa de dois a cinco pisos salariais É possível que na última pesquisa o Datafolha se refira ao setor, o que poderá eliminar dúvidas quanto ao desfecho final dos números das urnas.

ATAQUES –  Reportagem de Matheus Vargas, Folha de S. Paulo de ontem, destaca que o presidente da República usou a sua transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quinta-feira para atacar o ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de “patife”, “moleque” e disse que por suas atitudes deve ser arguida a sua suspensão.

Bolsonaro atacou também a Folha de S. Paulo pela publicação de matéria sobre a quebra de sigilo bancário do tenente-coronel Mauro César, seu ajudante de ordens, em face de suspeitas levantadas pela Polícia Federal sobre participação em transações financeiras.

ENDIVIDAMENTO – Na edição de quinta-feira de O Globo, excelente reportagem de Gabriel Shinohara, ilumina com nitidez o quadro social que verdadeiramente envolve a sociedade brasileira, pois o endividamento está atingindo 53%  da população com reflexos na queda de consumo, inclusive de alimentos.

A matéria deve ter desagradado setores do IBGE que traçam panoramas otimistas para o desempenho do Produto Interno Bruto e também a fantasiosa deflação cujos cálculos estão restritos de um mês sobre aquele que o antecedeu, e não sobre o início do período de 12 meses em que o custo de vida é calculado.


Partido de Bolsonaro usa um dos inventores da urna eletrônica para desacreditar eleições

Contratado pelo PL para questionar eleição tinha patente de urna para voto  impresso

O engenheiro Carlos Rocha tem patente do voto impresso

Mateus Vargas
Folha

O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, afirmou que a auditoria divulgada pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, foge da fiscalização permitida sobre as urnas, cita narrativas já derrotadas e tenta desacreditar o pleito às vésperas do primeiro turno.

Em despacho assinado nesta sexta-feira (30), o ministro também acionou o MPE (Ministério Público Eleitoral) para avaliar se foram divulgadas informações sabidamente falsas para atingir o sistema eletrônico de votação.

COSTA NETO – Gonçalves afirma que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também deve ser responsabilizado pelo documento. Em ofício enviado ao tribunal, o dirigente partidário havia dito que apenas a equipe contratada na auditoria deveria responder pelo trabalho.

No mesmo ofício, o PL declara que não usou recursos públicos na elaboração do relatório, mas verba própria do partido. A Folha mostrou que o IVL (Instituto Voto Legal) recebeu ao menos R$ 225 mil da sigla de Bolsonaro.

No entanto, segundo o ministro Gonçalves, o partido decidiu realizar atividade paralela aos procedimentos de fiscalização previstos pelo TSE. “Capta atenção o fato de que o conteúdo do documento não se detém sobre supostos aspectos técnicos do sistema eletrônico de votação, mas, sim, passeia por temas variados, muito deles a envolver narrativas derrotadas quando da rejeição, pelo Congresso Nacional, da proposta de adoção do voto impresso”, afirma Gonçalves.

DIZ O CORREGEDOR – “Os pontos são tratados sem aprofundamento, tendo por linha mestra o esforço de apresentar um quadro especulativo de descrédito institucional da Justiça Eleitoral, às vésperas do pleito”, diz ainda o corregedor.

Gonçalves ainda diz que os resultados da auditoria nem sequer poderiam ser aproveitados nas eleições deste ano, pois o PL planejava divulgar os dados em datas próximas ao primeiro e segundo turno.

Na quarta-feira (28) integrantes do partido de Bolsonaro divulgaram documento chamado “resultado da auditoria de conformidade do PL no TSE”, de duas páginas, afirmando que há risco de invasão nos sistemas eleitorais. O papel tem o timbre do partido, mas não é assinado, e seria resumo de um relatório de mais de cem páginas.

TUMULTUAR AS ELEIÇÕES – O documento foi divulgado quatro dias antes do pleito, no momento em que Bolsonaro repete insinuações golpistas e aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto a presidente, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O TSE chamou o papel de fraudulento, mentiroso e disse que a ideia da legenda era tumultuar as eleições. O presidente da corte eleitoral, Alexandre de Moraes, mandou o caso ser investigado no inquérito das fake news, que é relatado por ele mesmo no STF (Supremo Tribunal Federal).

O corregedor do TSE também pede para a área de tecnologia da informação do TSE informar sobre como foi a participação do PL nos procedimentos de auditoria que são liberados aos partidos.

SEM INSPECIONAR – O PL chegou a enviar representantes ao TSE para avaliação do código, mas eles só assinaram uma lista de presença e não fizeram a inspeção.

Em maio, Bolsonaro disse que o PL contrataria uma empresa para auditar as eleições. Em tom de ameaça ao TSE, o mandatário afirmou, à época, que os resultados da análise poderiam complicar o tribunal se a empresa constatasse que é “impossível auditar o processo”.

A ideia do chefe do Executivo era contratar o IVL, mas a empresa não conseguiu credencial do TSE. O PL, então, chamou para o serviço uma equipe comandada pelo engenheiro Carlos Rocha, o fundador do mesmo instituto.

MEDIDAS DE PRECAUÇÃO – À Folha, Rocha disse que os achados da auditoria recomendam que o tribunal adote medidas de precaução.

Questionado sobre a chance de Bolsonaro usar o documento para levantar a tese de fraude no pleito, Rocha disse que “o objetivo do PL é colaborar de forma construtiva com a Justiça Eleitoral”.

“Quem audita constrói valor para a organização auditada. O objetivo do PL é colaborar de forma construtiva com a Justiça Eleitoral. Com esta intenção positiva foi marcada uma audiência com o Ministro Alexandre de Moraes ontem, para apresentar os resultados e propor uma auditoria independente do funcionamento da urna eletrônica”, disse o engenheiro.

TENTATIVA DE RECUO – Após a repercussão negativa sobre a auditoria, aliados de Valdemar Costa Neto tentaram desfazer a versão de que o presidente do partido havia embarcado nas investidas de Bolsonaro para tumultuar o pleito.

O corregedor do TSE, porém, apontou que o presidente do PL também é responsável pelo documento.

“O relatório foi produzido e divulgado por iniciativa do PL, contando com a participação de seus dirigentes máximos, sendo lógico extrair do contexto a ciência e a anuência da agremiação com o conteúdo”, escreveu Gonçalves.

AMEAÇA DE CASSAÇÃO – Em tom de alerta, o TSE disse, ao reagir à auditoria, que já cassou parlamentares que divulgaram informações falsas sobre as eleições.

A repercussão sobre o documento ainda marca novo episódio de atrito entre Moraes e Bolsonaro.

Às vésperas da eleição, Bolsonaro promove nova onda de ataques ao presidente do TSE. Essa ofensiva começou após reportagem da Folha ter revelado que Moraes autorizou quebra de sigilo bancário do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, principal ajudante de ordens de Bolsonaro, por suspeitas levantadas pela Polícia Federal sobre transações financeiras feitas no gabinete do presidente da República.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O problema é que o engenheiro Carlos Rocha foi um dos líderes da equipe que criou a urna eletrônica e até entrou na Justiça reivindicando a patente do equipamento, mas foi derrotado. No entanto, é dele a patente da urna eletrônica com voto impresso. Rocha conhece muito bem o funcionamento da urna e guarda muito rancor do TSE. É aí que mora o perigo. (C.N.)

Em baixa desde 7 de setembro, os ataques às urnas disparam às vésperas das eleições

Publicado em 1 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

TRIBUNA DA INTERNET | Justiça Eleitoral ainda não encontrou arma eficaz  contra desinformação e fake newsJohanns Eller
O Globo

Os ataques às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral, que vinham diminuindo nas redes sociais desde a véspera dos atos bolsonaristas do 7 de setembro, cresceram na reta final da campanha — e o principal agitador foi Jair Bolsonaro. É o que mostra um monitoramento realizado por Djiovanni Marioto, doutorando em ciência política e pesquisador em internet e política da Universidade Federal do Paraná (UFPR), sobre os conteúdos postados nas redes sociais de 22 de agosto até a última quarta-feira (28).

A alta coincide com a divulgação dos resultados de pesquisas de intenção de voto mostrando que há uma possibilidade de Lula ganhar a eleição já no primeiro turno. Os ataques recrudesceram à medida que crescia o movimento pelo voto útil.

HÁ ALINHAMENTO – O levantamento coordenado por Mariotto utilizando ferramentas de big data analisou termos relacionados ao processo eleitoral no Facebook, Twitter e YouTube, e constatou que há um alinhamento entre as publicações de Bolsonaro e os ataques realizados por endereços da direita nessas plataformas.

É o chamado “comportamento de manada”, que se espalha nas redes bolsonaristas a partir das mensagens disparadas pelo próprio presidente da República.

A partir da última segunda-feira (26), quando foi divulgada a pesquisa Ipec apontando Lula como favorito a vencer no primeiro turno, ganhou força a disseminação de fake news que desacreditam a segurança das urnas.

“ELEIÇÕES LIMPAS” – No mesmo dia, em entrevista à RecordTV, Bolsonaro disse que só aceitará o resultado das urnas em caso de “eleições limpas” – mesmo malabarismo retórico que usou na sabatina do Jornal Nacional, em agosto, para não se comprometer com o reconhecimento de uma eventual derrota.

Um vídeo que tomou as redes bolsonaristas no dia seguinte mostrava urnas sendo preparadas para a eleição na cidade de Itapeva, no interior de São Paulo.

O fato de o trabalho estar sendo feito em um espaço alugado de um sindicato serviu à teoria conspiratória de que os equipamentos estariam sendo programados pelo PT.

SALA SECRETA – Outros conteúdos muito repetidos falam da suposta “sala secreta” para a totalização dos votos no TSE, boato já desmentido pelo tribunal — a sala em questão foi exibida para a imprensa na última quarta; o questionamento do então candidato derrotado Aécio Neves (PSDB) ao resultado da eleição de 2014, vencida por Dilma Rousseff (PT); e a defesa constante do voto impresso por Bolsonaro.

Segundo o levantamento da UFPR, no período pesquisado, esse tipo de mensagem só fica atrás das menções a Lula e Jair Bolsonaro no ranking de assuntos mais comentados.

Em números: foram 374.328 menções aos ataques às urnas, atrás apenas de Bolsonaro (1.003.923) e do presidenciável do PT (548.274).

DIZ O RELATÓRIO – Apesar do dado preocupante, porém, os pesquisadores do Paraná detectaram um movimento diferente do que costumava acontecer em outros tempos: o pico de ataques também gerou uma onda de apoio às urnas, em uma espécie de contranarrativa.

Nas publicações compiladas nas últimas duas semanas, por exemplo, o levantamento identificou 46% de menções em defesa das urnas, contra 45% de citações negativas.

O monitoramento também aponta que os seguidores do presidente da República reduziram as provocações aos ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e passaram a se concentrar nos ataques ao TSE como um todo, em uma tentativa de desacreditá-lo enquanto instituição às vésperas do primeiro turno. Apesar dessa tática paralela, as urnas eletrônicas ainda continuam sendo o principal foco de ataques.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Está havendo uma mudança importante no cenário pré-eleitoral. Desde a eleição de Dilma Rousseff em 2014, quando o PT começou a atuar incisivamente nas redes sociais, a internet passou a influir de forma expressiva junto ao eleitorado, através das chamadas descargas em canhão e da comunicação direta entre internautas. Também aumentou muito a presença de robôs em portais, sites e blogs, com permanente troca de narrativas. Portanto, o mundo está mudando e precisamos nos habituar a isso, sempre lembrando a sinistra previsão de Nelson Rodrigues: “Os idiotas vão chegar ao poder, porque eles são maioria”. (C.N.)

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Arthur Lira confirma fusão do PP com o União Brasil, para formar um superpartido e dominar o Congresso

Publicado em 1 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Antonio Rueda e Arthur Lira em Alagoas em 30 de setembro de 2022 — Foto: Reprodução

Rueda (União) e Lira (PP) se reuniram nesta sexta-feira

Elisa Clavery
TV Globo

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), confirmou neste sábado (1º) que o Progressistas (PP) se fundirá com o União Brasil. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa. Lira se reuniu na noite desta sexta-feira (30) em Alagoas com o vice-presidente do União, Antônio Rueda, como mostrou o blog da Andréia Sadi. Até a manhã deste sábado, ambos diziam apenas que estavam “em tratativas”.

O União Brasil tem, hoje, 52 deputados titulares e sete senadores. O PP, por sua vez, tem 57 deputados e oito senadores. Os números podem mudar a partir deste domingo (2), quando eleitores decidirão a nova composição da Câmara e os ocupantes de um terço do Senado.

A MAIOR LEGENDA – O anúncio feito pela equipe de Lira não diz quando a fusão será concretizada e qual será o nome da legenda.

Ainda segundo o blog da Andreia Sadi, a ideia de lideranças dos partidos é de que a nova sigla tenha cerca de 120 deputados – ou seja, provavelmente a maior bancada da Casa. Hoje, a liderança do ranking está com o PL, que tem 77 deputados.

Quanto maior é o tamanho de um partido, maior é sua força política e financeira. A distribuição dos fundos partidário e eleitoral depende do tamanho das bancadas eleitas para a próxima legislatura na Câmara Federal.

A tentativa de formar a maior bancada no Legislativo também leva em consideração as eleições para presidente. Pesquisas de intenção de voto divulgadas nos últimos meses mostram o ex-presidente Lula à frente do candidato à reeleição Jair Bolsonaro – com possibilidade até de vencer no primeiro turno.

Além disso, Lira já mira a reeleição para a presidência da Câmara, a ser definida em fevereiro do ano que vem.

DEM E PSL – O União Brasil é fruto da fusão do DEM com o PSL, partido que elegeu o presidente Jair Bolsonaro.

O PP é um dos partidos mais alinhados a Bolsonaro nas votações no Congresso e faz parte da coligação para reeleger o atual presidente, além de PL e Republicanos.

Outro cacique do partido é o ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira – que também já foi aliado de Lula e do PT em governos anteriores.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BRASIL
 – O problema vai ser decidir quem será o presidente deste superpartido, que “tomará conta” das maiores parcelas do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral. O União Brasil hoje é comandado por Luciano Bivar e o PP por Ciro Nogueira. Quem abrirá mão em favor de quem? Os dois vão se atracar em praça pública, um xingando a mãe do outro, para decidir quem vai dominar o Congresso. (C.N.)

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