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segunda-feira, novembro 29, 2021

Aracaju terra sem gestor e fiscalização. Prefeito só pensa em 2022

 


         “O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.

No último sábado, 27, foi publicada no twitter do blog uma foto mostrando um trecho da orla interditado – a mesma coisa ocorreu no fim de semana anterior – por conta de um recapeamento asfáltico. Os leitores e seguidores desceram o sarrafo justo no prefeito Edvaldo Nogueira que tem de segunda a quinta-feira para realizar o recapeamento, mas prefere chamar a atenção nos fins de semanas com o interesse politiqueiro pensando em 2022. Ou então é como cantou Luiz Gonzaga “… o jumento é nosso irmão…”

O mais interessante é que Aracaju tem muitas outras avenidas em pior situação do que a da orla, que não necessitava de recapeamento com uma qualidade do serviço muito baixa e o nivelamento todo irregular. Cadê o Ministério Público para fiscalizar a qualidade do serviço.

Aliás, na própria orla mesmo administrada pela Prefeitura é uma tragédia. Na região dos lagos as lixeiras sumiram e quando têm estão quebradas. Um ponto turístico e que serve de lazer para os aracajuanos. Muitos passeiam com seus animais, recolhem as fezes e não têm lixeira.

Cadê o MP e os órgãos fiscalizadores? Pontos de ônibus da Avenida Hermes Fontes não servem de abrigo para os usuários.

Depois de esculhambar o traçado urbanístico da saudosa Avenida Hermes Fontes – a pretexto de implantar moderno corredor de ônibus e um retrógrado sistema de quebra-molas, mais conhecido como “máquina de entalar escada magirus do Corpo de Bombeiros”, a incompetente gestão de Edvaldo Nogueira está instalando “pontos de ônibus” (que jamais poderão servir de abrigo para os usuários do transporte público).
Os pontos de ônibus já estão sendo chamados de “arapucas” que Edvaldo armava antigamente em Pão-de-Açúcar/AL, para pegar “rolinhas”! Só que as de agora só servem para pegar otários, à vista opaca da “Casa de Tolerância” e do Ministério Público!

Sobre o cercamento do mangue da Coroa do Meio. Ação da Emurb e não da Emsurb Sobre cercamento do mangue ao longo da Av. Desembargador José Antônio Goes, no bairro Coroa do Meio, que o blog errou ao parabenizar a Emsurb na semana passada. A ação está sendo executada pela Emurb. O objetivo do cercamento é fazer a proteção ambiental da área e impedir ações irregulares no local. Importante destacar que a Emurb mantém uma fiscalização permanente ao longo da avenida para impedir construções irregulares.

Fórum Unicidades O secretário municipal da Infraestrutura e presidente da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), Sérgio Ferrari, participou do 81ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), na última quinta-feira. Na ocasião, Ferrari representou o Fórum Unicidades, e destacou a importância da iniciativa, que une secretários municipais de planejamento e desenvolvimento urbano de todo o país para articular maior autonomia e independência dos municípios em questões de licenciamento e desenvolvimento urbano. “Nosso objetivo é promover a troca de experiências, estimular o desenvolvimento urbano sustentável nas cidades e fortalecer a organização dos membros do Fórum diante de pautas dos poderes executivo e legislativo federais. Até o ano que vem, esperamos ter esse grupo já em pleno funcionamento”, enfatiza o gestor.

INFONET

PSD faz juras de amor a Wagner, PP submerge e PL pode 'salvar' ACM Neto na Bahia


por Fernando Duarte

PSD faz juras de amor a Wagner, PP submerge e PL pode 'salvar' ACM Neto na Bahia
Foto: Mateus Pereira/ Divulgação

A poeira baixou e a fala do governador Rui Costa sobre os deputados “traíras” parece ter ficado para trás. O esforço foi feito, ao longo da última semana, pelo PSD. Primeiro o deputado federal Otto Alencar Filho endossou a aliança para 2022. Depois foi o próprio Otto Alencar quem verbalizou a caminhada conjunta com o PT para o próximo ano, citando nominalmente o senador Jaques Wagner como “governador do futuro”. É uma projeção e também uma resposta ao argumento adversário de que o ex-governador representaria o passado.

 

Enquanto o PSD dava sinais claros de carinho e aconchego, o PP seguiu a linha de que nada aconteceu e a vida continuou. Diferente dos socialdemocratas, os progressistas ainda podem compor uma chapa nacional com Jair Bolsonaro e não há espaço para juras de amor ao petismo baiano. Para evitar celeumas e sofrimentos antecipados, a postura do clã de João Leão e seu entorno foi submergir nos assuntos da política local, especialmente depois que o vice-governador já tinha colocado panos quentes no embate.

 

Por mais que ACM Neto busque evitar a nacionalização da eleição local, não dá para ignorar que a cena federal impacta nas relações políticas por aqui. O PSD lançou uma versão própria do picolé de chuchu (até aqui), Rodrigo Pacheco, enquanto o gelado original Geraldo Alckmin não formaliza a saída do PSDB. Na Bahia, o partido sequer cogita endossar a campanha da sigla ao Palácio do Planalto. Otto já disse que apoiaria Luiz Inácio Lula da Silva e, consequentemente, a candidatura de Wagner - o nome de Lula como grande eleitor é uma das principais apostas do petismo baiano.

 

O PP vai cozinhar em banho-maria as relações locais. Se Ciro Nogueira indicar o vice de Bolsonaro, como se almeja, o partido não se sentirá impedido de compor uma chapa com o PT baiano e seguiria “na maciota”, no governismo já inerente à legenda. Essas duas siglas (PP e PSD) tentariam fazer vistas grossas ao que acontece nacionalmente. Pode ser que consigam passar incólumes, mas é um esforço maior.

 

O mesmo não se pode falar do PL. Até aqui apalavrado com ACM Neto, o partido abrigará o presidente candidato à reeleição e terá que romper as relações locais. Não chega a ser de todo ruim para o ex-prefeito de Salvador. Bolsonaro deve levar a “cabeça”, mas não o “corpo” do PL, que já marcharia rachado nas urnas - alguns com ACM Neto, outros com Wagner e tudo bem. Se ainda herdar a candidatura de João Roma, o PL local ainda livraria o Republicanos do constrangimento de não dar legenda ao ministro da Cidadania, que segue mordido pela mosca azul. O partido da Universal poderia até apoiar Bolsonaro no plano federal, mas estaria desimpedido para marchar com o já tradicional aliado na Bahia.

 

Quem diria há alguns meses que esse seria o cenário político disponível para a Bahia no final de 2021? E olha que ainda tem PDT, MDB e alguns outros partidos satélites que não puderam ser tratados aqui nesse contexto. Haja água para rolar embaixo dessa ponte e tentativas de trazer - e de afastar - a pauta nacional para a Bahia.

Itacaré: Prefeitura suspende aulas após fortes chuvas


por Francis Juliano

Itacaré: Prefeitura suspende aulas após fortes chuvas
Foto: Reprodução / Itacaré Urgente

A prefeitura de Itacaré, no Sul baiano, suspendeu as aulas na rede municipal neste segunda-feira (29). A decisão ocorre após as fortes chuvas que caíram no final de semana, sobretudo na noite do sábado (27). Segundo a pasta, a medida também leva em consideração os moradores afetados pelo temporal.

 

A prefeitura também informou que segue em alerta e declarou que montou uma equpe especial de atendimento à população. Em caso de emergência, os moradores podem ligar para o telefone (73) 9 8151-2242 da Defesa Civil local.

 

Durante as chuvas do sábado em Itacaré, um barranco cedeu e a lama atingiu diversas casas na localidade da Pituba. Moradores acusaram um empreendimento imobiliário que cujas obras são realizadas no local, o que teria suprimido a vegetação da área e influenciado na adversidade.

 

A Defesa Civil do Estado [Sudec] comunicou que outras cidades já se manifestaram sobre estragos sofridos pelas chuvas, casos de Itaberaba, no Piemonte do Paraguaçu; e Eunápolis, na Costa do Descobrimento.

Bahia Notícias

Claudia Leitte é chamada de genocida após promover aglomeração em show em São Paulo

Claudia Leitte é chamada de genocida após promover aglomeração em show em São Paulo
Foto: Reprodução / Instagram

O Carnaval fora de época realizado por Claudia Leitte em São Paulo, no último final de semana rendeu a artista um título não muito agradável (leia aqui). Duramente criticada por promover aglomeração com a festa Blow Out, a cantora foi chamada de genocida na web.

 

Os vídeos do evento no qual a baiana se apresentou causaram revolta nas redes sociais pelo fato de não existir distanciamento social nem o uso de máscara.

 

A hashtag #ClaudiaLeiteGenocida ficou em 1º lugar entre os assuntos mais comentados do Twitter. "O STF já deu 48hrs para o governador João Doria explicar a aglomeração no show da Cláudia Leitte?", questionou um internauta.

 

A artista foi chamada de hipócrita e contraditória, por ter pedido para que os seguidores ficassem em casa no início do ano, pico da pandemia, e agora estar realizando shows.

 

Apesar da revolta, a festa foi autorizada pelo governo de São Paulo que já permite a realização de eventos com 100% da capacidade do espaço que ele for realizado.

 

Em meio aos ataques, Claudia também foi apoiada pelos internautas, que apontavam outros eventos realizados por artistas no mesmo final de semana, com lotação.

 

"Vou ter que defender Claudia chata Leite! Povo hipócrita e seletivo para criticar! Tá rolando show de sertanejo direito, Gustavo Lima fazendo eventos mais lotados que esse ai e ninguém fala nada!", disse uma.

 

 

Senador denuncia “golpe rasteiro na democracia” e exige transparência no orçamento secreto

Publicado em 28 de novembro de 2021 por Tribuna da Internet

Alessandro Vieira

Alessandro Vieira apresentou emenda para haver transparência

Felipe Frazão
Estadão

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) protocolou neste sábado, 27, uma emenda para alterar o projeto de lei que a cúpula do Congresso articulou para manter o pagamento do orçamento secreto e deixar de dar ampla transparência à identidade de parlamentares beneficiados, como determinou o Supremo Tribunal Federal (STF).

O projeto que altera a resolução do Congresso deve ser votado na segunda-feira, 29, e, para o senador, significa uma “tentativa de golpe rasteiro na democracia”.

TRANSPARÊNCIA REAL – Vieira, que tenta se viabilizar como candidato a presidente da República em 2022, apresentou uma emenda substitutiva para, segundo ele, dar transparência “real” ao pagamento de verbas do orçamento secreto. A proposta retoma a ideia de haver uma trava ao valor bilionário das chamadas emendas de relator-geral (RP-9).

Como revelado pelo Estadão, esse tipo de emenda vem sendo usado pelo governo para cortejar deputados e senadores aliados com repasses do Orçamento da União a municípios e Estados de seus redutos eleitorais, sem que seus nomes sejam divulgados, diminuindo a possibilidade de controle social.

Conforme sugestão de Vieira, será necessário publicar na internet, em sistema centralizado, os critérios de alocação de verba, documentos envolvidos na tramitação dos pedidos e a identificação dos responsáveis no Legislativo, de forma que seja possível identificá-lo.

ANTES DA LIBERAÇÃO – A publicação deve ser feita previamente ao pagamento dos recursos. Vieira propõe que “o montante total das emendas de relator não pode alcançar em qualquer caso mais de 1% do total das despesas discricionárias da Lei Orçamentária Anual”, ou seja, dos gastos que o governo tem controle e são usados para bancar obras públicas e também o custeio da máquina.

“Além de assegurar todas medidas de transparência possíveis, entendemos que é necessário impor um limite financeiro ao valor total das emendas apresentadas pelo relator”, disse o senador. Ele lembra que o total dessas emendas em 2020 foi de R$ 28,5 bilhões e neste ano deve chegar em R$ 29 bilhões.

RELATOR QUER TETO  – O relator da proposta, senador Marcelo Castro (MDB-PI), também havia sugerido estabelecer um teto nas verbas carimbadas como RP-9. A oposição reclama da distribuição desigual de recursos do Orçamento pelo Palácio do Planalto.

O projeto de lei articulado pelos presidentes da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mantém as emendas de relator sem limite no Orçamento e sem regras que impeçam a distribuição apenas para aliados.

A possível aprovação no Congresso se anteciparia à análise do mérito das ações do Supremo, que também pedem a declaração de inconstitucionalidade das emendas de relator-geral por serem divididas de maneira desproporcional para parlamentares aliados.

Costa Neto e Ciro Nogueira dão gargalhadas, porque sabem que estão garantidos no poder


Legendas avaliam se juntar em federações para fazer frente ao novo União Brasil - Jornal O Globo

Costa Neto e Ciro Nogueira aderem a qualquer presidente

Vicente Limongi Netto

Vejo uma foto em O Globo, mostrando Valdemar Costa Neto e Ciro Nogueira dando gargalhadas. “Rico ri à toa”, dizia o bordão do saudoso humorista Brandão Filho, no programa “Balança, mas não cai”, contracenando com Paulo Gracindo. Na política atual, os dois notáveis do Centrão mostram que a vida é bela – para eles, claro.

As águias da política devem achar graça do desemprego e da fome batendo na porta de milhões de brasileiros, com 615 mil mortos pela covid-19. Devem rir também com a certeza de que o Brasil jamais saberá os nomes dos deputados beneficiados com a excrescência chamada emendas do relator.

RISO FROUXO – Ciro e Valdemar exibem riso frouxo porque vem aí a imoral PEC dos Precatórios e eles estão bolando planos diabólicos, juntos com Arthur Lira, outro gênio do mal, tentando diminuir poderes do Supremo. Estão conscientes de que permanecerão dando homéricas gargalhadas, porque têm Bolsonaro sob controle, sob as rédeas do guloso Centrão.

Sabem que ri melhor quem ri por último. Nas eleições de 2022, caso Bolsonaro esteja mal das pernas, não terão nenhum pudor em se bandear para o colo do candidato que vencer a disputa. (Posso desenhar esse tópico, caso Jair Bolsonaro, Augusto Heleno, Eduardo Ramos e Braga Netto queiram entender)

FALSO JUSCELINO – O senador Rodrigo Pacheco tornou-se um patético imitador de Juscelino Kubitschek. É o fim da picada ver mais um engravatado ciscando na rinha como pré-candidato a presidente. Grandalhão, apessoado, terno alinhado, voz de locutor, o presidente do Senado tenta passar ao público silhueta e características diferentes de outros concorrentes. Morro de rir.

Bobagem, chove no molhado. Sua falsa e enfadonha indignação e a preocupação com dificuldades do Brasil não comovem mais ninguém. São todos do mesmo saco sem fundo.  O figurino é o mesmo.

O eleitor atento e tarimbado não cai mais em conversas fiadas, nem espera que promessas mirabolantes sejam cumpridas. É manjada e surrada a marola de alguns pré-candidatos. Almejam, na verdade, ser lembrados para vice-presidente ou ministro.

TUDO ENSAIADO –  O script da disputa política é cômico e falso. Brigam, ameaçam, trocam xingamentos e empurrões, berram pelos cotovelos e narinas. Depois do pleito, juntam os cacos, lavam a lama e trocam juras de amor. Seguem a máxima de Davi Alcolumbre, “eu te ajudo e você me ajuda”.

O eleitor, por sua vez, volta a ocupar o lugar de costume. Com a alma de eterno figurante, ultrajado e esquecido. Chupado como laranja. Não fica nem com os bagaços. Novamente percebe que foi enganado. O estômago fica embrulhado. Caso precise recorrer ao político que votou, é crivado com as costumeiras desculpas: Viajou”, “Está em reunião”, ” Ligue depois”, “Quer deixar recado?”.  Até quando, meu Deus?

PÉ FRIO – Bolsonaro, que sempre se declarou palmeirense, por ser descendente de italianos, desta vez revelou que estava torcendo pelo Flamengo no jogo final das Libertadores. Deu no que deu.

Por fim, estou bestificado com a genialidade do Tostão, colunista esportivo da Folha, que fez a seguinte afirmação: “O Brasil tem técnicos bons e ruins, como no mundo todo”.

Caramba! Deveria patentear a descoberta.


Bolsonaro, o cisne negro na politica brasileira, demonstra impressionante resistência

Publicado em 29 de novembro de 2021 por Tribuna da Internet

Candidato a presidente Jair Bolsonaro

Charge do Duke (O Tempo)

Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense

O escritor Nassim Nicholas Taleb é um libanês que resolveu escrever sobre probabilidades e incertezas após deixar o emprego de “trader” de derivativos na Bolsa de Chicago. Seu livro “A lógica do Cisne Negro” (Best Seller) faz muito sucesso entre os executivos, porque trata de eventos raros e da necessidade de estar preparado para lidar com eles.

O título do livro decorre do fato de que todos os cisnes eram brancos, até a “descoberta” da Austrália. A novidade do cisne negro foi uma demonstração da fragilidade do conhecimento humano. O presidente Jair Bolsonaro é um cisne negro na política brasileira. Sua eleição era altamente improvável, mas aconteceu. O mesmo ainda pode se repetir em 2022.

BUSCAMOS EXPLICAÇÕES – O cisne negro existia, antes de ele ter sido visto pela primeira vez por um explorador do Ocidente. Taleb destaca que eventos dessa ordem ocorrem com muito mais frequência, mas não estamos preparados para percebê-los. Depois que tomamos conhecimentos deles, buscamos explicações que muitas vezes são fantasiosas, porque isso é melhor do que admitir que não estamos entendendo nada.

Nossas opiniões formadas sobre tudo, como diz a canção, nos impedem de compreender o que contraria aquilo em que acreditávamos.

Taleb trabalha com dois conceitos criados por ele; digamos, são “tipos ideais”, à moda de Max Weber. O primeiro é o “mediocristão”, que se baseia na média de eventos observados; o segundo, o “extremistão”, aquelas coisas que não seguem um padrão. Por isso, a racionalidade pode virar uma armadilha diante de situações imprevisíveis.

GRANDES TRANSFORMAÇÕES – Cisnes Negros são os eventos que causam grandes transformações cognitivas. No chamado “mediocristão”, os fatos imprevistos são controláveis, seu impacto não altera significativamente a média; no “extremistão”, o impacto sai do controle, porque extrapola o aspecto físico e muda o comportamento.

A eleição de Bolsonaro mudou o comportamento das pessoas. Em todo lugar, nos surpreendemos com o ativismo político de gente que até então não queria saber de política. É assim na família, entre colegas de trabalho e nos mais diversos ambientes sociais.

A ascensão de Bolsonaro à Presidência teve um impacto na vida nacional que está muito fora da curva, em todas as áreas. Nas políticas públicas, isso fica mais evidente diante dos indicadores de sua gestão, que confrontam os paradigmas até então consensuais na sociedade. São os mortos da pandemia de covid-19, a queda de participação nos exames do Enem, o aumento vertiginoso das vendas de armas, as taxas de morte no trânsito, os índices de desmatamento etc.

FORA DA LEI – A transgressão à ordem estabelecida é estimulada de cima para baixo, em toda a franja da economia formal, das milícias de Rio das Pedras, no Rio de Janeiro, aos garimpeiros do Rio Madeira, no Amazonas.

É um erro imaginar que Bolsonaro deixou de ser um cisne negro nas eleições de 2022. Não morreu nem mudou de plumagem. Os levantamentos apontam o favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a não aprovação do governo federal, a alta rejeição do presidente da República, seu confinamento ao eleitorado mais conservador e diretamente beneficiado por suas decisões de caráter ideológico ou econômico.

Entretanto, Bolsonaro continua sendo um cisne negro, porque estrategicamente não se sente derrotado. Beneficia-se do fato de que qualquer governo, mesmo o mau governo, é a forma mais concentrada de poder: arrecada, normatiza e coage. E usa em benefício próprio a mão pesada do Estado, no limite de suas possibilidades.

UM OUTRO CISNE – Bolsonaro resolveu implementar na marra sua agenda de costumes e de ideologia, em todos os órgãos do governo, para agradar sua base eleitoral, que está sendo fortemente assediada pela pré-candidatura do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que pode tomar-lhe o lugar de cisne negro nas eleições do próximo ano.

A aliança de Bolsonaro com o Centrão é uma força eleitoral robusta. A chave da preservação dos seus redutos eleitorais nos grotões do país é essa associação com o Centrão, particularmente no Nordeste. A tradução dessa aliança é o chamado “orçamento secreto”, que chega a R$ 30 bilhões em emendas parlamentares ao Orçamento da União, com destinação não-esclarecida até agora.

O esquema parlamentar encabeçado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é a reencarnação do velho coronelismo patrimonialista. Pesquisas de opinião não captam com precisão o comportamento dessa fatia do eleitorado, principalmente nas cidades com menos de 50 mil habitantes, que estão sendo alcançada por Bolsonaro por meio de uma cadeia de pequenas rádios do interior sob controle do governo e das igrejas evangélicas.

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