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domingo, novembro 29, 2020

José Sarto é eleito prefeito de Fortaleza e mostra força da família Gomes no Ceará


José Sarto é eleito prefeito de Fortaleza e mostra força da família Gomes no Ceará
Foto: Divulgação

O deputado estadual José Sarto (PDT) foi eleito novo prefeito de Fortaleza. Com 51,69% dos votos válidos, ele desbancou o deputado federal Capitão Wagner (Pros), que obteve 48,31%.

 

A vitória de Sarto consolida o força da família Ferreira Gomes no Ceará. Com o resultado, Fortaleza seguirá sendo governada pelo PDT, já que Sarto sucederá o atual prefeito Roberto Cláudio, também do partido. 

Bahia Notícias

Eduardo Paes desbanca Crivella e retorna à prefeitura do Rio de Janeiro


Eduardo Paes desbanca Crivella e retorna à prefeitura do Rio de Janeiro
Foto: Divulgação/ Veja

Eduardo Paes (DEM) está matematicamente eleito prefeito do Rio de Janeiro para os próximos quatro anos. Com 87,96,% das urnas apuradas, o candidato teve 64,41% dos votos e desbancou o atual prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos), que obteve 35,59% da preferência popular. 

 

Com a vitória, Paes retorna à prefeitura da cidade, governada por ele durante oito anos (2009 a 2016). 

Bahia Notícias

Com 54,42%, Colbert Martins vence 2º turno e é reeleito prefeito de Feira de Santana


por Bruno Leite, de Feira de Santana

Com 54,42%, Colbert Martins vence 2º turno e é reeleito prefeito de Feira de Santana
Foto: Divulgação

Colbert Martins Filho (MDB) venceu o segundo turno das eleições neste domingo (29) e foi reeleito para o cargo de prefeito de Feira de Santana por mais quatro anos. Com 100% das urnas apuradas,  o gestor teve 54,42% dos votos válidos (164.831 votos) e obteve uma vitória significativa sobre o seu oponente, o deputado federal Zé Neto (PT), que recebeu 45,58% dos votos válidos (138.073 votos).

 

Martins é médico formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Foi secretário Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo do Ministério do Turismo durante o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), exerceu o mandato de deputado estadual entre 1991 e 1995, e foi deputado federal em três legislaturas: 1997-1999, 2003-2007, 2007-2011.

 

Eleito pela primeira vez encabeçando uma chapa para a prefeitura, concorreu ao cargo nas eleições de 1996, 2000, 2004, 2008. Em 2016 ele esteve ao lado de José Ronaldo (DEM), de quem foi oposição nos pleitos anteriores, como candidato a vice-prefeito. Herdou o posto de alcaide em 2018, quando o ex-prefeito entregou o cargo para disputar o governo do estado nas eleições daquele ano.

 

Filho do ex-prefeito Colbert Martins, "Colberzinho", como é conhecido o prefeito eleito na cidade, elegeu-se tendo Ronaldo como padrinho político. Sua eleição dá continuidade ao "ronaldismo" no Paço Municipal Maria Quitéria, que nos últimos vinte anos logrou 4 vitórias nas urnas feirenses e conseguiu, com a vitória do emedebista, colocar dois sucessores no Executivo de Feira de Santana (Tarcízio Pimenta, em 2008, foi o candidato apoiado por Ronaldo). 

 

Dentre as propostas prometidas na campanha de Colbert estão a criação de um hospital municipal no prédio da antiga maternidade MaterDei, a construção de uma central atacadista para os comerciantes de hortifrutigranjeiros, a implantação de uma rede de ciclovias e ciclofaixas, a criação de prefeituras distritais e a edificação de uma nova rodoviária. A consolidação de projetos e a finalização obras já iniciadas como o sistema de BRT, a requalificação do Centro da cidade e o shopping popular também estão no raio de atuação do novo gestor.

 

Como vice-prefeito foi eleito o empresário e ex-deputado federal Fernando de Fabinho (DEM). O político já exerceu o posto de ex-prefeito de Santa Bárbara e o de parlamentar na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).

 

A coligação "Trabalho Constante", de Colbert, foi composta por PSD, DEM, PV, PROS, PSC, MDB, PATRIOTA, PSDB, PL e REDE. (Atualizada às 19h35)

Bahia Notícias

Internado após contrair Covid-19, Maguito Vilela é eleito em Goiânia


por Fernanda Canofre | Folhapress

Internado após contrair Covid-19, Maguito Vilela é eleito em Goiânia
Foto: Reprodução / Facebook

Ainda internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para tratamento da Covid-19, o ex-governador de Goiás Maguito Vilela (MDB) foi eleito prefeito de Goiânia. Ele alcançou 52,60% dos votos válidos neste domingo (29) com 100% das urnas apuradas.

Maguito já havia ficado à frente do senador Vanderlan Cardoso (PSD) no primeiro turno, quando recebeu 36,02% dos votos válidos contra 24,67% do adversário.

A disputa em Goiânia ficou mais tensa depois do primeiro turno, com a vantagem de Maguito de quase 12% em cima de Cardoso, e com o ex-governador internado para tratamento da Covid-19 há mais de um mês. A equipe de Maguito pediu investigação da Polícia Federal sobre fake news que estariam circulando a respeito do estado de saúde do candidato.

Segundo a equipe, o emedebista, que tem 71 anos, recebeu o diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus no dia 20 de outubro e foi internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em Sao Paulo, uma semana depois.

Maguito Vilela está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 27 de outubro para tratamento da Covid-19. Está intubado desde o dia 15 de novembro, dia do primeiro turno, após uma piora inflamatória e infecciosa nos pulmões. De acordo com o último boletim médico, ele segue com ventilação invasiva com traqueostomia e hemodiálise contínua.

Também no dia 15 de novembro, a equipe dele divulgou uma nota de repúdio a boatos que estavam circulando sobre o estado de saúde do candidato. "Isto é sinal da falta de caráter de quem faz tudo pelo poder e não respeita nem a luta do candidato contra a Covid-19", diz a nota.

Ex-governador de Goiás, ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, uma das maiores cidades do estado, ex-deputado estadual e federal e senador, Maguito juntou cinco partidos, além do MDB, na sua atual coligação - PMB, PTC, Patriota, Republicanos e PC do B-- e tentou associar seu nome ao do atual prefeito da capital Iris Rezende (MDB), figura importante na política goiana.

Rezende não manifestou apoio no primeiro turno mas, no segundo, apareceu em um vídeo pedindo orações a Maguito, que foi seu vice no governo do estado, e o chamou de "nosso candidato".

Já o senador Vanderlan Cardoso recebeu apoio do governador Ronaldo Caiado (DEM) - o DEM de Caiado integra a coligação do candidato do PSD junto ao PTB, PSC, PP, PMN e Avante.

Em entrevista à rádio Sagres, questionado sobre como via sua campanha no segundo turno, o senador disse que foi bombardeado no primeiro turno, acusou a campanha de Maguito de não respeitar a doença do candidato e questionou porque o vice dele aparecia menos que o filho de Maguito, o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela.

Maguito foi eleito ao lado do vereador por dois mandatos Rogério Cruz (Republicanos). O candidato a vice de Vanderlan, Wilder Morais (PSC), concorreu ao Senado, pelo DEM, em 2018.

Bahia Notícias

Edvaldo Nogueira (PDT) é reeleito prefeito de Aracaju

 ~em 29 nov, 2020 19:25

Edvaldo Nogueira teve sua candidatura renovada por mais quatro anos (Foto: Portal Infonet)

O candidato Edvaldo Nogueira (PDT) foi reeleito prefeito de Aracaju neste domingo, 29. Com 150.823 votos (57,86%) ele venceu a candidata Danielle Garcia (Cidadania) que obteve 109,864 votos (42,14%). Com a vitória, Edvaldo Nogueira permanece na prefeitura de Aracaju pelos próximos quatros anos.

No primeiro turno das eleições municipais, que aconteceu no dia 15 deste mês, Edvaldo recebeu 119.681 votos, 45,57% dos votos válidos, e Danielle obteve 55.973 votos, 21,31% dos votos válidos para assumir a prefeitura da capital. Os candidatos concorreram ao segundo turno das eleições no dia de hoje. 

Trajetória política

Trajetória política

Dentro da UFS, Edvaldo largou o curso de medicina no quinto ano, envolveu-se com a militância política e tornou-se um dos fundadores do Partido Comunista do Brasil – PC do B – em Sergipe. Em 1984, foi eleito presidente do Diretório Central Estudantil – DCE – da UFS. Em 1988, foi eleito vereador de Aracaju, e reeleito em 1992.

Em 2000, Nogueira foi eleito vice-prefeito de Marcelo Déda para a Prefeitura de Aracaju, e reeleito em 2004. Em 2006, quando Déda se afastou para concorrer ao Governo do Estado, Edvaldo assumiu a Prefeitura. Já em 2008, Nogueira foi eleito prefeito de Aracaju pela primeira vez ainda no primeiro turno com 51,72% – ou 140.962 votos. Nas eleições de 2014, candidatou-se a deputado federal, obteve 36.570 votos e não conseguiu se eleger. Em 2016, retornou à Prefeitura de Aracaju com vitória no segundo turno e neste ano, renova o seu mandato na prefeitura de Aracaju até 2024.

Por Isabella Vieira e Karla Pinheiro

INFONET

PT fica fora das prefeituras das capitais pela primeira vez desde a redemocratização

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Disputa entre (PSB) se mantém acirrada no Recife, diz Datafolha

Marília Arraes perdeu para o primo João Campos, do PSB

Amanda Almeida
O Globo

O PT não elegeu prefeitos em capitais. É a primeira vez que isso ocorre desde a redemocratização. Sem nenhum eleito nas mais importantes cidades no primeiro turno, o partido disputou no Recife, com Marília Arraes, e em Vitória, com João Coser, neste domingo. Perdeu nas duas. No Recife, a petista foi derrotada pelo primo João Campos, do PSB, e em Vitória para o Delegado Pazolini, do Republicanos.

Em 2016, em capitais, só venceu em Rio Branco. Porém,  Marcus Alexandre (PT) deixou o mandato para disputar o governo do Acre em 2018. Perdeu.

EM BUSCA DE OBAMA – Apesar de críticas públicas a Barack Obama pelas citações nada lisonjeiras a Lula em seu livro, petistas vão tentar reabrir caminhos de diálogo com o ex-presidente americano. Em suas memórias recém-publicadas, Obama compara o ex-presidente do Brasil a um chefe de máfia e associa-o a um esquema bilionário de propinas.

O PT acredita que Obama está “desinformado” sobre a Lava-Jato e quer restaurar a imagem positiva que ele guardava de Lula, a quem chegou a chamar de “o cara” em uma cúpula do G20 onze anos atrás.

Para petistas, Obama é “vítima da campanha massiva contra Lula”. Ambos não se falam há anos. O PT não tem hoje pessoas próximas ao americano. Mas, para reatar laços, pretende buscar interlocutores privilegiados com a finalidade de promover uma conversa entre os dois.

SONHAM COM ERRATA – Pelo visto, sonham com uma errata numa eventual nova edição do livro.

E a estratégia do partido continua sendo investir numa cruzada internacional para consolidar o discurso de que Lula é vítima de perseguição política no Brasil.

Todo político é corrupto? Entenda a origem da corrupção no Brasil

 Escrito por 

Há muito tempo o Brasil atravessa uma crise política. O que nos leva a perguntar: todo político é corrupto? Na verdade, alguns estudiosos afirmam que a corrupção em nosso país é embrionária. Ela apenas teria se sofisticado atualmente

Mas para responder a essa pergunta, é preciso ir mais fundo do que simplesmente afirmar que todo político é corrupto. Pois, na verdade, isso é muito mais um sistema que funciona de maneira errada do que somente ações isoladas de pessoas com mandato.

Neste artigo, você tomará ciência da origem da corrupção e das resposta para a pergunta: todo político é corrupto? Entenda.

Origem da corrupção no Brasil

O filósofo Sócrates tem uma frase célebre que diz: “todo corpo é corrupto, ele faz aquilo que é melhor para ele”. Essa frase de efeito cai bem se analisarmos tudo o que já aconteceu no campo político do Brasil.

A origem da corrupção no Brasil remonta o século 16 ainda no período da colonização portuguesa. E ela começou quando os funcionários públicos que fiscalizavam os negócios da coroa portuguesa usavam da sua influência para comercializar produtos brasileiros.

Para entender a origem da corrupção no Brasil é preciso entender a história desse país

Os primeiros vestígios de corrupção no Brasil remonta o período da colonização portuguesa (Foto: depositphotos)

As primeiras propinas foram de especiarias, pau-brasil, tabaco, ouro e diamante. E a corrupção se dava pois naquela época as riquezas do Brasil só poderiam ser vendidas com autorização do rei. Mas nem sempre isso acontecia. Logo, o desvio desses produtos é considerado como os primeiros casos de beneficiamento ilícito.

Por outro lado, os monarcas não puniam os funcionários públicos que faziam isso, pois eles tinham muitos negócios a administrar e isso não era prioridade. O reflexo desse postura conivente foi o crescimento desse tipo de comportamento.

Com o passar dos anos, a corrupção do Brasil sofisticou a sua metodologia. Por exemplo, no final da era da produção do açúcar, em 1850, o tráfico de escravos foi proibido, mas ainda assim os escravos continuavam chegando no Brasil.

O tráfico negreiro produzia muito lucro para todos os envolvidos e, por isso, continuou a todo vapor mesmo sendo proibido.

Veja tambémEscravidão no Brasil – História e detalhes da abolição da escravatura

Corrupção na época da Independência do Brasil

Assim que o Brasil ficou independente, em 1822, tinha início outro tipo de corrupção: a política. As fraudes eleitorais e a concessão de obras públicas nasciam nessa época.

Um exemplo dado pela Ong brasileira ‘Contra Corrupção’ deixa claro o que acontecia nos primeiros anos do Brasil império e que se parecem muito com o que ocorre hoje em dia.

Foi quando o Visconde de Mauá recebeu uma licença para explorar o mar e a vendeu para uma companhia inglesa em troca de tornar-se diretor.

Essa conduta foi se repetindo em vários níveis, principalmente por aqueles que iam aos poucos abrindo mão do tráfico negreiro e precisavam manter sua riqueza e poder.

Durante as primeiras eleições, por exemplo, só votava quem tinha posses ou quem era conhecido dos candidatos.

Corrupção com a proclamação da República

Em 1889, instalava-se no Brasil um sistema ainda mais desenvolvido de corrupção. Quando os coronéis das pequenas cidades obrigavam os seus funcionários a votarem em quem ele queria, do contrário, perdia o emprego. É o que chamamos de coronelismo.

compra de votos também se firmava nessa época. Quando o eleitor vendia o seu voto por objetos e dinheiro. Além disso, o sistema de apuração dos votos era extremamente corrupto, pois os votos nos deputados que não interessavam a base governista eram simplesmente anulados. Ou seja, só se elegia quem o presidente queria.

Os casos eram tão graves que até um presidente eleito pela maioria dos votantes foi simplesmente tirado da jogada por um grupo economicamente mais forte. Isso acontece no final da década de 20, quando o vencedor das eleições de 1929, Júlio Prestes, foi envolvido em uma armação que não permitiu que ele tomasse posse.

Veja também: Governo de Getúlio Vargas – Primeiro e segundo mandato

Quem assumiu no seu lugar foi Getúlio Vargas, que tinha o apoio da oligarquia da época. Para você ter uma ideia, Prestes teve mais de um milhão de votos, enquanto Vargas não chegou a 750 mil. Ainda assim o segundo assumiu seu lugar.

Corrupção durante a Ditadura Militar

A origem da corrupção no Brasil tem relação com a permissividade

Durante todas as fases da história do Brasil são percebidos comportamentos corruptos (Foto: depositphotos)

Após o golpe de 1964, o Brasil entrava em uma ditadura. Nesse época muitos fatos foram encobertos e alguns vieram à tona. Foi nesse período se intensificou a corrupção nas empresas estatais.

O esquema era bem parecido com os escândalos de corrupção mais atuais. Um exemplo que tornou-se famoso foi de uma empresa privada sem fins lucrativos, dirigida por militares, que administrava uma previdência privada.

Para aumentar os seus fundos que deveriam ser destinados para as pessoas que iriam se aposentar, essa empresa dos militares resolveu participar de uma licitação de uma empresa estatal.

Obviamente, eles ganharam a concorrência, graças à propina paga com o dinheiro dos aposentados para a pessoa responsável pela licitação. Em contrapartida, os militares que ganharam o contrato jamais fizeram a obra, que era um ação de desmatamento em uma área para a construção de uma hidroelétrica, também estatal.

O prejuízo ficou totalmente para os contribuintes, pois foi usado o dinheiro dos fundos para dar propina para vencer a licitação, cuja obra jamais foi feita. Muitos casos semelhantes aconteceram durante a época da ditadura.

Corrupção durante a redemocratização brasileira

Com o fim da era militar no Brasil que se estendeu até 1985, as ‘Diretas Já’ levaram milhares de brasileiros às ruas. Parecia ser o fim da corrupção no país. Mas tudo não passava de um aprofundamento das técnicas criminosas.

O fato mais relevante que veio a público nessa época foi o impeachment do presidente Fernando Collor. Mas o esquema de corrupção começou bem antes, ainda na época da campanha quando ela foi patrocinada por usineiros do estado de Alagoas, o estado de origem do político.

Veja também: Governo de Fernando Collor de Melo

Ao todo, a estrutura montada para eleger o alagoano movimentou cerca de 1 bilhão de dólares, administrados pelo seu tesoureiro Paulo César Farias, conhecido como PC, que viria a ser assassinado anos depois.

Os políticos são os culpados pela corrupção?

Ao analisarmos os fatos políticos ocorridos desde a época do Brasil colônia nos damos conta do quanto a cultura da corrupção está enraizada no comportamento político nacional. Porém, ao nos aprofundarmos ainda mais, percebemos que os civis também contribuem nas atividades do dia a dia para sistemas altamente corruptos.

Quando praticamos pequenas violações também estamos contribuindo para esquemas maiores: ao darmos propina para o guarda de trânsito ou pagarmos por serviços públicos. Afinal, todo político também já foi uma pessoa comum.

Vale lembrar também que a política somos todos nós. Logo, seria inapropriado afirmarmos que todo político é corrupto, porém fica a missão de nos policiarmos e lutarmos pelo fim dos privilégios e esquemas criminosos na gestão pública.

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“NÃO HÁ MUDANÇA ÉTICA OU MORAL SEM CRISE”

 O professor Roberto Romano explica como nosso conceito de ética é relativo a tempos e sociedades e aponta o que ainda é preciso melhorar na política brasileira

Roberto Romano - Antoninho Perri.

Foto: Antoninho Perri

É possível que os nossos princípios éticos mudem com o passar do tempo? Analisando a História da civilização ocidental, entendemos que sim. A ética do homem se transformou e continuará se transformando. É o que explica Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Para isso, ele retoma a origem da palavra, na Grécia Antiga. E chega aos problemas dos dias de hoje na política brasileira. Confira a entrevista que Roberto Romano concedeu a Página22 para a edição 72 “Poder”.

A ética tem como base os valores históricos e culturais? Como podemos analisar uma evolução da ética em nossas sociedades?

É preciso começar explicando a palavra “ética” que surgiu na Grécia como hexis e significava “postura”. A Grécia era uma sociedade guerreira, principalmente em Esparta. Meninos e meninas aprendiam desde cedo a ter uma postura corporal correta para os exercícios militares. Se eles não andassem, corressem e se movimentassem corretamente, colocariam a cidade em risco porque a guerra exige pleno domínio do corpo. Se uma pessoa não aprende a ter a postura correta desde jovem, nunca mais terá uma boa postura.

Por metáfora, aquela ideia passou a ser a boa postura da mente: era preciso aprender a raciocinar e ter valores corretos para que se exercesse a cidadania. Então, passou a ser importante também ensinar os meninos e meninas uma boa ética espiritual, de valores, a maneira de se comportar.

Quem aprende a andar e pensar de forma correta faz isso automaticamente depois. Mas uma pessoa que, quando criança, aprende a desprezar quem é de outra cor ou condição social irá agir dessa maneira por muito tempo porque essa é a forma como ela é. É preciso ter muito cuidado com o automatismo, com a inconsciência da ética.  O habito é um dos piores tiranos que uma pessoa pode ter. Se habituar a uma forma de agir é ser escravo dessa forma.

Como diferenciamos ética e moral?

A ética é um comportamento essencialmente coletivo e social. Não existe ética individual. Ela existe na sociedade – seja boa ou má – e é aprendida e modificada pela ação da própria sociedade. O indivíduo tem um peso bastante relativo nessa modificação.

Sócrates proclama que prefere seguir a consciência dele aos costumes e crenças da coletividade. Quando oferecem a ele a oportunidade de fugir da condenação à morte, ele diz “Minha consciência exige que eu siga o julgamento e responda pelas minhas ideias”. A moral é o campo do indivíduo, de sua consciência diante da coletividade. O indivíduo pode aceitar ou se revoltar contra a ética vigente em sua sociedade.

Se a ética vigente é devastar a natureza as pessoas que acham que isso é normal e continuarão a fazê-lo automaticamente. As que adquirem uma percepção de mundo diferente da sociedade onde ela vive, vai agir moralmente. Durante o regime do nazismo na Alemanha, era normal sair às ruas dizendo “Viva Hitler” e achar que as pessoas consideradas inferiores, como negros e judeus, deveriam ser exterminadas. Agora, moral eram os que se insurgiam contra isso.

Embora mais frágil porque há uma face do individual, a moral é mais exigente e mais difícil. Se você está na Alemanha nazista e é branco de olho azul, por que dizer que é errado matar ciganos ou homossexuais? A moral exige muito mais coragem e lucidez do indivíduo.

Não é possível separar a ética da moral.  A ética é o resultado de múltiplas ações morais que se tornaram coletivas.

Para falar de política, então, temos que falar tanto da ética tanto quanto da moral?

Sim. Por exemplo, na sociedade indiana pré-independência, a ética era a da obediência aos ingleses, dos aristocratas que dividiam (e dividem até hoje) a sociedade em castas. Gandhi assumiu atitudes de desobediência e não-violência a partir de sua consciência moral. Gosto muito do exemplo do sal. Era proibido de ser tocado e Gandhi pegou um punhado. Seu gesto “eu não aceito essa ordem legal” foi repetido muitas vezes. Até que se chegou à independência.

Como a noção de ética muda ao longo do tempo e das sociedades? Por exemplo, na Índia independente criou-se outros códigos de conduta social.

Johann Gottlieb Fichte, grande autor moral do século XIX e da modernidade comparava o nascimento da reflexão ao choque. Quando você está indo em uma direção e encontra o obstáculo, sente a necessidade de mudar o caminho.  Com a ética é assim. Você está mergulhado em preconceito e tem um choque que obriga a repensar e reordenar todos os seus valores.

Até o século XIX, havia um racismo tremendo na cultura. Dizia-se que matemática era apenas para homens e brancos. Até que as pessoas se deram conta de que havia mulheres e negros ótimos em cálculos. As pessoas com caráter minimamente correto passaram a questionar ao tomar esse “choque”. Outro choque é ser assaltado na rua. Você vive bem até que os choques sociais te fazem pensar nas condições de vida na sua sociedade.

Não há mudança ética ou mudança moral sem a crise. O conceito de crise não é totalmente negativo. Ele é importante para se pensar nas questões da ética e da moral porque são em situações limites da vida social em que propostas de renovação e de mudanças de comportamento aparecem.

Na medicina grega hipocrática, a ideia de crise é o momento em que o corpo está brigando com a morte. Pode reagir e sobreviver ou não. O médico tem que saber muito bem e perceber os sinais positivos ou negativos da crise. Assim também deveria fazer os políticos, os professores, os jornalistas que têm o conhecimento mais aguçado que o cidadão comum para perceber os sinais da crise e saber se são positivos ou negativos.

Quais foram os momentos de crise da ética em nossa sociedade ocidental?

Temos pelo menos dois importantes. Um deles é a Renascimento (séculos XIV a XVII) e a Reforma Protestante: A partir de Lutero, rompeu-se com a ideia de que o homem tinha quer ser cristão e católico. A ruptura obrigou a sociedade – e inclusive a própria Igreja Católica – a repensar. Tanto que em seguida, a Igreja organiza a Contra-Reforma. O Renascimento é o momento do surgimento do estado moderno e da secularização também cultura, da moral e da ética.

No século XVII, debatia-se seriamente a possibilidade de uma sociedade puramente ateia ter moral ou não. Até que se entendeu que para ser ético e correto não era preciso ser necessariamente religioso.

O segundo momento é o século XVIII com a Revolução Francesa e  a independência dos Estados Unidos. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão traz justamente o direito do homem ter uma religião, mas sem o direito de impô-la aos outros.

Foi nessa época que se consagrou um princípio fundamental na ética até: o da responsabilidade dos governantes diante dos governados, também chamado de accountability.

Na Revolução Puritana inglesa do século XVII se estabeleceu a accountability. Os reis passaram a ter que prestar contas. Se não, poderiam ser destituídos imediatamente. Esses princípios passaram para os Estados Unidos e isso está estabelecido lá até hoje.

Havia na democracia de Atenas a dokimasia: quando uma pessoa assumia um cargo público civil ou militar, era submetida a um exame e só assumia o cargo se provasse competência técnica e de valores humanos, éticos. No final da gestão era feito outro exame e uma prestação de contas. No caso de um mandato ruim, havia multas e até perda da cidadania e exílio.  Foi baseada nessa prática que se criou na Inglaterra do Século XVII a accountability.

Falta ao Brasil então a accountability?

Com certeza. A accountability estabeleceu o princípio do estado democrático moderno, mas é algo que nós brasileiros não conhecemos. Nunca nem fizemos uma revolução democrática. A inconfidência mineira foi uma tentativa. Os homens do movimento, liam os autores da Inglaterra, dos EUA.  O estado de Portugal era absolutista, totalmente contrário à prestação de contas. Acabaram com o movimento da inconfidência. Durante a fase do Império se continuou a perseguir os liberais e as pessoas com ideias que queriam estabelecer a república e um governo democrático.

O século XIX foi o da imposição das armas pelo império de uma norma de estado contra a democracia e o liberalismo. Então, nossa tradição é a de não-responsabilização.

Nossa ética ainda hoje é a do absolutismo: quem está dentro do aparelho do estado é superior, quem cidadão, não é nada. Prestar contas hoje é impossível nos três poderes do Brasil. Em todas as repartições públicas há um cartaz dizendo que insulto ao funcionário público é crime! E não existe nada falando que insultar o cidadão é crime. Se alguém te destrata na receita federal, você não pode fazer nada!

A lei da Transparência é um inicio de uma fiscalização dos brasileiros sobre o funcionalismo público?

Exatamente. Estamos caminhando a passos de tartaruga para mudar essa configuração. Temos a Lei da Improbidade Administrativa que segundo pesquisas do Ministério Público já consegue culpabilizar pelo menos 40% dos impobros processados. É pouco, mas perto da quase impunidade nenhuma anterior, é muito. E temos a Lei da Ficha Limpa. São leis que estão começando a definir o novo padrão de comportamento dos trabalhadores do estado e do público. Depois de se vivermos 500 anos sob a ética da servidão, é muito difícil perceber uma outra situação. Temos tentativas de mudanças que estão sendo bem sucedidas.

Voltando aos momentos de crise ética, ao fim da 2ª Guerra Mundial,  a Organização das Nações Unidas (ONU) – então, recém-criada – aprovou  a Declaração Universal dos Direitos Humano. Isso teria sido o resultado de um momento de crise ética?

Isso foi um marco importante. A ONU ainda é um instrumento deficiente na resolução de guerras, mas é um caminho. Em passos pequenos estamos conseguindo mudar a ética planetária. Pouco a pouco se encontram novos caminhos.

Em Leis, Platão diz que não existe Estado (pólis) se nele as dores e alegrias dos indivíduos não forem  as dores e alegrias do coletivo e vice-versa. E não é automático que isso aconteça.

Leia mais sobre ética na reportagem “Assim caminha a humanidade”

“Não há mudança ética ou moral sem crise” - Página22 (pagina22.com.br) 

Confira por onde vai passar as cinzas do ex-governador João Alves

 em 28 nov, 2020 14:37


João Alves Filho terá homenagens na capital (Foto: arquivo PMA/André Moreira)

As cinzas do ex-governador João Alves Filho vão chegar a Aracaju por volta das 11h30 da próxima segunda-feira, 30. Do Aeroporto de Aracaju, assim que as cinzas forem entregues pela família à Guarda de Honra, será executado um toque de silêncio e a urna será conduzida ao carro do Corpo de Bombeiros, que realizará o cortejo fúnebre por ruas de Aracaju.

Por volta das 12h, haverá um desfile em carro aberto do Corpo de Bombeiros por ruas da capital sergipana, passando por alguns pontos importantes e icônicos das gestões de João Alves Filho com parada no Palácio Museu Olímpio Campos, localizado na Praça Fausto Cardoso. As cinzas vão ficar no palácio das 13h30 até às 17h para que amigos, familiares e admiradores possam se despedir.

A visitação será pública e haverá disciplinamento do acesso, com controle de temperatura e observação do distanciamento entre as pessoas. Os visitantes serão orientados a circundar a urna e deixarem o ambiente. A permanência no interior do Palácio será restrita à família, amigos mais íntimos e à autoridades locais e nacionais que se fizerem presentes.
Missa
Após as 17h, as cinzas seguirão em comboio até a Igreja Nossa Senhora Rainha do Mundo, no Conjunto Médici, percorrendo ruas da Capital, onde as 18h30 haverá uma celebração religiosa. O Arcebispo da Arquidiocese de Aracaju, Dom João José da Costa, celebrará a Missa da Esperança, pelo 7º dia da morte de João Alves Filho, em concelebração com os Padres Marcelo, José Lima, Alailson (pároco da
Igreja) e Valtervan. O padre Valtervan foi confessor de Dr. João por mais de 10 anos e fará a Homilia. A cantora Amorosa fará homenagens durante a Missa.

Confira o roteiro por onde as cinzas irão passar 

•Saída do Aeroporto de Aracaju

• Av. Antônio Alves (Beira Mar)
Av. Hildete Falcão, Av. José Carlos Silva
(Ref. Restaurante Miguel)

• Av. Santos Dumont (Orla de Atalaia)
Av. Rotary
(Ref. Mc Donald’s, Arcos da Orla)
(Retorno no final da Passarela do Caranguejo, segue até o retorno no Farol)

• Av. Beira Mar
Av. Rotary (antigo Hotel Beira Mar)

• Av. Beira Mar/Treze de Julho/Ivo do Prado

• Ponte Aracaju/Barra dos Coqueiros
Av. Ivo do Prado, Av. Simeão Sobral, Av. Otoniel Dória,
Av. José Conrado de Araújo
(Retorno no trevo da Barra dos Coqueiros)

• Av. João Rodrigues
(Ref. Aracaju Parque Shopping)

• Av. Mal. Mascarenhas de Moraes
(Ref. Mercados)

• Av. Ivo do Prado

• Praça Fausto Cardoso
Tv. José de Faro

• Palácio Museu Olímpio Campos

 

Cortejo (2ª parte): do Palácio Museu Olímpio Campos à Igreja Nossa Senhora do Mundo

• Rua Itaporanga
Ref. OSAF

• Avenida Pedro Calazans/Hermes Fontes/Adélia Franco

• Rua Humberto Porto Dória
Ref. Posto de Combustível Petrox

• Avenida Lúcia Monteiro Sobral – Médici
Igreja Nossa Senhora Rainha do Mundo

*Com informações da assessoria da Senadora Maria do Carmo

Infonet – O que é notícia em Sergipe

Caso o Supremo arquive inquérito, Bolsonaro poderá indicar Ramagem para comandar a PF


Bolsonaro já disse que nomear Ramagem seria um “sonho”

Andréia Sadi
G1

Aliados do presidente Jair Bolsonaro avaliam, nos bastidores, que o presidente não desistiu de nomear Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal – apenas aguarda uma solução jurídica para não “afrontar” o Supremo Tribunal Federal.

Ramagem, amigo da família Bolsonaro, foi o pivô da demissão de Sergio Moro do governo. Mas não assumiu o comando da PF por um veto do ministro Alexandre de Moraes. No entanto, Bolsonaro já disse publicamente que nomear Ramagem seria um “sonho” e que ele gostaria que fosse concretizado “brevemente”.

PACIFICAÇÃO – Assessores do presidente ouvidos pelo blog nos últimos dias afirmam que Bolsonaro só indicaria Ramagem se houvesse uma pacificação com o STF – e que a expectativa é que o STF arquive o inquérito da interferência política na PF, abrindo, assim caminho para essa possibilidade de Ramagem assumir a PF.

Nas palavras de um interlocutor de Bolsonaro, o presidente não vai assumir um novo desgaste nesse tema. Outra possibilidade, também em discussão, seria indicar Ramagem para o Ministério da Segurança Pública, que teria de ser criado. A Polícia Federal passaria a estar submetida à sua pasta.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Os assessores do Planalto não sossegam. É mais uma fake news que eles tentam plantar, para desviar a atenção sobre o inquérito que apura as tentativas de Bolsonaro interferir na Polícia Federal para proteger a família e os amigos, conforme ele próprio declarou na reunião ministerial de 22 de abril. O futuro de Bolsonaro e sua permanência como presidente da República estão nas mãos de Alexandre de Moraes, um ministro implacável, que parece destinado a entrar na História por sua independência, seguindo o exemplo de juristas de verdade, como Adaucto Lucio Cardoso. (C.N.)

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