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segunda-feira, maio 25, 2009

Toda forma de amor

Ações judiciais sobre relacionamentos amorosos têm respostas no STJ


Namoro, noivado, casamento. Qualquer relacionamento amoroso pode terminar em processo judicial. Em matéria especial, o STJ comenta um pouco mais as inúmeras decisões referentes às relações de casal.
As mais recentes tratam da aplicação da lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006 - clique aqui), que combate a violência doméstica e familiar contra a mulher.
Em julgado deste ano, a Terceira Seção concluiu pela possibilidade de aplicação da lei a relações de namoro, independentemente de coabitação. No entanto, segundo o colegiado, deve ser avaliada a situação específica de cada processo, para que o conceito de relações íntimas de afeto não seja ampliado para abranger relacionamentos esporádicos ou passageiros.
"É preciso existir nexo causal entre a conduta criminosa e a relação de intimidade existente entre autor e vítima, ou seja, a prática violenta deve estar relacionada ao vínculo afetivo existente entre vítima e agressor", salientou a ministra Laurita Vaz. No processo, mesmo após quase dois anos do fim do namoro, o rapaz ameaçou a ex-namorada de morte quando ficou sabendo que ela teria novo relacionamento. O STJ determinou que a ação seja julgada pela Justiça comum, e não por Juizado Especial Criminal, como defendia o advogado do acusado da agressão.
Em outra questão sobre a Lei Maria da Penha e namoro, o STJ entendeu ser possível o MP requerer medidas de proteção à vítima e seus familiares, quando a agressão é praticada em decorrência da relação. Para a desembargadora Jane Silva, à época convocada para o STJ, quando há comprovação de que a violência praticada contra a mulher, vítima de violência doméstica por sua vulnerabilidade e hipossuficiência, decorre do namoro e de que essa relação, independentemente de coabitação, pode ser considerada íntima, aplica-se a Lei Maria da Penha.
Noivado
O fim de um noivado pode gerar pendências no Judiciário, como o processo que foi julgado pelo STJ em 2002. Por uma questão constitucional, a Corte manteve a decisão do TJ/SP que isentou o ex-noivo de indenizar a ex-noiva e o pai dela, mesmo tendo desistido do casamento 15 dias antes de cerimônia, já com os convites distribuídos e as despesas pagas.
O TJ/SP reconheceu o direito da ex-noiva e de seu pai à indenização pelos prejuízos morais e financeiros sofridos por causa da desistência. No entanto, durante o processo, o ex-noivo obteve o benefício da Justiça gratuita para responder à ação e essa peculiaridade implicou a isenção da obrigação de indenizar os
autores. O TJ/SP se baseou no artigo 5º da CF/88 (clique aqui). No STJ, os ministros concluíram que o recurso, baseado no julgado do TJSP que seguiu o artigo 5º, não poderia ser analisado pela Corte, e sim pelo STF, por se referir a texto da Constituição. Por esse motivo, manteve a decisão do TJSP.
Casamento
Já está firmado o entendimento de que o imóvel de família onde o casal reside e, em alguns casos, com outros parentes é protegido pela Lei n. 8.009/90 (clique aqui), que torna impenhorável esse tipo de imóvel. Segundo o STJ, essa proteção prevalece mesmo quando o casal decide separar-se. Em 2008, a Corte concluiu que a impenhorabilidade do bem de família visa resguardar não somente o casal, mas a própria entidade familiar. Por isso, no caso de separação, não é extinta a impenhorabilidade, pelo contrário, surge uma duplicidade da entidade, que passa a ser composta pelo ex-marido e pela ex-mulher com os respectivos parentes.
Outro tema que surge em relação ao casamento ou à separação diz respeito ao uso de sobrenome. Em julgado de 2005, o STJ reconheceu a possibilidade de os noivos suprimirem um dos nomes que representa a família quando do casamento, desde que não haja prejuízo à ancestralidade - identificação da família nem à sociedade, pois o nome civil é direito de personalidade.
A hipótese de continuar a usar o sobrenome do ex-marido após o divórcio também foi analisada pelo Superior Tribunal. Julgados autorizam a ex-mulher a manter o sobrenome do ex-marido, pois deve prevalecer a disposição legal que preserva o direito à identidade. Em uma das decisões, o Tribunal assinala que o uso pode permanecer, mesmo que isso gere desconforto e constrangimento ao homem. Em outra, o Tribunal avaliou a manutenção do nome após o fim de um matrimônio de 45 anos. A Corte concluiu que, neste caso, obrigar a ex-mulher a retirar o nome do ex-marido poderia causar grave dano à personalidade dela e prejuízo à sua identificação diante do longo tempo em que foi apresentada com tal sobrenome.
Ainda sobre o tema, o STJ analisou pedido de uso de nome em registro de óbito de companheiro - pessoa que conviveu em união estável -. De acordo com o Tribunal, se não houve o reconhecimento oficial da convivência comum do casal, em união estável, o nome do companheiro da pessoa falecida não pode constar no registro do óbito. Para o ministro Aldir Passarinho Junior, esse entendimento não nega a legislação que rege a união estável, mas é preciso focar que o reconhecimento do relacionamento não se dá automaticamente. Além disso, a lei que regula os elementos possíveis de figurar na certidão de óbito é taxativa. Ainda segundo o ministro, é preciso cuidado no registro de óbito, já que dele podem vir consequências legais.
Também sobre casamento, o STJ analisou, em 2000, pedido de anulação de matrimônio impetrado pela noiva porque seu pai descobriu, durante a lua de mel, dívidas e títulos protestados contra o noivo. O recurso da noiva não foi conhecido pelo Tribunal. Segundo o ministro Ruy Rosado de Aguiar, relator do processo à época, caso prevalecesse o pedido da noiva pela nulidade, qualquer cheque devolvido ou fornecedor insatisfeito, chegando aos ouvidos da família da noiva, dariam margem a que seu pai fizesse com que o casal interrompesse a lua de mel, com imediata separação e ação de anulação. "O que reservar então aos falidos, concordatários, processados criminalmente, investigados por muitas mazelas?", concluiu o relator.
Casos especiais
Além dos aspectos diretamente relacionados com namoro, noivado e casamento, partilha e pensão, o Tribunal da Cidadania já respondeu a diversas questões apontadas em recursos, como a de processos sobre regimes de bens. Em julgamento de 2008, a Corte permitiu a alteração do regime de bens de casamento celebrado sob a vigência do Código Civil de 1916 (clique aqui)- antigo, possibilidade expressa no novo Código - de 2002 (clique aqui), desde que respeitados os direitos de terceiros.
Em outro julgado, o Tribunal também definiu que cônjuges casados em comunhão de bens não podem contratar sociedade entre si. Segundo os ministros, as restrições previstas na lei pretendem evitar a utilização das sociedades como instrumento para encobrir fraudes ao regime de bens do casamento. Já os cônjuges casados em regime de separação de bens pelo CC de 1916 podem realizar doações de bens entre si durante o matrimônio. O STJ entendeu válido esse tipo de operação.
Algumas pendências judiciais sobre união estável foram analisadas pelo Tribunal da Cidadania. Em uma delas, ele concluiu que o direito de companheiro à metade de imóvel dado como garantia em contrato não prevalece sobre o direito do credor a executar a hipoteca, se o companheiro que assinou o contrato de hipoteca omitiu a existência da união estável. Em outro caso, a Corte entendeu impossível o reconhecimento concomitante de duas uniões estáveis. Para os ministros, o objetivo de reconhecer a união estável e o fato de que ela é entidade familiar não autoriza que se identifiquem várias uniões estáveis. "Isso levaria, necessariamente, à possibilidade absurda de se reconhecerem entidades familiares múltiplas e concomitantes."
Um caso de bigamia também chegou à análise do STJ. O Tribunal negou a homologação de uma sentença estrangeira que tornou nulo o casamento realizado no Brasil entre uma brasileira e um japonês, após ele descobrir que ela já era casada e tinha três filhos com o primeiro cônjuge. Segundo os ministros, como o casamento foi realizado no Brasil, portanto de acordo com a lei brasileira, o pedido de nulidade do matrimônio deve ser feito de acordo com a mesma lei, e não no Judiciário japonês, como ocorreu.
Vários processos com decisões divulgadas nesta matéria não têm seus números informados por se referirem a ações com trâmite em segredo de justiça.
Processos Relacionados : RESP 963370 - clique aqui.CC 100654 - clique aqui.HC 92875 - clique aqui.RESP 241200 - clique aqui.RESP 662799 - clique aqui.SEC 1303 - clique aqui.RESP 952141 - clique aqui.RESP 471958 - clique aqui.RESP 707092 - clique aqui.RESP 812012 - clique aqui.RESP 1058165 - clique aqui.
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Fonte : STJ
Fonte: Migalhas

Brasileira de 23 anos vence Miss Canadá

da Folha Online

A brasileira Mariana Valente, 23, venceu o concurso Miss Universo Canadá e vai representar o país da América do Norte na competição pelo título de Miss Universo nas Bahamas em agosto. Desta forma, ao menos duas brasileiras vão estar no concurso das Bahamas, a miss Brasil Larissa Costa, 25, e Valente.
Valente está no Canadá desde os 12 anos e estuda francês na universidade. Ela já participou de outros concursos de beleza como Miss Brazil Canada em 2005 e levou o título de Miss Latina Canada 2007. O Miss Universo Canadá ocorreu no último sábado (23).
A brasileira informou ao concurso que seu objetivo é se tornar uma professora do ensino elementar. Ela representou Richmond Hill no concurso.
O concurso também destacou o trabalho social de Valente, que deve vir ao Brasil em dezembro para inaugurar um abrigo para crianças do projeto Base (Brazilian Association for Social and Educational Support). O Base tem ações na cidade de Caxambu (MG), já Valente nasceu em São Paulo.


A brasileira, em azul, participa de projetos sociais e disse que pretende se tornar professora
Valente disse que seu estilo simples é o que a levou a ganhar o concurso. "A estratégia que eu usei foi ser eu mesma, é tudo o que eu posso fazer. Eu fui tentando ser eu mesma e é o que eu fiz", disse a miss ao jornal "Toronto Sun".
"Eu acho que eles foram capazes de ver que eu sou uma pessoa humilde, sincera e estou pronta para representar o Canadá", afirmou a brasileira, segundo o jornal.
Fonte: Folha Online

“VOCÊ NÃO SUPORTARIA A VERDADE!”

Laerte Braga


“You can't handle the truth!” Essa fala escolhida a 29ª melhor da história do cinema. Está no filme “A few good men” – “Questão de honra – e foi dita por Jack Nicholson interpretando um coronel da marinha dos EUA comandante de um grupo na base militar de Guantánamo, território cubano ocupado pelos norte-americanos e hoje transformado em campo de concentração de presos políticos.

“Você não suportaria a verdade!”

O filme do diretor Bob Reiner não é nenhuma obra prima, mas é um bom filme. Trata do julgamento de dois fuzileiros navais – mariners – acusados de assassinar um companheiro. Tom Cruise, um tenente da marinha e advogado, prova que a obsessão por segurança e acendrado amor à pátria foram os fatores responsáveis pela morte do fuzileiro e por conta de uma ordem de um coronel – Nicholson – fascista lato senso.

O código “alarme vermelho”. Sinônimo de pare tudo e vá defender a pátria. A pátria, a propriedade privada, os bancos, as grandes corporações, os senhores do mundo.

O principal objetivo do filme, com quatro indicações para o Oscar, é de 1992, foi mostrar que não há lugar para crimes contra os direitos humanos nos Estados Unidos e os responsáveis são punidos. Os fuzileiros que cumpriram ordens acabam absolvidos, o coronel preso.

E Tom Cruise abre caminho para a sua assistente, também oficial da marinha, a atriz Demi Moore. O mocinho e a mocinha.

A reação do chamado mundo cristão, democrático e ocidental ao teste nuclear subterrâneo realizado pela Coréia do Norte reforça esse tipo de fanatismo democrático, ou pelas liberdades, como dizem os norte-americanos. O hino nacional fala em conquistas “nossa causa é justa”. Eles deliberam sobre esse caráter de justa da causa deles.

Segundo a Casa Branca – agora na versão vaselina – a Coréia do Norte transgride normas de segurança e da paz mundial, coloca em risco essa segurança e essa paz – que não existe – Os governos da Coréia do Sul, do Japão e lógico, das colônias na Comunidade Européia fazem coro aos EUA. Israel aproveita-se para tentar ampliar a insensatez sionista atacando o Irã.

“Você não suportaria a verdade!”. Quando Jack Nicholson diz isso no filme está apenas confirmando todo o espectro de terror e barbárie que envolve as ações militares e de inteligência dos EUA mundo afora. Guantánamo, as prisões no Iraque e no Afeganistão. A associação com o presidente narcotraficante Álvaro Uribe da Colômbia e agora o veto do Congresso à proposta do presidente Barak Obama de fechar a base militar em território cubano. As pressões para que não sejam mostradas as cenas de tortura – “asfixia simulada”, explicitamente citada por Obama – os estupros de militares do próprio país por fuzileiros defensores da democracia cristã e ocidental.

O coronel, no filme termina preso. É a exceção. A regra é o seu procedimento. A imagem que o filme tenta transmitir é a do triunfo dos direitos humanos sobre a boçalidade. Mais ou menos como eu faço assim, você deve obedecer, mas você pode ter certeza que eu faço assado.

E é o que acaba prevalecendo. A imagem de justiça, logo, de causa justa.

A Coréia do Norte iniciou suas pesquisas para a fabricação do que chamam “artefatos nucleares de guerra” há cerca de cinqüenta anos, quando o governo dos EUA ameaçou jogar uma bomba atômica sobre a capital do país. Enviou cientistas a antiga União Soviética e lá buscou os meios para chegar ao estágio atual de desenvolvimento de armas atômicas.

Há cinqüenta anos atrás era forte a lembrança da destruição das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki por duas bombas nucleares lançadas pelos norte-americanos.

“A saída, onde fica a saída?”. É a pergunta de uma sobrevivente a esse holocausto de pavor no filme “Hiroshima mon amour”, do cineasta francês Alain Resnais. Um dos maiores da história do cinema.

As grandes redes de tevê, os grandes jornais e as grandes emissoras de rádio dos EUA, da Europa, suas extensões em países como o Brasil – GLOBO, BANDEIRANTES, VEJA, FOLHA DE SÃO PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO, etc – não mostram um décimo da estupidez sionista contra palestinos na “legítima defesa” que invocam para garantir seu território e tomar terras e água palestinas. Para isso prendem, torturam, estupram, seqüestram, matam e dispõem de armas nucleares.

Em seguida colocam outdoors nas terras palestinas anunciando loteamentos com segurança absoluta e a preços de perder de vista.

Já o Irã, sob constante ameaça de ataques militares por parte de Israel e dos EUA é o grande vilão da história.

Armas nucleares são uma estupidez. Armas de um modo geral num sentido mais amplo são uma estupidez. Mas se um tiver, é justo que outro tenha. Pode soar trágico, pode assustar, mas é a maneira encontrada pelo governo da Coréia do Norte para evitar as constantes tentativas de golpes, de situações criadas pela inteligência dos EUA para intervir no país.

Em 2002 a mídia privada da Venezuela montou um golpe de estado contra o presidente Chávez em comum acordo com empresários, banqueiros e latifundiários do país, sempre em conluio com militares “patriotas” e tudo montado e dirigido pela Casa Branca.

Em cima de notícias falsas prenderam o presidente Chávez e foi a reação popular, três dias depois, que o trouxe de volta. Como tem sido a decisão do povo venezuelano que o mantém no governo.

O Departamento Federal de Combate às Drogas do governo dos EUA listou o presidente Álvaro Uribe da Colômbia como ligado ao narcotráfico, como antigo parceiro e beneficiário das “contribuições” de Pablo Escobar, um mega traficante, mas mantém o Plano Colômbia. Uma ação conjunta com o governo do narcotráfico para combate às guerrilhas das FARCS-EP e do ELN. Dominam cerca de cinqüenta por cento do território do país. Na velha desculpa matei porque ele atirou primeiro, imputam às guerrilhas a responsabilidade pelo tráfico de drogas.

O número de assassinatos oficiais na Colômbia é assombroso. Sindicalistas, opositores do governo e Uribe parte agora para um novo mandato mudando a constituição do país e à revelia da vontade popular, induzida ao medo e conduzida pelo medo. Gerado pelos portadores desse vírus de democracia cristã ocidental.

Consuma. Se consumo existo.

Quando o ator Jack Nicholson disse, no filme “Questão de honra” que “você não suportaria a verdade!” estava se referindo à realidade e não à ficção de Hollywood. Quando Hollywood tentava não ser ficção um senador, no final da década de 40 e início da de 50 do século passado, Joseph McCarthy, desencadeou uma ofensiva paranóica contra “comunistas” infiltrados no cinema. Dentre eles Charles Chaplin. Foi para o exílio. Quando o ator Marlon Brando, por muitos considerado o maior de todos os tempos, criticou o controle de grupos judeus sobre Hollywood foi avisado que não conseguiria mais um único papel se não retirasse as suas palavras e se retratasse.

Não se trata de defender a decisão da Coréia do Norte que explodiu um “artefato” mais forte e mais potente pelo menos quatro vezes que o primeiro há alguns anos.

Trata-se de legítima defesa diante da insânia dos donos do mundo.

O que foi a invasão do Iraque? Uma farsa montada em cima de armas químicas e biológicas que Saddam teve um dia. Fornecidas por norte-americanos para combater a revolução islâmica e popular no Irã e não tinha mais. O que é Osama bin Laden? Um combatente muçulmano fanático gerado pelos EUA, gerado e financiado para lutar contra os russos no Afeganistão.

“Você não suportaria a verdade!” parece mais um ato falho, um momento de clímax do filme, talvez até uma tentativa de alerta, de denúncia, mas a verdade é exatamente aquilo que não se deixa ver. O que é exportado é o modelo Tom Cruise, a ficção.

Assim que nem a surra que tomaram no Vietnã e depois Rambo foi lá resolveu tudo a sua maneira.

Quando Perón era presidente da Argentina dois eram os principais jornais do país. LA NACIÓN e LA DEMOCRACIA. Se dizia que Perón vendia LA NACIÓN e pregava LA DEMOCRACIA.

Os Estados Unidos vendem a Disneyworld, ou Tom Cruise, ou Sharon Stone cruzando as pernas num momento de frisson supremo, mas pregam e executam as barbáries que no fundo são a verdade não suportável.

A Coréia do Norte é um minúsculo país – território – na Ásia. Sua bomba é legítima defesa só isso. Do contrário os norte-coreanos serão obrigados a suportar a tal “verdade”. E essa “verdade” vem desde os tempos que James Monroe, presidente dos EUA, disse que “a América para os americanos”. Consolidou-a Theodore Sorensen Roosevelt. Sua política era do do big stick. O grande porrete.

Ou como diz Hilary Clinton, “esperamos que Cuba tome atitudes de reforma para a democracia e os direitos humanos para restabelecermos nossas relações normais e começarmos a conversar sobre o bloqueio”.

É. A culpa é de Fidel Castro.

Cesare Battisti: da depressão à esperança


Ex-preso político, jornalista Celso Lungaretti visita italiano na penitenciária da Papuda, em Brasília, e descreve encontro para o Congresso em Foco. “Olho no olho, percebo ser Cesare um homem pacato, do tipo não-faz-mal-nem-a-uma mosca”, afirma o brasileiro.

Cesare Battisti: liberdade de italiano nas mãos do STF

Celso Lungaretti*

Estou à espera de que Cesare Battisti seja trazido a um escritório do Centro de Internamento e Reeducação "Papuda", para que nós (vim com uma deputada e uma companheira do comitê de solidariedade) conversemos com ele numa mesa de canto, enquanto funcionários prosseguirão com seus afazares de rotina, ao redor. Meus sentimentos são contraditórios. Para começar, fiquei surpreso com as características pouco opressivas deste presídio-modelo. Em 1970/71, quando fui preso político da ditadura militar, estive em terríveis centros de tortura como os DOI-Codi's de SP e RJ, e o quartel da PE na Vila Militar (RJ); e, de passagem, fiquei conhecendo o Presídio Tiradentes e o Deops de SP, igualmente soturnos. Além de haver mais tarde visitado um amigo, preso comum que cumpria pena no Carandiru, captando tanta energia negativa no ar que em nada me surpreendeu, em 1992, o massacre dos 111 detentos, iniciado exatamente no Pavilhão 9 que impressão tão má me causara. E, depois de escrever mais de 60 textos em defesa de Battisti nos últimos meses, acabando por me tornar porta-voz do "Cesare Livre", inquieta-me a possibilidade de não ter tanta empatia com o homem como tenho com sua causa. Várias vezes já me decepcionei ao travar contato com os famosos do noticiário. Battisti não me reconhece de imediato, mas abre um largo sorriso quando somos apresentados. Abraçamo-nos, sem que nenhum segurança se preocupe com a possibilidade de eu lhe passar sorrateiramente algum contrabando. Decididamente, não o consideram perigoso. Aparenta exatamente os 54 anos que tem. É loquaz, fala rapidamente e enfatiza suas palavras com gestos, como bom italiano. Na sua agitação, às vezes assume, de relance, poses meio caricatas. Tendo atuado como jornalista profissional nos 34 anos seguintes à minha passagem pelos porões e prisões da ditadura, sei que uma série de fotos do Cesare, feitas por um profissional, invariavelmente conterá muitas que o tornarão simpático aos leitores, enquanto outras tantas vão lhe dar aparência esquisita, desagradável. Invariavelmente, são as segundas que a grande imprensa brasileira pinça para ilustar as notícias sobre ele. Goebbels explica... Olho no olho, percebo ser Cesare um homem pacato, do tipo não-faz-mal-nem-a-uma mosca. Nada do olhar de pedra dos verdadeiros assassinos, seja os que matam por dinheiro, seja os que o fazem em nome de causas (conheci exemplares dos dois universos). Pelo que valer, saí de lá convencido de que seria mesmo incapaz de haver cometido os três-assassinatos-que-eram-quatro a ele tardiamente imputados pela Justiça italiana.
Crimes simultâneos
É que, anos depois de condená-lo pelo que ele realmente fez (ter militado num grupúsculo de ultraesquerda e participado de algumas das chamadas expropriações, sem que nelas fosse derramado sangue), a Itália o levou de volta ao tribunal, a partir unicamente do testemunho de delatores premiados: o que o acusou e os que foram incumbidos de corroborar a acusação. Sabendo como eram montados os processos brasileiros dos anos de chumbo, bastou-me ler esse material para sentir o cheiro inconfundível de armação... Parece que os Torquemadas brasileiros tinham mais zelo na montagem de suas farsas. Duas ações armadas em que Cesare haveria apertado o gatilho ocorreram no mesmo dia, em localidades distantes, de forma que sua presença física em ambas era materialmente impossível. Então, os trapalhões italianos trataram de tapar o sol com a peneira, reescrevendo a acusação de forma que ele passasse a figurar apenas como autor intelectual de um dos crimes -- o que não impede nossos jornalões e revistonas de continuarem até hoje atribuindo-lhe quatro homicídios, sem ressalvas. Quando o refúgio humanitário que o ministro da Justiça Tarso Genro concedeu a Battisti foi publicado no Diário Oficial, em janeiro último, ele e todos nós começamos a preparar-nos para sua libertação. Até montamos esquemas de segurança para o Dia D, temerosos de algum atentado articulado pela extrema-direita italiana ou pelas viúvas da ditadura brasileira. Dá para imaginar-se o impacto que lhe causou a estapafúrdia decisão do Supremo Tribunal Federal de mantê-lo preso, contra a lógica jurídica e o bom-senso dos leigos. Afinal, já se haviam passado quase dois anos desde que fora aprisionado no território brasileiro, a mando do STF, por crimes supostamente cometidos alhures. Concedido o refúgio, que até agora tem sido invariavelmente reconhecido pelo próprio Supremo como fator determinante do arquivamento de processos de extradição, era de esperar-se que, no mínimo, aguardasse em liberdade o cumprimento das últimas formalidades jurídicas. Negativo. O STF manteve a prisão e até sinalizou que poderia neste caso adotar decisão diferente de todos que lhe foram até hoje submetidos. De quebra, a Itália articulou uma das mais avassaladoras pressões a que uma decisão soberana do Executivo brasileiro foi submetida por governo estrangeiro, com o apoio explícito de boa parte da mídia brasileira. Battisti mergulhou em profunda depressão, tendo de tomar medicamentos pesados, não conseguindo mais um sono repousante nem tendo paciência para ler seja lá o que fosse. Então, fico comovido quando ele me confessa: ao receber meu livro Náufrago da Utopia, que lhe remeti pelo correio, obrigou-se a lê-lo, por considerar ser essa sua obrigação. Mas, a narrativa o prendeu tanto que acabou devorando-o e... retomando o gosto pela leitura. O bloqueio fora quebrado. Fez-me lembrar meu próprio tempo de preso. Passado o pior período da tortura e incomunicabilidade, que para mim durou dois meses e meio, continuava com a mente turvada pelos traumas, misturando realidade e imaginação. Mas, o companheiro da cela ao lado conseguiu que lhe trouxessem os livros existentes no quartel, pois, cardíaco, precisava de algo que o acalmasse. Reivindiquei e acabei obtendo o mesmo tratamento. Foi a leitura dos chatíssimos manuais militares e relatos sobre Caxias, e depois dos volumes de Julio Verne (uma dádiva dos céus: sua obra completa estava pegando pó naquela biblioteca marcial!), que me devolveu a clareza de raciocínio. Não esperava que, um dia, seria o Julio Verne de alguém. Nem mesmo quando o pessoal do comitê me enviou a mensagem de Battisti, com um parágrafo marcante: “Acabo de ler seu livro. Um mergulho no passado, através das grades. Como tudo se parece! Alegrias e misérias, sonhos quebrados, decepções, mas o coração aguenta e os sentimentos se fortalecem, são mais claros. O sonho continua, são os meios para realizá-los que mudam”. Aos 58 anos, já não tenho confiança irrestrita no que dizem pessoas a quem, por um ou outro motivo, convém me agradar. Daí a satisfação que senti ao captar sinceridade em Battisti! Meu passado de repórter me faz acreditar, aí sim totalmente, na leitura que faço das expressões dos interlocutores. Outro motivo para eu citar esta frase é o de que as entrevistas com Battisti estão proibidas na “Papuda”, então sou obrigado a reconstituir nossa conversa pelas anotações que fiz precariamente (para não dar muito na vista) e pelo que retive na memória. Então, é algo inteiramente dele, para dar uma idéia de como se expressa.
Motivos da perseguição Passemos à sua visão sobre a via crucis que percorre desde a prisão na Itália em 1979, passando por exílios no México, França e Brasil, afora os países que atravessou na fuga (Espanha, Portugal, Ilha da Madeira, Ilhas Canárias). Vou reproduzir, entre aspas, as frases de Battisti que consegui anotar, transmitindo o restante com minhas palavras, mas seguindo sua linha de raciocínio. “Eu não sou ninguém, sou só um instrumento para a luta contra o que representou 1968 na história da humanidade”, diz ele, aludindo à pouca importância que teve durante a militância. Seu grupo, os Proletários Armados para o Comunismo, estava a anos-luz de distância das poderosas Brigadas Vermelhas, p. ex., não passando de mais um entre os aproximadamente 500 agrupamentos de ultraesquerda na Itália dos anos de chumbo. Por que passou depois a sofrer perseguição tão encarniçada? Porque “1968 ainda não acabou”, deixando sementes que continuam a inspirar projetos de mudança, alternativas ao capitalismo globalizado que aí está. Então, as forças reacionárias querem desacreditar esse legado, “caracterizando 1968 como um movimento criminoso”. Atirar Battisti numa masmorra italiana teria, portanto, alto valor simbólico: “Eu represento a criminalização do pós-1968”. E como se explica o fato de que muitos dos que querem ver Cesare extraditado são antigos comunistas, como o presidente Giorgio Napolitano? “Nosso enfrentamento nas fábricas era contra o sindicalismo do PCI, não contra a democracia cristã.” Antes de pegarem em armas, os grupos de ultraesquerda já tinham como inimigos diretos os comunistas italianos, que tentavam de todas as formas evitar o crescimento da influência dos autônomos. Estes adquiriam cada vez peso, conseguiam colocar “mil pessoas na rua de um dia para outro”, enquanto os comunistas não empolgavam mais os trabalhadores jovens. “Houve um episódio muito noticiado na época, em que o PCI convocou um congresso para reagir à ascensão dos autônomos nas fábricas, mas seus representantes acabaram sendo escorraçados.” Então, quando parte desses autônomos pegaram em armas contra os atentados direitistas e contra a aliança histórica entre o comunismo e a democracia-cristã, tiveram pela frente, como principais repressores, os próprios comunistas. Por conta da experiência acumulada na luta contra Mussolini, “o PCI é que tinha experiência de guerrilha, não a democracia-cristã; foi nosso inimigo nº 1”. É para evitar que seja trazido à tona o papel histórico deplorável do PCI durante as décadas de 1970 e 1980 que antigos comunistas desenvolvem tamanho esforço para encarcerar quem conquistou prestígio literário. “Poucos têm credibilidade para falar nisso em nível internacional. Quando eu me tornei escritor, virei uma ameaça.” Neste sentido, um dos nomes mais emblemáticos dos excessos cometidos pela Itália durante a repressão aos ultras, o subprocurador Armando Spataro, é quem municia Walter Maierovitch com as informações (extraídas de inquéritos e processos) que este repassa em sua coluna da CartaCapital. “É um torturador documentado. Quantos morreram por causa dele, executados nas ruas! Ele é quem deveria ir preso, da mesma forma como os torturadores da Argentina estão sendo presos agora!” Solidariedade financeira dos amigos
A companheira que me acompanhou na visita garantiu que Cesare estava bem mais animado quando saímos. Sem ter parâmetros para julgar, também tive a impressão de que seus passos eram mais leves na despedida, quase como quem quisesse dançar. Faz sentido. Transmiti-lhe a avaliação de que tudo converge para o arquivamento do processo de extradição, sem análise de mérito, no julgamento que o STF deverá marcar para junho. Como ele sabe que já participei de várias cruzadas semelhantes, deve ter levado a sério meu prognóstico. Tanto que, meio relutante a princípio, acabou revelando o que fará quando reconquistar a liberdade. Viverá de e para a literatura. “Mesmo porque estou precisando muito de recursos, desde 2004, por causa das perseguições, não consigo ganhar a vida trabalhando. Hoje estou vivendo da solidariedade dos amigos.” Neste sentido, pretende morar no Rio de Janeiro ou São Paulo, “que é onde as editoras estão”. Quer atuar na divulgação dos seus livros, pois, deixados ao léu, sem empenho do autor, “não acontece nada”. Convidará sua filha mais velha, Valentina, para vir morar com ele no Brasil, mesmo porque ela é biogeneticista e aqui encontrará bom campo para seu trabalho. Quanto à outra filha, de 14 anos, “é melhor que, por enquanto, continue morando com a mãe”. De resto, o fim da depressão veio acompanhado por uma trégua que a hepatite B concedeu a Cesare: “Nos últimos dois meses ela me deixou em paz...”. E, aliviado com a liberação, por ordem judicial, do livro cuja única cópia estava na memória do computador apreendido pela Polícia Federal, Battisti trata agora de escrever os dois capítulos que faltam. Seu título: Ao pé do muro. Trata-se do segundo volume da trilogia sobre suas andanças e desventuras desde que lhe cancelaram o asilo político na França, entremeadas por lembranças da militância. O já lançado Minha Fuga Sem Fim aborda, exatamente, a atuação (muitas vezes escusa) do lobby italiano junto aos políticos, a Justiça e a mídia franceses, no sentido de que fosse desconsiderada no seu caso a legislação de forte conteúdo humanístico do tempo de François Mitterrand. O terceiro também já tem nome: Ser Bambu, aludindo à flexibilidade do caniço, como símbolo do jogo-de-cintura necessário para quem enfrenta adversidades como as de Cesare.

*Especial para o Congresso em Foco. Celso Lungaretti, 58 anos, é jornalista e escritor. Mantém os blogs O Rebate, em que publica textos destinados a público mais amplo; e Náufrago da Utopia, no qual comenta os últimos acontecimentos.
Fonte: Congressoemfoco

Lula rechaça pressão do PMDB e descarta plano B

O governo não vai aumentar o espaço do PMDB na diretoria da Petrobras em troca de maior empenho do partido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a estatal nem articulará um "plano B" para substituir a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao Palácio do Planalto, em 2010. Aborrecido com a onda de boatos que tomou conta de Brasília nessas duas frentes, enquanto estava em viagem internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou neste domingo (24) à noite com o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, e disse que não admitirá "faca no pescoço".
Além da pressão do PMDB por cargos, a maior dificuldade do Planalto, no momento, está em segurar o conflito na base aliada, que não se entende nem mesmo sobre quem indicar para o comando da CPI. É péssima a relação no Senado entre os líderes do PT, Aloizio Mercadante (SP), e do PMDB, Renan Calheiros (AL), e até agora o governo não conseguiu chegar a um acordo sobre estratégias de atuação para se defender do bombardeio adversário.
"O presidente Lula terá de entrar em campo, caso contrário essa situação não se resolve", admitiu Múcio, que chegou à tarde a Brasília, vindo de Recife, para a audiência com o presidente no Palácio da Alvorada. "Em primeiro lugar, precisamos solucionar os problemas de composição da CPI, mas tenho confiança de que, a partir daí, os obstáculos serão superados."Renan indicou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), para a relatoria da CPI e quer ceder a presidência para a oposição, nomeando Antonio Carlos Magalhães Jr. (DEM-BA). Na prática, o senador alagoano faz de tudo para impedir Mercadante de comandar a comissão e o impasse persiste porque os petistas resistem a entregar a vaga para ACM Jr. Foi justamente esse cenário turbulento que Múcio levou para Lula, na noite deste domingo.
Fonte: Gazeta Online

Livro tenta derrubar mitos sobre o vírus HIV

Segundo médica, quase três décadas após a explosão da aids, mecanismos de transmissão e desenvolvimento da doença continuam sendo um mistério até para grande parte dos pacientes

Jennifer Koppe

A aids – síndrome da imunodeficiência adquirida – assombra o mundo há quase 30 anos, mas até hoje grande parte da população não conhece bem a doença e os seus sintomas. De acordo com a infectologista Ciane Mackert, nem mesmo muitos pacientes entendem como o vírus é transmitido e como se desenvolve. Pensando nisso, a médica e professora da Universidade Positivo lançou Deu Positivo. E Agora, Doutor?, livro que responde mais de cem dúvidas sobre transmissão, diagnóstico, tratamento e prevenção do vírus HIV.
“Muitas vezes, o que é óbvio para nós, médicos, não é tão óbvio assim para o portador, porque existe o componente emocional associado”, diz. “Mesmo quem tem acesso à informação, não sabe processá-la, fica perdido. Já recebi pacientes, diagnosticados há mais de cinco anos, que me perguntavam se eles realmente tinham aids e se precisavam continuar com a medicação. Essa falta de conhecimento prejudica a adesão ao tratamento.”
Ciane conta que a maioria das pacientes são de portadores que a própria médica atendeu. “Todos perguntam se vão morrer, quando vão morrer, se vão conseguir criar os seus filhos”, conta. “Uma das mais frequentes dúvidas é se vão precisar tomar o medicamento para o resto da vida. Isso é algo que incomoda muito grande parte dos pacientes porque é o que os faz lembrar da doença para toda a vida.”
Para a médica, somente a educação sexual continuada nas escolas tem o poder de diminuir os níveis de transmissão da doença e também o preconceito que ainda persegue os portadores do HIV. “A falta de informação com relação à doença ainda existe por causa do estigma de que aids é peste gay, é doença de periferia”, analisa. “Achamos que não corremos risco, por não fazermos parte desses ‘grupos’ e, por isso, nos negamos até mesmo a buscar informação e assim, ficamos mais expostos ao perigo.”
Em frente
A infectologista afirma que a aids é hoje uma doença crônica e facilmente controlável. “Desde que o diagnóstico seja realizado cedo e que se siga o tratamento, os portadores podem viver uma vida tranquila. É claro que, como toda doença crônica, como a diabete e a hipertensão, existe o risco de morte. Mas a grande maioria dos pacientes não tem mais a doença estampada na cara”, esclarece.
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Tira-dúvidas
Confira algumas perguntas extraídas do livro, respondidas pela autora Ciane Mackert:
O exame positivo para o HIV pode estar errado?
Dificilmente. Para se entregar um resultado como positivo, o paciente deve, na primeira amostra de sangue, fazer dois testes de Elisa (enzima imunoensaio), que tem uma alta sensibilidade e uma especifidade excelente para o vírus HIV. Se o teste der positivo, o paciente é chamado para uma segunda coleta que será submetida também a uma sorologia de HIV. A amostra da primeira coleta é encaminhada a um outro exame confirmatório para o HIV, chamado de Westen Blot, com uma especifidade ainda maior para o vírus HIV do que a do Elisa. Portanto, somente se libera um resultado como positivo quando, nas duas amostras e em todos os testes feitos, o resultado for positivo, impedindo, assim, o risco de erro. Se, em uma das amostras ou em um dos testes feitos, o resultado for negativo ou indeterminado, será reiniciada a pesquisa.
O vírus HIV pode ser transmitido por mosquito?
Não. Os vírus transmitidos por mosquito são aquele com ciclo no próprio mosquito, ou seja, ele tem sua vida fora do corpo humano. O vírus HIV sobrevive muito pouco fora do corpo humano, precisando, portanto, de outro organismo com a mesma estrutura molecular para se desenvolver, o que não existe em um mosquito.
É possível infectar-se no dentista?
Qualquer material que tenha contato com procedimento humano, como instrumental dentário ou cirúrgico, pode, se não bem esterilizado, contaminar outra pessoa. Portanto, é possível ser infectado por esse instrumental se as normas de esterilização de material não forem cumpridas.
Qual a diferença entre portador sadio e doente de aids?
O portador sadio é aquele que se contamina do vírus HIV, porém, por um mecanismo próprio, consegue controlar o avanço da doença e a replicação viral. Ele não possui células do seu sistema imunológico baixas e não evolui para o aparecimento de doenças oportunistas. Esse paciente normalmente não necessita iniciar medicação antirretroviral. Já o doente de aids possui uma ou mais manifestações de deficiência imunológica e que precisa iniciar tratamento.
Que outros fatores podem influenciar no desenvolvimento mais rápido da doença?
Outros fatores podem, sim, determinar a evolução da patologia. pacientes com outra doença que produza algum grau de deficiência imunológica, como, por exemplo, o câncer, podem não somente aumentar a queda das células do sistema imunológico (CD4), mas também impedir que elas voltem aos padrões de valores normais. Uso de drogas, cigarro e álcool, ausência de qualidade de vida e estresse emocional são, por exemplo, outros fatores influenciadores na evolução da doença.
Um portador, quando inicia a medicação, tem de tomá-la para o resto da vida?
Até o presente momento, os estudos mostram que tomar a medicação sem interrupções será bem melhor para a resposta ao tratamento, porém, como tudo é muito novo, pode ser que se tenha surpresas no futuro. Mas, para usufruir dessas novidades, o paciente precisa estar bem, e hoje quem garante esse bem-estar e a saúde são os medicamentos antirretrovirais.
Quanto tempo vive um portador de HIV?
Atualmente, com o controle do vírus com os remédios, pode viver bem por toda a vida. Não se tem essa estimativa, porém, sabe-se somente que, com os remédios, mais que sobreviver, o portador de HIV tem agora qualidade de vida. Tempo de vida, os profissionais de saúde não conseguem dar na ninguém, mas qualidade de vida sim.
O que é reinfecção? Realmente existe?
A reinfecção pelo vírus HIV, também chamada de superinfecção, é consequência dos contatos desprotegidos entre portadores do vírus HIV. Essa condição realmente existe, pois o vírus consegue adquirir uma identidade genética diferente, de acordo com o indivíduo portador, como a doença se desenvolve, que medicação esse paciente toma, se é bom aderente, ou seja, diversos fatores determinam a cada vírus uma condição única e ímpar. Cada vez que um casal mantém relação desprotegida, uma carga de vírus com características distintas entra em contato.
Preciso contar no trabalho que sou portador do vírus HIV?
Se, no seu trabalho, não existe risco de transmissão do vírus, você não é obrigado a contar. Caso exista alguma situação de exposição de um colega, procure o médico do trabalho ou o departamento de recursos humanos e converse sobre o assunto. Porém nunca minta. Você não é obrigado a contar em condições normais, mas mentir em uma situação de risco não é o melhor caminho.
E em casa?
É muito importante que alguém possa acompanhar o tratamento de um portador de HIV, alguém de confiança que pode ser da família ou um amigo próximo. Porém o paciente só é obrigado a contar sua condição sorológica para suas parcerias sexuais ou para as pessoas que, de alguma maneira, ficaram em situação de risco no contato com ele.
Fonte: Gazeta do Povo

Governador de SC será julgado na próxima terça-feira no TSE

Mário Coelho
Após quase dois anos, o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique Silveira (PMDB), voltará ao banco dos réus do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Está marcado para a próxima terça-feira (26) o julgamento do Recurso Contra Expedição de Diploma (RCED) 703, que pede a cassação do peemedebista por abuso de poder econômico e político. Com o julgamento da semana que vem, Luiz Henrique será o quarto governador a ter a continuidade do mandato nas mãos dos ministros do TSE.
A coligação derrotada na época, encabeçada pelo ex-governador Esperidião Amin (PP), argumenta que Luiz Henrique teria se beneficiado do uso indevido de meios de comunicação social, propaganda ilegal do governo em jornais de todo o estado e emissoras de rádio e televisão, com despesas pagas pelos cofres públicos, e objetivo de promoção pessoal (leia a denúncia aqui). O relator do caso é o ministro Felix Fischer.
Desde fevereiro, o TSE julgou em plenário três governadores, sendo que dois acabaram perdendo o mandato. O tucano Cássio Cunha Lima, ex-governador da Paraíba, e o pedetista Jackson Lago, que comandava o Executivo do Maranhão, foram cassados por abuso de poder político e econômico pelos ministros. O primeiro criou um programa social que, na visão dos membros da corte eleitoral, tinha características eleitoreiras. Já Lago teria se beneficiado da máquina estatal para se eleger.
Na semana passada, os ministros analisaram o caso do governador do Amapá, Waldez Góes. Ele, que já havia sido absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), era acusado de conduta vedada a agente público e abuso de poder econômico e político. Em decisão monocrática dada em 24 de março, o ministro Felix Fischer decidiu não cassar o mandato do governador do Piauí, Wellington Dias (PT), acusado de uso da máquina na campanha de reeleição em 2006. A decisão favorável ao petista cabe recurso e deve ir ao plenário do TSE.
Fonte: Congressoemfoco

Revisão de auxílio pode render até R$ 29 mil

Paulo Muzzolondo Agora
Os trabalhadores que começaram a receber o auxílio-acidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) até abril de 1995 podem conseguir uma revisão de até 67% no valor do benefício e ainda garantir até R$ 29.250 de atrasados --os valores que não foram pagos pelo instituto aos segurados em cinco anos.
Última decisão pode ser do Supremo
Até abril de 1995, o valor do auxílio-acidente era de 30%, 40% ou 60% do salário de benefício do segurado, dependendo da gravidade do problema que o trabalhador tivesse. Com a entrada em vigor de uma nova lei, o auxílio passou a ser o equivalente a 50% do salário de benefício (que equivale à aposentadoria integral), independentemente do problema do trabalhador. A mudança ocorreu com a lei 9.032, de abril de 1995.
De 1980 a 1995, foram concedidos quase 160 mil auxílios-acidente pelo INSS.
Apesar de o instituto negar o aumento do benefício para quem recebia um valor inferior ao garantido pela nova legislação, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) entende que esses trabalhadores têm, sim, direito ao reajuste.
De acordo com uma decisão do tribunal de abril deste ano, a nova lei, mais benéfica que a em vigor até então, deve ser aplicada a todos os benefícios.
"É reconhecido ao segurado o direito ao aumento do percentual do auxílio-acidente, [...] com aplicação imediata a todos os beneficiários que estiverem na mesma situação", diz a decisão do tribunal.
O STJ garante que a nova lei, mais benéfica, seja aplicada tanto aos segurados que já recebiam o benefício quanto àqueles que já haviam feito o pedido antes da nova regra entrar, mas que ainda não tinham tido a concessão.
AtrasadosOs trabalhadores também têm direito aos atrasados, que são os valores que não foram pagos pela Previdência Social nos últimos cinco anos.
Um segurado cujo auxílio-acidente foi calculado com base nos 30% do salário de benefício, e que recebe hoje R$ 600 de auxílio, pode passar a receber R$ 1.000 e ganhar R$ 26 mil de atrasados.
"Para calcular os atrasados, basta o segurado multiplicar a diferença atual entre o que recebe do INSS e o que deveria receber por 65, que equivale a cinco anos de benefício mais o 13º salário. O valor será aproximado, mas ele poderá ter ideia de quanto irá receber", afirma o advogado previdenciário Daisson Portanova.
O INSS não concede a revisão. O trabalhador deverá ir à Justiça. O instituto não comentou.
Fonte: Agora

Bando faz arrastão em motel

Talis Mauriciodo Agora
JUNDIAÍ -- Uma quadrilha armada invadiu um motel no km 69 da rodovia Anhanguera, em Jundiaí (58 km de SP), rendeu 20 clientes e roubou mais de R$ 3.000 deles e do estabelecimento, anteontem de madrugada. Segundo a polícia, duas vítimas foram agredidas durante a ação. Um bandido acabou sendo preso.
Os criminosos entraram no local pela porta da frente, como clientes. Depois, renderam uma funcionária e seguiram para os quartos, onde as vítimas foram abordadas nuas ou seminuas. Todas foram levadas para uma outra suíte, onde tiveram dinheiro, celulares, joias e outros pertences roubados pelo bando.
De acordo a Polícia Civil, o crime aconteceu por volta das 4h. Oito homens e três mulheres chegaram ao motel em dois carros, uma picape Montana prata e um Gol branco --a Montana havia sido roubada na última quinta-feira.
Na recepção, dois casais mostraram os documentos e pediram dois quartos. Os demais integrantes estavam escondidos dentro dos veículos. Depois de algum tempo, um dos ladrões fingiu que ia embora e, na hora de pagar a conta, disse que havia esquecido a carteira no quarto.
Quando voltou para a suíte, encontrou uma funcionária no quatro e a rendeu. Outros dois homens encapuzados então se juntaram a ele. Em seguida, a quadrilha começou a render os clientes. Ainda segundo a polícia, eles estavam armados com pistolas, revólveres e uma espingarda.
A funcionária foi obrigada a abrir as portas de todos os quartos onde havia clientes. Alguns casais, segundo as vítimas, não tiveram nem tempo de colocar as roupas. "Algumas mulheres se enrolavam em lençóis. Já os homens estavam quase todos pelados", contou uma balconista de 20 anos que estava no local com o namorado. "Foi uma situação muito constrangedora", disse a jovem.
Em uma das abordagens, os criminosos descobriram que um cliente de 46 anos era guarda municipal. Ele foi amarrado e agredido com socos, chutes e coronhadas.
Um outro cliente, um funcionário público de 29 anos, também apanhou, porque se recusou a sair do quarto e deixar a mulher sozinha com um dos bandidos --os ladrões não abusaram dela.
Durante patrulhamento na região, a Polícia Militar conseguiu prender um dos criminosos, um conferente de cargas de 25 anos. Ele era o único integrante da quadrilha que estava sem capuz na hora do crime e foi, segundo a polícia, reconhecido pelas vítimas.
Os demais integrantes da quadrilha não haviam sido identificados até a noite de ontem.
Fonte: Agora

Dilma e os mitos em torno da eleição

Por Tales FariaEsta coluna publicou entrevistas com Marcos Coimbra, presidente do instituto de pesquisas Vox Populi, e Carlos Augusto Montenegro, do Ibope, no dia 28 de abril. Em linhas gerais, eles diziam que o câncer da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, não influenciaria o eleitor na sua escolha para presidente da República em 2010. Coimbra ia além, argumentando que quem tentasse utilizar isto na campanha – tanto a ministra como seus adversários – poderia, este sim, sair prejudicado.Lamento informar, mas acho que Coimbra e Montenegro erraram, apesar de serem dois dos melhores analistas de opinião pública que há por aí. A julgar pela pesquisa divulgada pelo PT na sexta-feira – de autoria do próprio Vox Populi – Dilma está se beneficiando da doença, sim. Nos cinco cenários pesquisados pelo instituto, a ministra ficou entre 19% e 25% das intenções de voto. Nunca antes ela havia alcançado nada assim. E a sondagem foi feita entre os dias 2 e 7 de maio, portanto depois do anúncio de que precisou retirar um tumor maligno do organismo.Tenho a impressão de que, se o câncer da ministra mostrar-se curado, o medo de que a doença atrapalhe sua atuação administrativa será muito menor do que o sentimento de solidariedade do eleitor. E ela poderá se beneficiar disso na campanha, se não cometer exageros. Lembro quando Ciro Gomes era candidato em 2002 e se descobriu que sua mulher, a atriz Patrícia Pillar, tinha câncer. A moça até raspou a cabeça. Ficou linda, fez anúncios na TV. O grau de simpatia pelo marido cresceu absurdamente. Ciro acabou naufragando porque teve sua imagem desconstruída pela equipe de José Serra. E o próprio candidato se entregou aos seus costumeiros destemperos verbais. Mas que havia se beneficiado do tema, isso é inegável.Ainda a propósito das entrevistas publicadas naquela coluna do dia 28, vale destacar outro detalhe: Montenegro parece ser quem errou mais. Nosso amigo disse que Dilma dificilmente passaria dos 15% a 17%, e que tudo indicava que o tucano José Serra venceria as eleições para presidente ainda no primeiro turno. Pois a tal pesquisa mostra que Dilma já praticamente assegurou a realização de um segundo turno.O curioso da história é que na semana passada, poucos dias antes da divulgação da tal pesquisa, voltou a circular a conversa de terceiro mandato para Lula. O desconhecido deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) ganhou manchetes dizendo que apresentará projeto de plebiscito para que se autorize a re-reeleição do presidente. Essa é uma conversa que todo mundo que está próximo de fato de Lula sabe que não conta com o seu apoio. Jackson Barreto obteve seus 15 minutos de fama. Mas esse papo só serve mesmo para dar a entender que a candidatura de Dilma Rousseff não é para valer. Falar em terceiro mandato de Lula é o mesmo que dizer que Dilma não tem chances de vencer. Então é uma prosa que interessa mais aos adversários de Dilma do que aos aliados de Lula. Daí porque a oposição sempre bate o bumbo quando se fala em terceiro mandato.E já que estamos brincando de derrubar mitos, que tal falarmos dessa história de que o PMDB está preocupado com a doença de Dilma? Caro leitor, pense bem: se um candidato fica doente, quem é o primeiro beneficiado? O vice, é claro. Quem deveria ter preocupação era o PT, não o PMDB. Os peemedebistas estão doidos para fechar acordo com Dilma em 2010. Tudo que o presidente do partido, Michel Temer, o ministro da Integração, Geddel Vieira Lima, e o governador do Rio, Sérgio Cabral, mais querem é essa vaga de vice. Muito embora jurem o contrário. E, no PT, as figuras hegemônicas do partido – leia-se José Dirceu, Aloizio Mercadante e Marta Suplicy – já foram convencidos pelo presidente Lula a encampar a candidatura Dilma. Estão nisso até a alma. GarotinhoO ex-governador do Rio Anthony Garotinho enviará no dia 1° de junho ao presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer, uma carta na qual comunica seu desligamento do partido. Garotinho argumenta que quer se candidatar a governador, mas que sabe do interesse do PMDB em apoiar a reeleição de Sérgio Cabral. Portanto, não lhe restava outra opção que não a de procurar outro partido. No caso, a legenda escolhida (e já acertada) é o PR. O ex-governador está em campanha frenética pelo interior do Estado.
Fonte: JB Online

Crise na aliança PSDB-DEM atrapalha projeto para 2010

Aos muitos altos e baixos da aliança dos dois maiores partidos de oposição, PSDB e DEM, somam-se agora dois elementos de risco: as eleições estaduais e a tentativa do PSDB de conquistar a maior fatia possível do PMDB, em fase de tensão extrema com o governo.
Em pelo menos 8 dos 27 Estados há dificuldades no relacionamento das duas legendas da oposição. Os líderes do PSDB e do DEM garantem que a maior parte dos problemas será resolvida, com exceção do Rio Grande do Sul, onde o confronto só se agrava, especialmente depois que dois deputados do DEM assinaram o pedido de abertura de uma CPI para investigar a governadora tucana Yeda Crusius.
No Distrito Federal, os aliados do único governador do DEM, José Roberto Arruda, acompanham com apreensão os movimentos do PSDB em direção ao ex-governador Joaquim Roriz, do PMDB. E, na Bahia, a briga histórica de democratas e tucanos está em fase de trégua, mas ainda é cedo para marcar a data do casamento. "No início do ano que vem, tudo estará resolvido nos Estados", promete, conciliador, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Paraná, Sergipe, Mato Grosso, Goiás e Espírito Santo são outros Estados onde ainda há problemas.
O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), não vê contaminação das questões estaduais na aliança nacional. Não perdoa, porém, a atitude dos democratas gaúchos. "Essa situação no Sul é inaceitável. Eles se prestam a ser linha auxiliar do PT e do PSOL. O DEM poderia resolver isso usando a disciplina interna do partido", reage Aníbal.
Há quem acredite em turbulência até em São Paulo. O prefeito Gilberto Kassab (DEM), segundo alguns democratas, não abandonou de vez a ideia de ser candidato ao governo em 2010 e enfrentar o PSDB. Nenhum dos oposicionistas ouvidos pelo Estado acredita em abalos na aliança nacional de 2010.
Fonte: Tribuna da Bahia

Visita de Lula reforça reeleição de Wagner

Evandro Matos
Apesar do aspecto administrativo, há quem veja na nova visita do presidente Lula hoje a Bahia uma oportunidade a mais para alavancar a candidatura do governador Jaques Wagner à reeleição. A visita tem também um outro viés político: apaziguar as relações estremecidas entre o PT e o PMDB baianos. Tanto é assim que o ministro Geddel Vieira Lima,virtual oponente de Wagner nas eleições de 2010, estará acompanhando Lula tanto em Cachoeira, primeira etapa da estadia presidencial na Bahia, quanto no Teatro Castro Alves, em Salvador. Entre um e outro, Lula dará apoio a Wagner que além de petista é seu amigo pessoal.No entanto, o presidente estaria se esforçando no sentido de o PMDB local permanecer na base aliada do Palácio de Ondina, o que pode acontecer caso o PT dê sustentação política à uma possível candidatura de Geddel ao Senado na chapa majoritária de Wagner. O ministro, porém, faz uma exigência: ele seria candidato único a uma das duas vagas à sanatória.
Lula chega à Bahia nesta segunda-feira às 14h para uma estada de dois dias. Assim que chegar a Salvador, Lula se encontra com o governador Jaques Wagner (PT) e, depois, seguem de helicóptero para Cachoeira, no Recôncavo, onde entregam as obras de restauração de diversos prédios históricos do quarteirão Leite Alves, entre elas o campus da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Estarão na comitiva presidencial também os ministros Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), Juca Ferreira (Cultura) e Fernando Haddad (Educação).
O embarque da comitiva presidencial para Cachoeira está previsto para as 15h15 e o início da solenidade na cidade histórica deverá acontecer às 15h45. O presidente Lula e o governador Jaques Wagner farão a entrega de prédios históricos restaurados pelos governos federal e estadual. As obras da UFRB foram licitadas e fiscalizadas pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), da Secretaria Estadual de Cultura. Os recursos aplicados na obra são do programa Monumenta, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)/Ministério da Cultura, no valor de R$ 8 milhões. Ontem à tarde, numa coletiva na sede do Iphan, na Barroquinha, representantes da Secretaria de Imprensa da Presidência da República informaram que Cachoeira é a cidade brasileira que mais recebe recursos do Monumenta para restauração do patrimônio edificado, estando previsto o investimento de R$ 36 milhões até o final do programa. Além da UFRB, são restaurados em Cachoeira cerca de 80 imóveis públicos, privados e monumentos tombados pelo Iphan, como o Conjunto da Ordem do Carmo, a Igreja Matriz de N.S. do Rosário, as igrejas do Monte e Rosarinho, a capela da Ajuda, a casa de Ana Nery, os antigos Fórum e o Arquivo Público Municipal.
De acordo com o diretor do Ipac, Frederico Mendonça, antes da restauração mantinham-se em pé apenas fachadas e algumas alvenarias das edificações no Quarteirão Leite Alves. "A proposta de recuperação do quarteirão visou principalmente requalificar um conjunto importante, do ponto de vista histórico e do desenho urbano da cidade, que se encontrava arruinado, subutilizado, com ocupações inadequadas para o seu porte monumental", explicou.
Depois da solenidade em Cachoeira, a comitiva do presidente Lula e do governador Jaques Wagner volta para a capital baiana para um encontro com o presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, por volta das 18h30, no Hotel Pestana. O presidente de Senegal veio à Bahia participar das comemorações pelo Dia da África, 25 de maio. Depois, às 20h30, o presidente Lula se desloca para o Teatro Castro Alves, no Campo Grande, para o lançamento do 3º Festival Mundial de Artes Negras (Fesman) no Brasil e um selo postal em homenagem à capoeira e aos mestres capoeiristas.
Depois de se encontrar com o presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, hoje, amanhã será a vez do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrar com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. O encontro será no Hotel Pestana, no Rio Vermelho, a partir das 10h. Depois do encontro com o presidente venezuelano, Lula participará de um almoço oferecido pelo governador Jaques Wagner, no Palácio de Ondina. Somente às 17h30, o presidente Lula retorna à capital federal.
A última vez que o presidente venezuelano Hugo Chávez esteve em Salvador foi em dezembro do ano passado. Naquela oportunidade, Chávez participou da Cúpula das Américas, em Costa do Sauípe, juntamente com outros 33 chefes de estado da América Latina e do Caribe. Durante o encontro, o venezuelano aproveitou para vir a Salvador inaugurar um busto de Simon Bolívar, libertador da Venezuela, na Avenida Simon Bolívar, na praça em frente ao Centro de Convenções da Bahia.
A solenidade contou também com as presenças dos presidentes de Cuba, Raul Castro, e do brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. O governador Jaques Wagner (PT) e o prefeito João Henrique (PMDB) também participaram do evento. Durante o seu discurso, o presidente Lula cobrou de público ao prefeito João Henrique pressa pelo andamento nas obras do Metrô. A assessoria do prefeito considerou que o presidente não teve a intenção de provocar uma saia justa, mas a cobrança gerou polêmica e serviu para colocar mais tensão na relação entre o prefeito e o governador Wagner. (EM).
Fonte: Tribuna da Bahia

Políticos brasileiros aderem ao twitter em busca de internautas

Redação CORREIO
O novo fenômeno da internet, os microblogs gratuitos, Twitter conquistou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama e começa a virar febre entre os políticos brasileiros.
A ferramenta que permite enviar mensagens curtas, de até 140 caracteres, para telas de compuatdores ou celulares tem sido usada para divulgar ações do mandato ou fazer comentários pessoais.
É o caso do líder do Democratas na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO). Dono de um blog onde publica artigos e eventualmente vídeos postados no Youtube, ele tem mantido bem atualizado o perfil criado no Twitter há cerca de um mês.
“É muito importante, principalmente para nós da oposição, para expor nossos argumentos. O Twitter é um resumo sucinto. Não detalha, mas pauta as matérias. E depois, as pessoas buscam mais detalhes no blog”, diz o deputado, que disse contar com a ajuda de assessores na atualização da página.
Adepto do programa há dois meses, o senador petista Delcídio Amaral não esconde a empolgação com o novo canal de comunicação. “É uma forma muito mais direta de se comunicar com as pessoas. Abre um amplo espectro para a conversa sobre as atividades do dia-a-dia e até para falar de música, política, esportes. Sou um cara que gosta de compartilhar isso com as pessoas”, diz.
No início do mês, durante viagem inaugural do Trem do Pantanal, no Mato Grosso do Sul, o senador usou o próprio celular para contar o que acontecia no vagão das autoridades, fechado à imprensa, onde viajava o presidente Lula. As mensagens acabaram divulgadas em blogs e sites do estado que cobriam a visita do presidente.
O senador diz acreditar que a divulgação ajudou a turbinar o número de seguidores no seu perfil, que somavam 151 até a última sexta (22). “Notei que quando eu posto poucas vezes, as pessoas já reclamam”, diz.
Após ser alvo de vários perfis falsos, o governador de São Paulo, José Serra, decidiu inaugurar sua própria página esta semana. De acordo com a assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes, a entrada no programa foi uma iniciativa do próprio governador, internauta assumido.
Com as ações do governo sendo divulgadas pelo Twitter próprio da assessoria, Serra adotou um tom mais pessoal na sua página. Assim, é possível saber, por exemplo, o que o tucano fazia na madrugada da última quarta (20).
“Madrugada de trabalho ao som dos Beatles. Lembrei a boa versão de 'Across the Universe', de Rufus Wainwright. Ouvi na peça Liz, dos Satyros”, publicou.
Serra também compartilhou com os internautas sua surpresa com a rápida popularização do perfil, que já tem quase 2,5 mil seguidores. “Surpreendente! Espalhou mais rápido do que eu pensava. Quis entrar com discrição, pra aprender”, escreveu na véspera.
Assim como o governador de São Paulo, a agência de notícias da Câmara dos Deputados também inaugurou nesta semana o seu canal de comunicação com os usuários do programa.
Também já é possível seguir o que acontece nas assembleias legislativas de alguns estados, como a do Rio. Não está descartado que a presidência da República, que anunciou em abril o lançamento de um blog ainda este ano, também tenha, no futuro, seu próprio perfil no programa.
Em fase de testes, o diário virtual da Presidência deve seguir os moldes da página da Casa Branca e a do presidente norte-americano Barack Obama durante a campanha.
Assim como o blog, o Twitter de Obama, com mais de 1,2 milhão de seguidores, foi uma das principais ferramentas de comunicação com os eleitores durante a corrida à Casa Branca.
(com informações do G1)
Fonte: Correio da Bahia

Falha no motor pode ter sido uma das causas de acidente

Redação CORREIO
A Força Aérea Brasileira (FAB) apura se houve um eventual defeito no motor do avião King Air B350 que caiu na noite de sexta-feira (22) em Trancoso no extremo sul da Bahia e provocou a morte de 14 pessoas.
O motor da aeronave foi levado para a sede do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronaúticos (Seripa) no Recife (PE) e depois será encaminhado para o Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), em São José dos Campos para ser analisado.
A caixa-preta do avião, que também foi encontrada a poucos metros do acidente, não estava danificada segundo análise preliminar dos técnicos da Aeronaútica e portanto, pode ser analisada no próprio país.
As hipóteses de que a queda do avião a 170 metros da cabeceira da pista do complexo hoteleiro Terravista tenham sido causadas pelo mau tempo ou pela má iluminação da pista foram descartadas.
Inicialmente, levantada por conta das chuvas que atingem o estado, a possibilidade foi deixada de lado, após testes visuais realizados no sábado (23) por técnicos da Aeronaútica na pista de pouso do aeroporto. Apesar disso, o órgão ainda analisa a possibilidade de o avião ter sido atingido por uma 'tesoura de vento' - uma rajada de vento forte e repentina.
Outra possibilidade que também será analisada pela Aeronaútica é de excesso de peso na aeronave. No momento do acidente havia 14 pessoas no vôo e a capacidade máxima do avião era para 11 pessoas.
VítimasEntre as vítimas estavam 10 adultos e quatro crianças. Todos os corpos foram encontrados no sábado (23) nas proximidades do local do acidente com a ajuda de um dos filhos do proprietário da aeronave Roger Ian Wright que tinha sido o último a ver os passageiros e lembrava onde cada uma delas estaria sentada.
Neste domingo (24), as quatro crianças e mais cinco adultos foram identificados através de arcadas dentárias e laudos ortopédicos analisados pelos peritos no Instituto Médico Legal (IML) em Salvador. As outras vítimas ainda aguardam reconhecimento por arcada dentária ou análise de DNA já que os corpos foram carbonizados.
Assim que os corpos forem liberados pelo IML eles serão encaminhados para São Paulo, onde devem ser enterrados no cemitério do Morumbi. No avião, estavam o empresário Roger Wright, o piloto Jorge Lang Filho, dois filhos do empresário: Verônica Luchsinger Wright Faro e Felipe Luchsinger Wright, o genro e a nora de Wright, Rodrigo de Mello Faro e Heloísa Alqueres Wright, filha do presidente da Light.
As crianças Vitória Wright Faro e Gabriel Wright Faro, filhos do casal Verônica e Rodrigo. O bebê de seis meses, Francisco Alqueres Wright, filho do casal Felipe e Heloísa, que também morreram no acidente. E Nina Pinheiro, neta de Lucila e filha de Isabela Pinheiro, fruto de uma relação de Lucila anterior a Roger.
Faltam ser identificados os outros corpos, que constam na lista de passageiros da aeronave: Lucila Lins, segunda mulher do empresário; Vera Lúcia Mércio, o co-piloto, Nelson Caminha Affonseca; Rosângela Pereira Barbosa e ainda precisa ser confirmada, através de DNA, a identificação de uma das crianças.
'Amanhã já estaremos liberando os laudos desses nove corpos e colocando-os à disposição dos familiares para remoção. Os trabalhos continuam em ritmo intenso para que consigamos concluir, no menor tempo possível, a identificação de todos os corpos', destaca Raul Barreto, diretor do Departamento de Polícia Técnica da Bahia.
Fonte: Correio da Bahia

Lula chega à Bahia em meio a tensão entre PT e PMDB

Lília de Souza, do A TARDE

É em meio a um cenário de ebulição da aliança entre o PT e o PMDB no Estado e de ressurgimento da tese do terceiro mandato entre aliados em Brasília que o presidente Lula inicia nesta segunda, 25, sua segunda visita à Bahia este ano. Na bagagem, traz obras para entregar à população de Cachoeira e acordos a serem assinados, respectivamente nesta segunda e terça-feiras, com os presidentes do Senegal, Abdoulaye Wade, e da Venezuela, Hugo Chávez, que, em seu país, conseguiu aprovar meios de se reeleger quantas vezes quiser. Chávez vai discutir com Lula a entrada da Venezuela no Mercosul.
Entre uma coisa e outra, o petista encontrará tempo para fazer articulações para sua sucessão em 2010 no intuito de fortalecer a ministra Dilma Rousseff, sua candidata declarada. É neste contexto que Lula será chamado a intervir nas relações entre o governador Jaques Wagner, do PT, e o ministro Geddel Vieira Lima, do PMDB, aliança que foi fundamental para a derrota do carlismo em 2006.
A união do PT e PMDB em nível nacional é apontada como vital para o sucesso da candidatura de Dilma. Mas, na Bahia, como na maioria dos estados, o PMDB segue como uma incógnita entre três possibilidades: repetir o apoio a Wagner ou montar um segundo palanque para Dilma, que seria sustentado pela candidatura de Geddel. As movimentações do ministro incluem, ainda, conversas com o DEM, do ex-governador Paulo Souto e do deputado federal ACM Neto para fortalecer o nome de José Serra na Bahia. PMDB e DEM, inclusive, estão juntos na administração de Salvador.
Petistas reclamam dessas articulações e cobram do aliado uma definição, já que ocupa cargos no governo sem se comprometer com a reeleição de Wagner. Na mesa de negociação, o PMDB, com 115 prefeituras, apresenta hoje “passe” muito mais caro do que o de 2006, quando tinha apenas 22. Segundo fonte do Palácio do Planalto, Geddel teria dito à cúpula do governo federal estar disposto a manter a aliança baiana, o que confirma teor de nota publicada pela Folha de S.Paulo nessa direção. Mas há fatores que dificultam, como a resistência de parte expressiva do PMDB estadual, entre eles o prefeito de Salvador, João Henrique, e deputados que temem dividir bases municipais com candidatos petistas. A avaliação do Planalto é simples: o PMDB, no final das contas, vai para o lado de quem estiver melhor. “Cada um vai sentar e fazer a conta (...) É matemática pura”, disse a fonte.
fonte: A Tarde

domingo, maio 24, 2009

Preso em Vitória médico que castrava meninos no Pará

Letícia Cardoso - gazeta online)

Foi preso na manhã desta sexta-feira (22) em Vitória, o médico ginecologista Césio Flávio Caldas Brandão, foragido desde 2005 da Justiça do Pará. De acordo com o Ministério Público paraense, o médico faz parte da seita Lineamento Universal Superior (LUS), que é acusada de castrar e matar meninos entre oito e 14 anos durante os anos de 1989 a 1993.Assista à reportagem da TV GazetaCésio Flávio Caldas foi detido em casa, no centro de Vitória, quando chegava do trabalho. Ele contou aos policiais do Grupo de Apoio a Promotores Públicos no Espírito Santo, que atuava no hospital São Lucas, em Vitória, e em clínicas particulares.A Secretaria do Estado da Saúde confirmou que Césio Caldas Brandão atua no hospital São Lucas como servidor da Funasa cedido ao Estado. Todavia, a assessoria afirmou que o médico não tinha contato direto com pacientes. Ele atuava no setor administrativo do hospital, na confecção de laudos. A assessoria de imprensa da secretaria municipal de saúde da Serra informou que o médico atuou durante um ano como clínico geral do PA de Carapina, todavia o contrato dele terminou no dia 8 de abril deste ano.O médico Césio Brandão foi transferido para o Presídio de Segurança Máxima de Viana, onde está à disposição da Justiça do Pará. O Ministério Público do Pará afirmou que o promotor virá ao Estado para participar da transferência do médico para o Pará.O casoNatural de Pinheiros, no Norte do Espírito Santo, Césio Brandão é acusado no processo dos rituais que ficaram conhecidos como o dos "meninos emasculados de Altamira", onde 13 morreram. Ele chegou a ser julgado, em 2003, pela Justiça do Pará, mas conseguiu um habeas corpus e retornou ao Espírito Santo.Na época, o advogado do médico alegou que ele era vítima de perseguição política porque era candidato a vereador. Testemunhas contaram que nos rituais de magia negra de que Césio Brandão e outros membros da seita participavam, roupas negras de mangas compridas e capuz eram utilizadas.A testemunha Agostinho José de Costa, que depôs em 2003, disse que viu o capixaba Césio Brandão saindo do mato, carregando um facão e um saco plástico, no dia do desaparecimento do menino Jaenes, de 13 anos. O corpo da criança foi encontrado no local, posteriormente, graças ao depoimento dele.Há uma semana, foi preso outro membro da LUS, no Maranhão. O ginecologista Anísio Ferreira da Silva foi condenado em 2004 a 57 anos de prisão. Ferreira estava foragido desde 2005, quando recebeu habeas corpus para recorrer da sentença em liberdade.
Fonte: Gazeta Online

Vão-se os dedos ficam os anéis...

Por: J. Montalvão

Dizem os mais entendidos, que na atual administração municipal de Jeremoabo os únicos que se entendem e estão satisfeitos, é o Pedrinho vice-prefeito e o seu pai João Ferreira secretário de infra-estrutura, coisa de pai para filho.

Dois pontos chaves da atual administração municipal foram demitidos, ou demitiram-se.

O motivo ninguém sabe informar com precisão, boatos existem muitos, o que se sabe é que motivo existiu.

Quanto a Nilson embora com comentários não muito recomendados que ninguém sabe se foi demitido ou se se demitiu, já fez seu pé de meia e tudo indica que pouco está se lixando para o disse me disse.

Ainda quanto ao Nilson, eu tenho a plena certeza que o atual prefeito não tem a mínima condição moral de falar qualquer coisa que denigra a imagem do mesmo, pois esse tem os famosos bilhetinhos onde seu intermediário o ex-padre moura, passava para que os absurdos fossem e executados, e pode ter acontecido que nem sempre a pessoa esteja disposta a fazer o que não deva.
Portanto esse poderá ser um dos motivos.

Quanto ao Zé Mário, ex Secretário de Administração, não tenho nenhum canal de relacionamento com o mesmo, mas é de se estranhar, pois foi um dos carros chefes da campanha do atual prefeito, em tão pouco tempo se demitir ou foi demitido, é um caso que só Freud explica.
Pode ter havido um pedido de demissão forçado, pois pelo que me disseram as ordens de um seu subordinado, valiam mais que a do próprio.

Mas vamos aguardar, que muita lama podre irá passar por debaixo dessa ponte, o tista de deda, só está na prefeitura há cinco meses, e a trambicagem continua a mesma, estamos apenas dando um tempo para divulgar.

POR ONDE ANDAM OS TUCANOS? OS CAMINHOS DA ENTREGA

Laerte Braga


Torcedores de futebol costumam cismar com determinados jogadores e atribuir-lhes um papel que não têm, transformando-os em ídolos sem que se consiga perceber a razão consciente disso. É o caso de Obina no Flamengo, de Tartá no Fluminense, como foi o caso do jogador Fio que Jorge Ben Jor um dia chamou de “maravilha” e acabou trazendo-lhe uma baita dor de cabeça. Fio acreditou que fosse “maravilha” mesmo.

Foi para os Estados Unidos, onde em matéria de futebol quem tem um olho é rei e terminou entregador de pizzas, por sinal profissão rentável por lá.

Delivery. Entrega.

O deputado Paulo Renato, ex-ministro da Educação do governo de Fernando Henrique Cardoso é um dos mais importantes entregadores do esquema tucano. Ocupa hoje a Secretaria da Educação do governo de São Paulo – José Serra – e sua missão é exatamente privatizar as universidades estaduais. Vale dizer, o serviço de delivery.

Paulo Renato, como todo o comando tucano, agitado com a perspectiva de voltar ao poder em 2010, começou também a pensar o processo de entrega da PETROBRAS. A CPI da PETROBRAS é o primeiro passo para a retomada do processo de privatização caso consigam eleger Serra ou Aécio para a presidência da República.

O deputado e secretário considera que há uma ilegalidade na permanência da PETROBRAS como estatal e nos supostos privilégios que dispõe se levarmos em conta o mercado e as empresas privadas do setor. O deputado afirma que a PETROBRAS “ofende o plano nacional de desestatização”.

Cínico e sem o menor respeito por nada que não seja ele próprio e sua conta bancária o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chegou à época, em seu governo, cogitar da mudança do nome da empresa para PETROBRAX, dissociando sua imagem de petróleo do Brasil para “universalizá-la” e vendeu 13% de suas ações na Bolsa de Valores de New York, a célebre Wall Street.

A delivery só não se consumou com por conta da reação popular. Foi no governo de FHC que o monopólio estatal do petróleo foi extinto, no ápice de um processo que começou no governo Geisel – Mário Henrique Simonsen – com os chamados contratos de risco. E foi FHC que baixou o decreto permitindo à empresa celebrar contratos sem licitação em determinadas circunstâncias, visando agilizar e compatibilizar a PETROBRAS com as regras do mercado.

Uma das formas usadas pelos tucanos para consumar o processo de entrega do País ao capital estrangeiro, acelerar sua transformação em colônia de Wall Street, banqueiros, etc, é o controle da mídia, dos meios de informação.

A palavra monopólio transformou-se em sinônimo de maldição, de atraso. A entronização do deus mercado sinalizou no caminho de novos tempos, segundo FHC, mais dinheiro para a saúde, educação, etc, etc. Ficou tudo um caos. Privatizado. Investir no SUS, segundo o ex-presidente “é cuidar da hipocondria dos brasileiros”. O negócio é investir em planos privados de saúde.

Qual é a cara dos EUA? São muitas. Desde empresas falidas como a GM, a FORD, a CHRYSLER, até a casa de sanduíches McDonalds. Como a cara da França é o Louvre, mas é a Citroen – empresa associada a grupos de Israel – e a cara da Inglaterra é o Big Ben, a rainha, ou o Rolls Royce, embora James Bond nos últimos filmes estivesse pilotando milagrosos BMW.

Com a entrega da VALE – cortou seus investimentos em 37%, está transferindo sua sede para a Suíça e teve dez vezes mais em lucro o que os caras pagaram para “comprar” – do setor de telefonia, de energia, toda a farra privatista de FHC, sobraram PETROBRAS, BANCO DO BRASIL, CAIXA ECONÔMICA FEDERAL e BANCO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL (BNDES).

O filé num mercado ávido de fontes de energia é o petróleo.

A PETROBRAS é uma das poucas caras que o Brasil tem como nação soberana e senhora dos seus destinos.

José Serra está com a camionete à porta pronta para a entrega aos compradores caso venha a ser o próximo presidente. Ele, ou Aécio Neves.

A CPI é um atalho na tentativa de desmoralizar a empresa, de criar a sensação que precisamos entrar no século XXII já no início do século XXI e marchar impávidos para a condição de norte-americanos de segunda categoria.

Como dizia a canção do “Subdesenvolvido”. “Você pensa como americano, mas não vive como americano, não come como americano.”

Tucanos não têm escrúpulos. Nem eles e nem seus aliados DEMocratas. São corruptos e venais na genética. Agora mesmo, logo após o escândalo das diretorias no Senado, dos cargos de confiança – a filha de FHC morando em São Paulo e trabalhando em Brasília com direito a horas extras no gabinete de Heráclito Fortes –, das passagens, do castelo do sonegador e torturador Edmar Moreira, sabe-se que o senador Efraim Araújo construiu uma casa de praia e ocupou boa parte de um terreno público na obra. Está tendo que explicar à Justiça.

Toda essa intrincada rede de corrupção é apenas conseqüência do projeto maior. O da entrega. É preciso ter esse tipo de gente no bolso e é isso que fazem. Os restos do banquete aos Efraims da vida. O grosso para eles e o Brasil para as grandes empresas falidas na esteira da sonegação, da farsa do mercado movido a dinheiro público.

É por aí que os tucanos andam. É esse o caminho da entrega. Não é por outra que nesses grandes golpes do tucanato são escalados jogadores do primeiro time como o pilantra Tasso Jereissati, ou o responsável pela privatização e mediocrização do ensino superior Paulo Renato.

E todo o processo montado desde a aposta em Collor e concretizada no Collor II, FHC.

A PETROBRAS é hoje uma das maiores empresas petrolíferas do mundo. Dispõe de tecnologias desenvolvidas a partir de técnicos brasileiros é objeto de cobiça de empresas e países outros. As descobertas das reservas petrolíferas do chamado pré-sal aumentaram essa cobiça dos estrangeiros sobre a empresa.

Aos tucanos está conferido o papel e o emprego de entregadores. São como corretores do “negócio”. A CPI cumpre essa finalidade. Tentar criar uma rede de mentiras e farsas que envolva a cidadão comum – Miriam Leitão está aí a soldo deles para isso, vender mentiras – e transforme, mais uma vez, o Brasil num país sem cara. Um México da vida, grande depósito de lixo dos EUA.

Todo esse esquema se assemelha àqueles filmes de terror em que plantas que devoram seres humanos vão deitando raízes por todos os cantos e trazendo desde pigmeus DEMocratas a monstros tucanos. Raízes que controlam significativa parte do Judiciário. Os juízes, desembargadores e ministros que freqüentam os resorts em “congressos” financiados pela FEBRABAN – FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS BANCOS –. No Legislativo, onde espalham o veneno – são raízes traiçoeiras e venenosas a despeito de buscarem mostrar flores perfumadas e coloridas – em deputados e senadores padrão Jereissati, Artur Virgílio, Heráclito Fortes, Efraim Araújo, ou em governadores como Serra, Aécio, Yeda Crusius, enfim, toda a podridão imaginável e inimaginável no simples papel que de delivery de um País, uma Nação inteira.

O controle da mídia é simples. Remuneram jornalistas venais, redes de tevê, jornais, revistas e rádios com fortes verbas publicitárias. Caso do contrato de Serra com A editora ABRIL, que edita VEJA, ou com Gilmar Mendes, presidente da STF DANTAS INCORPORATION LTD empregando em suas faculdades jornalistas globais, falo de Heraldo Pereira, um dos âncoras de tele jornais da GLOBO. É “funcionário” do esquema. Aparece na tevê com cara de sério e “informando verdades” do patrão.

Por trás de toda essa manobra para a CPI da PETROBRAS o que existe é só isso. Os caminhos da entrega do Brasil, da transformação do País em colônia de um modelo falido. São os caminhos tucanos, os caminhos por onde andam os tucanos.

Faça o que mando e não o que faço.

Prefeito de Santa Brígida compra hotel com "duas laranjas"

"Teles, se engraçou do hotel, e queria a todo custo comprá-lo, e na surdina, começou a conspirar para realizar seu sonho, passando por cima da lei e de todos...
"RedaçãoAntônio França

O prefeito de Santa Brígida, padre Teles, mais uma vez, está metido ate a cabeça com atos de corrupção com o dinheiro publico. Tente entender a transação que ele fez pra comprar um hotel em Santa Brígida. O Hotel São Gabriel, era de propriedade do Conselheiro Pedro Batista, que o usava para hospedar autoridades, e ele mesmo dispunha de um quarto, para servir de abrigo quando os seus romeiros percebiam alguma ameaça contra ele, escondendo-o por lá, até que as coisas se acalmassem. Antes mesmo da morte do Beato Pedro Batista, em 11/11/1967, a posse do hotel já era de um romeiro seu, com toda documentação legalizada para tanto, naquela época, já lá vão mais de 50 anos.
Ocorre que o prefeito padre Teles, se engraçou do hotel, e queria a todo custo comprá-lo, e na surdina, começou a conspirar para realizar seu sonho, passando por cima da lei e de todos para concretizar esse feito, senão vejamos:
Conforme Certidão de Inteiro Teor do Cartório de Imóveis e Hipotecas e Títulos, Documentos e Pessoas Jurídicas da Comarca de Paulo Afonso, foi dito o seguinte: O Hotel São Gabriel, hoje chamado Pousada Audálio, situa-se na Praça Pedro Batista-
centro - Santa Brígida - BA., tem uma área total de 298,41 m², encontrando-se na área descrita um imóvel constando: 05 salas, 11 quartos, 01 cozinha, 03 WC e uma área de serviço.

No dia 10/02/2006 o Sr. José Francisco dos Santos Teles, apresentou o Município de Santa Brígida, como proprietário do retro citado hotel, e vendeu a sua empregada doméstica, Sra. Rosa Pereira de Araújo, pelo valor de R$ 1.313,00 (Um mil trezentos
e treze reais) que inclusive reside na mesma casa com ele, e é sua cozinheira até a presente data, sendo ato contínuo, isto é, no dia 21/03/2006, 41 dias depois, o prefeito padre Teles, comprou a sua cozinheira, o mesmo imóvel pelo valor de R$ 28.000,00 (Vinte e Oito Mil Reais).

No dia 16/04/2007 ele o vendeu a sua tesoureira municipal, Sra. Maria do Socorro dos Anjos, que detém o cargo de confiança de tesoureira da prefeitura municipal até a presente data, pelo valor de R$ 40.248,90 (Quarenta Mil, Duzentos e Quarenta e Oito
Reais e Noventa Centavos). Três equívocos, duas laranjas, o primeiro ato da venda do hotel, já foi um grande erro, pois ele não pertencia ao município, pelo fato do dono anterior, senhor Audálio, ter falecido, e acredito em cumplicidade com os herdeiros e para fugirem de inventário, então ele apresentou na escritura de venda como se só existisse o terreno, pura mentira, pois existia o imóvel construído, só que para se vender o terreno, a prefeitura não necessita de autorização legislativa, quando se trata de imóveis e outros bens só com a votação daquela colenda Casa.

Essa tramóia já foi denunciada ao Ministério Público da Comarca de Paulo Afonso, já há algum tempo, cerca de um ano, mas pelo meu conhecimento, até o momento sem nenhuma decisão daquele órgão.
Por Antônio França (www.fmne.com.br/noticias)
Fonte: Ozildo Alves.

Nossos Comentários:

Santa Brigida já foi Munícipio de Jeremoabo, então nada mais certo do que: "os filhos imitam os pais, naquilo que eles têm de bom e de mau."
Então quem afirma o contrário se o atual prefeito de Santa Brígida não está se espelhando no tista de deda, prefeito de Jeremoabo PhD em trambicagem com o erário público.

Eles têm medo da internet?


Regimes não democráticos passam a utilizar a internet a seu favor para manipular a opinião pública
Breno Baldrati
Correu a internet nessa última semana a nova campanha publicitária da Sociedade Internacional de Direitos Humanos (ISHR, sigla em inglês), produzida pela agência alemã Ogilvy & Mather, que mostra Mahmoud Ahmadinejad, Hugo Chávez e Raúl Castro com medo de um mouse. Apesar de uma bem-humorada crítica aos governos que temem a livre circulação de informação, a propaganda não corresponde integralmente à realidade, que revela regimes autoritários fazendo cada vez mais uso da tecnologia com a intenção de divulgar suas ideias.
O próprio Ahmadinejad é um bom exemplo. O presidente do Irã possui uma estruturada página na internet (http://www.president.ir), atualizada regularmente com as últimas notícias sobre ele. Ainda mais indicativo do que o canal oficial na web é o batalhão de comentaristas iranianos dedicados exclusivamente a defender as políticas dos aiatolás pelos fóruns de discussão e blogs do país. Um estudo divulgado pelo Centro de Internet e Democracia de Harvard mostra que a blogosfera iraniana é bem distribuída entre reformistas/secularistas e conservadores/religiosos – ainda que discordar das políticas do governo seja algo raro, devido à forte repressão contra os “dissidentes digitais”.
Para Evgeny Morozov, um estudioso da questão da internet em regimes autoritários, é um erro achar que a única estratégia desses governos é caçar dissidentes. “O grande erro conceitual dos ‘ciberutopistas’ é tratar o ciberespaço como uma área anarquista, onde as autoridades não se arriscam a entrar exceto para fechar tudo. A mídia encoraja essa visão de governos autoritários como tecnofóbicos censores da internet”, escreveu ele em um artigo para o Boston Review.
Morozov cita o exemplo de Rússia e China, dois dos países mais ativos na web. Pelo menos desde 2005 a China patrocina o chamado “50 Cents Army”, o Exército de 50 Centavos, uma referência ao valor recebido por cada blogueiro por post publicado em favor do governo comunista. Estima-se que entre 280 a 300 mil pessoas foram treinadas para exercer essa atividade. Na Rússia, além de o presidente Dimitri Medvedev gravar um videocast semanal, o Kremlim possui laços estreitos com a New Media Stars, uma empresa produtora de conteúdo para web. O último lançamento é um documentário sobre a guerra com a Geórgia, que atribui a culpa pelo conflito inteiramente na ex-república soviética e ganhou bastante repercussão na blogosfera russa.
Com a massificação do acesso à internet a partir dos anos 2000, virou lugar-comum a ideia de que uma revolução proporcionada pela disseminação da informação levaria democracia a todos os cantos do planeta. Agora, regimes autoritários mostram que a web também pode ser um bom veículo para manipular a opinião pública.
Fonte: Gazeta do Povo


Manual para se vigiar a CPI da Petrobras

Elio Gaspari


Quem quiser acompanhar a CPI da Petrobras precisa se acautelar. O melhor negócio do mundo para o comissariado da empresa será a exibição de meia dúzia de escândalos pirotécnicos. Aqui vai um manual de sobrevivência para os curiosos:
1) Discutir a política de patrocínios culturais servirá apenas para desfazer a cena do crime. O senador Alvaro Dias diz que quer investigar os contratos de duas ONGs dirigidas por petistas que receberam R$ 2,96 milhões para organizar festas em 44 cidades baianas.
Perda de tempo. A Polícia Federal e o Ministério Público estão cuidando do assunto, e essas duas instituições são mais confiáveis que as CPIs do Congresso. Admitindo-se que toda a política de patrocínios da Petrobras estivesse corrompida, os custos da empresa caberiam na rebarba de uma plataforma de R$ 6 bilhões e ainda sobraria muito dinheiro. (O comissariado não diz quanto gasta em cultura, mas pode-se chutar que a cifra está nuns R$ 300 milhões.)
2) Discutir sobrepreços inferiores a 10% do valor orçado é denúncia vazia. Diferenças desse tamanho podem ocorrer nas melhores empresas.
Sobrepreço bonito é o da refinaria planejada para o Rio de Janeiro. Em 2006, quando Nosso Guia lançou sua pedra fundamental, ela estava orçada em R$ 7 bilhões. Atualmente está estimada em R$ 26 bilhões. O mesmo acontece com a Abreu e Lima, em Pernambuco. Ela nasceu custando R$ 5 bilhões, pulou para R$ 8 bilhões e, em março, empreiteiras e fornecedores pediam R$ 22 bilhões. No meio do caminho sumiu o sócio venezuelano. Se o comissário Sergio Gabrielli trabalhasse com variações desse tipo na iniciativa privada, já teria sido mandado para a direção de uma ONG de capoeira. Para evitar dispersão de esforços, pode-se também estabelecer um piso de R$ 100 milhões para qualquer investigação mais aprofundada. Assunto não haverá de faltar.
No mundo das astúcias conceituais pode-se até deixar de lado o drible que Gabrielli e o doutor Almir Barbaça quiseram dar na Receita Federal. Mais intrigante será a investigação junto a fornecedores e empresários atraídos para sociedades com a Petrobras. Em tese, esse é um bom negócio. Na prática, diversos parceiros surpreenderam-se ao ver que as revisões orçamentárias da estatal geralmente dobravam as despesas. (Em alguns casos os sócios preferiram cair fora.)
A Petrobras não é uma empresa corrupta, mas uma estatal onde há espertalhões. O melhor acervo para a sua defesa está no corpo técnico da companhia.
* * * * *
PSDEM
Um malicioso observador da vida partidária brasileira começou a desconfiar que esteja em andamento algum tipo de conversa para fundir o PSDB com o DEM. Pelo menos um cardeal do DEM admitiu essa hipótese, ressalvando que isso aconteceria depois da eleição de 2010. É apenas desconfiança, mas será divertido ver Fernando Henrique Cardoso no ex-PFL, ex-PDS e ex-Arena.
Avô em Guantánamo
O companheiro Obama evita falar no assunto, mas ele é o primeiro presidente da história dos Estados Unidos com um ascendente direto preso e torturado sob a acusação de terrorismo. Sua família já teve o Momento Guantánamo.
Hussein Onyango Obama, avô paterno do presidente, foi encarcerado em 1949 pelo regime colonial inglês e passou dois anos nos calabouços da medonha prisão queniana de Kamiti. Sofreu de tudo.
Vô Obama foi acusado de passar informações ao movimento nativista que desembocaria na revolta dos Mau Maus. Essa organização juntou milhares de quenianos unidos por um juramento feito em rituais em que se bebia sangue de bode.
Os ingleses confinaram e prenderam 1,5 milhão de quenianos. Mataram pelo menos 12 mil. Não adiantou. Em 1963, 11 anos depois do início da revolta Mau Mau, o Quênia obteve sua independência. (Em suas memórias, Obama Neto contou essa história com a rapidez de um gato que corre sobre brasas.)
3x3?
Conta de um petista atrevido: “Eu não falo em terceiro mandato. Para mim, se Lula disputasse a Presidência em 2010, essa seria sua sexta candidatura. Até agora ele perdeu três e ganhou duas.”
Vestibular
A esta altura, as chances de o MEC organizar duas provas do Enem neste ano são inferiores a 10%. Haverá só uma, em dois dias de outubro, com um total de 180 questões. O que o ministério assegura é que até outubro fará três simulações, todas na internet. A primeira será parcial e as duas outras, completas. Os estudantes poderão conferir on-line a qualidade de suas respostas.
Eremildo, o idiota
Eremildo é um idiota e pretende ganhar dinheiro com sua última invenção. É o “Deflator Mantega” e serve para prever o índice de crescimento do PIB num ano. O idiota lembrou-se de que, no final de 2003, Mantega contestou uma previsão da ekipekonômica, que estimava um crescimento de 0,4% para a economia naquele ano. O doutor explicou que “eu não derrubo, só levanto o PIB” e cravou um crescimento de 0,8%.
A conta fechou em 0,5%. Diante disso, o idiota criou a Primeira Lei de Mantega: Seja qual for o PIB, ele ficará 37% abaixo do que diz o ministro da Fazenda. Eremildo aplicou o “Deflator Mantega” à divergência recente do ministro com o seu colega Paulo Bernardo, que previu uma taxa de 0,7% para este ano. O levantador de PIB elevou-a para 1%. O idiota informa: a economia crescerá 0,63%.
Confisco eleitoral
Os doutores que defendem a instituição do voto de lista, que retira do contribuinte o direito de escolher seus candidatos a deputado, sustentam que com isso os partidos serão fortalecidos e o Brasil será feliz para sempre. Tudo bem. Puseram no pacote do confisco eleitoral uma proposta que abre uma “janela de infidelidade” para permitir que parlamentares fujam dos partidos pelos quais se elegeram.
Acreditar na Infraero é coisa de bobo
Em outubro passado leu-se aqui uma “boa notícia”. A Infraero anunciava que a partir de dezembro os 12 maiores aeroportos do país ofereceriam conexões gratuitas com a internet pelo sistema wi-fi. Tudo mentira. Chegou-se a maio e não se instalou coisa alguma. Pior: os aerocratas anunciam que oferecerão outra modalidade de serviço. A patuleia precisará se cadastrar, terá o acesso limitado e pagará aos provedores para usar serviços de e-mail.
Fonte: Gazeta do Povo

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Publicado em 23 de setembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Mario Sabino Metrópoles Em 2011, quando o Brasil...

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