Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

domingo, novembro 24, 2024

Mauro Cid explodiu com seu advogado e o obrigou a se desmentir

Publicado em 24 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet

Tenente-coronel Mauro Cid fala com advogado Cezar Bitencourt

Advogado inventou uma declaração que Mauro Cid não fez

Igor Gadelha
Metrópoles

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid explodiu com seu advogado, Cezar Bitencourt, após prestar novo depoimento ao ministro do STF Alexandre de Moraes na tarde da quinta-feira (21/11).

O motivo da irritação, segundo aliados, foram as entrevistas dadas pelo advogado para falar sobre a oitiva. Em uma delas, Cezar afirmou que Cid teria dito que Bolsonaro sabia do plano para matar o presidente Lula envenenado.

O ex-ajudante de ordens negou a interlocutores que tenha dado essa informação no depoimento. O militar ressaltou, nos bastidores, que ele próprio negou a Moraes que tivesse conhecimento sobre o suposto plano para matar Lula.

TUDO ERRADO – Na oitiva, Cid confirmou que houve uma reunião na casa do general Braga Netto, em Brasília, no dia 12 de novembro de 2022 com outros militares para tratar de um plano golpista. Ele reiterou, porém, que teria ido embora mais cedo.

Irritado com as entrevistas, o ex-ajudante de ordens ligou para seu advogado na tarde da sexta-feira (22/11) e pediu que ele recuasse da declaração de que Bolsonaro saberia do plano para matar Lula. O advogado Cezar Bittencourt assim fez.

A interlocutores, Cid relatou ter contado no depoimento ao STF que Bolsonaro tinha conhecimento sobre o plano golpista defendido por militares para evitar a posse de Lula, o que não envolveria a morte do atual chefe do Palácio do Planalto.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 Com um advogado desse nível, que só trabalha em Justiça Militar, Mauro Cid nem precisa de inimigos. Agora, o tenente-coronel vai bater de frente com o general Braga Netto, que desmente a reunião em sua casa no dia 12 de dezembro, quando os “kids pretos” barbarizaram Brasília, tentando invadir a sede da Polícia Federal, incendiando carros e ônibus e promovendo o caos. Braga Netto diz que pode provar que não houve a reunião e exige uma acareação.(C.N.)       


Era impossível matar Jeca, Joca e a Professora na data marcada

Publicado em 24 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet

Lula assina acordos com catadores de materiais recicláveis e doa imóvel da União

Lula estava assim, no encontro com catadores de lixo

Weslley Galzo
Estadão

O general e os conspiradores “kids pretos” presos nesta terça-feira, 19, pela Polícia Federal (PF) escolheram o dia 15 de dezembro de 2022 para executar o plano que previa assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, segundo as investigações.

Na data escolhida pelos militares para realizar o golpe de Estado, as três autoridades – apelidadas de Jeca, Joca e Professora – estavam em agendas públicas fora das sedes dos Poderes.

NATAL DOS CATADORES – Lula, na ocasião, presidente eleito, estava na Associação Nacional dos Catadores, em São Paulo, onde participou de uma confraternização de Natal. A associação fica localizada no centro da capital paulista, na Rua 24 de maio, no bairro da República.

Já Alckmin participou do evento “Pacto pela Aprendizagem”, organizado pela Unesco e pela ONG Todos pela Educação, no B Hotel, localizado na área central de Brasília, e despachou da sede do governo de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), também na capital federal, que mantinha algumas atividades abertas ao público durante aquele período.

O ministro Alexandre de Moraes, que à época exercia o cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), participou de um evento em um condomínio de luxo na Asa Norte de Brasília. O Condomínio ION, onde foi realizado o 4º Seminário STF em Ação, conta com uma série de salas de conferência e escritórios. Os organizadores do encontro venderam ingressos ao público interessado em assistir às palestras de Moraes e outros ministros do STF.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Entre planejar e executar, há quilômetros de distância. Justamente por isso, a lei não considera crime o mero planejamento, sem haver, pelo menos, a tentativa de cometê-lo. No caso, como matar Lula, Alckmin e Moraes no mesmo dia? Nem Osama Bin Laden conseguiria. (C.N.)

Inelegível e indiciado, Bolsonaro não deixará Tarcísio ser candidato?

Publicado em 24 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet

Bolsonaro admite que Tarcísio não conhecia São Paulo antes de ser governador – Política – CartaCapital

Tarcísio pretende acatar a decisão de Bolsonaro em 2026

Tales Faria
do UOL

Nem o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), nem ninguém, inclusive sua mulher, Michelle Bolsonaro (PL). O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pretende registrar seu próprio nome como candidato a presidente da República em 2026, mesmo estando inelegível ou até condenado nos processos que correm na Justiça.

É isso que ele tem confidenciado aos aliados mais próximos. E não é uma decisão impensada.

CONFUNDIR O ELEITOR -A estratégia do ex-presidente é colocar um de seus filhos como candidato a vice. No caso de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) indeferir o pedido de registro —o que é esperado— a chapa continuará encabeçada por “Bolsonaro”.

Isso servirá para confundir a cabeça de boa parte dos eleitores que pensará estar votando no Bolsonaro pai. E quanto mais tempo o TSE demorar para impugnar a candidatura, mais tempo o ex-presidente terá para fazer campanha como se fosse um candidato de verdade.

“Serei candidato de qualquer maneira”, tem dito Bolsonaro.

IGUAL A LULA – O ex-ministro do TSE Henrique Neves explica que a Justiça Eleitoral já viveu situação semelhante com o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, quando ele estava inelegível por conta da Lava Jato:

“Em 2018, Lula acabou substituído pelo [Fernando] Haddad. Em princípio, conseguiu fazer campanha até que o plenário do TSE indeferiu o registro. A substituição, em qualquer caso, só pode ocorrer até 20 dias antes da campanha. Naquela época, o TSE julgou o processo rapidamente, e o registro do Lula foi indeferido no final de agosto, logo no início da fase de propaganda no rádio e na TV.”

15 A 20 DIAS – Neves é um dos maiores especialistas do país em direito eleitoral. Questionado se acredita que Bolsonaro conseguirá fazer campanha por alguns dias, o ex-ministro do TSE respondeu:

“Há muito tempo defendo que todas essas questões —para saber se alguém pode ou não ser candidato— tinham que ser resolvidas antes mesmo das convenções partidárias. Até para dar segurança aos partidos no momento da escolha. Mas não creio que mudem muita coisa para 2026. Qualquer pessoa pode pedir o registro, mesmo sem ter nenhuma chance. A Justiça eleitoral negará, mas isso deve levar uns 15 a 20 dias.”

QUAL FILHO? – A coluna apurou que Bolsonaro ainda não decidiu qual de seus filhos será o candidato a vice. Hoje, o nome mais cotado é o do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), cuja possibilidade de candidatura ao Planalto já foi anunciada pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

O ex-presidente gostaria de ver o filho candidato a governador de São Paulo. Mas teria que descartar Tarcísio, que ele avalia já estar praticamente reeleito. Tarcísio pode servir melhor como cabo eleitoral da candidatura de Eduardo ao Planalto.

Se o filho de Bolsonaro perder, ele terá uma vaga no secretariado do governador de São Paulo.

MICHELLE – Michelle Bolsonaro também tem o sobrenome considerado adequado, mas o ex-presidente não cogita tê-la como candidata a vice-presidente. Bolsonaro só confia mesmo nos filhos.

Vale lembrar que o ex-presidente chegou a provocar um racha familiar quando sua primeira mulher, Rogéria, quis ser candidata a vereadora no Rio de Janeiro. Ele lançou o filho Carlos para impedir que os votos do sobrenome “Bolsonaro” fossem para Rogéria.

Se tudo ocorrer como espera o ex-presidente, em 2026, o nome “Bolsonaro” constará nas urnas eleitorais de todo o país.

Gonet não tem pressa e só vai decidir sobre denúncia em 2025

Publicado em 24 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet

Quem é Paulo Gonet, o novo procurador-geral da República

Gonet vai decidir sobre a denúncia de cada indiciado

Mônica Bergamo
Folha

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, bateu o martelo: ele só vai decidir no próximo ano se denunciára Jair Bolsonaro (PL) por participar de uma tentativa de golpe de Estado no país.

Gonet pretende estudar de forma detalhada o inquérito da Polícia Federal para, depois disso, enquadrar o ex-presidente nos crimes que a PF conseguir comprovar.

Os procuradores sabem que o caso tem ampla exposição, e que é necessário ser até excessivamente cuidadoso e preciso na denúncia.

GRANDE INTERVALO – Eles querem evitar também um grande intervalo entre a apresentação da denúncia e o julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) —que entra em recesso em dezembro.

A PF afirmou em seu relatório que Bolsonaro, e outras 36 pessoas, cometeram os crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Mas todos eles negam que tenham tentado dar um golpe no Brasil.

Do total de indiciados, 25 são militares. Entre eles há estrelas como Braga Netto e Augusto Heleno.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É preciso entender que não há processo em grupo. Se houver denúncia, cada réu será julgado individualmente, como está acontecendo no caso dos terroristas inventados por Moraes. Quanto aos verdadeiros terroristas, os “kids pretos”, nenhum deles será processado. Isso é Brasil. (C.N.)


Queriam matar Lula, Alckmin e Moraes? Mas quem iria? E como?

Publicado em 24 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet

Charge do dia 23/11/2024

Charge do Cau Gomez (Tribuna da Bahia)

Elio Gaspari
O Globo/Folha

Todo golpe fracassado é ridículo e todo golpe vitorioso é heroico. O de Jair Bolsonaro fracassou. Passados dois anos, o Brasil livrou-se das turbulências militares chacoalhadas a partir do Palácio do Planalto. Isso não é pouca coisa.

A Polícia Federal divulgou uma representação de 221 páginas, prendeu quatro pessoas, inclusive um general da reserva, e indiciou 37 cidadãos. Bolsonaro encabeça a lista na qual estão quatro ex-ministros, três dos quais com altas patentes militares. A Justiça decidirá o que fazer com cada um deles. Sabendo-se como o Judiciário baixou o pano da Operação Lava-Jato, é melhor economizar expectativas.

FALTOU APOIO – Pode-se olhar de duas maneiras para o golpe de Bolsonaro. Primeiro, por que fracassou. Depois, como ele tentou ficar de pé. Fracassou porque pretendia cancelar o resultado das urnas e, até por isso, não teve o apoio de comandantes militares relevantes.

Na conta de um coronel palaciano, no dia 17 de dezembro de 2022, o placar no Alto Comando do Exército era o seguinte: “Cinco (generais) não querem, três querem muito e os outros (sete), zona de conforto. É isso. Infelizmente.”

Quando militares se metem na política e vivandeiras civis se metem nos quartéis, brilham os generais falantes (quase sempre da reserva). Como os profissionais não falam, tornam-se invisíveis, mas decidem as paradas.

NÚCLEO GOLPISTA – O golpe de Bolsonaro tinha um núcleo golpista, essencialmente palaciano. Seus generais e coronéis comandavam os motoristas de seus carros oficiais. A eles juntaram-se milhares de vivandeiras acampadas diante de quartéis.

Em julho de 2022, quando Bolsonaro levantava o fantasma de uma possível fraude na eleição de outubro, o comandante do Exército, general Freire Gomes, disse, numa reunião, que não tinha notícias de irregularidades.

Dois dias depois do segundo turno, ao ser consultado sobre a minuta de um golpe subsequente à decretação do estado de defesa, ele condenou a ideia.

HOUVE DESÂNIMO – Nas semanas seguintes, Bolsonaro acreditou que suas vivandeiras atropelariam os oficiais que pretendiam respeitar o resultado das urnas. Enganou-se.

No dia 6 de dezembro, o caminhoneiro Lucão, acampado na frente de um quartel, escreveu ao general Mario Fernandes:

“O povo aqui em São Paulo começou a desistir já, cara. Já tem barraca sendo desmontada. Né? As pessoas têm trabalho, têm convívio social, o pessoal não tá mais aguentando não, cara. 35 dias nas ruas. Eu mesmo tô desmotivado (…). Esses três últimos dias tomando chuva direto lá, cara, voltando pra casa, porra. (….) Sapato encharcado, roupa encharcada.”

GENERAL DO PUNHAL – O general Mario Fernandes foi preso na quarta-feira e precisa de bons advogados. Ele estava na reserva do Exército e na ativa como palaciano. Era o secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e foi um ativo articulador do golpe. Frequentava o acampamento de Brasília e, uma semana depois do segundo turno, imprimiu no palácio o “Plano Punhal Verde Amarelo”, um manual para o levante.

Previa a possibilidade de atentados contra Lula e Geraldo Alckmin, seu vice. Isso e mais um ataque ao ministro do STF Alexandre de Moraes.

Cinco dias depois da impressão do “Plano Punhal Verde Amarelo”, o major Rafael Martins, que servia no Batalhão de Operações Especiais, trocou mensagens com o tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens de Bolsonaro. Discutiram os recursos necessários para tocar o bonde e concluíram que seriam necessários R$ 100 mil.

MODELO CARO – Não se sabe se algum dinheiro apareceu, nem de onde veio, mas no dia 7 de dezembro, o major comprou um iPhone 12, pagou R$ 2.500 (em espécie) e colocou o aparelho em nome da mulher. Era um modelo caro. Seria usado para iludir a vigilância.

Nesses dias, Lula e o ministro Alexandre de Morais eram campanados. No dia 9, uma equipe de seis militares começou a chegar a Brasília. Usavam codinomes e se comunicavam por celulares. Primeiro veio Áustria (major Rodrigo Azevedo, preso na semana passada). Na noite de 12, a sede da Polícia Federal foi atacada. Visitando um acampamento, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, garantiu:

“O Bolsonaro não vai decepcionar ninguém.”

Às 20h do dia 15, o major Rafael, Austrália, Gana, Japão e Alemanha estavam a postos, no caminho de Alexandre de Moraes, para a Operação Copa 2022. Às 20h59m receberam ordens para abortar a ação. Como mostrou o repórter Ranier Bragon, não se sabe quem acionou a missão nem quem a abortou. Essa é uma das lacunas do relatório apresentado pela Polícia Federal.

QUEM? COMO? – É possível que as 800 páginas que acompanham os 37 indiciamentos esclareçam as dúvidas. Queriam envenenar Lula? Quem, como? As 221 páginas do relatório da Policia Federal mostram uma investigação minuciosa, mas à parte, a denúncia da intenção dos atentados e a profundidade do envolvimento do general da reserva Mario Fernandes, pouco acrescentam de substancial às conclusões da CPI Mista do Congresso e à parte já conhecida do acervo documental do ministro Alexandre de Moraes.

De prático, o “Plano Punhal Verde Amarelo” do general Mario Fernandes resultou na compra de um iPhone pelo major Rafael.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Excelente artigo de Elio Gaspari. É preciso descobrir e provar quem iria matar Lula e os outros. Aliás, por que Alckmin seria morto? Por causa do metrô e da corrupção antiga? Não faz sentido. (C.N.)


Transposição de Carga Horária: Análise de Suposta Ilegalidade na Secretaria de Educação de Jeremoabo

 


Transposição de Carga Horária: Análise de Suposta Ilegalidade na Secretaria de Educação de Jeremoabo

Em recente ato administrativo, o Prefeito de Jeremoabo, Derisvaldo José dos Santos, assinou a Portaria nº 351/2024, que dispõe sobre a transposição para o regime de 40 horas de servidores lotados na Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esportes e Lazer. A medida, baseada no parecer jurídico nº 265 de 21 de novembro de 2024 e fundamentada no Artigo 31 da Lei Municipal nº 419/2011, vem gerando questionamentos e suspeitas de irregularidades, especialmente no caso da Secretária de Educação.

O que diz o Artigo 31 da Lei Municipal nº 419/2011?

Segundo o artigo, a transposição para o regime de 40 horas é assegurada automaticamente para professores e coordenadores pedagógicos que tenham:

  • Alteração de carga horária para regime diferenciado de trabalho ou desdobramento;
  • Exercício dessas condições por 5 anos consecutivos ou 10 anos interpolados.

A Secretária de Educação, no entanto, ingressou na Prefeitura de Jeremoabo por concurso público para o cargo de Coordenador Pedagógico Nível II, com carga horária de 20 horas semanais, função que exerceu até 2 de março de 2020. A partir de 3 de março de 2020, ela passou a atuar como agente político, assumindo o comando da Secretaria Municipal de Educação.

Supostos Indícios de Ilegalidade

Baseando-se no que estabelece a legislação municipal, há pontos críticos a serem considerados:

  1. Tempo insuficiente na função de 20 horas:
    Para que houvesse transposição automática, a Secretária deveria ter cumprido os 5 anos consecutivos ou 10 anos interpolados em regime diferenciado de trabalho ou desdobramento. Entretanto, como deixou de atuar diretamente como coordenadora pedagógica em 2020, não teria alcançado o período exigido pela legislação.

  2. Incompatibilidade da função política com os critérios legais:
    Ao ocupar o cargo de agente político (Secretária de Educação), a servidora deixou de cumprir os requisitos técnicos e funcionais que justificariam a transposição, configurando uma possível imoralidade e desrespeito à lei.

  3. Ato administrativo no final do mandato:
    O ato de concessão de transposições no final do mandato levanta suspeitas de violação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que limita ações que impactem as despesas com pessoal nos últimos meses de governo.

  4. Impacto financeiro e político:
    A decisão pode ser interpretada como uma tentativa de beneficiar aliados políticos, agravando a percepção de improbidade administrativa.

Conclusão

A transposição da Secretária de Educação para o regime de 40 horas parece, à primeira vista, imoral e ilegal, já que não atende aos requisitos estabelecidos no Artigo 31 da Lei Municipal nº 419/2011. Além disso, a medida fere princípios da administração pública, como os da legalidade, moralidade e impessoalidade.

A situação exige apuração rigorosa por parte do Ministério Público e do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), para que sejam avaliados os aspectos legais e financeiros dessa decisão. Caso confirmada a irregularidade, o ato deve ser anulado e os responsáveis, penalizados.

Este episódio reforça a necessidade de maior transparência e respeito às normas legais, especialmente em um momento de transição de governo, quando práticas como esta podem comprometer ainda mais a credibilidade da gestão pública.

Nota da redação deste Blog -  Um ponto importante sobre o papel dos vereadores na fiscalização e provocação de órgãos de controle como o Ministério Público (MP) e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). De fato, os vereadores, enquanto representantes do povo, têm a prerrogativa e o dever de zelar pelo cumprimento das leis e pela correta aplicação dos recursos públicos.

O caso da Secretária de Educação, assim como o suposto exemplo envolvendo João Batista Santos Andrade, Secretário de Administração e Obras, evidencia uma prática potencialmente irregular e sistemática dentro da gestão municipal. Para que o MP e o TCM atuem com eficácia, é necessário que sejam provocados formalmente, e os vereadores possuem legitimidade para apresentar denúncias, especialmente se houver evidências documentais que sustentem essas irregularidades.

A Importância da Ação dos Vereadores

  1. Fiscalização ativa:
    A omissão dos vereadores em casos como esses pode ser interpretada como conivência. É responsabilidade do Legislativo agir para impedir que atos administrativos que desrespeitem a legalidade continuem impunes.

  2. Fortalecimento da democracia:
    Ao levar essas questões aos órgãos de controle, os vereadores demonstram comprometimento com o interesse público, fortalecendo o papel fiscalizador do Legislativo e combatendo práticas que podem prejudicar o município.

  3. Abrangência das irregularidades:
    Ao que parece, não se trata de um caso isolado, mas de uma estratégia generalizada de beneficiar agentes políticos e servidores com medidas que podem infringir a lei. Esse cenário demanda uma investigação ampla e rigorosa para identificar todos os envolvidos.

Provocação ao MP e ao TCM

Para que esses órgãos atuem, os vereadores podem:

  • Apresentar denúncias formais, com embasamento legal e documental;
  • Solicitar auditorias específicas, visando apurar os critérios utilizados para transposições de carga horária e outras práticas semelhantes;
  • Convocar sessões extraordinárias na Câmara para debater a questão e pressionar o Executivo a fornecer explicações públicas.

Conclusão

Casos como o da Secretária de Educação e do Secretário de Administração e Obras exigem uma resposta firme e imediata. O papel dos vereadores é fundamental nesse processo, pois são eles os primeiros a identificar e denunciar irregularidades locais. A omissão não só enfraquece a confiança da população no Legislativo, mas também perpetua práticas de imoralidade administrativa.

A transparência e o compromisso com o interesse público devem prevalecer. A denúncia formal aos órgãos competentes é um passo crucial para garantir que a legalidade seja restabelecida e os responsáveis, devidamente responsabilizados.

Mais um revés para o grupo de Deri do Paloma: Justiça reitera derrota e confirma legalidade da vitória de Tista de Deda


Mais um revés para o grupo de Deri do Paloma: Justiça reitera derrota e confirma legalidade da vitória de Tista de Deda.

No dia 13 de novembro de 2024, o grupo político do ex-prefeito Deri do Paloma sofreu um duro golpe com a decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal (STF), que transitou em julgado, colocando um ponto final nas tentativas de reverter a vitória do prefeito eleito, Tista de Deda. A decisão referenda o resultado das urnas .

O que estava em jogo?

O caso em questão teve origem em uma decisão anterior do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que determinou o cumprimento de sentença condenatória contraTista de Deda incluindo a suspensão de seus direitos políticos. No entanto, em um movimento controverso, o ministro Nunes Marques havia dado provimento a uma reclamação que suspendia a execução dessa decisão, liberando a candidatura do ex-prefeito.

O argumento central da decisão de Nunes Marques era baseado no precedente da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6.678, que flexibilizou a aplicação da Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992) após as mudanças promovidas pela Lei nº 14.230/2021. Contudo, no entendimento do STF, essa flexibilização não se aplica a casos de improbidade dolosa, especialmente quando há prejuízo comprovado ao erário público.

A derrota final

Impactos políticos e administrativos

Essa decisão representa mais uma “pá de cal” nas esperanças do grupo de Deri do Paloma em questionar judicialmente a legitimidade da gestão que se inicia com Tista de Deda. Além de fortalecer a base jurídica que sustenta a eleição do novo prefeito, a decisão marca o encerramento de um ciclo de tentativas de judicialização do processo eleitoral em Jeremoabo.

Com isso, Tista de Deda segue consolidado no comando do município, agora com respaldo incontestável da Justiça. Esse desfecho reforça a necessidade de uma gestão voltada para a reconstrução administrativa, superando os escândalos de improbidade que marcaram a gestão anterior.

A mensagem da Justiça

O caso reflete uma mensagem clara das instâncias superiores: o combate à corrupção e à improbidade administrativa continua sendo prioridade. O reconhecimento do dolo na conduta de gestores públicos evidencia que o sistema judiciário não permitirá que prejuízos ao erário fiquem impunes.

Jeremoabo, a partir dessa decisão, pode iniciar um novo capítulo em sua história política, agora com a responsabilidade de demonstrar que a confiança depositada pelo povo nas urnas será retribuída com trabalho, transparência e compromisso com o interesse público

Em destaque

Michelle viaja e Bolsonaro espera que Trump reverta sua inelegibilidade

Publicado em 18 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Com lágrimas nos olhos, Bolsonaro chega ao aeropo...

Mais visitadas