A Herança Maldita do Transporte em Jeremoabo

 

A Herança Maldita do Transporte em Jeremoabo

Por falar em transporte, é impossível não refletir sobre a situação dos veículos em Jeremoabo, uma herança que desafia a lógica e a paciência dos cidadãos. Sob a gestão de Tista de Deda, o atual prefeito, um dos grandes legados deixados pela administração anterior – apelidada de forma irônica como a do "dançarino" – foi a precariedade absoluta da frota municipal.

Os veículos herdados são praticamente peças de museu: não andam mais de um quilômetro sem apresentar problemas. Sem motor funcional, pneus carecas, baterias inoperantes e sistemas elétricos sucateados, esses transportes se tornaram verdadeiros monumentos ao descaso. Hoje, quem precisa se locomover em Jeremoabo tem mais sorte caminhando. Entretanto, até isso é um desafio, pois a pé, os cidadãos enfrentam buracos que tornam o trajeto perigoso.

A situação das vias públicas não fica atrás. A chuva, que deveria ser uma bênção, transforma as ruas em verdadeiros rios. O trecho que vai do Colégio São João Batista até as Baixas do Queles é um exemplo gritante. A cada precipitação, a pista ameaça sangrar e até se transformar em um potencial criadouro de peixes. É como se a infraestrutura estivesse à beira de um colapso irreversível.

Além disso, as ruas de Jeremoabo, especialmente as avenidas, estão em estado deplorável. Cheias de buracos, lembram uma tábua de pirulitos, onde cada passo ou quilômetro rodado é um teste de resistência – tanto para veículos quanto para os cidadãos.

Essa realidade escancara a necessidade urgente de ações concretas. Não basta culpar o passado, é preciso que a atual gestão encare o desafio de transformar essa herança maldita em um ponto de virada. A recuperação da infraestrutura e a renovação da frota de transporte são passos essenciais para devolver a dignidade e a mobilidade ao povo de Jeremoabo.

Se o caminho a pé já é mais rápido que o transporte motorizado, resta saber: quando Jeremoabo começará a andar para frente, de fato?