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sexta-feira, novembro 22, 2024

Mesmo inelegível, Bolsonaro quer registrar chapa com um dos filhos como vice para 2026; entenda

 

Ex-presidente Jair Bolsonaro e filhos
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em meio aos rumores dos últimos meses de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderia apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos) ou até mesmo a própria esposa Michelle Bolsonaro (PL) para as eleições de 2026, informações de fontes próximas apontam que Bolsonaro pretende, na verdade, registrar o próprio nome ao planalto, mesmo inelegível, tendo um de seus filhos como candidato a vice.

 

A estratégia do ex-presidente, segundo o portal UOL, é colocar um de seus filhos para a posição para que, mesmo que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indefira o seu registro, a chapa continue sendo encabeçada pelo sobrenome Bolsonaro.

 

A ideia seria “confundir” a cabeça de parte dos eleitores, que pensaria estar votando no Bolsonaro pai. Por isso, para Bolsonaro, quanto mais tempo o TSE demorar para impugnar sua candidatura, mais tempo ele teria para fazer a campanha como se fosse um candidato de verdade.

 

O ex-ministro do TSE, Henrique Neves, explicou ao UOL que a justiça eleitoral viveu uma situação bem semelhante com a candidatura do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2018, quando o petista estava inelegível por conta de sua condenação pela Operação Lava-Jato.

 

“Em 2018, Lula acabou substituído por Haddad. Em princípio, conseguiu fazer campanha até que o plenário do TSE indeferisse o registro”, afirmou Neves.

 

QUAL DOS FILHOS SERIA O VICE?

A apuração do UOL chegou a informação de que Bolsonaro ainda não decidiu qual de seus filhos comporia a chapa consigo. Entretanto, o nome mais cotado é o do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), cuja possibilidade de candidatura ao planalto já foi anunciada até mesmo pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

 

O ex-presidente, na verdade, gostaria de ver o filho candidato ao governo de São Paulo, mas para isso teria que descartar Tarcísio, quem avalia estar praticamente reeleito. Fontes do PL avaliam que Tarcísio poderia servir melhor a Bolsonaro como cabo eleitoral de Eduardo ao Planalto.

 

A ex-primeira-dama, Michelle, também tem o sobrenome adequado, mas Bolsonaro não cogita tê-la como candidata a vice, pois só “confia mesmo” nos filhos. E esta não seria a primeira vez que o ex-presidente teria provocado uma racha familiar por conta de política. Em 2000, quando a sua ex-esposa Rogéria quis ser candidata a vereadora pelo Rio de Janeiro, ele lançou o filho Carlos para impedir que os votos do sobrenome Bolsonaro fossem para ela.

 

Eduardo e Flávio, à época, ficaram do lado da mãe, enquanto Carlos permaneceu ao lado do pai e conseguiu ser eleito para o cargo que ocupa até hoje e para o qual foi reeleito cinco vezes.

Ação pede cassação de mandato de vereadores no Sudoeste baiano por suspeita de fraude à cota de gênero

 

Câmara de Ibirataia
Foto: Reprodução / Ibirataia Notícias

Vereadores do União Brasil eleitos em Ibirataia, no Médio Rio de Contas, Sudoeste baiano, podem perder os mandatos devido à suspeita de fraude à cota de gênero. A situação pode atingir Charles Mosquito e Toe de Berenga, o quarto e o quinto mais votados nas eleições deste ano para a Câmara de Ibirataia.

 

Os dois são alvo de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), movida pelos candidatos Gabriele Leite (PL) e Tel da Limpeza (Agir), que ficaram na suplência.  A defesa jurídica dos dois suplentes afirma que as candidaturas femininas foram fictícias.

 

“As candidaturas femininas do partido União Brasil em Ibirataia são um caso típico das chamadas candidaturas laranjas, que ocorre quando as mulheres apenas emprestam seu nome para que o partido consiga lançar o maior número de candidaturas masculinas, mas que não possuem nenhum objetivo de serem eleitas”, disse o advogado dos autores, Thiago Santos Bianchi Bianchi.

Pente-fino do INSS corta mais da metade dos auxílios-doença e deve continuar em 2025

 

Pente-fino do INSS corta mais da metade dos auxílios-doença e deve continuar em 2025

Por Cristiane Gercina | Folhapress

Pente-fino do INSS corta mais da metade dos auxílios-doença e deve continuar em 2025
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil / Arquivo

O pente-fino do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) feito em auxílios-doença cortou 51,7% dos benefícios que passaram por exame médico com um perito da Previdência Social entre julho e outubro deste ano.
 

Dos 535 mil segurados convocados para a perícia, 277 mil tiveram a renda cortada. Quem perde o auxílio, mas acredita que ainda está incapacitado para o trabalho pode recorrer contra a decisão no próprio INSS ou procurar a Justiça.
 

Segundo o Ministério da Previdência Social, a intenção é realizar 800 mil perícias de revisão até o final deste ano e seguir com o programa em 2025, ainda sem data específica para terminar.
 

Ao passar pelo exame pericial, o segurado pode receber três respostas do perito médico, informadas ao fim do dia, e nunca na hora da consulta. O beneficiário pode ter alta, o que faz com que o auxílio seja cortado; pode continuar recebendo a renda; ou ter o benefício convertido em aposentadoria por invalidez, hoje chamada de aposentadoria por incapacidade permanente.
 

Ao todo, a Previdência informa que 36 mil auxílios foram convertidos em aposentadoria por invalidez.
 

O segurado está sendo convocado para a perícia de revisão durante o período em que recebe o seu auxílio. A convocação é por carta enviada para a residência, aviso no sistema bancário e SMS. Para ser convocado, é preciso manter dados como telefone e endereço atualizados no Meu INSS.
 

Chamado de benefício por incapacidade temporária após a reforma da Previdência de 2019, o auxílio-doença é pago a quem fica temporariamente incapacitado para o trabalho. Caso a doença torne um impeditivo permanente à atividade profissional, é paga a aposentadoria, que também pode ser revisada.
 

Por lei, segurados que recebem aposentadoria por invalidez devem passar por perícia de revisão a cada dois anos. No caso do auxílio-doença, o prazo é de seis meses.
 

O auxílio-doença tem puxado os gastos do governo federal. A quantidade de benefícios explodiu e chegou em maio deste ano a uma alta 49% em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram pagos 1,6 milhão de benefícios -532 mil a mais do que em maio de 2023.
 

Para conter o avanço, o governo abriu várias frentes. A primeira delas foi mudar as regras de concessão automática por meio do Atestmed -sistema no qual o cidadão envia um atestando online, pelo aplicativo ou site Meu INSS, e não precisa passar por perícia- e a segunda, convocar para revisão.
 

Em julho, cidadãos que pediam a renovação do auxílio começaram a ser convocados para a perícia. Desde outubro, afastamentos ligados a doenças osteomusculares, como dor nas costas, por exemplo, e solicitados por autônomos ou desempregados são direcionados para perícia presencial.
 

Para o advogado Rômulo Saraiva, especialista em Previdência, não há previsão na lei para fazer essa distinção entre os segurados conforme o tipo de contribuição, se autônomo, facultativo ou carteira assinada, nem por doença.
 

"Ao setorizar determinadas patologias ou conferir tratamento diferenciado, termina por criar uma certa discriminação entre os segurados incapacitados", diz.
 

Ele acredita que o melhor a ser feito é melhorar o uso da IA (Inteligência Artificial) no Atestmed.
 

"Seria importante que o INSS impulsionasse o uso da inteligência artificial, pois o Atestmed ainda depende bastante de rotinas manuais e análise documental. Seria importante que a IA e o Atestemed trabalhassem juntos", diz.
 

Tanto INSS quanto Previdência defendem o Atestmed, afirmando que o sistema trouxe economia, pois quando todos tinham de passar por perícia, com a fila grande, pagava-se um alto valor retroativo a quem ficava esperando e, depois, conseguia provar o direito.
 

Os peritos médicos, por sua vez, fazem críticas ao sistema, dizendo que ele é mais suscetível a fraudes por meio de atestados falsos. A categoria faz greve desde julho e os segurados já conseguem sentir o efeito dela, ao buscarem a perícia médica e esperarem cerca de dois meses por atendimento.
 

O QUE LEVAR NO DIA DA PERÍCIA?

Por se tratar de um benefício pago por conta de situação de saúde que incapacita o beneficiário para o trabalho, os especialistas apontam que é essencial levar documentos que comprovem a doença. Eles devem, no entanto, ser documentos atualizados.
 

"É importante que o segurado esteja sempre com o relatório médico atualizado e que ele mantenha uma rotina de consultas médicas para reavaliação. Se a perícia convocar o beneficiário e o último laudo for de dois anos atrás, pode ser que surja uma desconfiança do INSS," diz a advogada previdenciarista Adriane Bramante, do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário).
 

Laudos médicos, exames, receitas de medicamentos e indicações de procedimentos ajudam na avaliação do perito. Ter um atestado com data atualizada também é importante. O documento deve conter CID (Classificação Internacional de Doenças).
 

Muitos segurados levam atestados com data antiga, ou seja, o primeiro documento concedido pelo médico no afastamento inicial. Eles não são considerados válidos para a perícia. É preciso atestado com data atual.
 

O QUE FAZER SE O BENEFÍCIO FOR CORTADO?

Caso ocorra o corte indevido do benefício e o cidadão considere que tem direito a ele, é possível recorrer. O primeiro recurso é feito no INSS, mas pode demorar a sair. Neste caso, o cidadão pode ir à Justiça. De qualquer forma, precisa ter documentos e laudo comprovando a incapacidade.
 

Dessa forma, ainda sim é importante reunir uma série de documentos que comprovem o enquadramento do segurado no benefício e o torne apto ao seu recebimento.
 

QUEM FICA DE FORA DO PENTE-FINO DO INSS?

Por lei, há três perfis de segurado que não devem ser convocados para o pente-fino, segundo Adriane Bramante:
 

1. Segurados a partir de 55 anos e que recebem o benefício por incapacidade há mais de 15 anos
 

2. Segurados a partir de 60 anos de idade, protegidos pelo Estatuto do Idoso
 

3. Segurado aposentado por incapacidade permanente por HIV
 

COMO CONSEGUIR O AUXÍLIO PELO ATESTMED?

- Acesse o aplicativo ou site Meu INSS
 

- É necessário ter senha do Portal Gov.br; informe CPF e, depois, a senha
 

- Clique em "Pedir benefício por incapacidade"
 

- Os agendamentos de perícia vão aparecer na próxima página, mas, para fazer a solicitação, é preciso clicar em "Novo requerimento"
 

- Vá em "Benefício por incapacidade (Auxílio-doença)" e, depois, em "Ciente"
 

- Leia as informações na tela e clique em "Avançar"
 

- Na próxima página, informe os dados pessoais, como CPF, número de telefone, endereço e email
 

- Escolha "Sim" para acompanhar o número do processo pelo aplicativo, email ou pela Central Telefônica 135
 

- Indique se é autônomo ou empregado de empresa privada (neste caso, é preciso informar a data do último dia de trabalho e o CNPJ da empresa)
 

- Abaixo, clique no sinal de mais e inclua os seus documentos, como o atestado e os laudos médicos, além dos documentos pessoais
 

- A cada inclusão, clique em "Anexar", depois, em "Avançar"
 

- Em seguida, indique o CEP da residência para que se possa escolher a agência do INSS mais próxima ao qual estará vinculado
 

- Confira as informações, clique em "Declaro que li e concordo com as informações acima" e vá novamente em "Avançar"
 

COMO DEVE SER O ATESTADO?

O atestado médico ou odontológico deve ser em papel sem rasuras, e conter as seguintes informações:
 

- Nome completo
 

- Data de emissão (que não pode ser igual ou superior a 90 dias dias da data de entrada do requerimento)
 

- Diagnóstico por extenso ou código da CID (Classificação Internacional de Doenças)
 

- Assinatura do profissional, que pode ser eletrônica e deve respeitar as regas vigentes
 

- Identificação do médico, com nome e registro no conselho de classe (Conselho Regional de Medicina ou Conselho Regional de Odontologia), no Ministério da Saúde (Registro do Ministério da Saúde), ou carimbo
 

- Data de início do repouso ou de afastamento das atividades habituais
 

- O prazo necessário para a recuperação, de preferência em dias (essa data pode ser uma estimativa)


Conselhos tutelares criam documento para uniformizar atendimentos

 Foto: Divulgação/Arquivo

O lançamento do Manual de Procedimentos do Conselho Tutelar surgiu como forma de marcar dia do Conselheirao Tutelar22 de novembro de 2024 | 17:06

Conselhos tutelares criam documento para uniformizar atendimentos

salvador

É de Salvador o primeiro documento, no Brasil, escrito por Conselheiros Tutelares, com o objetivo de uniformizar os atendimentos do órgão e contribuir para uma atuação mais assertiva, efetiva e apresentar fluxos mais recorrentes.

O lançamento do Manual de Procedimentos do Conselho Tutelar surgiu como forma de marcar dia do Conselheiro Tutelar, celebrado em 18 de novembro, data instituída por lei federal para valorizar quem está na ponta do atendimento das mais diversas situações de ameaças e violações de direitos de crianças e adolescentes.

“A ideia de criar o Manual de Procedimentos nasce ainda em 2021, quando a gente entendeu que os procedimentos do Conselho Tutelar de Salvador não eram uniformizados. E nos demos conta que não existia no país, nenhum documentos ou ferramenta, que fosse construído integralmente por conselheiros tutelares. Então, o Manual visa, justamente, uma padronização dos atendimentos e ainda apresentar para a sociedade qual é o real papel do Conselho Tutelar, ou seja, aquilo que está previsto na lei 8. 069/1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente”, destacou Mianga Gavião, conselheira tutelar, que participou da elaboração do documento.

O Conselheiro Tutelar tem como missão zelar pelo cumprimento dos direitos de crianças e adolescentes e atendem inúmeras ocorrências onde direitos são negligenciados.

Durante o lançamento do documento, foi realizada uma ação de doação de sangue, com o intuito de contribuir com o Hemoba e chamar a atenção da sociedade sobre a importância da doação de sangue e do Conselho Tutelar.

PoliticaLivre

Mauro Cid relata a Moraes presença de Braga Netto em reunião com militares indiciados

 Foto: Fellipe Sampaio/Supremo Tribunal Federa/Arquivo

Mauro Cid deixa STF após prestar depoimento por três horas ao ministro Alexandre de Moraes22 de novembro de 2024 | 16:01

Mauro Cid relata a Moraes presença de Braga Netto em reunião com militares indiciados

brasil

O tenente-coronel Mauro Cid afirmou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que o ex-ministro Walter Braga Netto participou da reunião de 12 de novembro de 2022 com militares indiciados sob suspeito de trama golpista para impedir a posse de Lula (PT).

A presença de Braga Netto no encontro foi apontada pela Polícia Federal em relatórios da investigação. O general, porém, nega a interlocutores que tenha recebido militares em seu apartamento em Brasília na mesma data.

Mauro Cid disse que foi ele mesmo quem levou os tenentes-coronéis Rafael de Oliveira e Hélio Ferreira Lima para o apartamento de Braga Netto.

O então ajudante de ordens de Bolsonaro deixou aquela reunião mais cedo, cerca de 20 minutos após a chegada, para cumprir agendas no Palácio da Alvorada. O militar apresentou a Moraes, como prova, o registro de entrada e saída do Alvorada.

A informação foi confirmada à Folha por pessoas que acompanharam o depoimento de Cid no Supremo na quinta-feira (21). Procurada, a defesa de Braga Netto ainda não se manifestou.

Segundo essas fontes, Mauro Cid disse não saber o que foi discutido na reunião com Braga Netto na reunião de 12 de novembro. Ele também afirma não saber se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sabia do plano do general da reserva Mario Fernandes de assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e Moraes.

O tenente-coronel Mauro Cid foi para a sede do STF por volta das 13h30 de quinta-feira. Ele deixou pronta em casa uma mala com roupas, sapatos e pertences pessoais, já na expectativa de que seria preso.

A cena repetiria a vivida por Cid em março deste ano. Ele prestava depoimento no Supremo sobre áudios do militar revelados pela Revista Veja em que criticava a Polícia Federal e Moraes pela condução de sua delação premiada.

O militar soube ao fim da audiência que seria preso. Ele desmaiou ao saber da volta ao presídio, se recuperou minutos depois e foi levado para o Batalhão de Polícia do Exército, onde ficou detido.

Como a Folha mostrou, o militar esperava que a situação se repetisse na quinta. Cid, porém, prestou todos os esclarecimentos —negando, novamente, que soubesse do plano de matar autoridades.

Alexandre de Moraes considerou que Mauro Cid apresentou importantes informações e manteve válido o acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, foi contra a anulação da delação.

Cézar Feitoza, FolhapressPoliticaLivre

 

Se houver denúncia, a soma das penas de cada um pode chegar a 28 anos

Fernando Neisser, Autor em PRERRÔ

Neisser explica como é a dosimetria da pena

Mônica Bergamo
Folha

A pena máxima do crime de tentativa de golpe de Estado é de 12 anos de reclusão, a de tentativa de abolição do Estado de Direito é de 8 anos e a de organização criminosa é de 8 anos. Ou seja, a soma chega a 28 anos de prisão.

Esse total não leva em consideração eventuais pedidos de acréscimo de pena em razão de circunstâncias agravantes e combinação de condutas criminosas apontadas pela PF.

INELEGIBILIDADE – Segundo Fernando Neisser, advogado e professor de direito eleitoral da FGV (Fundação Getúlio Vargas) de São Paulo, depois de cumprida a pena, conta-se ainda oito anos de inelegibilidade em razão da aplicação de punição prevista na Lei da Ficha Limpa.

Hoje Bolsonaro tem 69 anos. Na hipótese de ser condenado em definitivo nesse caso e nessas condições em 2025, por exemplo, ele ficaria inelegível até 2061, quando teria 106 anos.

Um dos fatos mais graves atribuídos ao ex-presidente pela PF foi a atuação na elaboração da minuta de um decreto para dar uma roupagem formal às ações golpistas e impedir a posse do presidente Lula (PT). Na atual etapa de investigação, foi determinado apenas o recolhimento do passaporte de Bolsonaro e que ele não se comunique com outros investigados.

ANULAR AS ELEIÇÕES – Segundo uma das decisões do caso, expedida em janeiro pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, a minuta “consubstanciava medidas de exceção, com detalhamento de ‘considerandos’ acerca de suposta interferência no Poder Judiciário no Poder Executivo, para decretar a prisão de diversas autoridades e a realização de novas eleições em vista de supostas fraudes no pleito presidencial”.

O rascunho do decreto teria sido objeto de reuniões convocadas pelo então presidente Bolsonaro que envolveram tanto integrantes civis do governo quanto militares da ativa, de acordo com a PF.

“Quanto ao ponto, a autoridade policial destaca a ocorrência de monitoramento de diversas autoridades, inclusive do relator da presente investigação [Moraes], no sentido de assegurar o cumprimento da ordem de prisão, em caso de consumação das providências golpistas”, completa a decisão.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É preciso entender que o procurador pode se recusar a fazer a denúncia e pedir arquivamento se não houver provas materiais suficientes. Mesmo assim, o juiz pode tocar o processo e condenar o réu que o MP quer absolver. O artigo 385 do Código de Processo Penal tem a seguinte redação: “Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.” (C.N.)


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