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sexta-feira, setembro 30, 2022

Hoje, sabe-se muito sobre o governo Bolsonaro, mas nada se sabe sobre planos do governo Lula

Publicado em 30 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

Tenente-coronel Mauro Cesar Cid Barbosa conversa com presidente Jair Bolsonaro durante evento do  Cidadania, em Brasília

Jair Bolsonaro e sua sombra, o tenente-coronel Mauro Cid

Marcelo Godoy
Estadão

O tenente-coronel Mauro Cesar Cid Barbosa se levantou da cadeira na plateia do estúdio e se dirigiu em passo acelerado até o presidente Jair Bolsonaro. Queria levar uma última instrução para o chefe, pouco antes do início do debate promovido pelo Estadão e pelo SBT – entre outros. O militar fardado, homem da Ajudância de Ordens do Planalto, uniu-se ao ministro das Comunicações, Fábio Faria, e a outro assessor do candidato à reeleição.

Cid é pessoa conhecida em Brasília. Oficial da Artilharia como o presidente, sempre está ao lado dele. Laços de amizade unem sua família à do chefe – seu pai, o general Mauro Cesar Lorena Cid, é colega de academia de Bolsonaro.

Desde os primeiros dias do governo, o coronel acompanha as lives presidenciais. Chegou mesmo a se ver envolvido no inquérito policial a respeito de atos antidemocráticos. Fazia – ele admitiu – o papel de leva e traz de informações de blogueiros para o presidente.

MARCANDO PRESENÇA – Cid cuida das preocupações do dia a dia de Bolsonaro. Mostra-se a todos como um dos símbolos da onipresença militar na Esplanada. A exemplo dele, outros milhares de oficiais ocupam cadeiras nos ministérios.

Após quase quatro anos, sabe-se muito sobre o governo Bolsonaro. Seus atos passaram pelo escrutínio judicial. Seus erros foram expostos e seus resultados – ou a ausência deles –, conhecidos. É possível que mais ainda exista nos arcana imperii do Planalto, afinal, o palácio, como advertia Baruch Spinoza, sempre pode “estender armadilhas aos cidadãos como as lançadas ao inimigo em tempo de guerra”.

É o julgamento do atual governo – reprovado nas pesquisas de opinião – que provoca uma assimetria nessa campanha eleitoral: ninguém se questiona sobre quem seria o “coronel Cid” de Luiz Inácio Lula da Silva ou o que o petista pensa a respeito da presença militar na Esplanada.

TIRO NO ESCURO – Não se sabe como Lula pretende lidar com a economia em um mundo afetado por novos conflitos geopolíticos e antigos desafios, como a desigualdade no País. Ou como impedir a corrupção e se relacionar com um Congresso que domina 50% dos investimentos do orçamento. Enfim, quais grupos de pressão apostam no candidato mais bem posicionado nas pesquisas de intenção de voto?

O eleitor tem o direito de saber o que pensa Lula para que a democracia não se transforme na plutocracia demagógica vislumbrada por Vilfredo Pareto.

O petista recuperou os direitos políticos. Ganhou um habeas corpus do STF. Quer agora recuperar a Presidência. E usa um novo habeas corpus: Bolsonaro. Mas, ao contrário de seu oponente, Lula não parece se armar para ser um profeta. Não devia esquecer a lição da Florença renascentista: os profetas desarmados se arruínam.

Corrupção e improbidade é a marca registrada do prefeito de Jeremoabo

 

Como não poderia deixar de ser, o prefeito de Jeremoabo encerra  o mês de setembro com mais uma pratica de corrupção, usando o dinheiro do povo para promoção pessoal.

Pior ainda do que o prefeito, são os treze vereadores que acostumaram-se com a desmoralização e com a falta de autoridade.

Jeremoabo está submetida com a fase mais negra, mais enlamaçada, mais degrade e mais desonesta de toda sua existência, o pior é que não tem a quem reclamar, jogaram a  Constituição na lata do lixo.

 

Pesquisas mostram que maior inimigo de Bolsonaro é ele mesmo, com rejeição de 51%

Publicado em 30 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro em debate no SBT

Bolsonaro não consegue entender por que sofre rejeição…

Bernardo Mello Franco
O Globo

A proximidade das urnas está mexendo com os nervos do capitão. A cinco dias do primeiro turno, Jair Bolsonaro elevou o tom contra inimigos reais e imaginários. Xingou o ex-presidente Lula, atacou prefeitos e governadores, voltou a afrontar o ministro Alexandre de Moraes.

O presidente começou a terça-feira com um bate-volta no Nordeste. Participou de motociata, visitou um “bodódromo” e montou no lombo de um touro. Um adesivo com seu número foi colado nos chifres do pobre animal.

FALTOU COMBINAR… – De manhã, o capitão se disse “mais nordestino que os nordestinos”. Faltou combinar com os eleitores. De acordo com o Ipec, o pernambucano Lula lidera a disputa na região com 39 pontos de vantagem.

À noite, Bolsonaro foi às redes para atacar Moraes. Reclamou da quebra do sigilo do assessor que paga despesas da primeira-dama e fez um desafio público ao ministro: “Você um dia vai dar uma canetada e me prender?”.

Ele ainda voltou a insinuar que existiria uma conspiração para tirá-lo do poder. O complô envolveria a atuação de estados e municípios na pandemia, a Justiça Eleitoral e as pesquisas de intenção de voto, nas quais o presidente finge não acreditar.

REJEIÇÃO PROIBITIVA – Quem lê os números constata que a reeleição de Bolsonaro está cada vez mais distante. Segundo o Ipec, 47% dos eleitores consideram seu governo ruim ou péssimo, e 51% dizem não votar nele de jeito nenhum. O índice é considerado proibitivo para qualquer político que dispute um segundo mandato.

A rejeição ao presidente chega a 55% entre as mulheres. É uma resposta direta ao desdém pelas vítimas da pandemia, à exaltação das armas e às declarações machistas repetidas desde o início do mandato.

Ao insistir em se dizer “imbrochável”, ele prova que é incapaz de entender o recado das eleitoras.

OS MAIS POBRES – O capitão também tem fracassado em furar o bloqueio dos mais pobres. Na faixa de renda familiar de até um salário mínimo, sua rejeição atinge os 58%. O dado mostra que os eleitores não se deixam enganar por benefícios turbinados em véspera de eleição.

Ao esbravejar contra tudo e contra todos, o presidente da República tenta apontar culpados para seus próprios defeitos.

Mas o diagnóstico da pesquisa é claro: o maior inimigo de Jair Bolsonaro é ele mesmo.


Após briga de Lula com Padre Kelmon, a campanha do PT pede ao povo “24 horas de orações”


Padre Kelmon Souza e Luiz Inacio Lula da Silva durante debate presidenciaveis eleicoes 2022 TV globo candidatos

Lula perdeu a linha e chamou Kelmon de impostor e fariseu

Eduardo Barretto
Metrópoles

Horas depois de Lula bater boca com Padre Kelmon no debate da Globo, a campanha do petista divulgou nesta sexta-feira (30/9) um trecho bíblico que alerta sobre “falsos profetas”. Kelmon, que ostenta trajes de sacerdote, não é da Igreja Ortodoxa no Brasil. Ele alega ser religioso de uma instituição ortodoxa no Peru.

“Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas?”, disse o texto enviado pela campanha de Lula a apoiadores evangélicos, citando o capítulo sete do Evangelho de Mateus. O grupo tem divulgado versículos bíblicos há um mês.

“PADRE FANTASIADO” – No debate da Globo, nesta quinta-feira (29/9), Kelmon bateu boca com Lula e interrompeu o petista enquanto ele falava, o que contraria as regras do debate. O mediador, William Bonner, se irritou com o candidato do PTB. Lula disse que Kelmon era “fariseu”, “impostor” e “padre fantasiado”.

Na noite desta sexta-feira (30/9), o comitê evangélico da campanha de Lula lançou uma conclamação que pede 24 horas de oração pelo Brasil, “clamando a Deus por justiça e paz para o Brasil”.

Apesar de pouca relevância no contexto político, o Padre Kelmon foi um dos destaques nas redes sociais durante o último debate, que gerou mais de 16 milhões de menções no Twitter, Facebook, Instagram, sites e blogs, segundo dados do levantamento do Instituto de Pesquisa Quaest.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Quem está satisfeitíssimo com a performance do Padre Kelmon nos debates é o ex-deputado Roberto Jefferson. Tendo sua candidatura impugnada pelo TSE, Jefferson colocou o vice como cabeça de chapa e assim conseguiu tumultuar e animar os dois últimos debates na TV. Kelmon ficou famoso da noite para o dia. Se fosse candidato a deputado, o piedoso sacerdote do Peru já estaria eleito. E o presidente Bolsonaro está boquiaberto com o desempenho de Kelmon, que substituiu Jefferson como eficiente animador de auditório. E la nave va, cada vez mais fellinianamente. (C.N.)

Eleições 2022: seis momentos-chave do debate da Globo entre candidatos à Presidência

 sex., 30 de setembro de 2022 2:04 AM

Candidatos antes do debate
Candidatos antes do debate

O último debate antes do primeiro turno da eleição de domingo (02/10) foi marcado por ataques, interrupções e poucas trocas sobre propostas para governar o país entre os candidatos à Presidência.

No encontro promovido na noite da quinta-feira (29/09) pela Rede Globo, alguns temas foram recorrentes, como perguntas para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre corrupção e ao presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre orçamento secreto.

Outros momentos foram de tumulto, como quando Padre Kelmon (PTB), que não pontua nas pesquisas, foi recorrente em descumprir as regras do debate, que chegou interrompido pelo moderador William Bonner para pedir que o candidato se comportasse.

Horas antes do debate, foi divulgada a pesquisa mais recente do instituto Datafolha, mostrando relativa estabilidade nas posições dos concorrentes. Nos votos válidos, Lula se manteve nos 50%, enquanto Bolsonaro oscilou um ponto para cima, de 35 para 36%. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. Entre os demais candidatos, Ciro Gomes (PDT) permanece na terceira colocação, tendo oscilado de 7% para 6% nos votos válidos. Na quarta posição aparece Simone Tebet (MDB), que manteve os 5% que já obtivera na pesquisa anterior, divulgada no dia 22 de setembro.

Soraya Thronicke (União Brasil) oscilou negativamente, de 2% para 1% nos válidos. Padre Kelmon e Luiz Felipe D'Ávila (Novo) não pontuaram.

A seguir, confira seis momentos-chave do debate que entrou pela madrugada desta sexta-feira:

1. Ataque à Globo e 'guerra do direito de resposta'

Logo no primeiro bloco, durante resposta a Padre Kelmon, Bolsonaro atacou Lula e a própria Rede Globo.

"Lula defendia que se roubassem celulares para tomar uma cervejinha", disse o presidente. Em seguida, afirmou que acabou com "a mamata" da grande mídia e que "a Rede Globo foi um dos casos".

Lula, então, pediu direito de resposta. Ao ouvir que o direito foi concedido, Bolsonaro continuou no púlpito reclamando que "nenhum (direito de resposta) vai ser negado" e gesticulou insinuando que haveria algo combinado entre a emissora e o ex-presidente.

Bonner interveio: "O senhor pode voltar ao seu lugar, candidato Bolsonaro. Seu microfone está fechado. As regras serão respeitadas."

O petista, então, voltou para sua resposta. "Ele que montou quadrilha com rachadinha, com sigilo de cem anos."

Bolsonaro pediu direito de resposta, também concedido.

"Mentiroso, ex-presidiário traidor da pátria. Que rachadinha? Rachadinha é teus filhos roubando milhões de empresas após tua chegada ao poder."

Mais uma vez, Lula obteve direito de resposta. "É uma insanidade um presidente da República vir aqui e falar o que ele fala com a maior desfaçatez. É por isso que no dia 2 de outubro o povo vai te mandar pra casa, E eu vou fazer um decreto para acabar com o seu sigilo de 100 anos para descobrir o que esse homem quer esconder", afirmou o petista.

Encerrando a "guerra dos direitos de resposta", Bolsonaro pediu novamente, mas o direito não foi concedido.

2. 'Amiguinho no Supremo'

Ainda em clima de batalha, Bolsonaro se dirigiu a Lula com menções como "ex-presidiário": "O ex-presidiário diz que eu decretei o sigilo da minha família. Qual decreto? Me dá o decreto. Diz que eu atrasei a compra da vacina. Nenhum país comprou vacina em 2020, para de mentir. Você dava pouca coisa para os pobres, eu dei 600 reais de Auxílio Brasil. Você dava pouca coisa e usava como massa de manobra, só da Petrobras foram 900 bi de reais de endividamento, daria para fazer 60 vezes a transposição do Rio São Francisco".

E completou: "Tu foi condenado em três instâncias por unanimidade e o processo deixou de existir porque tinha um amiguinho seu no Supremo".

Lula pediu direito de resposta, que foi concedido: "Confesso ao povo que está nos assistindo que me sinto mal de estar atrapalhando debate quando a gente poderia estar discutindo o futuro do país. Eu queria lembrar pessoas que graças ao que fizemos para combater a corrupção, a corrupção foi descoberta, e as pessoas foram punidas. Acontece que em processo de combater a coprrupção você poderia prender os presos e liberar empresas, mas no Brasil se fechou 4 mil de postos de trabalho, o Estado deixou de receber 58 bi de reais".

3. Meio ambiente: 'Pega fogo na região'

Tebet começou a pergunta afirmando que o governo Bolsonaro permitiu "o maior desmatamento dos últimos 15 anos". "Seu governo protegeu mineradores, invasores de áreas públicas e madeireiros".

Bolsonaro respondeu: "Periodicamente, pega fogo na região. Mas nós temos no Brasil dois terços das florestas preservadas". E repetiu a frase que já utilizou diversas vezes sobre a questão da preservação do meio ambiente: "Nós somos exemplo para o mundo".

E encerrou a resposta dizendo que "é uma briga de narrativas". "A senhora está com muitos ciúmes da Tereza Cristina, que tirou sua vaga no Senado."

Tebet respondeu prometendo impor uma meta de desmatamento ilegal zero, mas antes atacou Bolsonaro: "Mente tanto que acredita na própria mentira".

4. Centrão e 'orçamento secreto'

Ao longo do debate, Bolsonaro foi questionado por diversas vezes a respeito do chamado "orçamento secreto" e por alianças com o chamado Centrão no Congresso.

O presidente repetiu que tentou vetar a distribuição de recursos por meio das chamadas emendas de relator, o dito "orçamento secreto", mas que os parlamentares derubaram o veto.

Em resposta a Luiz Felipe D'Ávila, afirmou que "orçamento secreto não é meu. Eu vetei. Depois passou e virou uma realidade. Eu não indico um centavo desse orçamento secreto. Ele é totalmente administrado pelo relator da Câmara".

E continuou, admitindo que precisa do Centrão para governar, mas que não houve "toma lá, dá cá". "Não existe nenhuma conivência com esse orçamento. Fala-se muito de Centrão. Se tirar o Centrão, sobram 200 deputados. Como você vai aprovar algum projeto se não tiver o mínimo de urbanidade com eles? Me indica qual ministério que eu dei em troca de apoio. Tem lá o (ministro da Casa Civil) Ciro Nogueira que faz contato com o Parlamento. Não existe no meu governo troca de ministério ou estatais por apoio parlamentar."

O candidato do Novo replicou: "É intolerável qualquer tipo de esquema de toma lá, dá cá. Foi isso que acabou com política brasileira. Triste dizer que no seu governo também teve orçamento secreto, que o senhor vetou e depois aprovou. E o orçamento virou essa moeda de troca".

5. Soraya x Padre Kelmon: 'Padre de festa junina'

Enquanto Bolsonaro e Lula trocavam acusações, um embate menos previsível ganhava destaque no debate da Globo: entre Soraya Thronicke e Padre Kelmon.

A disputa começou ainda no primeiro bloco, quando a candidata iniciou uma pergunta mencionando as quase 700 mil mortes por covid-19 no país. "O que o senhor diria para consolar essas famílias, esses órfãos que estão até agora esperando uma ajuda do governo?", e completou: "O senhor não tem medo de ir pro inferno, não?"

Kelmon retrucou: "Só fala de covid, covid, só se morre de covid, não se morre de outra coisa não? Você deveria me respeitar. Mandar um padre ir para o inferno?"

No segundo bloco, novamente, Soraya e Kelmon se enfrentaram. Apesar de o tema sorteado ser combate ao racismo, a candidata aproveitou para dizer que Kelmon nunca ministrou uma extrema-unção porque é um "padre de festa junina".

Kelmon respondeu falando sobre sua visão a respeito do racismo: "Dizendo para todos vocês que somos irmãos. O preto, branco, índio, amarelo, marrom, somos todos brasileiros somos todos moradores desta nossa casa comum que é o Brasil".

6. Ciro contra os líderes

Como em oportunidades anteriores, Ciro Gomes pautou sua participação no debate por tentar se colocar como a principal alternativa à polarização, pedindo que fossem debatidas propostas - e não ataques pessoais - e direcionando críticas tanto a Lula quanto a Bolsonaro.

Em resposta ao candidato D'Ávila, Ciro afirmou que "Lula reclama das mentiras do Bolsonaro, mas ele é mais hábil. Ele pega um pedaço do governo em que ele teve uma bonança do estrangeiro e produz o número. Os números oficiais são um desastre".

Mais adiante, perguntando a Bolsonaro, Ciro acusou o presidente de comandar um governo com "corrupção generalizada".

"O senhor recebeu uma oportunidade de ouro, que a meu juízo deveu-se ao encontro terrível da mais grave crise econômica da nossa história, PIB caiu 7%, o desemprego 12% e corrupção generalizada. O senhor prometeu que ia moralizar mas se vê que não moralizou nada. Está sob acusações pesadas, o senhor e seus familiares, igual os seus antecessores."

"Que mentira, Ciro", retrucou Bolsonaro, dizendo que seu governo é "limpo" e pedindo para Ciro "apontar uma fonte de corrupção". "Onde é que tem corrupção da minha família? Querer falar de imóveis de 30 anos atrás?"

Yahoo

Atenção, ministro Moraes: a democracia exige convivência e respeito entre os adversários

Publicado em 30 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

131 delegados federais apresentam queixa-crime contra Moraes à PGR -  Notícias - R7 Eleições 2022

Moraes precisa respeitar os artistas que são de direita…

Rodrigo Constantino
Gazeta do Povo

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, disse que o “desrespeito aos artistas, à opinião, é um desrespeito ao patrimônio cultural histórico do país”. Segundo o ministro do TSE, “esse desrespeito não será tolerado pela Justiça Eleitoral”.

A fala de Moraes endossou uma declaração proferida pela ministra Cármen Lúcia, que discursara pouco antes em defesa da “classe artística brasileira”, supostamente sob ataques. Os juízes participavam de uma cerimônia no TSE.

COAÇÃO MORAL – Moraes afirmou que os artistas são vítimas de “coação moral”, supostamente parte de uma “ação dessas covardes milícias digitais”. “São os corajosos virtualmente e covardes pessoalmente”, disse. “Escondem-se no anonimato.”

A primeira dúvida que fica no ar é se artistas que defendem Bolsonaro, como a atriz Regina Duarte, também serão protegidos pelo TSE, ou se somente os “artistas” ligados ao PT merecem essa blindagem. Afinal, cansamos de ver artistas sendo demonizados ao enxergar qualquer virtude que seja no atual governo, e sempre que o TSE ou o STF falam em “violência política”, nem conseguem esconder que só consideram um lado da disputa.

O outro ponto relevante é que muitos desses “artistas” não se dão ao respeito, lembrando que respeito se conquista, não se impõe. Colocar crianças pequenas para tocar em homem nu não é arte, e sim depravação, tal como fazer fila com um enfiando o rosto no ânus do outro. Mas é o tipo de coisa que a esquerda chama de arte em nosso país.

DIRETÓRIO ACADÊMICO– Por fim, sabemos que ministros do STF estiveram com artistas esquerdistas em atos políticos, e que o próprio STF foi transformado numa espécie de DCE por esses ministros apontados pelo PT. Cabe, então, questionar ao todo-poderoso “imperador” do Brasil: o que seria uma “coação moral” a artistas ligados ao PT? Podemos opinar que artista decadente que defende ladrão corrupto é um safado imoral ou um completo imbecil? Ou isso já dá cadeia em Alexandrina?

No sistema podre e carcomido, ninguém solta a mão de ninguém. Que esses artistas decadentes fiquem choramingando, pois as redes sociais furaram a bolha da velha imprensa e hoje todos ridicularizam essas figuras patéticas, isso é o de menos. Mas que esse mimimi encontre eco no arbítrio do ativismo judicial, aí mora o perigo!

A liberdade de expressão está ameaçada em nosso país. E a ameaça não vem do presidente “fascista”, mas justamente daqueles que assinam cartinha pela democracia e chamam toda crítica de “ataque”. Mas não vamos nos calar. Aceitem, que dói menos…

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Nem sempre concordo com Rodrigo Constanino, mas ele tem toda razão nesta análise, enviada à Tribuna por Mário Assis Causanilhas. Lembro meu amigo Nelson Rodrigues, um pensador de direita que tinha um filho esquerdista, Na sua fantástica visão dos seres humanos, o grande escritor sentenciou que “toda unanimidade é burra”, numa das mais geniais sínteses sobre o significado da democracia. É absolutamente necessário que haja esquerda, direita e centro, com respeito e convivência pacífica entre os seguidores de cada corrente. Isso, sim, é democracia, pois toda unanimidade é burra, repita-se “ad nauseam”, como dizem os juristas. (C.N.)

Bolsonaristas alteram fala de William Bonner para dizer que Bolsonaro lidera pesquisa eleitoral

Publicado em 30 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

Charge do Daniel Paz (Arquivo do Google)

Pedro do Coutto

Reportagem de Renata Galf, Folha de S. Paulo desta quinta-feira, revela o caso espantoso da falsificação de um vídeo em que o jornalista William Bonner divulga no Jornal Nacional da TV Globo que Jair Bolsonaro encontra-se à frente nas pesquisas eleitorais.

A falsificação, é claro, focaliza tacitamente que o bolsonarismo já tem como certa a derrota do presidente da República, pois se assim não fosse, divulgaria fatos positivos e concretos que definiriam a sua posição na corrida eleitoral de 2 de outubro.

VIRALIZAÇÃO – A matéria acentua que o TikTok e o Kwai vêm fomentando a viralização de notícias falsas na internet. Cada plataforma tem regras e critérios distintos para os conteúdos que compartilham. Os conteúdos têm a sua importância ampliada na reta final das eleições.

Estamos a dois dias das urnas e no momento em que escrevo, tarde de ontem, não tinha ainda sido divulgada a pesquisa do Datafolha marcada para o final da tarde.  Mas os eleitores deste site certamente terão conhecimento e também poderão ler nos jornais de hoje pela manhã.  

FAKE NEWS –  Na mesma edição da Folha de S. Paulo, reportagem de Patrícia Campos Mello, Paula Soprana e Renata Galf focaliza amplamente a invasão de fake news em série nas redes sociais.  Na minha opinião, as fake news não influenciam em eleições majoritárias. São apenas instrumento dos que confundem a realidade com aquilo que desejam que aconteça.

É uma prática antiga injetada no cenário político pelos adeptos de Carlos Lacerda. Antigamente era pelo telefone que lacerdistas fanáticos se comunicavam com outras pessoas, espalhando boatos e fazendo acusações falsas a candidatos.

O telefone de ontem de pouco alcance foi substituído pelas fake news de hoje, de grande alcance, no sistema da internet. Mas, pessoalmente, não creio no efeito concreto dessas falsificações. As urnas estão aí, daqui a 48 horas, e confirmarão ou não o que penso do assunto.

DISSIDÊNCIA NO PL –  Nesta altura da disputa eleitoral, a poucos metros da chegada, verificou-se, de acordo com O Globo e a Folha de S. Paulo de ontem, uma cisão no PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Foi divulgada na tarde de quarta-feira, matéria injetada por integrantes do PL voltando a questionar, sem apresentar provas, a segurança das urnas eletrônicas.

Em documento intitulado “Resultados da Auditoria do PL” existe um quadro de atraso no TSE em relação à medida de segurança da informação, o que assinala vulnerabilidade das urnas eletrônicas. O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, determinou a abertura de inquérito, destacando que as acusações são falsas e que em nenhum momento verificou-se qualquer problema no sistema.

SEM ASSINATURA – O documento em nome do PL não tem assinatura, apenas o timbre do partido e foi divulgado, neste ponto o nome aparece, pelo Capitão Augusto, vice-presidente da legenda. No O Globo a reportagem é de Mariana Muniz, Eduardo Gonçalves, Bruno Abud e Andréa de Souza. Na Folha de S. Paulo a matéria é assinada por Matheus Vargas, Júlia Chaib e Marianna Holanda.

Como se constata, a internet, através de suas redes sociais, é um campo aberto ao texto de qualquer um que assume a dupla posição de editor de si mesmo. Ao meu ver, deve caber sempre o direito de resposta, cuja repetição no mesmo volume das fake news desacreditaria os canais propulsores das inverdades. No caso da falsificação do vídeo de William Bonner, o caso é mais grave. Trata-se de um crime para o qual as penas são maiores.

EMPRESARIADO –  Manoel Ventura, Luciana Rodrigues, Bela Megale, João Sorima Neto, Sergio Rôxo e Ivan Martinez-Vargas são os autores de extensa reportagem focalizando de um lado o apoio que Lula da Silva recebeu de empresários de grande peso no país e a reação do presidente Jair Bolsonaro encarregando o ministro Paulo Guedes de entrar em contato imediato com os empresários paulistas para evitar que desloquem seus votos para o ex-presidente da República.

Na minha opinião, Jair Bolsonaro escolheu o nome errado, pois a atuação que Guedes desenvolve há quase quatro anos no Ministério da Economia é o que há de mais anti-voto, antipopular e inadequado sob qualquer aspecto político. Agora, por exemplo, como a GloboNews noticiou na quarta-feira, lançou a ideia de o país vender praias para estrangeiros.  

Em 2020, quando da reforma da Previdência Social, anunciou que a modificação acarretaria um superávit anual de R$ 100 bilhões, o que no fim de uma década se transformaria em R$ 1 trilhão. Não aconteceu nada disso.

INVESTIGAÇÃO – Há poucas linhas, fiz menção a uma decisão do TSE mandando investigar e apurar a responsabilidade de documento que circula na internet atacando as urnas eletrônicas. Citei e estava esquecendo de explicar o motivo de chamar de dissidência o movimento interior da legenda do PL.

É que o ex-deputado Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, e que nesta condição visitou o sistema de computação de votos do TSE em Brasília, afirmou que as urnas são invioláveis, que as eleições se realizarão pacificamente e que quem vencer tomará posse. Este posicionamento, está claro, é oposto ao documento divulgado pelo Capitão Augusto.

DEBATE –  Na manhã de hoje, todos nós, leitores da Tribuna da Internet, já podemos analisar e comentar o que o debate da véspera traduziu. Mais uma campanha político-eleitoral que chega ao fim de uma de suas etapas.

Digo uma de suas etapas porque em vários estados haverá segundo turno, ao contrário do que prevejo para o confronto derradeiro entre Lula da Silva e Jair Bolsonaro.

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