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segunda-feira, março 07, 2022

Putin revela termos para parar ataque a Kiev | Morre ex-governador | Jade está no Paredão no BBB22

 

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O Cafezinho



Investigado na Faroeste, desembargador José Olegário é aposentado pelo TJ-BA

por Cláudia Cardozo

Investigado na Faroeste, desembargador José Olegário é aposentado pelo TJ-BA
Foto: Divulgação

O desembargador José Olegário Monção Caldas foi aposentado compulsoriamente pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) por ter completado 75 anos. O desembargador, que já foi corregedor do TJ-BA, é investigado na Operação Faroeste.

 

Desde novembro de 2019, o magistrado está afastado das funções judicantes no TJ-BA por decisão do ministro Og Fernandes, por envolvimento no esquema de compra e venda de decisões sobre mais de 300 mil hectares de terra no oeste baiano.

 

Na época do afastamento, Olegário era um dos candidatos a presidente do TJ-BA. A eleição estava marcada para o dia 20 de novembro daquele ano, mas com a deflagração da operação no dia 19, a eleição foi adiada para o mês de dezembro. Com o afastamento, Olegário ficou impedido de concorrer ao cargo. A juíza Cassinelza Lopes será a substituta do desembargador até a realização de nova promoção para preenchimento da vaga.

Bahia Notícias

Mudança de rumo: Rui fica no governo e Otto vai buscar reeleição ao Senado

por Anderson Ramos / Gabriel Lopes

Mudança de rumo: Rui fica no governo e Otto vai buscar reeleição ao Senado
Foto: Reprodução / Youtube Metro 1

Mais uma mudança de rumo na chapa governista. Em entrevista para a rádio Metrópole na manhã desta segunda-feira (7), o senador Jaques Wagner (PT) revelou que Rui Costa vai seguir na governo do estado e que Otto Alencar (PSD) vai buscar a reeleição ao Senado.

 

“No sábado tivemos a última conversa. Ele não demonstrava tesão para fazer a campanha”, disse Wagner. Com a mudança o PT deve ficar a cabeça de chapa e são três nomes que disputam a vaga: a prefeita de Lauro de Freitas Moema Gramacho, o secretário de Relações Institucionais Luiz Caetano e o secretário de Educação Jerônimo Rodrigues.

 

"Eu escolhi o nome de Rui contra até o Lula. E aí Lula quando escolheu a sucessão escolheu Dilma que ninguém achava que era o melhor nome. Temos três bons nomes, dois deles muito testados eleitoralmente, Caetano já ganhou três ou quatro em Camaçari, Moema quatro em Lauro de Freitas e Jerônimo é um cabra de Feira que tem sucesso absoluto em tudo que pega para fazer", justificou Wagner.

 

"Qualquer nome que colocar apoiado por Lula, sai de 30%. Não estou falando de chutar, é de pesquisa. Pode colocar Caetano, Moema, qualquer um. Toda campanha é uma construção, nós vamos ganhar a eleição, com absoluta certeza. Eu conheço um pouco disso, respeito o adversário, mas não vejo grupo político ali, ele vive muito em nome do avô", completou Wagner.

Bahia Notícias

Quando a verdade é a grande vítima




Jair Bolsonaro: sua “solidariedade” a Putin é meio semelhante ao fervor que tinha por Donald Trump

É alarmante a mega "fake news" jogada ao vento por Bolsonaro esta semana, quando construiu um suposto pacto de solidariedade a Putin em troca de um apoio russo a um hipotético ataque das forças da Otan e dos Estados Unidos à Amazônia

POR GILBERTO MENEZES CÔRTES

A frase - “Na guerra, a primeira vítima é a verdade” - pode ser atribuída a Ésquilo, grande pensador grego e um dos pais da dramaturgia, que viveu no século 6 A.C. Há quem a atribua também ao grande pensador inglês Samuel Johnson, que viveu no século 18, notável ensaísta. Faria também justiça. Mas há uma terceira versão de autoria: Philip Snowden, o 1º Visconde de Snowden. Nascido nobre, em família que era dona de tecelagem, na 2ª metade do século 19, mas que após um grande acidente que o deixou paralisado da cintura para baixo, mergulhou fundo em estudos sociais, tornou-se um forte ativista nos movimentos sindicais, sendo dos primeiros a denunciar o capitalismo como antiético, enquanto pregava a promessa de uma utopia socialista. Entrou para o Partido Trabalhista e chegou a chanceler do Tesouro britânico (1024, voltando ao cargo de 1929 a 1931). Rompeu com os trabalhistas, quando o seu partido foi esmagado pelos conservadores chefiados por Neville Chamberlain. Morreu em 1937, antes do início da 2ª Guerra Mundial e do fracasso total do pacto de não agressão, ou de neutralidade, firmado em Berlim, no covil de Adolf Hitler, pelo primeiro-ministro Neville Chamberlain, que se jactava de estar ganhando tempo para que a Grã-Bretanha e o Ocidente se preparassem para enfrentar as tropas alemãs. Quando foi substituído por Winston Churchill, em maio de 1940, boa parte da Europa já estava sob o jugo de Hitler, exigindo um esforço muito maior em armas e perda de vidas.

Samuel Johnson cunhou outra frase genial, que se aplica tanto aos sombrios tempos de guerra como à livre manipulação pelos demagogos em tempos de paz ou em campanhas eleitorais: “O patriotismo é o último refúgio dos canalhas”. O que Vladimir Putin, que há 23 anos domina o poder da Rússia, usando todos os métodos perversos que adquiriu como espião da temida KGB (o equivalente da CIA americana) nos tempos da União Soviética, com serviços prestados na então Alemanha Oriental (criada quando o exército da URSS expulsou as tropas nazistas da Rússia, da Ucrânia e das nações periféricas, e extinta em 1989, após a queda do Muro de Berlim, que levou à reunificação alemã), está fazendo é explorar ao máximo os axiomas de Ésquilo, Samuel Johnson e Philip Snowden. Não que não tenha sido mais ou menos praxe na história. Em tempos de guerra, e também de paz.

Mas em tempos de comoção bélica, e a pretexto da segurança nacional, os países (atacantes ou atacados) divulgam o que lhes interessa. Os primeiros mostram os feitos de suas conquistas, minimizando as baixas de equipamentos e vidas de militares. Já os países atacados valorizam qualquer derrubada de avião ou destruição de armamento mais pesado, como tanques, e a captura e mortes de soldados. E dão enorme ênfase - para comover a opinião pública mundial (que tem horror aos impactos das guerras, uma aberração para seres humanos racionais) e influenciar a posição de governos para condenarem o atacante e evitar a neutralidade ou a abstenção (o popular ficar em cima do muro - no caso da Índia e da China, com interesses inconfessados, o primeiro na região de Caxenmira, que disputa, há décadas, com o Paquistão; o segundo, de olho comprido em Taiwan, depois que a investida sobre Hong Hong foi assimilada pelo Ocidente) sobre as destruições de alvos civis (edifícios residenciais, hospitais, escolas) e a morte de paisanos, sobretudo crianças - situação que os agressores procuram esconder.

Embora tenha travado a guerra de agressão e tentativa de anexação de boa parte da Ucrânia - a visão dos ataques simultâneos ao território ucraniano, ao norte, tendo como marco a capital Kiev, e ao Sul, a região portuária de Odessa, sugere a possibilidade de duas frentes em pinças que podem dividir ao meio o território do maior país da Europa, depois da própria Rússia, celeiro agrícola (a Ucrânia é grande produtora de trigo e milho) e de depositário de minerais estratégicos - Putin acaba de fazer milhares de vítimas entre os 147 milhões de russos ao decretar severa censura aos meios de comunicação e à redes sociais. Notícias? Só as versões oficiais, como as que circulavam na antiga URSS, nascidas nos porões da KGB - cuja porta de entrada, numa das mais movimentadas praças de Moscou era uma loja de brinquedos (corria entre os russos, em 1988, quando visitei Moscou com um grupo de jornalistas convidados pela Andima, da qual era assessor de comunicação, que se tratava da “maior loja de brinquedos do mundo: a porta de entrada era na Praça Gorki, mas a de saída podia ser na Sibéria”...

Pelo que se depreende da “neutralidade” ou “equilíbrio”, repisado pelo presidente Jair Bolsonaro, sua “solidariedade” a Putin é meio semelhante ao fervor que tinha por Donald Trump. O que ambos cativaram em Jair Bolsonaro foi a atitude atrabiliária e despótica comum, expressa pelo desprezo à verdade e o apreço pelos “fatos alternativos”. Mais do que isso - como se viu nas eleições de 2016, quando ficou clara a interferência dos hackers russos (considerados dos mais eficientes e ousados do mundo) na eleição de Trump contra Hillary Clinton - Bolsonaro insistiu até o último minuto na veia do ex-presidente, que insuflou seus asseclas à infame invasão do Capitólio (o Congresso, maior expressão da Democracia nos Estados Unidos), de que a vitória de Joe Biden e Kamala Harris por mais de 3 milhões de votos e maioria folgada no Colégio Eleitoral se deu por fraudes (rejeitadas em todas as instâncias de Justiça). Uma versão já previamente fabricada para contestar qualquer resultado desfavorável em 2022 e abrir caminho para reação semelhante à tomada por Trump em 6 de janeiro de 2021.

O mais preocupante é que entre os temas discutidos na agenda de Bolsonaro em Moscou (escamoteados da imprensa brasileira) estava a cooperação entre as forças armadas dos dois países para a elaboração de códigos para proteção de segredos militares. Pode ser uma via de mão dupla para a vinda de técnicos russos ensinarem truques a brasileiros e vice-versa, para interferência nas eleições deste ano (antes, durante e após o processo eleitoral). Por isso mesmo faz todo sentido o pedido de explicações feito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que controla o inquérito sobre as “fake news” no STF sobre a presença do filho 01, o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, na comitiva presidencial que foi a Moscou. Vale lembrar que Moraes, que já integra o Tribunal Superior Eleitoral, vai assumir a presidência do TSE em setembro e comandar as eleições em outubro.

Por isso, é sintomático e alarmante a mega “fake news” jogada ao vento por Bolsonaro esta semana, quando construiu um suposto pacto de solidariedade a Putin em troca de um apoio russo a um hipotético ataque das forças da Otan e dos Estados Unidos à Amazônia, dentro da “Nova Ordem Mundial”. Caetano Veloso já disse, há muito tempo, que “alguma coisa está fora de ordem; da nova ordem mundial”. Não era Bolsonaro nem Putin. Mas o disparate de Bolsonaro, repudiado até por seu ex-chanceler, Ernesto Araújo, que condenou a agressão da Rússia à Ucrânia, pode ser replicado por seus seguidores e servir de doutrinação a incautos fieis por parte de inescrupulosos pastores evangélicos (gratos a Bolsonaro ter perdoado suas dívidas bilionárias com a Receita Federal), em troca de campanhas abertas por sua reeleição, na qual as doações (muitas vezes proibidas) são legitimadas pelas ditas igrejas.

Todo cuidado é pouco.

O PIB não engana ninguém

A economia brasileira cresceu 4,6% em 2021, após tombo de 3,9% em 2020, devido ao impacto da Covid-19, mal gerida pelo governo Bolsonaro, avesso às medidas preventivas, como o uso de máscaras e restrições às aglomerações, sem falar do corpo mole à compra de vacinas, com resistência mantida até os dias de hoje, apesar de todas as estatísticas vincularem a queda das mortes (que já passaram de 650 mil brasileiros) justamente ao avanço da vacinação. Nos Estados Unidos, a resistência dos republicanos e religiosos, empurra o número de mortes para a casa do 1 milhão, após chegar aos 957 mil, só ameaçado pelos 787,2 mil mortos apontados pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), de Seattle nos EUA, um dos mais respeitados centros de pesquisa de métricas médicas do mundo, mais do que o dobro das 355,6 mil mortes anunciadas pelo governo Putin, superando as 512 mil vítimas na Índia e as 446,5 mil mortes no México, ainda segundo os cálculos do IHME.

Mas você, caro leitor, percebeu que não houve muita comemoração do governo? Em outra época, o ministro da Economia, Paulo Guedes, diria que “o PIB bombou”. Os motivos são vários. Em termos per capita, descontando o aumento da população (entre 0,68% e 0,70% ao ano), o PIB per capita ficou estagnado: tinha caído 4,6% em 2020 e cresceu 3,9% este ano. Como o PIB cresceu 1,9% em 2019 (1,2% em termos per capita), as expectativas para o ano eleitora de 2022 são muito modestas. E é isto que importa. O Bradesco, estima aumento de 0,5% este ano. O Santander espera 0,7%, mas prevê queda de 0,2% em 2023. E o Itaú, que chegou a prever queda de 0,5% este ano, após o bom resultado do 4º trimestre (aumento de 0,5%, puxado pela alta de 5,8% na agropecuária, após dois trimestres negativos, e pelo avanço de 0,5% em serviços, que voltam gradualmente à normalidade), afastada a ameaça maior de restrições no uso da eletricidade, após as chuvas de dezembro, janeiro e fevereiro, já avisou que vai reduzir o “viés de baixa”. Não se sabe se vai indicar, como a média do mercado, crescimento de 0,3% a 0,5%. Pelo sim pelo não, o governo está baixando impostos (IPI), mesmo agravando o rombo fiscal. A tal “reindustrialização” propalada por Paulo Guedes, é mera retórica. Primeiro, o Brasil tem de inserir sua economia (sobretudo a indústria) na rota de mudanças climáticas (que o presidente desdenha, fomentando mais destruição de florestas e invasão de reservas indígenas na região para exploração de minérios, agora com a desculpa esfarrapada de que há muito potássio sobre florestas intocadas, que ajudariam a produção de fertilizantes para o agronegócio.

A baixa dos impostos, no fundo, é o reconhecimento de que o que “bombou” na economia em 2021, na carona da inflação de 10,06%, foi a carga tributária. Segundo o IBGE, a arrecadação de “impostos sobre produtos” cresceu 6,4%. Já a renda das famílias avançou 3,8%, após cair 5,4% em 2020. Com os juros nas alturas e a inflação reaquecida pelos impactos da guerra na Ucrânia, a economia brasileira vai ficar com o freio de mão puxado até o 1º trimestre de 2023, quando então a taxa Selic, que deve chegar a 12,50% este ano (está em 10,75% ao ano), começará a ceder, na avaliação do Santander.

Jornal do Brasil

Maior museu de arte da Ucrânia corre para salvar suas obras




Obras são cuidadosamente embaladas e levadas a locais seguros. Funcionários do Museu Nacional Andrey Sheptytsky, em Lviv, temem que um avanço dos ataques russos possa destruir o patrimônio histórico e artístico.

Em meio à fuga de mais de 1,5 milhão de pessoas e dos constantes ataques russos, grupos correm contra o tempo na Ucrânia para salvar itens históricos da destruição.

O diretor do Museu Nacional Andrey Sheptytsky, o maior museu de arte da Ucrânia, percorre os corredores do prédio supervisionando os funcionários que guardam as coleções para proteger o patrimônio nacional caso a invasão russa avance para o oeste.

Em uma galeria parcialmente vazia, funcionários colocam em caixas de papelão peças barrocas cuidadosamente embrulhadas. A poucos metros dali, um grupo desce a majestosa escadaria principal do museu carregando uma gigantesca obra de arte sacra, a iconóstase Bohorodchany, do século 18.

"Às vezes, as lágrimas vêm porque muito trabalho foi colocado aqui. Leva tempo, energia. Você está fazendo algo bom, se sente satisfeito. E então, hoje, você vê paredes vazias, parece amargo, triste. Não acreditávamos até o último minuto que isso pudesse acontecer'', disse o diretor-geral do museu, Ihor Kozhan.

As portas da instituição, localizada na cidade de Lviv, próxima à fronteira com a Polônia, estão fechadas desde que começou a invasão russa à Ucrânia, em 24 de fevereiro. Patrimônios históricos em todo o país estão em perigo, à medida que os combates continuam.

Korzhan disse que recebe ligações diárias de outras instituições culturais europeias oferecendo ajuda, enquanto ele e sua equipe correm para preservar as obras do museu.

'Trabalhadores do departamento de manuscritos raros e livros impressos antigos armazenam as obras em caixas de papelão'

Futuro das obras é incerto

Anna Naurobska, chefe do departamento de manuscritos e livros raros do museu, ainda não sabe onde guardar com segurança a coleção de mais de 12.000 itens, que foram embalados em caixas.

"Esta é a nossa história. Esta é a nossa vida. É muito importante para nós'', disse Naurobska.

Ela entra em outra sala e ergue um volume enorme. Lágrimas se formam em seus olhos: "é um livro russo", diz ela, colocando-o de volta na prateleira. "Estou com tanta raiva", declara.

'Obras do Museu da História da Religião são protegidas em containers de metal'

Como o museu, outros locais em Lviv estão correndo para proteger obras de importância artística e cultural. As vitrines do Museu de História da Religião estão quase vazias. Os trabalhadores montam recipientes de metal no pátio para armazenar com segurança os itens restantes antes de colocá-los nos porões.

'Esculturas da Catedral Latina são protegidas com espuma e plástico'

Na Catedral Latina, as esculturas foram cobertas com papelão, espuma e plástico na esperança de protegê-las de possíveis estilhaços.

Em meio às paredes vazias e estátuas encobertas, Kozhan lamenta a situação do museu, que sobreviveu a duas guerras mundiais.

"Museu tem que viver. As pessoas têm que estar lá, e antes de tudo as crianças. Eles têm que aprender o básico de sua cultura'', emociona-se.

Deutsche Welle

Guerra na Ucrânia: quem foi Molotov e por que ele dá nome a explosivos que ucranianos usam contra russos




Muitos dos que se juntaram ao Exército ucraniano não tinham experiência militar

Alguns estão incrédulos com a guerra, outros estão com medo, mas há milhares de civis ucranianos que decidiram ajudar seu Exército a defender o país da invasão russa.

Cidadãos responderam ao chamado do governo do país, que tem uma força militar e uma população significativamente menor que a da Rússia.

Muitos recorreram aos chamados coquetéis molotov, bombas incendiárias caseiras feitas de substâncias inflamáveis ​​em um recipiente de vidro.

As imagens de pessoas comuns dedicadas à fabricação desses explosivos rodaram o mundo.

Com eles e outras armas fornecidas pelo Estado, os civis ajudaram a defender as principais cidades ucranianas, como Kiev ou Kharkiv, ainda sob controle ucraniano.

O Ministério da Defesa até deu orientações em suas mídias sociais sobre como usá-los contra veículos do Exército russo.

Essas "bombas caseiras" têm uma origem surpreendente - e seu nome vem de um ex-dignitário da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), Vyacheslav Mikhailovich Molotov, que foi protagonista de outro conflito militar.

'Ucranianos são treinados em como fabricar e lançar coquetéis molotov'

Quem foi Molotov?

Vyacheslav Mikhailovich Molotov, de nacionalidade russa e nascido com o sobrenome Scriabin, foi ministro das Relações Exteriores da URSS duas vezes, entre 1939-1949 e 1953-1956.

Nascido em 1890 de pais de classe média, ele era desde 1906 parte da facção bolchevique do Partido Social Democrata Russo, que mais tarde se tornou o Partido Comunista da URSS.

'Vyacheslav Mikhailovich Molotov deu nome às bombas caseiras'

De acordo com o Wilson Center nos Estados Unidos, ele foi colaborador de Vladimir Lenin e Joseph Stalin na revolução de 1917, que levou à queda da dinastia czarista e inaugurou a República Socialista Federativa Soviética Russa.

Mais tarde, ocupou vários cargos no partido, como secretário do Comitê Central e a liderança do Comitê do Partido em Moscou.

Esta última posição, segundo o Wilson Center, foi alcançada após a participação no chamado "expurgo" do Partido Comunista Soviético, um processo de perseguição aos opositores de Stalin.

O Pacto Molotov-Ribbentrop

No entanto, ele é mais conhecido por assinar - como comissário de Relações Exteriores - o pacto Molotov-Ribbentrop em agosto de 1939, um tratado de não agressão entre a URSS de Stalin e a Alemanha nazista de Adolf Hitler.

O acordo, segundo várias fontes, também continha um acordo entre ambas as potências para dividir seus interesses de conquista na Polônia e no resto da Europa.

'Civis ajudaram a defender as principais cidades ucranianas, como Kiev ou Kharkiv'

Sem medo de provocar a URSS, em setembro de 1939 o governo nazista atacou a Polônia, invasão que levou à Segunda Guerra Mundial.

Os soviéticos, por sua vez, invadiram a Finlândia em novembro do mesmo ano, o que ficou conhecido como a Guerra de Inverno.

Foi nesse conflito que os coquetéis molotov ganharam fama.

A Guerra de Inverno e as bombas caseiras

Uma resenha do livro A Frozen Hell: The Russo-Finnish War of the Winter of 1939-1940, (Um inferno congelado: a guerra de inverno russo-finlandesa de 1939-1940, em inglês), do historiador William Trotter, explica por que os soldados finlandeses nomearam suas bombas caseiras de "coquetéis Molotov".

O diplomata Molotov, na rádio soviética, disse que o Exército de seu país durante o conflito não lançou bombas em território finlandês, mas "suprimentos e alimentos".

Com suas palavras, os soldados começaram sarcasticamente a chamar os bombardeios soviéticos de "cestas de piquenique Molotov".

Mais tarde, eles adotaram o nome para suas próprias bombas improvisadas.

A origem dos coquetéis molotov foi anterior, no entanto - há registros do uso desses explosivos, por exemplo, na Guerra Civil Espanhola de 1936-39.

Agora, os coquetéis molotov estão de volta ao noticiário com a resistência do povo ucraniano à invasão russa.

BBC Brasil

Crise mundial e oportunismo - Editorial




Alta excepcional do petróleo vira pretexto para a retomada de projetos populistas que tentam conter o aumento da gasolina

São cada vez mais evidentes os riscos econômicos em que a invasão da Ucrânia pela Rússia colocou o mundo. O fluxo de produtos originários ou destinados à região foi ou está sendo interrompido ou severamente prejudicado. Trigo, petróleo, gás e milho estão entre os principais produtos exportados pela região. O efeito é universal. Se ainda não subiram, em algum momento subirão os preços de bens tão diversos como o pão fresco, o macarrão, insumos e matérias-primas de uma vasta lista de produtos industriais, produtos agropecuários e o custo dos transportes.

Nos dez dias que se seguiram à decisão do presidente russo, Vladimir Putin, de invadir a Ucrânia, o preço do petróleo subiu mais de 20%. Em um ano, a alta é maior do que 70%. O barril do óleo tipo Brent chegou a ser cotado perto de US$ 120. Agora, vem oscilando em torno de valores recordes dos últimos 14 anos. Em algum momento, haverá impacto sobre os preços dos combustíveis para o brasileiro. É uma das formas como a crise do Leste Europeu afetará a vida no Brasil.

Transformar crise em oportunidade é um dos muitos lemas que executivos de empresas utilizam para motivar a si mesmos e a seus subordinados em momentos de dificuldades. Parece ser também o de políticos mais interessados em angariar prestígio e voto do que em amenizar as agruras que o brasileiro, sobretudo o menos protegido, já enfrenta há anos e que a crise europeia tende a acentuar.

Atento a oportunidades geradas pela crise, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou que colocou na pauta de votação o pacote de projetos de lei que têm como objetivo declarado reduzir o preço dos combustíveis. “Precisamos tomar medidas que impeçam a elevação do preço dos combustíveis”, disse, para justificar sua iniciativa. Trata-se de evidente oportunismo.

Ainda que o senador tenha êxito e algum projeto com a finalidade por ele mencionada venha a se transformar em lei, será essencialmente inútil para atingir seu objetivo principal. O principal fator do aumento da gasolina tem sido a alta do petróleo. Leis, por mais bem-intencionadas que sejam, não impedem oscilações de preços típicas do mercado mundial de commodities, especialmente o petróleo. E o petróleo está tão caro como poucas vezes se viu na história.

A alta não é automática e integralmente repassada para o preço da gasolina. Graus diferentes de eficiência das empresas importadoras e refinadoras podem mitigar ou intensificar o efeito da alta do óleo sobre o bolso do consumidor final e sobre os custos das empresas que utilizam insumos derivados de petróleo. O câmbio igualmente afeta o preço em moeda local. Pode-se também criar uma espécie de colchão que amorteça os efeitos mais severos da alta do petróleo.

Congressistas tentam vender uma ilusão. O que eles prometem é uma solução que impeça a alta da gasolina. É populismo. Será que a Petrobras pode reduzir o preço da gasolina que está congelado há quase dois meses, período em que a cotação do petróleo explodiu? Um pouco de realismo evitaria aventuras como a que se trama no Senado.

O Estado de São Paulo

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