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domingo, março 06, 2022

Somente ação armada da Otan deterá a fúria destrutiva de Putin contra a Ucrânia




Putin já anunciou que não cessará a ofensiva militar

Por Pedro do Coutto

Na minha opinião, somente a ação armada por parte da Otan, reunido os países do Ocidente, será capaz de deter a fúria destrutiva de Putin contra a Ucrânia, ofensiva sem trégua, como registra reportagem internacional do O Globo desta sexta-feira, atingindo até a usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa. A situação, portanto, é gravíssima.

E como o próprio Putin anunciou na noite de quinta-feira pela televisão, matéria do Jornal Nacional da TV Globo e da GloboNews, está tudo conforme ele tinha previsto e que não cessará a ofensiva militar.

EFEITOS –  As sanções, portanto, do governo Joe Biden contra bens econômicos incrivelmente altos contra bilionários russos e contra o próprio Banco Central do país, surtiram efeitos, mas não em proporção capaz que Moscou recue o seu propósito de ocupar a Ucrânia.

O governo de Kiev resiste e o fato de Zelenski e Putin terem acertado o estabelecimento de corredor humanitário, não quer dizer que o conflito cada vez mais intenso deixe de prosseguir. Ao contrário, o presidente Putin afirmou que vai acabar com o movimento anti-Rússia em suas fronteiras e o seu chanceler acentuou que Moscou não vai ceder às pressões. O panorama ganhou contornos perigosos e acredito que somente a força armada poderá deter o projeto de Moscou.

O caso se agrava a cada dia e o perigo de um efeito mundial se acentua. Mas parece inevitável o confronto militar na Ucrânia, não apenas para proteger o governo de Kiev, mas para conter a expansão russa que almeja outros países na região. O Congresso dos Estados Unidos apoiou as medidas anunciadas pelo presidente Joe Biden contra a Rússia de Putin. Mas contra a alucinação, somente a força militar poderá dar solução.

ALEMANHA ENVIA ARMAS – Reportagem procedente de Berlim, também O Globo de ontem, revela que a Alemanha vai ampliar a quantidade de armas enviadas à Ucrânia para ajudar as forças de Kiev a enfrentar as tropas russas. Serão enviados 2700 mísseis antiaéreos, além de uma série de outros armamentos. O cenário aproxima-se de uma tragédia envolvendo a Europa e o mundo.

Um dos sintomas reside no apoio chinês moderado à Rússia contra as sanções do governo americano. Mas o apoio de Pequim demonstra que a posição do governo chinês não é incondicional  e muito menos efetivamente concreto à atuação de Putin. Pelo contrário. A China no Conselho de Segurança se absteve de votar na condenação da invasão de Moscou à Ucrânia. Assim, Pequim retirou um apoio que era de grande importância para Moscou permanecer na ofensiva no campo da diplomacia.

PRODUTO INTERNO –  Na manhã de ontem, a TV Globo divulgou um resultado apresentado pelo IBGE sobre o crescimento do Produto Interno Bruto do Brasil em 2021. O IBGE concluiu que esse crescimento foi de 4,2%, o que significa 4,2% sobre R$ 6,6 trilhões do PIB brasileiro em 2020.

O resultado colide frontalmente com o do FMI que estimou o resultado em 0,3%, índice inferior ao crescimento da população brasileira que é de 1% ao ano.

Tribuna da Internet

Lições republicanas: os tribunais.




Em uma democracia, os cidadãos podem produzir livremente seus juízos e suspeitas. Os tribunais, não. Estes devem se manter sob a objetividade das leis. 

Por Fernando Schüler 

Enquanto todos prestam atenção (com razão) à guerra na Ucrânia, coisas inacreditáveis ocorrem por aqui. O ministro Alexandre de Moraes mandou bloquear as contas do blogueiro Allan do Santos. O Telegram bloqueou, colocando na página censurada uma notificação algo irônica: “Não pode ser exibida porque violou as leis locais”. Teria sido interessante indicar qual exatamente a lei violada. Lei dessas comuns, em democracias, aprovadas pelo Parlamento. No despacho do ministro, lê-se que o blogueiro faria parte de uma “estrutura destinada à propagação de ataques ao Estado Democrático de Direito”. Em outras decisões, ele já havia sido acusado de estimular o “discurso de ódio e polarização”, a “retórica amigo-inimigo”, de “condutas com o fim de desestabilizar as instituições”, promover a “animosidade entre os Poderes”, “organizar reuniões em sua residência com agentes políticos” e, o mais intrigante, “apontar o dedo médio para o prédio do STF”.

Há muitas coisas interessantes aí. A primeira é generalidade. O uso das grandes palavras, que deixam a vigência de direitos individuais à mercê da consideração subjetiva de uma autoridade. Em particular, chama a atenção o uso de expressões e tipos penais abertos próximos aos da finada Lei de Segurança Nacional. Coisas como “fazer propaganda de processos ilegais”, “incitar a subversão” ou “difamar” o presidente e o STF. A “famigerada” lei de segurança nacional foi extinta, mas seu espírito segue vagando por aí. Outro aspecto é a censura prévia. De um analista, aplaudindo a decisão do ministro, leio que “há razões para supor que esses canais serão utilizados para sabotar a confiança nas eleições”. O raciocínio é o seguinte: havendo chance de crime futuro, o melhor é agir logo, calando a voz potencialmente criminosa. Para muita gente, é desse jeito mesmo que se faz uma democracia. O que não é possível é continuarmos a repetir, como um dia disse a ministra Cármen Lúcia, que o “cala a boca já morreu”. Não morreu. 
A censura prévia está bem viva.

Em uma democracia, os cidadãos podem produzir livremente seus juízos e suspeitas. Os tribunais, não. Estes devem se manter sob a objetividade das leis. Isto é especialmente relevante em uma época de intensa polarização política. Pesquisa recente mostrou que 75% dos eleitores de Biden e 78% de Trump acham que os apoiadores mais engajados do “outro lado” são um “perigo claro à democracia”. É apenas um sinal. Por aqui também observamos o discurso quase obsessivo, à direita e à esquerda, de que o “outro lado” representa um tremendo risco à democracia. Se deixarmos que a predileção política afete nossos juízos, e quem sabe decisões tomadas por agentes do Estado, sobre o direito à liberdade de expressão, teremos um sério problema.

Os Estados Unidos passaram por uma situação de algum modo parecida. Foi em 1798, quando o presidente John Adams assinou o “Ato de Sedição”, que tornava ilegal “escrever e imprimir qualquer coisa falsa, escandalosa e maliciosa contra o governo”. A justificativa era a ameaça de guerra com a França. O historiador David McCullough, biografo de Adams, foi lacônico: “O motivo óbvio era sufocar a oposição republicana”. Ao todo, um deputado e duas dezenas de cidadãos foram presos, boa parte jornalistas. Quem reagiu àquele estado de coisas foi um herói das liberdades americanas. James Madison, autor intelectual do Bill of Rights americano e quarto presidente dos Estados Unidos. Madison escreveu o Virginia Report, de 1800, dizendo que o Ato de Sedição era contrário à Constituição e ao próprio espírito da jovem república.

Sua primeira lição dizia que a liberdade de expressão é uma prerrogativa dos cidadãos, não uma concessão do Estado. O papel da autoridade pública não era fazer “curadoria” de opinião, mas garantir direitos. A segunda dizia que, em uma república, as autoridades não vistas como infalíveis, e que por isso devem aceitar um grau maior de “animadversão”. Isto é: criticidade, embate, duro que seja. Respondendo aos que reclamavam dos “excessos” no uso da palavra, dizia que “certo grau de abuso é próprio do uso de qualquer coisa”, e que era melhor “deixar crescer alguns galhos nocivos” do que, ao cortá-los, “prejudicar o vigor dos que produzem os melhores frutos”.

O Brasil também é uma república e também aqui a liberdade de pensamento é uma propriedade dos cidadãos, assegurada pela Constituição. Não passa de uma falácia retrucar dizendo que a “liberdade de expressão não é um valor absoluto”. É evidente que não. É por isso que definimos, em lei, criminalizar o racismo. Mas isso não significa que pessoas possam ser presas, sem direito ao contraditório e ao devido processo, se alguma autoridade achar que representam uma “ameaça ao Estado de direito”.

Jacob Mchangama, autor de Free Speech: A History from Socrates to Social Media, diz que, mais dia, menos dia, a liberdade de expressão chega a um estado de “entropia”. Os detentores do poder começam a dizer que “fomos longe demais” e que é preciso “impor limites”. Isso é comum em épocas como a nossa, quando a rápida expansão de uma nova tecnologia faz emergir grupos antes marginalizados, causando incômodo a quem estava acostumado a comandar o jogo. Foi assim à época em que se popularizou a imprensa. Erasmo, no século XVI, vociferava com aqueles “impressos que iriam entupir o mundo com livros e panfletos fúteis, ignorantes, subversivos…”. Hoje não são livros. São blogs e vídeos no YouTube. Tanto quanto no século XVI, teremos de aprender a lidar com esse mundo incômodo.

O fato é que faríamos melhor estudando um pouco de história em vez de perseguir blogueiros irrelevantes. Em uma democracia, não cabe ao Judiciário se comportar como xerife da opinião pública ou grande educador da sociedade. Até por ser inócuo. Da mesma forma que ninguém conseguiu parar a prensa de Gutenberg, e, apesar de todas as fogueiras, livros continuaram a incendiar a imaginação humana, é uma ilusão imaginar, nesta época de proliferação de redes e informação infinita, que um tribunal irá disciplinar a opinião, em uma sociedade aberta. Quando muito, produzirá uma caricatura. Será matéria de estudo sobre uma época de transição, em que a democracia, depois de alguns solavancos, conseguiu ganhar o jogo, mais uma vez.

O Brasil não tem um Madison, nem uma sólida tradição liberal-­democrática. Precisamos construí-­la. Como sou um inveterado otimista, acho que nossa própria Suprema Corte poderia tomar a vanguarda desse processo. Preservando a mais criteriosa imparcialidade, em vez de ingressar na arena política. Comportando-se não como curadora de opinião, neste país dividido, mas como curadora de direitos, por definições iguais para todos, nesta república que devagar vai aprendendo.

*Fernando Schüler é cientista político e professor do Insper

Revista Veja

Por que a postura de Bolsonaro sobre a Rússia é ambivalente?




Por Pablo Ortellado (foto)

A leitora ou o leitor deve ter notado que a posição do governo Bolsonaro com relação à invasão russa à Ucrânia é para lá de ambivalente. De um lado, ele visitou Putin às vésperas da guerra e disse que era “solidário à Rússia”; depois, desautorizou o vice-presidente, que havia condenado a invasão; e, numa entrevista no domingo passado, disse que a posição do Brasil é de “neutralidade” e que as mortes de ucranianos não deveriam ser chamadas de “massacre”. De outro, o Brasil, que atualmente ocupa uma cadeira rotativa no Conselho de Segurança da ONU, apoiou resolução que condenava as “agressões” da Rússia e depois, novamente, apoiou resolução da Assembleia Geral que “deplora nos termos mais fortes a agressão da Rússia contra a Ucrânia”. Por que essa dualidade tão marcada entre as declarações do presidente e as posições oficiais do país?

Uma explicação simples é que o Itamaraty está contendo os danos que a simpatia de Bolsonaro por Putin poderia provocar aos interesses brasileiros. Bolsonaro nunca escondeu sua queda pelo projeto político conservador e autoritário de Putin. No entanto, com a invasão à Ucrânia, a Rússia se converteu em pária internacional, universalmente condenada. O Brasil não tem vínculo político, militar ou econômico relevante que justificasse uma tomada de posição em defesa da Rússia. Os laços objetivos são tão reduzidos que não justificariam sequer a abstenção nas condenações, como fizeram Índia e China. A dualidade adotada pelo governo Bolsonaro se explicaria pelo descompasso entre a diplomacia profissional do Itamaraty e a política internacional selvagem do presidente.

Uma explicação alternativa seria que Bolsonaro joga estrategicamente com o discurso populista do “poder impotente”. Movimentos populistas, como o bolsonarismo, se caracterizam pela adoção de uma retórica que opõe o povo às elites corrompidas. O líder populista se coloca então como representante do povo que se elege com o objetivo de expurgar as elites. Porém, uma vez no poder, ele precisa se diferenciar das velhas elites, resolvendo o paradoxo de ser uma elite antielites. É nesse momento que adota o discurso do poder impotente, do presidente que não consegue governar porque seu poder é contido pelo STF, pela Anvisa, pelos governadores e... pelo Itamaraty.

É assim, apresentando-se como impotente, que se descola da responsabilidade de chefe do Estado, denunciando o “verdadeiro poder”, que sempre está alhures. Essa posição permite ao líder mobilizar continuamente sua base num governo-movimento em combate sem fim contra o establishment. Nessa explicação, a dualidade do governo Bolsonaro se explicaria por uma ambivalência estratégica que oporia o apoio político de Bolsonaro ao projeto de Putin às decisões burocráticas do Itamaraty, apresentadas como poder profundo, como um deep state.

A terceira explicação para a ambivalência é um pouco especulativa. Ela parte de duas perguntas: por que Bolsonaro se reuniu com Putin às vésperas da guerra —que já era iminente —supostamente para discutir o comércio de fertilizantes? E por que, na sua comitiva, não levou o ministro da Economia, mas seu filho Carlos, que comanda a estratégia de comunicação, e o assessor Tércio Arnaud, que comanda o gabinete do ódio?

A Rússia tem sido acusada de interferir em campanhas eleitorais pelo mundo, desde a campanha presidencial americana de 2016, até as eleições alemãs e francesas de 2017, passando pelo referendo do Brexit no Reino Unido e pelo referendo da independência da Catalunha na Espanha. Há o temor, sugerido pelo presidente do TSE, ministro Edson Fachin, de eventual ação da Rússia, “que tem relutado em sancionar os cibercriminosos que buscam destruir a reputação da Justiça Eleitoral e aniquilar com a democracia”.

Além disso, no começo da semana, Bolsonaro reencaminhou pelo WhatsApp uma mensagem conspiracionista apócrifa sobre a “Nova Ordem Mundial”, onde se diz que “se Bolsonaro não tivesse corrido para fazer aliança com Putin (fertilizantes…), nem eleições teríamos” — sugerindo que o tema do encontro com Putin não foi o comércio de fertilizantes, mas a intervenção nas eleições brasileiras. Nessa explicação mais especulativa, a ambivalência da posição do governo Bolsonaro seria fruto da tensão entre os interesses diplomáticos do Brasil, defendidos pelo Itamaraty, e o apoio implícito que Bolsonaro teria dado a Putin em troca da colaboração com os esforços de desestabilizar as eleições de outubro.
 
O Globo

Kiev e Moscou trocam acusações por evacuação fracassada




Agências de ajuda humanitária alertaram para um desastre humanitário

Por Pavel Polityuk, Natalia Zinets e Aleksandar Vasovic na Ucrânia, Olzhas Auyezov em Almaty, Matthias Williams em Medyka, Guy Faulconbridge e William Schomberg em Londres, John Irish em Paris, Francois Murphy em Viena, David Ljunggren em Ottawa e outros escr - Leópolis/Kiev (Ucrânia)

Rússia e Ucrânia trocaram acusações neste sábado (5) por não haver passagem segura para civis que fogem de duas cidades sitiadas e bombardeadas por forças russas, no décimo dia de uma guerra que está criando o maior desastre humanitário na Europa em décadas.

A guerra, que começou com a invasão russa em 24 de fevereiro, fez com que quase 1,5 milhão de refugiados fugissem para o oeste da União Europeia e desencadeou sanções internacionais sem precedentes contra Moscou e alertas de recessão.

O Ministério da Defesa russo disse que suas unidades abriram corredores humanitários perto das cidades de Mariupol e Volnovakha, que foram cercadas por suas tropas.

Em Mariupol, no entanto, o conselho da cidade disse que a Rússia não está respeitando o cessar-fogo e pediu aos moradores que retornem aos abrigos e aguardem mais informações sobre a evacuação.

O Ministério da Defesa russo acusou os "nacionalistas" ucranianos de impedirem a saída dos civis, informou a agência de notícias RIA.

O porto do sudeste sofreu fortes bombardeios, um sinal de seu valor estratégico para Moscou devido à sua posição entre o leste da Ucrânia --controlado por separatistas russos-- e a península da Crimeia no Mar Negro, que Moscou tomou da Ucrânia em 2014.

"Esta noite o bombardeio foi mais forte e mais próximo", disse um membro dos Médicos Sem Fronteiras. Ainda não havia eletricidade, água, aquecimento ou sinal de telefonia móvel e a comida era escassa.

O governo ucraniano disse que o plano é evacuar cerca de 200 mil pessoas de Mariupol e 15 mil de Volnovakha.

Desastre humanitário

Apesar dos planos de cessar-fogo limitados, o Ministério da Defesa russo disse que continuará sua ampla ofensiva na Ucrânia, onde nega atingir civis ou realizar uma invasão, chamando suas ações de "operação militar especial".

As forças russas realizavam ataques à infraestrutura militar em Donetsk, controlada pelos separatistas, e apertavam o cerco a Mariupol, disse o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov.

Agências de ajuda humanitária alertaram para um desastre humanitário em todo o país. O número de refugiados pode aumentar para 1,5 milhão até o final do fim de semana, ante 1,3 milhão hoje, disse o chefe da agência de refugiados das Nações Unidas neste sábado.

A decisão do presidente Vladimir Putin de invadir o país gerou condenação de diversos países ao redor do mundo. As autoridades ucranianas relataram milhares de mortos e feridos entre a população civil.

Moscou diz que seu objetivo é desarmar seu vizinho, combater o que vê como agressão da Otan e capturar os líderes, a quem chama de neonazistas. No sábado, ele acusou o Ocidente de agir como bandido e ameaçou retaliação, sem dar detalhes.

"Como você entenderá, deve haver uma resposta correspondente ao banditismo econômico", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

O conflito também abalou a diplomacia internacional sobre o programa nuclear do Irã, uma das poucas áreas em que a Rússia e os Estados Unidos trabalharam juntos para impedir o que o Ocidente suspeita ser um plano iraniano de desenvolver armas nucleares.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse no sábado que as novas sanções ocidentais impostas ao seu país se tornaram um obstáculo para fechar um acordo nuclear com o Irã. Um alto funcionário iraniano disse à Reuters que a postura russa não está sendo útil.

Reuters / Agência Brasil

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Número de refugiados ucranianos pode chegar a 1,5 milhão

A estimativa do diretor da Acnur é para este fim de semana

Praga (República Tcheca) - A situação na Ucrânia continua grave e o total de refugiados que fugiram da invasão russa pode subir para 1,5 milhão até o encerramento do fim de semana, do atual número de 1,3 milhão, disse o diretor da Agência da ONU para Refugiados (Acnur) neste sábado (5).

"Esta é a crise de refugiados que mais cresce na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial", disse o alto comissário das Nações Unidas para refugiados, Filippo Grandi, à Reuters em entrevista por telefone.

Grandi também disse que a maioria dos refugiados no momento está entrando em contato com amigos, familiares e outros conhecidos que já vivem na Europa, mas alertou que as ondas futuras serão mais complexas.

Reuters / Agência Brasil

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Rússia anuncia ‘cessar-fogo parcial’ para permitir corredores humanitários

As primeiras – e por enquanto únicas – regiões a serem beneficiadas com rotas humanitárias serão as das cidades de Mariupol e Volnovakha. Cessar-fogo permitirá que civis deixem a cidade de Mariupol durante um período de cinco horas, segundo a RIA, agência russa de notícias.

A Rússia declarou um “cessar-fogo parcial” de 5 horas, e seu Exército irá parar ataques “localizados” às 11h deste sábado (horário local, 6h no Brasil). Duas regiões serão beneficiadas (por enquanto): Mariupol e Volnovakha.

Segundo a RIA, agência russa de notícias, civis poderão deixar Mariupol e suprimentos e medicamentos poderão chegar à cidade durante esse período de cinco horas.

A Rússia deixou claro que a redução na ofensiva não vale para todo o território ucraniano.

O prefeito de Mariupol disse que um cessar-fogo permitirá que o trabalho seja feito para restaurar a infraestrutura destruída pelos bombardeios.

O conselho de Mariupol disse que os civis poderão seguir em direção à cidade de Zaporizhzhia e poderão usar rotas de ônibus especialmente organizadas, bem como seus próprios carros.

G1 / Daynews

Donos do poder




O próximo presidente vai encontrar um Congresso empenhado em ser cada vez mais poderoso

Por Dora Kramer 

Caciques dos partidos e respectivos candidatos à Câmara e ao Senado não escondem o jogo: estão mais interessados na eleição de deputados e senadores do que em investir nas candidaturas a presidente da República. Mesmo o PT, em sua dianteira até agora folgada, articula alianças de olho vivo e faro fino na execução do plano de reforço às tropas no Congresso.

Tanto é assim que as principais legendas resolveram colocar suas maiores estrelas na disputa por vagas no Parlamento. Normalmente o costume era deixar candidaturas de gente conhecida para os cargos de governador ou senador. Isso mudou quando os partidos decidiram direcionar o foco ao Legislativo, notadamente à Câmara. Governadores têm independência menor que parlamentares na relação com o Planalto.

A importância do Congresso se baseia em várias razões: o protagonismo da Casa na condução da agenda do país é uma; outra, a derrama de verbas públicas distribuídas de acordo com o tamanho das bancadas; e a terceira, a correlação de forças internas e externas, firmada a partir da fragilidade política do governo de Jair Bolsonaro. Fraqueza decorrente do erro original de visão — a ideia de que poderia contar com bancadas temáticas em detrimento das agremiações —, que o obrigou a optar pela entrega do controle da agenda do Planalto ao Poder Legislativo.

Criou-se um ambiente de desequilíbrio de poder já visto em governos cujos presidentes tiveram o mandato interrompido, mas nunca a ponto de contagiar as campanhas da eleição seguinte. E muito menos na dimensão de agora, com tanto empenho de parlamentares e dirigentes partidários em transformar a assimetria de força, antes circunstancial, em situação permanente.

O próximo Congresso se pretende tão ou mais poderoso que o atual. Dia desses o presidente da Câmara, Arthur Lira, deixou isso muito claro ao comentar medidas sugeridas por candidatos para quando, e se, chegarem ao Planalto: “Gostaria de lembrar que no meio de presidentes que estão lá e dos que estarão, há o Congresso Nacional”.

Os parlamentares eleitos neste ano não vão querer abrir mão da conquistada autonomia no manejo das emendas ao Orçamento nem estarão dispostos a retroceder no exercício da derrubada de vetos presidenciais, prática antes excepcional que se tornou corriqueira. Basta comparar.

A um ano de completar o mandato, Bolsonaro teve 35% de seus vetos a matérias aprovadas no Parlamento derrubados total ou parcialmente. Na Presidência de Luiz Inácio da Silva foram 0,5%, sob Dilma Rousseff, 1,5% e na gestão de Michel Temer, 16,5%.

O avanço do Legislativo sobre o Executivo é nítido. A permanência dessa condição é obviamente desejada pelos partidos que trabalham fortemente para isso. Podem até não se submeter às regras rígidas das federações que os obrigam a afinidades em nada condizentes com as práticas partidárias em vigor, mas preparam um plano B.

Para escapar de exigências praticamente inexequíveis os partidos, combinam alianças de modo a formar grupos de atuação conjunta para concorrer ou pelo menos dividir com o Centrão a influência sobre o mandatário a ser eleito ou reeleito. A ideia é que na próxima legislatura não haja um, mas vários Centrões a ditar os rumos do governo a partir do Congresso, de preferência tendo gente experiente na composição das bancadas. Agora a palavra de ordem não é a da renovação pura e simples, com a eleição de figuras novas. O esforço é pela volta de políticos de destaque: ex-ministros, ex-governadores, ex-senadores e ex-deputados que ocuparam posições importantes em governos anteriores.

Nesse cenário, seria imprescindível a manifestação dos candidatos a presidente sobre como pretendem lidar com um Congresso que faz e acontece — só cumpre decisões judiciais quando quer, estabelece a destinação de recursos em benefício próprio como bem entende, entre outras liberdades — e tenciona fazer e acontecer muito mais.

Nenhum dos candidatos disse coisa alguma a respeito dessa desarmonia entre os poderes. Mas quem for governo em 2023 ou tem coragem de enfrentar o tema da reforma de um sistema político-eleitoral caduco, com quase 100 anos de existência, ou cairá na ilusão de que em sua majestosa presença no Planalto será tudo diferente. Não será.

Revista Veja

Como a pequena Moldávia está recebendo os refugiados




Um dos países mais pobres da Europa, Moldávia mantém fronteiras abertas a todos os ucranianos em fuga e oferece acomodação, alimento e transporte. Com passado de guerra, porém, teme avanço russo.

Por Vitalie Călugăreanu e Simion Ciochina

Todas as noites, o jovem moldavo Roman pega emprestado o carro do pai para buscar refugiados ucranianos na fronteira de Palanca e levá-los para a capital, Chisinau. Ele reabastece o tanque do carro com o próprio dinheiro.

O moldavo só voltou à sua terra natal no ano passado, depois de trabalhar muito tempo na Irlanda. Dada a pobreza na República da Moldávia, um dos países mais pobres da Europa, cerca de um terço da população do país trabalha no exterior para sobreviver e sustentar a família.

Desde que começou a invasão russa à Ucrânia, mais de 100.000 refugiados ucranianos já chegaram ao pequeno país entre a Romênia e a Ucrânia, que tem menos de três milhões de habitantes. Cerca de metade desses refugiados viaja para a Romênia, país da União Europeia, e, de lá, frequentemente para outros países do bloco europeu.

Roman está particularmente feliz com uma mensagem de texto que acabou de receber. "Anghelina escreveu para mim, uma mulher que ajudei a escapar há alguns dias. Ela agora chegou a Praga com sua filha e queria me agradecer. Ela escreve que nunca poderia imaginar que um estranho faria algo assim por sua família de graça", disse o jovem moldavo à DW.

Fronteiras abertas 

Já no primeiro dia da guerra, muitos ucranianos faziam fila na fronteira com a Moldávia. A presidente, Maia Sandu, anunciou no início da manhã de 24 de fevereiro, logo após o começo da invasão russa à Ucrânia: "Todas as passagens de fronteira estão abertas e trabalham com equipes reforçadas. Vamos ajudar essas pessoas".

Muitos voluntários moldavos recebem os refugiados bem na fronteira em Palanca, com chá e comida quente. Eles os ajudam a encontrar rapidamente acomodação ou transporte se quiserem viajar. As autoridades também fornecem ônibus e acomodação gratuitamente, e muitos refugiados são abrigados no centro de exposições Moldexpo, na capital Chisinau.

'Entre os refugiados que chegam à Moldávia estão muitas crianças'

Tensões mesmo 30 anos após a guerra 

A maioria dos refugiados que os repórteres da DW encontraram na fronteira são profundamente gratos ao povo da Moldávia por sua disposição em acolhê-los.

Mas, de repente, um refugiado ucraniano muda o clima. Ele grita com o repórter moldavo da DW na fronteira de Palanca. A Moldávia "agressiva" atacou a Transnístria em 1992, grita ele em russo. Depois, pega um ônibus para a Romênia. 

A raiva do homem evidencia tensões políticas na região. Uma guerra estourou há 30 anos, quando rebeldes pró-Rússia com apoio de Moscou se separaram da República da Moldávia. Ainda hoje, soldados russos estão estacionados na região separatista da Transnístria. Embora a área pertença à República da Moldávia sob o direito internacional, a Transnístria não reconhece a autoridade do governo em Chisinau.

Na ex-república soviética da Moldávia, no contexto da guerra na Ucrânia, o medo da agressão russa é particularmente grande. A presidente Maia Sandu declarou estado de emergência em 24 de fevereiro, mesmo dia em que o espaço aéreo da Moldávia foi fechado.

'Tiraspol é a capital da autoproclamada República da Transnístria'

Paralelos entre a Ucrânia e o conflito na Transnístria

O especialista em segurança da Moldávia e ex-ministro da Defesa Viorel Cibotaru vê claros paralelos entre a situação na Ucrânia e a guerra na Transnístria, há 30 anos, quando a Rússia apoiou os separatistas.

"Em ambos os casos, trata-se do desejo de preservar ou restaurar a União Soviética", explicou ele em entrevista à DW. E assim como no caso das autoproclamadas "repúblicas populares" de Donetsk e Luhansk no leste da Ucrânia, "muitas notícias falsas estiveram envolvidas" na Transnístria no início dos anos 1990.

Outro fator em comum: "O lado russo também disse na época que a Rússia não havia fornecido armas aos separatistas da Transnístria, que não sabia como eles conseguiram as armas. O mesmo foi dito por muito tempo no caso de Donetsk e Luhansk, que as pessoas apenas se armaram, e que a Rússia não tinha nada a ver com isso", explica.

Muitos especialistas na Moldávia alertam que os soldados russos estacionados na Transnístria também podem intervir diretamente na guerra da Ucrânia. Viorel Cibotaru também não descarta esse perigo. 

"As tropas na Transnístria são como um velho czarista com um rifle marcando seu território. Mas, se necessário, 30 aviões vêm em seu auxílio", adverte o ex-ministro da Defesa da Moldávia.

Solidariedade reconhecida

Depois que a presidente Maia Sandu assinou o pedido oficial de adesão de seu país à União Europeia na quinta-feira, o autoproclamado governo da Transnístria pediu, já na sexta-feira, que seja reconhecido pela comunidade internacional como independente.

Muitos moldavos estão preocupados com um possível cenário semelhante ao da Ucrânia no pequeno país do Leste Europeu. A guerra está próxima, às vezes, as explosões na vizinha Ucrânia podem ser ouvidas e até acordam as pessoas.

O ex-chefe da delegação da UE em Chisinau, Peter Michalko, também reconheceu a grande onda de solidariedade em uma situação tão ameaçadora. 

"Tenho orgulho de ter vivido na Moldávia! Conheço muitos de vocês pessoalmente e me curvo a cada gesto de humanidade e hospitalidade que vejo! Vocês são um exemplo para a Europa e para o mundo inteiro", escreveu o diplomata em sua página no Facebook. 

Deutsche Welle

China promete laços pacíficos com Taiwan, mas se opõe a interferência

 




Disse neste sábado o premier chinês Li Keqiang

Por Yew Lun Tian 

Pequim - O premier chinês Li Keqiang prometeu neste sábado (5) avançar o crescimento pacífico de relações com Taiwan e a “reunificação”, mas disse que o seu governo se opõe a qualquer atividade separatista ou interferência estrangeira.

A China, que reivindica Taiwan como seu território, aumentou atividades militares perto da ilha nos últimos dois anos, respondendo ao que chamou de “conluio” entre Taipei e Washington, o principal apoiador e fornecedor internacional de armas de Taiwan.

Falando na abertura da reunião anual do parlamento da China, Li disse que Pequim mantém o princípio de “uma China”, da qual Taiwan faz parte.

“Avançaremos o crescimento pacífico de relações no Estreito de Taiwan e a reunificação da China”, disse. “Somos contra qualquer atividade separatista buscando a ‘independência de Taiwan’ e somos contra interferência estrangeira”.

O Conselho de Assuntos Continentais de Taiwan respondeu dizendo que a China deveria ter mais foco nas preocupações reais do seu povo e na promoção da democracia, em vez de “minar as regras e a ordem internacionais”.

Com Ben Blanchard, em Taipei

Reuters / Agência Brasil

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Reatores de usina tomada por russos não foram danificados

Apenas o centro de treinamento foi atingido

Por Marcelo Brandão 

O Regulador Nuclear da Ucrânia tem conseguido manter contato com a equipe da Usina Nuclear de Zaporizhhzhya, mesmo depois da usina ter sido tomada pelos russos. A informação é do diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi. Segundo a equipe da usina, os sistemas de segurança estão intactos e os níveis de radiação estão normais. Dois dos seis reatores da usina seguem operando.

A Usina Nuclear de Zaporizhhzhya é o maior do país. Segundo o Regulador Nuclear da Ucrânia, o centro de treinamento foi bastante danificado, mas essas instalações ficam separadas dos reatores. Nessa sexta-feira (4), o local foi atingido por um “projétil”, que desencadeou um incêndio, extinto depois. O ataque também danificou o prédio onde ficam os laboratórios e uma estrutura administrativa. Foi realizada uma inspeção para detectar danos nos reatores, mas nada foi encontrado.

De acordo com a AIEA, a equipe da Usina Nuclear de Chernobyl, também sob controle do Exército Russo, está no local desde 23 de fevereiro, tentando revezar o turno com a equipe técnica e os guardas de Zaporizhhzhya, mas foram impedidos de entrar.

Grossi alertou sobre a importância desse revezamento, para que os técnicos da usina possam fazer seu trabalho de maneira segura. Em resposta, o diretor da Empresa Nacional de Geração de Energia Nuclear da Ucrânia, a Energoatom, Petro Kotin, informou ontem a Grossi que a troca de turnos de trabalho já estava permitida na usina.

Um ataque das tropas russas às usinas nucleares da Ucrânia acendem um alerta no mundo sobre a possibilidade de um novo acidente nuclear, aos moldes do ocorrido em Chernobyl, em 1986. Naquela época, a Ucrânia ainda era um território parte da União Soviética.

Na época, um teste de segurança malsucedido provocou a explosão em um dos quatro reatores da usina. A explosão liberou uma enorme nuvem radioativa, que se espalhou por boa parte da Europa. Até hoje a cidade de Chernobyl, evacuada às pressas na ocasião, é mantida isolada. O episódio marcou o início da derrocada da União Soviética.

Agência Brasil

Prepare-se, porque a guerra já chegou ao Brasil




Por Vicente Nunes

A decisão do presidente Jair Bolsonaro de pregar a neutralidade ante a guerra entre a Rússia e a Ucrânia não está impedindo o Brasil de ser engolfado pelos conflitos. O impacto mais imediato veio na sexta-feira (04/03), diante da decisão do país de Vladimir Putin de suspender as exportações de fertilizantes.

O agronegócio brasileiro é muito dependente dos produtos russos. Do total de adubos usados nas lavouras, mais de 20% vêm da Rússia. Os estoques nacionais, pelos cálculos da Anda, associação que representa o setor de fertilizantes, dão apenas para mais três meses. Bolsonaro justificou sua visita ao ditador Putin uma semana antes da invasão à Ucrânia como forma de garantir o suprimento dos insumos ao Brasil. De nada adiantou.

O enrosco da guerra passa pelo sistema de saúde. A empresa ucraniana Indar, com sede em Kiev, fechou acordo com o Ministério da Saúde para o fornecimento de 20 milhões de doses de insulina, das quais 8 milhões ainda não foram entregues — nem serão tão cedo por causa do bombardeio no Leste Europeu.

O quadro só não é mais preocupante, porque o ministério firmou contrato com a norueguesa Novo Nordisk, o que garantirá o suprimento do SUS até abril de 2023. Para que o desabastecimento não se torne uma realidade e os diabéticos não fiquem sem atendimento na rede pública, o governo terá de se desdobrar em busca de novos fabricantes.

Gasolina até 25% mais cara

Os brasileiros também terão de lidar com a alta dos preços dos combustíveis. Se a Petrobras realmente acompanhar a disparada das cotações do barril de petróleo no exterior, que flertam com os US$ 120, os combustíveis ficarão entre 20% e 25% mais caros. No Distrito Federal, as projeções apontam para o litro da gasolina próximo de R$ 7,50.

Mesmo que o Congresso aprove um dos projetos de lei que reduzem impostos sobre os derivados de petróleo, nada impedirá que os consumidores sintam no bolso o peso dos reajustes. Por enquanto, a petrolífera está atendendo aos apelos do Palácio do Planalto para não mexer nas tabelas de preços nas refinarias. Mas a empresa tem limites.

Não é só. As cotações das commodities agrícolas estão no nível mais alto desde 2008. Significa que a comida que chega à mesa dos brasileiros ficará mais cara nos próximos 30 dias. O maior impacto virá do trigo, matéria-prima do pãozinho, de bolos, massas e biscoitos.

Ainda que o grão importado pelo Brasil — que produz somente 50% do que consome — não venha da Rússia e da Ucrânia, grandes fornecedoras, com a escassez do produto, os preços disparam. Não há escapatória. Isso vale para a soja, o milho e as carnes. Como dizem os especialistas, é mais inflação na veia, que punirá, sobretudo, os mais pobres, cujos orçamentos são destinados, em maior parte, para os alimentos.
 
A Ucrânia é logo ali

Assim como Bolsonaro está em cima do muro diante do embate no Leste Europeu — o mundo civilizado condena veementemente a Rússia pelos bombardeiros —, o governo como um todo dá sinais de incapacidade sobre como reagir aos efeitos da guerra.

A percepção é de que os brasileiros terão de lidar sozinhos com suas próprias guerras. O problema é que, sem medidas coordenadas e ações efetivas por parte do poder público, o desastre estará contratado.

Ainda é possível agir para minimizar o estrago na vida dos cidadãos. O que não pode são os governantes ficarem de olhos fechados sob a alegação de que os conflitos armados que aterrorizam o mundo estão a 10 mil quilômetros de distância. Neste mundo globalizado, tudo é logo ali.

Correio Braziliense

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