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segunda-feira, julho 06, 2020

Para proteger Bolsonaro, Aras ataca a Lava-Jato, que chega a momento mais crítico


O silêncio dos cúmplices - Blog do Ari Cunha
Charge do Hectoir (Arquivo Google)
Sarah TeófiloCorreio Braziliense
Depois de seis anos e tendo se tornado, para muitos brasileiros, símbolo do combate à corrupção, a força-tarefa da Operação Lava-Jato de Curitiba se vê envolvida em suspeitas de irregularidades e enfrenta, agora, críticas não só externas, como internas. A equipe, sob coordenação do procurador Deltan Dallagnol, recebeu ataques diretos da Procuradoria-Geral da República (PGR) e resolveu confrontar com o procurador-geral Augusto Aras.
Há, entre os procuradores, a certeza de que Aras quer centralizar as investigações sobre corrupção e, se necessário, proteger mais à frente o presidente Jair Bolsonaro, sobretudo por causa de seus três filhos –– Flávio, Carlos e Eduardo, cada vez mais enrolados com a Justiça.
DESTRUIR SÉRIO MORO – Mais: é latente o desejo do Palácio do Planalto de desconstruir a imagem do ex-juiz Sergio Moro, símbolo maior da Lava-Jato. O início da disputa entre PGR e a força-tarefa de Curitiba coincidiu justamente com a saída traumática de Moro do governo federal.
A guerra envolvendo a Lava-Jato vem ganhando capítulos bombásticos. Nos últimos dias, surgiram informações de que a força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba teria usado equipamento de gravação e interceptação telefônica de forma ilegal.
Na quinta-feira, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas determinou a realização de diligências para apurar denúncia de uso dos equipamentos. Dallagnol nega, diz que são apenas aparelhos de gravação de chamada adquiridos em 2015 devido às ameaças sofridas pela equipe, sendo que os próprios servidores controlavam os registros.
APARELHO NÃO FAZ GRAMPO – Em ofício enviado a Aras, semana passada, a força-tarefa admitiu que o aparelho teria gravado, “sem querer”, algumas pessoas, depois de servidores terem saído do grupo e “esquecido” o terminal de gravação ligado. Eles citam três casos, chamam de “lapso” e afirmam que aconteceu sem conhecimento dos procuradores.
Dallagnol garante que a informação sobre o aparelho de interceptação telefônica foi “plantada na imprensa”, depois da visita da subprocuradora-geral, Lindôra Araújo, a Curitiba. “(O aparelho) não faz grampo, não faz interceptação telefônica”, destaca.
Outra polêmica foi a suposta ligação da força-tarefa de Curitiba com o FBI (a polícia federal dos Estados Unidos). Segundo Dallagnol, o contato nada teve de ilegal. Ele conta que entre 2016 e 2017, a Odebrecht montou um sistema de pagamento de propinas no Brasil e nos EUA que estava criptografado, e precisaram saber se os americanos tinham tecnologia para quebrar o código. “Foi um questionamento legítimo e lícito”, salientou.
SEM ILEGALIDADE – O procurador garante que, se houvesse alguma ilegalidade, advogados já teriam questionado. “Atos da Lava-Jato são examinados desde o princípio por três instâncias independentes do Judiciário”, afirma.
Não foi só. Levantou-se a suspeita de que a força-tarefa de Curitiba teria disfarçado os sobrenomes dos presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), em uma denúncia. Foram incluídos com sobrenomes menos conhecidos, “Rodrigo Felinto” e “David Samuel”. A mudança seria para que a investigação não fosse ao Supremo Tribunal Federal (STF), continuando na primeira instância. A força-tarefa justificou que a investigação não teve como alvo pessoas com foro privilegiado e que os nomes assim estavam porque não cabiam inteiros nas tabelas.
QUESTIONAMENTOS – O cientista político Cristiano Noronha, da consultoria Arko Advice, aponta que a Lava-Jato vem passando por questionamentos há tempos. As dúvidas se potencializaram após Moro abandonar a magistratura para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro.
Professor de direito administrativo na Universidade de São Paulo (USP) e no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), e estudioso da Lava-Jato, Gustavo Justino de Oliveira avalia que houve uma politização da operação. “Ela se torna um movimento e, de alguma maneira, levou à eleição de Bolsonaro, que pegou carona no movimento do ‘lavajatismo’”, diz.
INSTITUCIONALIZAÇÃO – Oliveira ressalta também que a manutenção, por muito tempo, da força-tarefa fez com que se institucionalizasse, passando a concorrer com o próprio Ministério Público Federal (MPF).
É a partir daí que, segundo o professor, surgem os conflitos com a PGR sobre autonomia. “Acho que ele (o procurador-geral Augusto Aras) percebeu uma concorrência desleal e descabida de uma força-tarefa que vem se institucionalizando, atuando há muito tempo, e acaba concorrendo em termos de autonomia com a cúpula do MPF”, frisa.
UM RETROCESSO – Para o cientista político e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) Ricardo Ismael, a tentativa de esvaziamento da Lava-Jato tem relação direta com Bolsonaro, que se apoiou no discurso anticorrupção gerado pela operação, indicou Moro a um dos seus ministérios e, agora, se vê sem o ex-juiz e se aproximando do Centrão. “(Os partidos do Centrão) são forças conservadoras que não apoiam o fortalecimento da Lava-Jato”, explica.
Ismael também crê que está havendo uma “criminalização dos procuradores que atuam na Lava-Jato”. “Vamos voltar aos patamares de antes de 2014, quando político corrupto não era preso”, afirma.

domingo, julho 05, 2020

Relator cassa decisão que condenou irmãos por nepotismo em município paulista

Relator cassa decisão que condenou irmãos por nepotismo em município paulista
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), julgou procedente Reclamação (RCL 28292) para cassar acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que confirmou a condenação de dois irmãos por nepotismo, uma vez que os dois exerceram cargos em comissão na prefeitura de Brodowski (SP) no mesmo período. De acordo com o ministro, para configurar o nepotismo é necessária a presença de vínculo de subordinação entre dois cargos em comissão de assessoramento, exercidos por parentes, o que não ocorreu no caso concreto, em que os irmãos não têm parentesco com o prefeito, que os nomeou.
Os autores da reclamação relatam que foram condenados pelo juízo da Comarca de Brodowski por improbidade administrativa, com base na Súmula Vinculante (SV) 13, do STF, que proíbe a prática do nepotismo, uma vez que teriam exercido cargos comissionados, entre julho de 2009 e novembro de 2012, junto à administração pública municipal. Consta dos autos que o irmão foi nomeado para o cargo de procurador-geral do município, e a irmã, servidora, foi nomeada para o cargo de chefe de seção no âmbito da Secretaria Municipal de Educação. Os dois recorreram ao TJ-SP, que acolheu apenas o pedido de redução da sanção pecuniária, mas manteve a condenação por improbidade aplicada aos dois.
Na reclamação, os irmãos salientam que o acórdão do tribunal paulista teria aplicado indevidamente o enunciado da SV 13, uma vez que não se pode dizer que suas nomeações tenham advindo de designações recíprocas mediante ajuste, e nem poderiam fazê-lo já que ambos foram nomeados pelo prefeito. Como o chefe do Executivo é única autoridade nomeante, não se pode, também, falar de eventual troca de favores. Por fim sustentam que não mantinham e não mantêm vínculo de parentesco com o prefeito, seja consanguíneo ou por afinidade.
Súmula
O conteúdo da Súmula Vinculante 13 diz que “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal”.
Subordinação
Em sua decisão, o relator disse que já se manifestou sobre o tema quando era conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocasião em que disse considerar ser “necessária a presença de vínculo de subordinação entre dois cargos de comissão de assessoramento, exercidos por parentes, para configurar o nepotismo”. Nesse sentido, revelou o ministro, o CNJ editou o Enunciado Administrativo 1, que exige a presença desse vínculo de subordinação para caracterizar o nepotismo, não sendo possível considerar hipótese de nepotismo situações de manutenção de assessores sem vínculos hierárquicos entre si, mas sim subordinados a terceiras pessoas.
E, no caso dos autos, frisou o relator, o ato do TJ-SP que condenou os irmãos deixou de considerar essa premissa. O caso concreto envolve nomeação de pessoas que, apesar de parentes entre si, não guardam nenhum parentesco com a autoridade nomeante, nem qualquer vínculo de subordinação entre elas, e integram quadros de pessoas jurídicas distintas, explicou o ministro. Dessa forma, é indevida a aplicação da SV 13 no caso, concluiu o ministro ao julgar procedente o pedido para afastar a condenação por improbidade administrativa e, consequentemente, a sanção pecuniária aplicada aos reclamantes.
MB/CR
Processos relacionados
Rcl 28292

http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=362549

Baiana e primeira Miss Brasil, Martha Rocha morre no Rio de Janeiro aos 87 anos


Baiana e primeira Miss Brasil, Martha Rocha morre no Rio de Janeiro aos 87 anos 
Foto: Reprodução / Facebook
Primeira Miss Brasil, eleita em 1954, a baiana Maria Martha Hacker Rocha faleceu, no sábado (4), em Niterói, aos 87 anos de idade. Segundo informações apuradas pelo G1, obtidas por um dos três filhos, ela sofreu uma insuficiência respiratória, seguida de infarto. O corpo foi sepultado no Cemitério do Santíssimo Sacramento, neste domingo (5). 

Natural de Salvador, Martha Rocha foi a primeira Miss Brasil eleita para o concurso Miss Universo, realizado no ano de 1954 em Long Beach, na Califórnia. Na competição internacional que contou com 33 participantes, a baiana acabou na segunda colocação, perdendo para a americana Miriam Stevenson.  

Como justificativa sobre a derrota, surgiu na época uma lenda de que ela teria perdido por conta de duas polegadas, informação desmentida por Martha anos depois. Com o título quase conquistado, Rocha inspirou tantas outras misses ao longo dos anos e viu a gaúcha Ieda Vargas, em 1963 e a baiana Martha Vasconcellos, em 1968 serem coroadas como Miss Universo.  

Os últimos meses de vida de Martha Rocha foi em um abrigo de idosos, por conta das dificuldades financeiras. Em seu perfil no Facebook, ela chegou a publicar um desabafo sobre a mudança: "Meus amigos, comunico que estou morando numa pousada para idosos por questões financeiras. Não me sinto diminuída, humilhada por isso. Pelo contrário, pois minha dignidade segue sem mácula. Beijos, meus amores, onde Deus os tenha os colocado".

"A vida dela foi muito sofrida nos últimos anos, ela estava acamada há muito tempo e não conseguia andar. Morreu sem muito sofrimento. Ela já estava cansada. Rodeado de pessoas que cuidavam dela. Esses últimos meses a gente só se falava através de contatos telefônicos. Sinto falta da minha mãe, mas ela descansou", disse Álvaro Piano, um dos três filhos.  

José de Abreu é condenado a indenizar hospital por fake news em caso de atentado a Bolsonaro


Abreu disse que ataque contou com a conivência do hospital
Deu no O Tempo
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reafirmou a decisão de primeira instância que condenou o ator José de Abreu a indenizar, em R$ 20 mil, o Hospital Albert Einstein por causa de uma postagem do ator em sua rede social que continha “fake News”.
A publicação era referente ao atentado sofrido pelo então candidato à Presidência Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora (MG), durante a campanha presidencial de 2018. A decisão foi da 3º Câmara de Direito Privado do TJSP e publicada neste sábado, dia 4.
PUBLICAÇÃO – Abreu publicou em sua conta no Twitter um comentário em que dizia que o ataque sofrido por Bolsonaro foi obra do serviço de inteligência de Israel e contou com a conivência do hospital. “Teremos um governo repressor, cuja eleição foi decidida numa facada elaborada pelo Mossad [serviço secreto de Israel], com apoio do Hospital Albert Einstein, comprovada pela vinda do PM [primeiro-ministro] israelense, o fascista matador e corruptor Bibi [Benjamin Netanyahu]”, publicou o ator no dia 1º de janeiro do ano passado.
José de Abreu apagou a postagem após repercussão negativa, mas a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein, por meio de seus advogados, entrou com um pedido de indenização por danos morais.
No julgamento de 1ª Instância, a juíza Claudia Carneiro Calbucci Renaux, da 7ª Vara Cível de São Paulo, considerou que ele “não se limitou a mera crítica em relação ao atual cenário político, mas fez verdadeira afirmação quanto à existência de um conluio entre o governo de Israel, a igreja evangélica e o hospital com o propósito de cometer ato criminoso”. Os advogados do ator recorreu da decisão, mas o TJ-SP manteve a decisão.O ator ainda não se posicionou sobre a condenação.

Resistência ao nome de Feder por apoiadores de Bolsonaro emperram definição para o MEC

Feder trabalhou com tucanos e é tido pouco alinhado aos evangélicos
Ana Flor
G1
Depois de convidar o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, para ser ministro da Educação, o presidente Jair Bolsonaro decidiu segurar o anúncio em razão da repercussão negativa que o nome teve entre apoiadores de grupos ideológicos e evangélicos.
Bolsonaro telefonou para Feder na última quinta-feira, dia 2, e havia inclusive a expectativa de que o secretário viesse a Brasília já nesta segunda-feira, dia 6, segundo assessores próximos do presidente. Feder já havia sido cotado para chefiar o Ministério da Educação há pouco mais de uma semana, mas Bolsonaro acabou optando por Carlos Alberto Decotelli, que ficou apenas cinco dias nomeado e não chegou a tomar posse no cargo de ministro.
RESISTÊNCIAS – As resistências a Feder vêm do fato de ele ter trabalhado no governo tucano de São Paulo, mesmo que por pouco tempo, e por ele ter doado recursos para a campanha à prefeitura de São Paulo de João Doria, atual governador do Estado. Além disso, Feder é considerado pouco alinhado a grupos evangélicos.
Ele ainda desagrada à ala ideológica do governo, que se reúne em torno das ideias de Olavo de Carvalho. O escritor apadrinhou tanto a escolha de Ricardo Vélez Rodríguez quanto a de Abraham Weintraub, ex-ministros da Educação. A quem o acompanhou na viagem a Santa Catarina neste sábado, dia 4, Bolsonaro afirmou que a escolha do novo ministro ainda não está feita.

Os artistas da prefeitura de Jeremoabo que tentam enganar os outros, engana antes a si mesmos

A imagem pode conter: texto

Você pode enganar algumas pessoas o tempo todo ou todas as pessoas durante algum tempo, mas você não pode enganar todas as pessoas o tempo todo.
Abraham Lincoln 

É isso mesmo, os donos da verdade da prefeitura de Jeremoabo pensavam que o povo de Jeremoabo era tolo e eles conseguiam enganar por todo tempo, porém,esqueceram que existe internet, e imprensa livre para desmascarar os ímprobos.
Agora a tarde recebi a mensagem acima especificada, onde em off o remetente falou que os vereadores falam te tudo, mas nenhum deles nunca falaram nem tomaram providências por talvez o caso mais grave que já aconteceu no governo Deri do Paloma, que foi como está escrito acima, " um representante do jurídico se apropriar indevidamente de um bem do povo, para construir uma pousada particular".
Eis aí em crime compartilhado e  abafados pela cúpula da administração municipal de Jeremoabo.

O chefe de gabinete o advogado Jadson, falou que não participava nem concordava com nenhum tipo de fraude ou corrupção na prefeitura, tomou conhecimento do dolo, ficou de dar uma resposta, simplesmente foi omisso e acobertou, portanto, concorda com a ilicitude praticada na prefeitura

O Secretário de Obras e Infraestrutura "Tistinha" falou que iria mandar a fiscalização ao local para apurar, já passaram mais de dois meses e até agora nada.

O Secretário de Meio Ambiente que é de responsabilidade da sua secretario, ficou cego, surdo e mudo.

O Secretário de Administração não está nem aí, quem " pariu Matheus que balance".
O responsável pelo IPTU  está interessado em cobrar dos pobres, que deixam de comer para pagar IPTU
O prefeito na sua FIAT/TORO, no minimo deve ter dito que quem não aguentar se deite.
Os vereadores da situação enquanto estava na oposição enxergavam mais do que  o pássaro ASA BRANCA, depois que tornaram-se situação, parece que contraíram amnesia que esqueceram de tudo,  e para completar ficaram omissos.
Os vereadores da oposição nesse caso seguiram seus colegas da situação.
Ainda referente aos vereadores da oposição, vamos aguardar o pronunciamento da Vereadora Diana e Kaká, que começaram a se sair bem, vamos ver se nesse caso vão fazer alguma coisa.
Vamos apelar para ONG-TRANSPARÊNCIA JEREMOABO, para ingressar com uma AÇÃO POPULAR. DO JEITO QUE ESTÁ É QUE NÃO PODE CONTINUAR.
Qual a autoridade e respaldo que a atual administração tem para usar qualquer serviço de rádio para apontar com o dedo sujo os erros dos governos anteriores?
Qual assessores do alto escalão tem dignidade para usar o rádio e condenar, Chaves, Anabel, Tista ou Pedrinho?

À mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta”


Novo Calendário Eleitoral

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Netos de Luiz Gonzaga criticam uso de música em transmissão de Bolsonaro


Letra de ‘Riacho do navio’ foi alterada em transmissão
Deu na Folha
Netos do cantor e compositor Luiz Gonzaga publicaram um texto em suas redes sociais criticando o uso de uma das músicas do artista durante uma transmissão ao vivo do presidente Jair Bolsonaro na quinta-feira, dia 2.
“Não estamos de acordo com o uso da canção ‘Riacho do Navio’, nem sua alteração, nem sua execução (com duplo sentido) pelo senhor Gilson Machado Neto, presidente da Embratur, em transmissão ao vivo pelo senhor presidente”, diz o texto reproduzido por Amora Pêra, Daniel Gonzaga e Nanan Gonzaga em suas redes sociais.
NOTA DE NOJO – “Diante da impotência e da impossibilidade de processo por propaganda indevida, por dupla apropriação, da canção de Luiz Gonzaga e Zé Dantas e do projeto do Rio São Francisco; nós, filhos de Luiz Gonzaga do Nascimento Jr, netos de Luiz Gonzaga, o Gonzagão, apresentamos uma Nota de Nojo diante deste governo mortal e suas lives. Governo que faz todos os gestos ao seu alcance para confundir e colocar em risco a população do Brasil, enquanto protege a si mesmo e aos seus”, afirma a publicação.
Amora, Daniel e Nanan são filhos de Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, o Gonzaguinha, e também são cantores. No texto, os artistas declaram que não autorizam o governo federal a usar canções assinadas por pessoas da família.
“RIACHO DO NAVIO” – Na quinta-feira, durante uma de suas habituais transmissões ao vivo em redes sociais, Bolsonaro recebeu o presidente da Embratur, que tocou, com o acordeão, “Riacho do Navio”, canção de Gonzaga e Zé Dantas que faz referência ao rio São Francisco.
A letra original de “Riacho do navio” diz: “Riacho do Navio / corre pro Pajeú / O rio Pajeú vai despejar / no São Francisco / O rio São Francisco / vai bater no meio do mar”. Na live de Bolsonaro a letra aparece reformulada, com o título “Riacho do navio que agora vai para o Ceará”, como avisa Machado Neto.
ALTERAÇÕES – Alguns versos são alterados, e passam a incluir referências ao estado nordestino e à Bolsonaro: “Riacho do Navio / corre pro Pajeú / O rio Pajeú vai despejar / no São Francisco / O rio São Francisco / agora vai pro Ceará / Presidente Bolsonaro levou rio pro Ceará” .
Durante a transmissão, um dos assuntos abordados pelo presidente e seus convidados foi a inauguração de mais um trecho das obras de transposição do rio São Francisco no Ceará. No fim de junho, Bolsonaro havia participado pessoalmente da inauguração, sem a presença de governadores, prefeitos e senadores nordestinos.

Integralismo foi uma ponte que uniu o nazismo de Hitler aos extremistas da direita


Livro de doutor em história revela que Plínio Salgado espionou ...
O deputado paulista Plínio Salgado foi o líder do integralismo no país
Pedro do Coutto
O Integralismo que surgiu no Brasil na década de 30 e que na realidade terminou em 1938, com o frustrado ataque ao Palácio Guanabara com objetivo de matar o presidente Getúlio Vargas, representou a ponte entre o nazismo de Hitler e a posição ideológica dos extremistas da direita no Brasil. O tema integralismo foi abordado por Ancelmo Goes, no espaço que brilhantemente ocupa em O Globo, edição de 04/07.
Os nazistas usavam camisas negras com a suástica nas mangas e sua saudação era “Heil, Hitler!”. O integralismo de Plínio Salgado ostentava camisas verdes e um sigma nas mangas. Sua saudação de braço levantado, como os nazistas, era a palavra “Anauê” da cultura indígena.
ELOGIO DE GOEBBELS – Em novembro de 1937 Goebbels enviou mensagem a Vargas, já então ditador, congratulando-se com a decretação do Estado Novo dia 10 de novembro, quando fechou o Congresso e passou a governar por Decretos-Lei. A tortura passou a ser praticada. Getúlio Vargas não respondeu a Goebbels, mas se comprometeu com Plínio Salgado a nomeá-lo Ministro da Educação. Plínio Salgado programou um desfile de integralistas na Rua Pinheiro Machado, passando em frente ao Palácio Guanabara. Além de sede do governo, residência da família Vargas.
Logo após o desfile. Vargas determinou ao temível chefe de polícia Filinto Muller que iniciasse a prisão dos principais líderes da ação integralista, pois o serviço secreto identificara vários nomes. Sentindo-se traído, Plínio Salgado organizou um atentado terrorista contra Vargas através de invasão ao Palácio Guanabara. O ataque esperaria o tenente Júlio Nascimento, integralista, estar em serviço comandando a guarda do Palácio. Ele facilitaria a entrada dos terroristas nos jardins e depois ao segundo andar durante a noite.
DEU TUDO ERRADO – Acontece que Júlio Nascimento foi envolvido pelo medo e não apareceu para comandar a guarda. Foi substituído pelo capitão Maurício Kices, que não sabia de nada e comandou firmemente a resistência. O episódio é narrado pelo jovem historiador Daniel Mata Roque que pesquisou bem o episódio. A resistência de Kices foi fundamental e deu tempo para que chegasse o general Leite de Castro que cercou o Palácio com acesso facilitado pelo Fluminense Futebol Clube.
Plínio Salgado conseguiu chegar a uma corveta portuguesa ancorada na Baia de Guanabara. O governo de Portugal lhe concedeu asilo. Depois da anistia de abril de 45, Plínio Salgado criou o Partido de Representação Popular e foi eleito deputado federal.
GUERRA AO NAZIFASCISMO – A substituição de Nascimento por Kices impediu um corte abrupto na história de nosso país. Naquele tempo, intelectuais como Gustavo Barroso, Miguel Reale, Santiago Dantas, D. Helder Câmara e Alceu de Amoroso Lima eram adeptos daquela doutrina. Romperam quando o Brasil declarou guerra a Alemanha de Hitler e à Itália de Mussolini. O Brasil foi o único país da América do Sul a declarar guerra ao nazifascismo.
Vinte navios mercantes brasileiros, a partir do Baependi foram torpedeados por submarinos alemães. Em maio de 42 uma passeata da UNE acabou acarretando a queda de Filinto Muller da chefia de polícia. Filinto vetou a passeata. O presidente da UNE era Hélio de Almeida, mais tarde presidente do Clube de Engenharia e Ministro dos Transportes do governo João Goulart. Hélio de Almeida não se conformou com o veto e resolveu recorrer ao Ministro da Justiça, mas Francisco Campos havia sido demitido na véspera por Vargas. O ministro interino era o diplomata Vasco Leitão da Cunha que autorizou a passeata.
CARTA DE DEMISSÃO – Filinto Muller foi ao Guanabara e entregou sua carta de demissão. Getúlio Vargas aceitou na hora e os estudantes tomaram as ruas do centro do Rio.
Cito o episódio para acentuar que Filinto não permaneceu no governo até a deposição de Vargas a 29 de outubro de 45.
Outra informação. Plínio Salgado concorreu a presidência da República nas eleições de 1955. Teve 10% dos votos.

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