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sábado, junho 13, 2020

“Ativismo” do Supremo é consequência de erros cometidos pelo próprio governo


Charge do Ohi (Arquivo Google)
Valdo CruzG1 Brasília
O presidente Jair Bolsonaro reclama da interferência do Supremo Tribunal Federal (STF) em suas decisões, mas é o próprio Palácio do Planalto o responsável pelo “ativismo jurídico”, ao editar normas polêmicas, como a medida provisória que dá ao ministro da Educação poderes para interferir no processo de escolha de reitores de universidades federais.
A avaliação é de interlocutores do próprio presidente da República, que já preveem que a MP que dá poderes a Abraham Weintraub na nomeação de reitores de universidades e institutos federais tem grandes chances de ser barrada no Supremo ou ser derrubada no Congresso Nacional rapidamente.
MAL ASSESSORADO – Para esses interlocutores, Bolsonaro ou foi mal assessorado juridicamente ou foi induzido a entrar numa nova polêmica pelo ministro da Educação, que coleciona embates com as universidades federais. A primeira, quando bloqueou verbas de universidades sob o argumento de que elas provocavam “balbúrdia”, gerou protestos contra Bolsonaro no início do ano passado.
Rodrigo Maia avalia que MP que permite Weintraub escolher reitores temporários de universidades é inconstitucional
A MP editada nesta semana pelo presidente Bolsonaro é classificada de inconstitucional pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a devolução ao Palácio do Planalto está sendo defendida por deputados e senadores.
ACOLUMBRE NA PRESSÃO – O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tem sido pressionado a devolver a MP para Bolsonaro. Seus colegas na Casa dizem que, desta vez, Alcolumbre deveria deixar de lado sua posição de “canal de diálogo” entre Legislativo e Executivo e sinalizar ao Palácio do Planalto que ele precisa parar de adotar medidas que interferem em outros órgãos indevidamente. No caso, na autonomia das universidades.
Partidos de oposição já pediram oficialmente a Alcolumbre a devolução da MP e entraram com um ação direta de inconstitucionalidade no Supremo. O relator da ação será o ministro Alexandre de Moraes, que vem colecionando decisões que desagradam o Palácio do Planalto.
MORAES INFLEXÍVEL – Moraes já barrou a nomeação de Alexandre Ramagem no comando da Polícia Federal e determinou que o governo voltasse a divulgar os dados sobre o coronavírus no país pelo modelo que vinha sendo adotado desde o início do combate à pandemia.
Colegas de Alexandre de Moraes defendem as decisões do ministro na mesma linha do que estão dizendo interlocutores do presidente da República. O Palácio do Planalto é o responsável por essas decisões jurídicas, criticadas por Bolsonaro, ao adotar medidas que infringem a legislação.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em tradução simultânea, os erros jurídicos do governo Bolsonaro, que vêm sendo cometidos desde o início do governo, tem nome e sobrenome. Podem ser chamados de Jorge de Oliveira, que era Subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, depois virou secretário-geral da Presidência, mas continuou acumulando a função anterior. Ex-major da PM, que se reformou aos 42 anos, fez curso de Direito e se diz “jurista”, Oliveira esqueceu de ir à aula sobre decreto-lei e medida provisória. Até hoje, não entendeu o que é uma coisa nem o que é a outra. E está cotadíssimo para ser ministro do Supremo, vejam a que ponto de insensatez esse país chegou. (C.N.) 

Bolsonaro, Mourão e Azevedo ameaçam STF e dizem que não aceitarão “julgamento político”


O presidente Jair Bolsonaro 09/06/2020 Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS
Chegou a hora da verdade e Bolsonaro faz um desfio ao Judiciário
Bruno Góes
O
 Globo
Em nota assinada em conjunto com o vice Hamilton Mourão e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, o presidente Jair Bolsonaro se manifesta sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux sobre o papel da Forças Armadas. No documento, eles afirmam que os militares “não aceitam tentativas de tomada de poder”.
Fux concedeu nesta sexta-feira uma liminar declarando que as Forças Armadas não exercem poder moderador em eventual conflito entre o Executivo, Legislativo e Judiciário. A decisão foi tomada em uma ação em que o PDT pediu para a Corte esclarecer as atribuições dos militares, de acordo com a Constituição Federal.
QUATRO TÓPICOS – A nota de Bolsonaro, Mourão e Azevedo é dividida em quatro tópicos. No primeiro, há a lembrança de que, segundo o artigo 142 da Constituição, “as Forças Armadas estão sob a autoridade suprema do Presidente da República”.
Logo em seguida, afirmam que “as mesmas destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.
Então, há um juízo sobre o papel dos militares: “As FFAA do Brasil não cumprem ordens absurdas, como p. ex. a tomada de Poder. Também não aceitam tentativas de tomada de Poder por outro Poder da República, ao arrepio das Leis, ou por conta de julgamentos políticos”.
Em seguida, os três dizem que “o Sr. Min. Luiz Fux, do STF, bem reconhece o papel e a história das FFAA sempre ao lado da Democracia e da Liberdade”.
VÍDEO DA REUNIÃO – A polêmica sobre o papel das Forças Armadas ganhou notoriedade quando foi divulgado vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, em que o presidente Jair Bolsonaro afirmou que existe um dispositivo que permite aos Poderes pedir intervenção militar para restabelecer a ordem.
“Nós queremos fazer cumprir o artigo 142 da Constituição. Todo mundo quer fazer cumprir o artigo 142 da Constituição. E, havendo necessidade, qualquer dos Poderes pode, né? Pedir às Forças Armadas que intervenham para restabelecer a ordem no Brasil”, disse o presidente, na reunião.
ÍNTEGRA DA NOTA –
“Lembro à Nação Brasileira que as Forças Armadas estão sob a autoridade suprema do Presidente da República, de acordo com o Art. 142/CF.
As mesmas destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
As FFAA do Brasil não cumprem ordens absurdas, como p. ex. a tomada de Poder. Também não aceitam tentativas de tomada de Poder por outro Poder da República, ao arrepio das Leis, ou por conta de julgamentos políticos.
Na liminar de hoje, o Sr. Min. Luiz Fux, do STF, bem reconhece o papel e a história das FFAA sempre ao lado da Democracia e da Liberdade.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Em tradução simultânea, o capitão e os dois generais estão dizendo que não aceitarão uma decisão do Supremo que possibilite abrir processo de cassação de Bolsonaro ou decisão do TSE que casse a chapa dele com Mourão, mesmo na forma da lei. É isso que está escrito aí, no estilo tosco do ministro Jorge Oliveira, o guru jurídico de Bolsonaro. Depois voltamos ao assunto. (C.N.)

Roberto Badaró nega informação sobre classificação indevida de mortes por Covid-19 no Hospital Espanhol



[Roberto Badaró nega informação sobre classificação indevida de mortes por Covid-19 no Hospital Espanhol]
  Por: Carol Garcia/GOVBA  Por: Redação BNews 
Odiretor médico do Hospital Espanhol, o infectologista Roberto Badaró, negou que a unidade classifique indevidamente os óbitos dos pacientes com o diagnóstico de coronavírus (Covid-19). Em carta emitida na noite desta quinta-feira (11), ele afirmou que “todos os óbitos ocorridos no Hospital Espanhol são avalizados pela coordenação médica. Se o óbito ocorre é obrigação da unidade hospitalar que emite a Declaração de Óbito (DO), colocar a causa corrigida e não continuar com a suspeita diagnóstica da chegada. Na eventualidade de um óbito ocorrer antes do resultado laboratorial, a DO sairá como “suspeita de Covid-19” e pode ser corrigida postmortem pela autoridade sanitária estadual". 
O infectologista explicou que a Vigilância Epidemiológica só contabiliza as declarações de óbito classificadas como casos suspeitos de coronavírus após investigação e/ou resultado laboratorial confirmatório.
Para o médico, o diagnóstico clínico é importante para não deixar casos graves de fora, assim nem todos os pacientes internados nos hospitais terão o resultado do RT-PCR confirmado antes da admissão: “uma parcela dos pacientes internados permanecerá sem confirmação diagnóstica até o recebimento do resultado do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA). Cabe ao hospital de referência, que recebe os pacientes suspeitos, investigar para tratar e encaminhar adequadamente o caso. Por fim, todos os pacientes que recebem diagnóstico negativo para coronavírus são contra-referenciados para outras unidades públicas de saúde e serão transferidos”, destaca.
Leia a carta na íntegra:
Salvador, 11 de junho de 2020
Em relação às notícias que estão sendo veiculadas sobre a classificação equivocada de óbitos por coronavírus (Covid-19), venho a público dizer que a forma como expresseime não reflete corretamente o que acontece no Hospital Espanhol, do qual sou Diretor Médico, nem faz justiça ao trabalho primoroso que vem sendo realizado pelo Governo
do Estado e Prefeituras no enfrentamento da pandemia.
Não é correto afirmar que óbitos são lançados indevidamente como Covid-19. Em verdade, todos os óbitos ocorridos no Hospital Espanhol são avalizados pela coordenação médica. Se o óbito ocorre é obrigação da unidade hospitalar que emite a Declaração de Óbito (DO), colocar a causa corrigida e não continuar com a suspeita diagnóstica da chegada. Na eventualidade de um óbito ocorrer antes do resultado laboratorial, a DO sairá como “suspeita de Covid-19” e pode ser corrigida postmortem pela autoridade sanitária estadual. Neste cenário, cabe registrar que a Vigilância
Epidemiológica, de modo assertivo, só contabiliza as declarações de óbito classificadas como casos suspeitos de coronavírus após investigação e/ou resultado laboratorial confirmatório.
É preciso compreender que, numa situação de epidemia, o diagnóstico clínico é importante para não deixar casos graves de fora. Não fosse assim, centenas de pessoas permaneceriam nas UPAs por vários dias, em condições inadequadas de tratamento. Dessa forma, nem todos os pacientes internados nos hospitais terão o resultado do RTPCR confirmado antes da admissão.
Assim sendo, uma parcela dos pacientes internados permanecerá sem confirmação diagnóstica até o recebimento do resultado do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA). Cabe ao hospital de referência, que recebe os pacientes suspeitos, investigar para tratar e encaminhar adequadamente o caso. Por fim, todos os pacientes que
recebem diagnóstico negativo para coronavírus são contra-referenciados para outras unidades públicas de saúde e serão transferidos.
Quero reiterar o meu respeito pelo trabalho primoroso que vem sendo conduzido pelo Governo do Estado para abrir vagas de UTI em todo o Estado. Igualmente reconheço o esforço dos profissionais da Central de Regulação, que vêm trabalhando junto às UPAs e regulando pacientes para os hospitais em tempo recorde, evitando que ocorram
mortes por falta de assistência adequada.
Dr. Roberto José da Silva Badaró
Diretor Médico do Hospital Espanhol 

QUANDO AS PESSOAS QUEREM O IMPOSSÍVEL SOMENTE A MENTIRA CONSEGUE LHES TRANQUILIZAR !!!

Foto Divulgação

Marcelo do Sindicato



Hoje pela manhã recebi uma ligação de um cidadão embora seja um homem de bem, porém, acho que o mesmo esteja ligado a galera do Pizeiro, pelo fato de o mesmo me fazer um questionamento, que foi o seguinte - Marcelo, Anabel de fato será candidata a prefeita ... será que a mesma conseguirá registra a sua candidatura?
Provavelmente esse cidadão esteja sendo vítima da mentira difundida pelos desocupados politiqueiros, que se quer um dia na vida leram uma simples página de uma revista qualquer, imagine tirar um tempo pra estudar leis.
Ao mesmo tempo em que fui questionado por esse cidadão vítima da mentira, me sentir na obrigação de esclarecê-lo a cerca da verdade dos fotos contemporâneos da política local.
Disse ao mesmo que, Anabel querendo será sim candidata a prefeita de Jeremoabo/BA, a menos que a mesma desista por conta própria de concorrer às eleições deste ano. Pois a referida pré-candidata não têm nenhuma condenação na justiça e, muito menos se quer uma conta rejeitada pelo “TCM”, órgão técnico, no período em quê geriu os destinos de nossa terra.
Houve uma decisão do Ministério Público Federal, através de uma denúncia infundada feita pela oposição local, que pedia o bloqueio de bens da ex-prefeita Anabel no valor de aproximadamente 3 milhões de reais, no caso do escândalo do INSS, ocorrido na atual gestão, que quase devastou a economia local, ficando meses seguidos tanto o comércio local quanto os funcionários e prestadores de serviços de nosso município sem receberem os seus vencimentos, em decorrências de sucessivos bloqueios as contas públicas através do INSS, que estava requerendo aquilo que era de direito seu.
A poucos dias essa decisão foi revogada, e a ex- prefeita Anabel foi isentada, ou seja ( inocentada dessa acusação), de crime de apropriação indébita, crime previsto no código penal brasileiro, protagonizada pelos seus opositores que em sua maioria são desprovidos de conhecimentos jurídicos, e de coragem pra admitirem os seus próprios erros.
A mentira política se instalou em nossos dias atuais quase constitucionalmente e o dano moral tem sido incalculável, alcançando zonas muito profundas do nosso ser, movemo-nos na mentira com naturalidade.
O fato de muitos políticos de sucesso serem de fato mentirosos, não é exclusivamente reflexo da classe política, é também um reflexo do eleitorado. Quando as pessoas querem o impossível somente os mentirosos podem satisfazê-las, é unicamente a curto prazo, infelizmente.

Quando incluímos entre as virtudes políticas a sinceridade, algumas pessoas, poucas ainda bem, sempre consideram as mentiras verdadeiras, estas não são ferramentas necessárias e justificáveis ao ofício do político.

Nota da redação deste Blog - Só queria entender qual o motivo que a candidatura de Anabel causa tanto medo a esse pessoal.
Mentir que Anabel não doerá sair candidatar é sinal de fraqueza, aliás  " "Quem possui luz própria não faz sombra na vida dos outros, pois tem como missão de vida brilhar sempre e de forma independente e autossustentável."
Outro assunto que os aculturados sem assunto falam muitos nas redes sociais, é contra que abandonou o barco comandado por Deri do Paloma, ora amigos ninguém é gado ferrado, o cidadão também não é escravo para não ter o direito de escolher quem bem lhe convier. o voto é livre.
Errar é humano, agora permanecer no erro é burrice, é fanatismo.
O fanatismo é mais um dos males silenciosos que assolam a humanidade e está presente entre os homens em especial quando desaparece o discernimento.
No seu sentido denotativo, significa uma paixão cega que leva alguém a excessos em favor de uma religião, doutrina, partido etc.
O fanático não se restringe a uma ideia religiosa: podemos encontrá-lo na política, em empresas comerciais, em doutrinas filosóficas, ordens, associações, num país, times de clubes etc.
O fanático não escolhe lugar, ele surge pela falta de discernimento, acredita numa ideia fixa e não consegue estabelecer parâmetros de raciocínio lógicos.
Todo fanático traz consigo sintomas comuns, independentemente da ideia que apregoa:
- Possui uma ideia fixa 
- Detentor da verdade e do único caminho 
Por trás do fanático  esconde-se um homem covarde e ignorante: covarde por não ter coragem de encarar novos conceitos e ignorante por achar que conhece a verdade. Esteja sempre alerta, vigie constantemente seu foco,  autoanalise-se quanto aos sintomas do fanatismo. Um filósofo no caminho da sabedoria pode facilmente  tornar-se um fanático, porém é mais difícil trazer um fanático à verdadeira filosofia. (ACENTELHA)

sexta-feira, junho 12, 2020

Juiz enfrenta PF e MP ao recusar arquivamento de inquérito contra Flávio Bolsonaro


O senador Flávio Bolsonaro 07/09/2018 Foto: Fabio Texeira / AFP
Reexame do caso vai mostrar se Flávio Bolsonaro é favorecido
Chico Otavio e Juliana Dal PivaO Globo
 O juiz Flávio Itabaiana remeteu, no último dia 3 de junho, para a 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, o inquérito eleitoral que apurava se o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) cometeu lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral ao declarar seus bens para a Justiça Eleitoral. Ele é o titular da 204ª Zona Eleitoral (Santo Cristo), onde o caso é investigado. O trâmite, previsto em lei, ocorreu depois que ele discordou de um novo pedido de arquivamento do caso feito pelo Ministério Público do Rio.
No início de maio, o promotor Alexandre Themístocles, titular do MP-RJ junto à 204ª Zona Eleitoral (Santo Cristo), discordou do relatório da PF que pedia arquivamento e manifestou que iria dar prosseguimento às investigações. No entanto, no fim do mês passado, Themístocles enviou novo ofício  à 204ª pedindo o arquivamento do caso.
PROMOTOR INDECISO – Em março, a Polícia Federal, que participou das investigações, enviou à Justiça um relatório defendendo o arquivamento do caso.
No início de maio, o promotor Alexandre Themístocles, titular do MP-RJ junto à 204ª Zona Eleitoral, discordou desse relatório, defendendo o prosseguimento das investigações e solicitando o apoio do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc) do MP-RJ, cujos promotores atuam no caso das suspeitas de “rachadinha” no antigo gabinete de Flávio na Alerj.
No fim do mês passado, porém, Themístocles reviu sua posição, pedindo o arquivamento do caso. Procurado, o MP não retornou. 2ª CÂMARA VAI DECIDIR – Com a decisão do juiz Itabaiana, o arquivamento do caso será analisado na 2ª Câmara Criminal do MPF, que decidirá se ele deve prosseguir ou não. Caso, a 2ª Câmara decida pela continuidade das investigações, o caso retornará ao MP do Rio.
A advogada Luciana Pires, que atua na defesa do senador, disse, por nota, que entrou com um mandado de segurança no Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) para obter acesso aos autos. Ela afirma que o juiz tem “criado todas as dificuldades”.
A defesa afirmou ainda que vai pedir o impedimento de Itabaiana para atuar nesse caso, sob o argumento de ele também ser o responsável pela apuração das suspeitas de rachadinha. O magistrado também é titular da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça – no Rio, assim como em outras unidades da federação, juízes estaduais acumulam também o comando de juizados eleitorais.
CASO RACHADINHA – Foi Itabaiana quem proferiu as decisões durante investigações do MP-RJ no caso da rachadinha, tendo autorizado, por exemplo, a quebra de sigilo bancário e fiscal de Flávio e outras 103 pessoas e empresas em abril e maio do ano passado.
Em dezembro, ele também deferiu medidas cautelares que permitiram a busca e apreensão em endereços ligados a Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, e a familiares de Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, que foram funcionários do senador na época da Alerj.
O pedido de auxílio ao Gaecc tinha sido feito por Themístocles porque as duas investigações possuem objetos semelhantes — ambos os procedimentos tratam do patrimônio do senador.
SEM QUEBRAR SIGILO – A investigação sobre as disparidades nas declarações de bens de Flávio Bolsonaro à Justiça Eleitoral foi iniciada em 2018, a partir de uma notícia-crime feita pelo advogado Eliezer Gomes da Silva. Ele apontou o fato de Flávio ter declarado em 2014 e 2016 ser proprietário de um apartamento no bairro de Laranjeiras, mas ter atribuído valores diferentes para o mesmo apartamento em cada ano.
Ao disputar a reeleição na Alerj, em 2014, Flávio declarou o imóvel com valor de R$ 565 mil, mas quando disputou a prefeitura carioca em 2016 ele declarou R$ 423 mil — metade do patrimônio, que no total teria R$ 846 mil.
O delegado Erick Blatt, da PF do Rio, era o responsável pela investigação, que correu durante a gestão do ex-diretor-geral da PF Maurício Valeixo. No relatório do inquérito, em março, o delegado informou não ter encontrado indícios dos crimes. O Globo apurou que a PF concluiu o caso sem fazer quebras de sigilo fiscal e bancário.
O CASO DE QUEIROZ – As negociações imobiliárias de Flávio são investigadas pelo MP do Rio desde julho de 2018, a partir do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontou uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz e repasses de assessores do gabinete de Flávio para ele.
Ao pedir medidas cautelares à Justiça, no curso das investigações no ano passado, os promotores do Gaecc apontaram ter indícios de que o dinheiro supostamente obtido com a devolução dos salários seria usado na compra de imóveis.
Segundo os promotores, há nas operações de compra e venda de imóveis “lucratividade excessiva”. O imóvel que era alvo da PF também faz parte do procedimento do MP do Rio. No mesmo período em que a venda do apartamento se concretizou, um relatório do Coaf sobre Flávio mostrou que o senador fez 48 depósitos de R$ 2 mil totalizando R$ 96 mil ao longo de cinco dias em junho de 2017.
DISPUTA INTERNA NO MP – Na semana passada, O Globo mostrou que a procuradora de Justiça Soraya Taveira Gaya, do Ministério Público do Rio, pediu em 12 de maio a suspensão da investigação sobre a suspeita de “rachadinha” no antigo gabinete de Flávio na Alerj. Soraya não faz parte do grupo de promotores do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc) que investiga o senador e seu ex-assessor Fabrício Queiroz por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O pedido ainda não foi apreciado pelo Tribunal de Justiça (TJ). Gaya emitiu o parecer depois que a defesa de Flávio fez um pedido semelhante em maio, solicitando que o tribunal suspendesse as investigações até a análise do mérito de um habeas corpus (HC) no qual o senador questiona a competência do juiz Flávio Itabaiana para determinar quebra de sigilo bancário e fiscal, além da busca e apreensão nas investigações.
No HC pedido pela advogada Luciana Pires, a defesa sustenta que, como Flávio era deputado estadual no período dos fatos investigados, o juízo competente seria o Órgão Especial do TJ do Rio.
DIZ A ADVOGADA – Nota da advogada Luciana Pires, que atua na defesa de Flávio Bolsonaro
“A defesa informa que o juiz tem criado todas as dificuldades inclusive para dar acesso aos autos à defesa, motivo pelo qual foi nesta data impetrado mandado de segurança. Esse comportamento deixa clara a parcialidade do magistrado que por motivos escusos tenta prejudicar a todo custo o senador. A defesa entende que o magistrado por ser o mesmo do caso do PIC que apura a ‘rachadinha’ encontra-se impedido de atuar na causa, o que será arguido no momento oportuno. Causa também estranheza esse comportamento atrelado ao fato de sua filha e o sócio dela trabalharem no governo do estado que como todos sabem é inimigo do Flávio Bolsonaro”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A excelente reportagem de Chico Otávio e Juliana Dal Piva mostra que, como no velho ditado alemão, “ainda há juízes” por aqui. Porém, continuamos muito mal em matéria de promotores… (C.N.)

Bolsonaro incita população a cometer crimes e invadir hospitais para checar ocupação de leitos


Bolsonaro comprova que perdeu definitivamente o bom senso
Matheus Adler
Correio Braziliense /Estado de Minas
Em transmissão ao vivo pelas redes sociais nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro fez um pedido à população: que entrem em hospitais públicos e/ou de campanha e filmem leitos destinados à COVID-19, para saber se estão vazios, ou não.
 
A ‘invasão’ recomendada por Bolsonaro é para que imagens sejam produzidas e repassadas em seguida como ‘provas’ à Polícia Federal. Bolsonaro disse que todas as imagens que são enviadas como ‘denúncias’ para as suas redes sociais são analisadas e enviadas para a Polícia Federal ou para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
 
INVASÃO – A recomendação dada pelo presidente é que a população ‘arranje um jeito de entrar e filmar’ hospitais públicos. “Tem hospitais de campanha perto de você, tem um hospital público, né? Arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente vem fazendo isso, mas mais gente tem que fazer para mostrar se os leitos estão ocupados, ou não. Se os gastos são compatíveis, ou não. Isso nos ajuda. Tudo o que chega para mim nas mídias sociais, fazemos um filtro e encaminho para a Polícia Federal ou para a Abin, e lá eles veem o que fazem com os dados. Não posso prevaricar. O que chega ao meu conhecimento, passo para frente para diligência deles para análise e processo investigatório, ou não”, afirmou.
 
Bolsonaro também afirmou que alguns governadores estão tendo um ‘ganho político’ com mortes relacionadas à COVID-19. Para o presidente, gestores estão atribuindo óbitos por outros motivos como coronavírus para ‘culpar o governo federal.
 
“MAIS FRACOS”  – “São dezenas de casos que chegam por dia nesse sentido. Não sei o que acontece, o que querem ganhar com isso. Tem um ganho político dos caras, só pode ser isso. Aproveitando que as pessoas falecem para ter um ganho político e para culpar o governo federal. Não tem como impedir essa doença, o óbito. O que acontece, na verdade? Quem contrai o vírus, se tem comorbidades ou idade avançada, são pessoas mais fracas, a possibilidade de entrar em óbito é grande”, disse.
 
Nesta quinta-feira, o Brasil ultrapassou a marca de 40 mil óbitos por coronavírus. De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, 40.919 vidas foram perdidas por complicações da doença. Também já foram registrados 802.828 notificações de pacientes infectados por COVID-19.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Conforme esta Tribuna já ratificou, Bolsonaro comprova a cada declaração os evidentes sinais dos seus transtornos e a sua total incapacidade de administrar sequer um cabaré. Deve ser encaminhado para uma casa de repouso sem prazo definitivo para sair. Incita a população a invadir hospitais, cometer crimes e se expor ao contágio. Rubrica a sua necropolítica irracional e desumana. Para fechar, diz que os “mais fracos” é que morrem vítimas da pandemia, quando milhares de exemplos comprovam que isso não condiz. Não é apto para dirigir uma kombi, que dirá um país. (Marcelo Copelli)

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