Deu em O Tempo(Agência Brasil)
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse que os militares do Exército acusados de atirar contra um carro na zona oeste da capital fluminense, matando uma pessoa e ferindo duas, agiram de forma “incompetente e inapropriada”. Para ele, os militares erraram muito. “Quando o Exército determinou a prisão, sinalizou que aqueles militares, de forma incompetente e inapropriada, erraram e erraram muito, vindo a assassinar pessoas inocentes”, disse Witzel.
Para o governador, o caso mostra que os protocolos de patrulhamento do Exército precisam ser modificados. “Esses jovens conscritos não têm a experiência que têm nossos policiais militares. Precisam, evidentemente, dessa adequação para que não tenhamos mais esse tipo de erro”, disse, completando que o trabalho de dizer o que é suspeito ou não é função da polícia.
MUITOS INDÍCIOS – Segundo Witzel, ele só decidiu se pronunciar agora, após a prisão preventiva, porque já existem, de acordo com o governador, indícios suficientes de autoria do crime.
Nove militares são acusados de efetuar vários disparos, na tarde de domingo passado (dia 7) contra um carro onde estava uma família. O motorista Evaldo dos Santos Rosa, um músico de 51 anos, morreu no local. O sogro dele, Sérgio Araújo, que estava no banco do carona, ficou ferido com tiros nas costas e nos glúteos. A mulher de Evaldo e seu filho, que estavam no banco traseiro, não ficaram feridos. Um pedestre, que tentou ajudar a família, também ficou ferido e foi hispitalizado em gravíssimo estado.
Inicialmente, os militares disseram que foram atacados por criminosos e que responderam à agressão. Ao fazer a perícia no local, porém, a Polícia Civil descobriu que as vítimas não eram criminosos e não estavam armados. No dia seguinte, o Exército decretou a prisão em flagrante de dez dos 12 militares que estavam na guarnição envolvida no episódio, ao verificar inconsistências nas versões do fato. Na quarta-feira (dia 10), a Justiça Militar decretou a prisão preventiva de nove desses dez militares.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como afirmou o advogado Jorge Béja, em artigo aqui na Tribuna, militares só atiraram após receber uma ordem do superior. No caso, até agora não foi revelado quem deu a ordem de fuzilar o automóvel, sem saber quem estava dentro. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como afirmou o advogado Jorge Béja, em artigo aqui na Tribuna, militares só atiraram após receber uma ordem do superior. No caso, até agora não foi revelado quem deu a ordem de fuzilar o automóvel, sem saber quem estava dentro. (C.N.)