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segunda-feira, maio 31, 2010

Nos jornais: SNI espionou críticos do governo após a ditadura

Folha de S. Paulo

SNI espionou críticos do governo após a ditadura

Documentos liberados à Folha pelo Arquivo Nacional após 25 anos de sigilo demonstram que o governo do atual presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), espionou os principais focos de críticas na sociedade civil.
O governo interceptou cartas, infiltrou agentes e produziu listas de nome e endereços dos principais protagonistas da oposição. Criado após o golpe de 64 e mantido por Sarney (1985-1990), o Serviço Nacional de Informações centralizava as informações na chefia do órgão em Brasília, que tinha status de ministério e ocupava sala ao lado da de Sarney, no Palácio do Planalto. Os relatórios revelam os principais focos de preocupação do governo: partidos de esquerda, entidades de trabalhadores rurais sem terra, especialmente o MST -largamente o mais visado dentre todos-, religiosos da Teologia da Libertação, sindicatos e setores da mídia. O SNI recebia e retransmitia relatórios produzidos por inúmeros outros órgãos que formavam a chamada "comunidade de informações" -o arquivo contabilizou pelo menos 248 órgãos que integravam o sistema do SNI.

"Sarney não foi militar, regime sim", diz autora

A professora do departamento de história da Universidade Federal de Minas Gerais Priscila Brandão Carlos Antunes, autora de "SNI e Abin: Entre a Teoria e a Prática", disse que a lei que regulava o SNI "tinha uma amplitude muito grande". Para Antunes, "no final dos anos 80, o SNI passava por um processo de reconstrução de sua identidade. Contudo, a maioria dos seus quadros achava que o inimigo estava na própria sociedade brasileira. (...) O presidente [Sarney] não foi um militar, mas o governo foi".

Trabalho do SNI era "rotina", diz general

O chefe do SNI no governo Sarney foi o general Ivan de Souza Mendes (1922-2010), morto em fevereiro último. Em 2002, Mendes recebeu a Folha em seu apartamento, no Rio. Indagado sobre os segredos que poderia deter, brincou: "O que tenho a dizer, você não vai se interessar em publicar, pois já é conhecido. Mas o que você gostaria de publicar, porque é inédito, ah, isso não posso dizer". Chamando sua mulher à sala como "testemunha", Mendes contou ter queimado todos os documentos que levou para o apartamento. O então ministro do Exército, Leônidas Pires Gonçalves, disse que os trabalhos do SNI eram "de rotina", e que todo governo "do mundo" necessita de um serviço de inteligência para subsidiar as decisões dos presidentes. "O Sarney se valia, sim, das informações do SNI. Mas isso era a rotina, a prática, não havia nada de irregular." Ele afirmou não ter conhecimento específico sobre "alvos" determinados pelo SNI. "Eu não tinha essas informações detalhadas. O chefe do SNI despachava com o presidente", disse Gonçalves. Chefe do CIE (Centro de Informações do Exército) por um ano no governo Sarney, o general reformado Sérgio Augusto Coutinho, 78, disse à Folha, em 2009, não se recordar de relatório de análise assinado por ele em julho de 1989 e que tratou do MST. Ele diz que o CIE produzia "conhecimento que pudesse auxiliar o comandante [do Exército] a tomar decisões".

"Comando paulista" no CNJ levou a atrito Gilmar-Peluso

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes está irritado com atuação de juízes auxiliares do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) nomeados pelo atual presidente do STF e do órgão, Cezar Peluso.
Na avaliação de Mendes, segundo a Folha apurou, esses juízes auxiliares causam "intrigas" entre as gestões dos dois colegas. Essa é a razão da troca de e-mails em tom ríspido entre Mendes e Peluso, revelada ontem pela Folha. Mendes escreveu a Peluso porque tomou conhecimento de que havia sido criticado, na frente dos demais 14 conselheiros do CNJ, pelos gastos do órgão com diárias e passagens do programa do mutirão carcerário -menina dos olhos de Mendes. Para Mendes, segundo a reportagem apurou, os juízes nomeados por Peluso estariam lhe passando "informações equivocadas" sobre sua gestão para causar intriga.

Governo atua para que PT se alie a Roseana no MA

O governo federal interveio para assegurar o apoio do PT à reeleição da governadora Roseana Sarney (PMDB). O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) se reuniu nas últimas semanas com dois dirigentes petistas do Maranhão para tratar do assunto, segundo a Folha apurou. O esforço tem como objetivo rever a decisão do partido no Estado em apoiar a candidatura de Flávio Dino (PC do B) sem a necessidade de uma intervenção. O PT tenta evitar problemas à aliança nacional do partido com o PMDB em torno da pré-candidata Dilma Rousseff. Alexandre Padilha entrou em campo logo após o PT ter decidido por 87 a 85 votos que iria apoiar a candidatura do PC do B, no fim de março.

Nem Lula pode impor alianças, diz líder do PT

O vice-presidente do PT no Maranhão, Augusto Lobato, é um dos críticos das investidas para tentar levar o partido a apoiar a candidatura à reeleição da governadora Roseana Sarney (PMDB). Lobato, que tem 24 anos de militância política, afirma que nem Lula nem ninguém pode impor uma vontade ao partido. "A aliança não é com o PMDB no Maranhão, é com o presidente do Senado [José Sarney]", afirmou o petista à Folha.

Problema com voz é um dos principais adversários dos candidatos ao Planalto


A campanha oficial nem começou, mas José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff (PT) já enfrentam problemas como rouquidão, dor de garganta e até total falta de voz. Em Belo Horizonte, dor de garganta foi um dos temas. Serra havia sofrido dias antes do problema. Marina chegou a cancelar uma agenda por causa de uma infecção. Já a petista tem sido vítima frequente da rouquidão.

País não está pronto para a nova classe média, diz Bolívar

O Brasil não está pronto para a nova classe média. Tampouco esse segmento populacional está devidamente preparado para suas recentes conquistas em termos de mobilidade social. As afirmações são de Bolívar Lamounier, doutor em ciência política pela Universidade da Califórnia e primeiro diretor-presidente do Ipesp (Instituto de Estudos Econômicos, Sociais e Políticos de São Paulo). Em parceria com Amaury de Souza, ele acaba de lançar o livro "A Nova Classe Média" (Campus-Elsevier).

Quase metade dos médicos receita o que indústria quer

Pesquisa mostra que 93% dos profissionais da saúde em SP ganharam de laboratórios benefícios e valores de até R$ 500. Dos médicos que recebem visitas de propagandistas de laboratórios no Estado de São Paulo, 48% prescrevem medicamentos sugeridos pelos fabricantes, informa Cláudia Collucci. Na área de equipamentos médico-hospitalares, o percentual de profissionais da saúde que acatam as recomendações feitas por fabricantes é ainda maior: 71%. Os dados são de pesquisa inédita do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), que avaliou o comportamento dos médicos perante as indústrias.

O Estado de S. Paulo

PIB do Brasil cresce mais que o chinês

O Brasil deve ocupar o segundo lugar no ranking das maiores taxas de crescimento do mundo no primeiro trimestre, à frente até mesmo da China. O dado oficial só será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira da semana que vem, mas, levando-se em conta as projeções do mercado financeiro, já é possível cravar que o País será um dos líderes em expansão no período. O Itaú Unibanco, por exemplo, estima uma alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 3% nos três primeiros meses do ano, na comparação com o quarto trimestre do ano passado. É uma das projeções mais elevadas de todo o mercado. Em um cálculo anualizado, ou seja, assumindo que o ritmo se manteria pelo resto do ano, seria o equivalente a crescer 12,6% em 2010.

Sindicatos fazem guerra por filiados, dinheiro e até 'reserva de território'

A união das centrais sindicais em atos públicos e festivos, como nas comemorações do 1º de Maio e na conferência nacional que acontece amanhã, esconde uma guerra dos sindicatos por reserva de território, filiados e, principalmente, por dinheiro. O objetivo é atropelar os adversários, crescer, e, por fim, garantir o imposto sindical, que gira em torno de R$ 2 bilhões por ano no País. Vale tudo nesse ringue: ameaça de agressão, acusações de ligação com os patrões, boletins de ocorrência na polícia, pressão sobre os trabalhadores, ações na Justiça e denúncias ao Ministério Público.

Hoje 'amigas' do Estado, centrais miram na imprensa

Centrais sindicais e movimentos sociais pretendem, com dois vultosos eventos no início desta semana, aprovar reivindicações para cobrar respostas dos presidenciáveis. Sem um alvo preferencial entre os que postulam o Palácio do Planalto, elegeram como inimigo "o principal partido de direita" no País ? "os conglomerados privados de mídia". Amanhã, a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), composta por CUT, UNE, MST e mais 25 entidades, deve, além de desferir golpes contra a imprensa, ratificar um documento-base a ser apresentado a Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV). Intitulado Projeto Nacional e Popular dos Movimentos Sociais, o texto elogia os "avanços" da gestão petista e classifica a crise do mensalão no governo federal como "tentativa de golpe contra Lula em 2005".

Dirigentes negam acusações e reforçam ataque a adversários

"Não agredi ninguém. Mas se tiver de gritar, sou mal educado mesmo." A frase é de Raimundo Miquilino. Aos 60 anos, ele recebe aposentadoria de R$ 2 mil e mais R$ 4 mil para dirigir uma federação. Preside o Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo, que atende dez categorias e ainda briga na Justiça para representar os trabalhadores dos postos de combustíveis do Distrito Federal. Ao receber o Estado na sexta-feira, Miquilino elevou o tom nos ataques aos adversários e ao Ministério do Trabalho, que concedeu o registro para a entidade inimiga. "Não quero ser Medeiros nem Lupi. Quero fazer sindicalismo", afirma.

Por voto, vale até apoio constrangedor

A cerca de quatro meses das eleições, os dois principais pré-candidatos à Presidência, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), têm um ponto em comum: as alianças nacionais e regionais "envergonhadas". São aqueles apoios constrangedores, mas necessários para a caminhada eleitoral. Dilma já distribuiu afagos ao ex-governador do Rio Anthony Garotinho, pré-candidato do PR ao governo. Parte do PT não gostou e outra respaldou. Garotinho e sua mulher, a ex-governadora Rosinha Matheus, são investigados por suposto envolvimento em corrupção, como o uso de ONGs para desvio de dinheiro público, entre outras suspeitas. Na quinta-feira, o casal foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio por abuso do poder econômico e uso indevido de meio de comunicação nas eleições de 2008. Se a decisão for confirmada, eles ficarão inelegíveis até 2011. Mesmo assim, Dilma quer os votos de Garotinho, embora caminhe para um apoio oficial à reeleição de Sérgio Cabral (PMDB).

'Deus me ama, ama Dilma, ama Serra'

A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, participou ontem do culto da Assembleia de Deus em Mogi-Guaçu, no interior de São Paulo, e pediu que os crentes não "satanizem" os adversários nas eleições. "O mesmo Deus que me ama, ama Dilma, ama Serra e ama Plinio (de Arruda Sampaio, do PSOL)", disse. Marina, que é evangélica, chegou pouco antes das 9 horas e foi homenageada em ato com pastores que representavam cerca de 20 municípios. Ela ouviu a pregação e depois ocupou o púlpito por 40 minutos.

'Política não é para quem tem ficha suja'

Pedro Barbosa Pereira Neto. Procurador Regional Eleitoral de São Paulo

"Quando a Justiça sinaliza que funciona mal, ela está dizendo para o político de bem que não vale a pena ser do bem", adverte Pedro Barbosa Pereira Neto, novo procurador regional eleitoral de São Paulo. Ele aponta um "conjunto de fatores" que, em sua avaliação, maculam o processo eleitoral ? fichas sujas, multas pífias (inclusive para quem faz propaganda antecipada), legislação casuística, caixa 2, corrupção, interpretações liberais nos tribunais, impunidade, desigualdade social, miséria. Votos por tijolos. O desafio que o espera não é simples. Pereira Neto terá a missão de conduzir a atuação do Ministério Público nas próximas eleições em todo o Estado, maior colégio do País ? 30 milhões de eleitores que, em outubro, elegerão 94 deputados estaduais, 70 federais da bancada paulista na Câmara, 2 senadores, governador e presidente.

O Globo

Dilma vai colar mais no governo

A estratégia petista de colar propaganda e eventos de governo ao discurso de campanha da pré-candidata à Presidência, Dilma Rousseff, será intensificada. Avaliação interna é de que essa associação foi essencial para que ela voltasse a subir nas pesquisas em maio, fazendo com tranquilidade a chamada "travessia no deserto", quando deixou o governo em abril e ficou mais distante do governo Lula. A agenda governamental foi retomada de forma mais explícita em eventos recentes. Na sexta-feira, por exemplo, Dilma estava em Chapecó, no Oeste catarinense, como se ainda fosse do governo, como estrela do Encontro de Habitação de Agricultura Familiar, ao lado do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel. Lá, os dois divulgaram o Programa Nacional de Habitação Rural, segurando uma maquete. Simultaneamente, o site de campanha de Dilma mostrava o evento. O Ministério das Cidades disse que o programa tem previsão de receber reforço de verbas no PAC-2, lançado por Dilma antes de sair do governo.

Marina pede que não satanizem rivais

Ao participar de um culto evangélico em São Paulo, ontem, a pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, pediu aos fiéis que não "satanizem" seus adversários ao Palácio do Planalto, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Apesar de os discursos que a antecederam terem tido clara conotação eleitoral, Marina disse que não usará a igreja para fazer campanha.

- Eu não quero que façamos qualquer tipo de satanização com aqueles que não partilham da mesma fé em Deus. O mesmo Deus que me ama é o Deus que ama a Dilma, ama o Serra e ama todas as pessoas - afirmou, em visita a uma igreja da congregação em Mogi Guaçu, no interior paulista. - Eu tenho dito que não vou fazer do púlpito palanque. Por isso, fiz questão de falar aqui com a palavra de Deus.

Sem deter a dengue, fácil é culpar o mosquito

Diante de uma rotina de armadilhas e descaso, os 60 mil agentes do batalhão de combate à dengue em todo o país perdem lentamente a guerra contra o Aedes aegypti. Fortalecido pelo crescimento desordenado e pela precariedade do saneamento básico na periferia das grandes cidades, o mosquito amplia a cada ano seu raio de ação e faz crescer a sua lista de vítimas. Desde 1990, o transmissor do vírus da dengue deixou para trás um rastro de 5,8 milhões de infectados, sendo 46% nos últimos cinco anos. Em 20 anos, 1.772 pessoas morreram de dengue no Brasil. Criado na água limpa e parada, e alimentado pelo sangue humano, o Aedes aegypti encontra no calor do país tropical o ambiente dos sonhos: 13,8 milhões de pessoas sem água encanada; 67 mil toneladas de lixo com destinação inadequada e 81% da população vivendo em áreas urbanas. Quatro variantes da dengue já circulam no país, e a violência e a desinformação levam milhares de brasileiros a fechar as portas aos agentes de saúde.

Rio pode ter epidemia no verão, diz ministério

Adormecido nos últimos dois verões, em comparação com a epidemia de 2008, o mosquito da dengue pode retornar com força ao Rio de Janeiro no fim deste ano. O alerta do Ministério da Saúde leva em conta o comportamento do vírus no país em 2010. Responsável pela primeira epidemia do país, em 1986, o tipo 1 voltou com força, com milhares de vítimas nas regiões Norte, Centro-Oeste e em parte do Sudeste. Mas, enquanto Belo Horizonte e São Paulo já sofrem pela presença dessa variante, a cidade do Rio ficou de fora.

Surpresa nas urnas na Colômbia

Contrariando todas as pesquisas de opinião anteriores ao pleito, o candidato governista Juan Manuel Santos venceu com ampla margem de diferença o primeiro turno das eleições presidenciais, realizadas ontem na Colômbia. Santos, que aparecia em todas as consultas empatado tecnicamente com o candidato do Partido Verde, Antanas Mockus, obteve 46,6% dos votos, contra 21,5% de Mockus. Por pouco a votação não leva o candidato do Partido da U ao que, na manhã de domingo, ao votar, ele dizia acreditar: que venceria o pleito ainda no primeiro turno. Como não obteve votação superior aos 50% de votos, necessária para se eleger presidente ontem mesmo, Santos enfrentará Mockus no segundo turno em 20 de junho.

Correio Braziliense

Eurides tinha R$ 100 mil no armário

O resultado das buscas realizadas pela Polícia Federal durante a Operação Caixa de Pandora indica que na bolsa de deputada Eurides Brito não tem miséria. Anda sempre recheada. Alguns dos itens apreendidos pelos policiais em novembro do ano passado e em poder da PF para análise foram maços totalizando R$ 9,8 mil, guardados dentro da bolsa da parlamentar afastada. Imagens obtidas pelo Correio foram registradas pelos agentes, que também descobriram na época o lugar onde a política estocava dinheiro vivo. O cantinho de Eurides é o maleiro do closet no quarto da deputada. No lugar, a PF encontrou uma caixa metálica cheia de dinheiro, notas de R$ 50 e R$ 100 e dólares. Ao todo, os delegados recolheram do esconderijo R$ 84 mil, além de US$ 9 mil. A bolsa de Eurides — de outro modelo daquela em que a então candidata guardou os maços entregues por Durval Barbosa em 2006 — também virou objeto de interesse dos investigadores. Nela, estavam guardados 98 cédulas de R$ 100, segundo o item nº 12 do auto de apreensão da PF.

PF investiga “justiceiros” de Goiás

As evidências da atuação de grupos de extermínio na Grande Goiânia e de acobertamento pelas polícias Civil e Militar dos casos investigados fizeram o Ministério Público (MP) de Goiás pedir formalmente a entrada da Polícia Federal nas investigações sobre bandos especializados em execuções, compostos por policiais civis e militares. O Grupo de Repressão ao Crime Organizado do MP goiano conduz uma apuração mantida em sigilo e, diante das dificuldades impostas pela própria polícia, a PF foi acionada há pouco mais de um mês, numa última tentativa de identificar e prender os responsáveis pelas sucessivas execuções na capital de Goiás. A situação chegou ao limite, o que obrigou os promotores do MP goiano a buscar também o apoio do Ministério da Justiça e da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), ligada à Presidência da República. Pelo menos 24 pessoas — a maioria em Goiânia — estão ameaçadas de morte por policiais que integram grupos de extermínio.

Cabide de empregos para os apadrinhados

Quase a metade dos tribunais de contas dos estados e dos municípios ainda não cumpriu a determinação constitucional de preencher uma das vagas de conselheiro com auditores de carreira. Em vez disso, os espaços são ocupados por apadrinhados de deputados estaduais e de governadores. Há casos de tribunais que sequer criaram o cargo de auditor substituto. Em outros, mesmo existindo a carreira, a vaga entre os conselheiros não é preenchida. Há ainda órgãos que inventam requisitos que a lei não prevê para segurar a preciosa vaga, com salário de R$ 24 mil (veja quadro abaixo com as 10 unidades da Federação em que ainda não há conselheiro a partir da vaga de auditor).

Planalto à espera de Lula

Sem que as obras tenham sido totalmente concluídas — faltam os acabamentos —, o Palácio do Planalto será finalmente entregue hoje ao setor da Casa Civil responsável pela administração das instalações. A reforma, iniciada em março do ano passado, deveria ter sido concluída e apresentada à população no dia do cinquentenário da capital: 21 de abril deste ano. No entanto, os atrasos na execução do projeto ainda vão manter o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe de apoio no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Lula pretende retornar ao gabinete oficial apenas quando estiver funcionando normalmente. Tudo só deve ser normalizado no início de julho. Lula, por exemplo, deve voltar a despachar do Palácio do Planalto depois que retornar da viagem à África do Sul, ao fim da Copa do Mundo. O custo de toda a reforma que, até março de 2010, estava orçado em R$ 84 milhões já chegou, segundo informações do próprio governo federal, a R$ 96 milhões até o momento. Quando as obras forem concluídas, o valor deve ultrapassar a casa dos R$ 100 milhões.

Aposta nos debates

Com tempo reduzido de televisão e orçamento apertado, a pré-candidata ao Planalto Marina Silva (PV) decidiu apostar as cartas nos debates e nas sabatinas promovidas com presidenciáveis. A preparação para os eventos ganhou, nos últimos dias, função de alta hierarquia na pré-campanha da senadora acreana. Ao assumir o microfone durante uma rodada de perguntas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na semana passada, Marina fez questão de apresentar o time de “preparadores”, escalados para a função de subsidiar a pré-candidata nos debates e sabatinas. O grupo inclui Paulo Sandroni e Eduardo Gianetti, além do empresário Guilherme Leal, vice na chapa verde. O marqueteiro Paulo de Tarso também acompanhou de perto o ensaio.

Fonte: Congressoemfoco


Lista dos “Cabeças” 2010 por estado

Em negrito e itálico, estão os parlamentares que são "cabeças" pela primeira vez

Acre
Senadores
Geraldo Mesquita Júnior (PMDB)
Tião Vianna (PT)

Alagoas
Senador
Renan Calheiros (PMDB)

Amapá
Senador
José Sarney (PMDB)

Amazonas
Deputada
Vanessa Grazziotin (PCdoB)
Senador
Arthur Virgílio (PSDB)

Bahia
Deputados
ACM Neto (DEM)
Alice Portugal (PCdoB)
Daniel Almeida (PCdoB)
João Almeida (PSDB)
José Carlos Aleluia (DEM)
Jutahy Júnior (PSDB)
Sérgio Barradas Carneiro (PT)

Ceará
Senadores
Inácio Arruda (PCdoB)
Tasso Jereissati (PSDB)

Distrito Federal
Deputados
Magela (PT)
Rodrigo Rollemberg (PSB)
Tadeu Filippelli (PMDB)
Senadores
Cristovam Buarque (PDT)
Gim Argello (PTB)

Espírito Santo
Deputada
Rita Camata (PSDB)
Senadores
Renato Casagrande (PSB)
Magno Malta (PR)

Goiás
Deputados
Jovair Arantes (PTB)
Sandro Mabel (PR)
Ronaldo Caiado (DEM)
Senadores
Demóstenes Torres (DEM)
Marconi Perillo (PSDB)

Maranhão
Deputado
Flávio Dino (PCdoB)

Mato Grosso do Sul
Deputado
Dagoberto (PDT)
Senador
Delcídio Amaral (PT)

Minas Gerais
Deputados
Gilmar Machado (PT)
Mário Heringer (PDT)
Paulo Abi-Ackel (PSDB)
Virgílio Guimarães (PT)

Pará
Deputado
Jader Barbalho (PMDB)
Senador
José Nery (PSol)

Paraná
Deputados
Abelardo Lupion (DEM)
Gustavo Fruet (PSDB)
Luiz Carlos Hauly (PSDB)
Senador
Osmar Dias (PDT)

Pernambuco
Deputados
Armando Monteiro (PTB)
Fernando Ferro (PT)
Inocêncio Oliveira (PR)
Maurício Rands (PT)
Roberto Magalhães (DEM)
Senadores
Marco Maciel (DEM)
Sérgio Guerra (PSDB)

Piauí
Senador
Heráclito Fortes (DEM)

Rio de Janeiro
Deputados
Brizola Neto (PDT)
Chico Alencar (PSOL)
Eduardo Cunha (PMDB)
Fernando Gabeira (PV)
Miro Teixeira (PDT)
Rodrigo Maia (DEM)
Senador
Francisco Dornelles (PP)

Rio Grande do Norte
Deputado
Henrique Eduardo Alves (PMDB)
Senadores
Garibaldi Alves (PMDB)
José Agripino Maia (DEM)

Rio Grande do Sul
Deputados
Beto Albuquerque (PSB)
Darcísio Perondi (PMDB)
Eliseu Padilha (PMDB)
Henrique Fontana (PT)
Ibsen Pinheiro (PMDB)
Marco Maia (PT)
Mendes Ribeiro Filho (PMDB)
Onyx Lorenzoni (DEM)
Pepe Vargas (PT)
Vieira da Cunha (PDT)
Senadores
Paulo Paim (PT)
Pedro Simon (PMDB)
Sérgio Zambiasi (PTB)

Rondônia
Senador
Valdir Raupp (PMDB)

Roraima
Senador
Romero Jucá (PMDB)

Santa Catarina
Deputados
Fernando Coruja (PPS)
Paulo Bornhausen (DEM)
Vignatti (PT)
Senadora
Ideli Salvatti (PT)

São Paulo
Deputados
Aldo Rebelo (PCdoB)
Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB)
Antônio Carlos Pannunzio (PSDB)
Antônio Palocci (PT)
Arlindo Chinaglia (PT)
Arnaldo Faria de Sá (PTB)
Arnaldo Jardim (PPS)
Arnaldo Madeira (PSDB)
Cândido Vaccarezza (PT)
José Aníbal (PSDB)
José Eduardo Cardozo (PT)
Luiza Erundina (PSB)
Márcio França (PSB)
Michel Temer (PMDB)
Paulo Pereira da Silva (PDT)
Ricardo Berzoini (PT)
Roberto Santiago (PV)
Vicentinho (PT)
Senadores
Aloizio Mercadante (PT)
Eduardo Suplicy (PT)

Tocantins
Deputado
Eduardo Gomes (PSDB)
Senadora
Kátia Abreu (DEM)

Fonte: Congressoemfoco

Mês de junho em Jeremoabo, festejos juninos

Bezerrada
Politiqueiros

E a célebre quadrilha

Amanhã se inicia o mês de junho, mês dos festejos juninos.

Talvez nunca mais tenhamos festas juninas com tanta animação como as de antigamente, porém, hoje temos de tudo para um São João modificado e sofisticado, principalmente no que se diz respeito a quadrilhas (vide figura 3 de cima paar baixo), pois como é do conhecimento de todos as quadrilhas são treinadas durante todo ano.

A única duvida existente é quando ao fornecimento de leite (vide figura 1) para a população e os visitantes, pois a bezerrada é grande e mama divinamente bem.

Quando ao local para os festejos não existem problemas, pois temos os currais eleitoreiros, onde poderá abrigar os eleitores de cabrestos.

Como neste ano há eleições, teremos vários candidatos totais flex,(vide figura do meio) que pulam mais do que pipocas, pois como os senhores devem está lembrados, irão aparecer aqueles que ontem pintavam o tista de deda como sendo o “satanás”, e hoje o coloca no altar como santo, nem que seja de barro.

E assim enquanto os mesmos sobem, o povão continuará apenas “a pão e festa”.


As trambicagens aqui citadas, são criancinhas para Jeremoabo

CGU EM HELIÓPOLIS-III

por: landisvalth.blogspot.com

A população não está acreditando que alguma coisa vá acontecer após a fiscalização da CGU em Heliópolis. Muitos estão crentes que os desmandos do senhor Walter Rosário continuarão até o final de seu mandato. Que a população tenha perdido a fé na Justiça é notório, mas tínhamos certeza de que o Ministério Público e a CGU ainda desfrutavam de elevados conceitos perante a opinião pública. A chegada da CGU em Heliópolis parece que colocará por terra o conceito positivo de que goza esta instituição. É bom ressaltar que este blogueiro ainda acredita na CGU, mas muitos me lembram que o ex-prefeito de Fátima está aí sorrindo. Esta coisa de prefeito devolver dinheiro é justa, quando se tratar de equívocos. Mas usar nota fiscal fria, burlar licitações, superfaturar obras, falsificar empenhos e recibos de pagamento e outros males administrativos não são crimes de corrupção? São equívocos? Então o ladrão de um pão que mataria a fome do miserável vai parar na cadeia e aumentar o seu potencial malfeitor, enquanto que um prefeito corrupto vai ser penalizado com a devolução daquilo que roubou? Então um Juiz ou Desembargador, acusado de corrupção, vai ter aposentadoria compulsória como punição máxima e um pai de família vai para a cadeia por não ter pago a pensão alimentícia de seu filho? Se o último caso é justíssimo, o primeiro é desumano e os outros dois anomalias ou aberrações.


Conversei com o professor Quelton, presidente do SINDHELI. Ele me falou da dificuldade em falar com os superiores da operação da CGU em Heliópolis. Descobriu o sindicalista que não houve reunião com o Conselho do FUNDEB, exatamente o ponto de maior irregularidade da administração Walter Rosário. Outro ponto que considero importante: nenhum vereador da oposição foi procurado. A vereadora Ana Dalva tentou entrar em contato com o pessoal da CGU e ainda não conseguiu. Ela espera que possa inclusive orientá-los em algumas questões, já que eles não conhecem o município e podem ser guiados pela administração para caminhos indiferentes ao ato investigativo. Ela pretende ainda torná-los cientes das denúncias feitas pela oposição no Ministério Público e no Tribunal de Contas dos Municípios. Um vereador me disse em off que descobriu a insignificância do cargo de vereador. Deu como exemplo a vereadora Ana Dalva. Ela foi a que mais batalhou até aqui. Cumpriu o seu papel constitucional e está dando muito trabalho à administração. Então chega a fiscalização da união e nada do que ela fez teve valor. Nem mesmo a procuraram. Completa o vereador, ligadíssimo ao prefeito, mas que pede para não revelar o nome: " Waltinho é ligado ao governador, que é ligado ao presidente. Você acha, professor, que vai acontecer alguma coisa?". Minha resposta é a que escrevo aqui. Vai, se o povo continuar a exigir.


Os funcionários da CGU são pagos pelo poder público, como são os do TCM, os do Ministério Público. Se o sistema republicano falhar, eles serão os primeiros a pagar um preço altíssimo. Todos nós pagaremos muito. Quem menos pagará será o povo, porque já paga muito, mesmo agora. Um exemplo claro do descalabro administrativo do senhor Walter Rosário é o transporte escolar. Com a chegada da CGU, todos os carros trazem um adesivo com o nome da empresa vencedora da licitação. Os veículos são os já conhecidos da população local. Pertencem a pessoas daqui que vivem de fretamento ou levando passageiros para as feiras locais. Muitos condutores não possuem carteira de motorista e os ônibus carecem de melhores condições de segurança. Se era para sublocar veículos locais, para que fazer uma licitação com uma empresa de fachada, que não possui veículos em condições de realizar o serviço? Não seria melhor organizar uma cooperativa local, documentar adequadamente o pessoal para poder realizar um trabalho a contento? Tal ação permitiria a circulação do dinheiro por aqui, gerando mais riquezas. Isso só não geraria propina e superfaturamento. Talvez aí estejam os problemas.


Espero mesmo que a CGU faça o seu trabalho corretamente. Se isso não ocorrer, a população vai se conformar com as desgraças. Continuará acreditando em que quem manda é quem está no poder e não o povo, ou que manda quem pode, obedece quem tem juízo ou, a pior de todas: o dinheiro fala mais alto. Para se defender, o povo usará o velho recurso ainda bem comum em todas as políticas da nossa região: a troca do voto pelo dinheiro, ou por um emprego. Assim sendo, a democracia plena continuará sendo utopia.

Fonte: www.joilsoncosta.com.b

Acesso a contas de administração pública é difícil

O internauta que deseja acessar as informações sobre receitas e despesas dos governos estaduais tem dificuldade para encontrar os dados nos sites de muitos estados. A divulgação é uma exigência da Lei da Transparência publicada na última quinta-feira (27/5) que obriga prefeituras, Estados, Distrito Federal e União a divulgarem detalhes da execução das despesas e o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários. A notícia é do portal R7.

A maioria dos estados já tem um site com essas informações, mas nem sempre é fácil encontrá-lo. No caso do Distrito Federal, Sergipe e Tocantins as páginas só foram achadas a partir de serviços de busca já que a página de divulgação não aparece no site principal do governo nem das secretarias. Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro não colocam link de acesso para a pesquisa no site principal do Estado.

Paraíba e Rondônia ainda não colocaram no ar a prestação de contas conforme estabelece a lei. A assessoria de imprensa do governo de Rondônia disse que uma área específica para a consulta detalhada das receitas e despesas será colocada no ar em até 90 dias.

Nenhum responsável pela assessoria do Governo da Paraíba foi encontrado até a publicação desta reportagem para comentar a situação do Estado. Segundo a legislação, o prazo para o cumprimento é de um ano para cidades com mais de 100 mil habitantes, estados, Distrito Federal e União.

Outro problema que impede a completa transparência no que diz respeito ao “tempo real” dos dados é a falta de detalhamento das datas. Geralmente a apresentação das receitas e despesas aparece listada por mês. Já os Estados do Espírito Santo e Maranhão, por exemplo, mostram o dia em que os últimos valores foram lançados no sistema. Os governos do Amazonas e Rio Grande do Sul são os únicos que têm glossário e guia de navegação sobre a consulta de gastos e receitas.

Ampliação dos serviços
Para cumprir a lei, o Governo federal permite a consulta “Informações Diárias”, no Portal da Transparência. Em relação aos gastos do Poder Executivo, estarão disponíveis informações sobre os atos praticados em todas as fases necessárias à realização da despesa (empenho, liquidação e pagamento), permitindo conhecer em detalhes como o Governo federal executa o seu orçamento. O portal será recarregado, em média, com 200 mil novos documentos a cada dia.

No que diz respeito à receita, além das informações já apresentadas no Portal da Transparência — em funcionamento desde 2004, com atualização mensal — o governo passará a divulgar também os dados sobre a fase de lançamento, com atualização diária das informações.

Ranking
A Associação Contas Abertas e um grupo de especialistas em contas públicas estão desenvolvendo um Índice de Transparência para avaliar o conteúdo dos sites criados pela União, Estados e Municípios. O indicador será anunciado em junho, com um ranking dos sites, avaliados de acordo com o grau de transparência e compreensão das informações.

Entre os critérios de avaliação estão o nível de detalhamento da despesa, as possibilidades de download dos dados, a frequência de atualização das informações e as facilidades na navegação.Em Minas Gerais, para acessar os gastos do Estado basta clicar no site da Secretaria de Estado da Fazenda.

Revista Consultor Jurídico

Parlamento sem compromisso social

Julio César  Cardoso Julio C�sar Cardoso
E-mail Entre em contato

É Bacharel em Direito e servidor público federal aposentado. Fone: (47)3363-4184 E-mail: juliocmcardoso@hotmail.com Balneário Camboriú - Santa Catarina



Infelizmente, o Congresso Nacional tem atuado muitas vezes como sendo uma Casa de interesses políticos partidários não sociais. Os interesses e as necessidades sociais, por questões menores de picuinhas políticas e de birras entre partidos, são frequentemente escanteados, preteridos, postergados ou são tratados em nível de contexto secundário. Parece até que o Parlamento nacional não tem compromisso com o eleitor, com a sociedade, com o Brasil. Os reclamos da sociedade não são tomados com a seriedade devida por grande parte de nossos agentes legislativos. E isso se verifica em todas as legislaturas, seja de que partido for o governo federal vigente. Obstruem-se pautas, votações etc. como se os nossos parlamentares fossem os senhores reis do poder, causando sensíveis prejuízos à Nação. As oposições partidárias e o confronto de ideias fazem parte do jogo democrático. Mas as vinganças internas entre oposição e base partidária do governo e vice-versa não podem de forma alguma prejudicar o andamento e aprovação de propostas que venham atender às necessidades da coletividade social. À sociedade não interessa saber se foi o partido A, B, ou C que idealizou uma boa proposta de interesse social. O que nos interessa é aprovação dessa proposta para o bem da coletividade.

A propósito do projeto de lei 1481/2007, de autoria do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que busca democratizar o acesso ao sistema de Banda Larga, hoje monopolizado e de custo caro para muitos brasileiros, se for verdade que existe "boicote" de parlamentares do PSDB, DEM e PPS, para não aprovação do projeto, como argumenta o deputado federal José Guimarães (PT-CE), fica bem evidenciado o modo condenável de desforras políticas interpartidárias que, infelizmente, são praticadas por todos os partidos, de forma pueril.
Fonte: Jornal Feira Hoje

Fotos do dia

Sarah Palma, 24 anos, é uma das gatas do The Girl São Paulo e Guarani ficaram no zero a zero Jogadores disputam a bola no clássico de ontem No jogo da revanche, o Corinthians venceu o Santos por 4 a 2
Dunga define time titular com Michel Bastos e Elano Jogadores do Timão dançam ao comemorar o primeiro gol O Corinthians explorou com eficiência as jogadas de ataque O elevado Costa e Silva, o Minhocão, virou sala de cinema ontem

Acarajé é banido das ruas da capital

Folha de S.Paulo

"Cadê o tabuleiro da baiana do acarajé que ficava aqui?" É a pergunta que José Aldo da Silva, dono do Café Canet, na rua Frei Caneca (região central de SP), mais tem ouvido nas últimas semanas.

A quituteira é a dona Neide Sena Avelino, uma soteropolitana que, diante da concorrência, trocou Salvador por São Paulo dois anos atrás. Legalizada lá, clandestina aqui, ela não imaginava que algo pior que a saturação dos tabuleiros na Bahia a esperava nas ruas paulistanas.

Era o rapa, que apreendeu o que o tabuleiro da baiana tem. Do primeiro ponto, na rua Herculano de Freitas, ela foi para a Frei Caneca, para tentar despistar os fiscais.
Da noite para o dia, dona Neide sumiu, deixando a freguesia para trás. E sua história é a mesma das baianas Val, Bá, Gal, Luzia, que tinham tabuleiros nas praças da Sé, da República, Ramos de Azevedo, na avenida Ipiranga, no parque da Água Branca e desapareceram.

Para as baianas, a apreensão dos tabuleiros em São Paulo é impiedosa porque:
1) Elas e o acarajé bolinho de feijão fradinho são tombados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como patrimônio cultural brasileiro. 2) Ao mesmo tempo em que proíbe o acarajé e outras comidas de rua, a prefeitura legaliza o comércio de cachorro-quente nas calçadas.

Com a situação, as baianas tomaram caminhos diversos. Umas voltaram para Salvador, outras passaram a cozinhar para fora, algumas foram parar nas feiras livres.

A situação mobilizou a Abam (associação das baianas), que diz ter ouvido a seguinte resposta da Subprefeitura da Sé: "Baiana de tabuleiro é coisa de Salvador". "Fomos mal recebidos na prefeitura", afirma Rita Santos, presidente da Abam.

A prefeitura afirma que é "descabida a suposição de perseguição contra vendedores de acarajé ou qualquer outro tipo de comércio". A administração disse que segue a lei e que age igual contra qualquer comércio irregular. A prefeitura nega ter sido procurada pela Abam.

Fonte: Agora

Metade dos médicos receita remédio que indústria quer

Metade dos médicos receita remédio por indicação

Folha de S.Paulo

Quase metade (48%) dos médicos paulistas que recebe visitas de propagandistas de laboratórios prescreve medicamentos sugeridos pelos fabricantes. Na área de equipamentos médico-hospitalares, a eficácia da visita é ainda maior: 71% dos profissionais da saúde acatam a recomendação da indústria.

Os dados vêm de uma pesquisa do Cremesp (conselho regional de medicina), que avaliou o comportamento médico perante as indústrias de remédios, órteses, próteses e equipamentos médico-hospitalares. Feito pelo Datafolha, o levantamento envolveu 600 médicos no Estado.

Do total, 80% deles recebem visitas dos propagandistas de medicamentos _em média, oito por mês. A pesquisa revela que 93% dos médicos afirmam ter recebido, nos últimos 12 meses, produtos, benefícios ou pagamento da indústria em valores de até R$ 500. Outros 37% dizem que ganharam presentes de maior valor.

Para o Cremesp, um terço dos médicos mantém uma "relação contaminada com a indústria, que ultrapassa os limites éticos". O conselho admite que o assunto era um tabu. "Para boa parte deles, a única forma de atualização é a propaganda. E com ela vem os presentes. Isso tomou uma dimensão maior, mais promíscua, quando as receitas passaram a ser monitoradas", diz Luiz Alberto Bacheschi, presidente do Cremesp.

Em 2005, a reportagem revelou que, em troca de brindes ou dinheiro, farmácias auxiliavam a indústria de remédios a vigiar as receitas prescritas. Com acesso as cópias do receituário, representantes dos laboratórios pressionavam os profissionais a indicar seus produtos e os recompensavam. A prática é vista como antiética.

Fonte: Agora

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Saiba investir em título público

Livia Wachowiak Junqueira
do Agora

Os pequenos investidores têm uma alternativa à poupança fora os tradicionais fundos de investimento: comprar títulos do Tesouro Direto é considerada uma boa opção para multiplicar a grana.

O diferencial dessa modalidade de investimento está nas baixas taxas de administração cobradas. "Nos fundos comuns, quanto menor é o valor da aplicação, maiores são as taxas cobradas", afirma José Dutra Vieira Sobrinho, vice-presidente da Ordem dos Economistas do Brasil.

Devolução do IR de atrasados fica mais fácil

Paulo Muzzolon e Carolina Rangel
do Agora

A devolução do Imposto de Renda pago a mais por quem recebeu atrasados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que são as diferenças não pagas pelo instituto nos últimos cinco anos, ficou mais fácil para quem já entrou com uma ação na Justiça.

O STJ (Superior Tribunal de Justiça), em decisão publicada no "Diário Oficial" Eletrônico da Justiça no último dia 14, afirma que todos os processos que chegarem ao tribunal sobre o assunto deverão reconhecer que o cálculo do IR deve ser feito sobre o valor do benefício que deveria ser pago mensalmente pelo INSS, e não sobre o valor total recebido de atrasados.

Israel ataca frota humanitária e mata 16 pessoas

Reprodução da TV/Reuters

Reprodução da TV/Reuters / Imagens captadas dentro do navio turco  Mavi Marmara mostram soldados israelenses abrindo fogo Imagens captadas dentro do navio turco Mavi Marmara mostram soldados israelenses abrindo fogo
Faixa de Gaza


O ataque ocorreu em águas internacionais, a 128 quilômetros da Faixa de Gaza, próximo ao Chipre; 750 pessoas estavam em seis navios

31/05/2010 | 07:22 | Agência Estado

Israel atacou nesta segunda-feira (31) um grupo de seis navios que transportava mais de 750 pessoas com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, causando 16 mortos e 30 feridos. O ataque ocorreu em águas internacionais, a 128 quilômetros da Faixa de Gaza, próximo ao Chipre, no Mar Mediterrâneo.

A imprensa turca mostrou imagens captadas dentro do navio turco Mavi Marmara, nas quais se viam os soldados israelenses abrindo fogo. Em Istambul, várias centenas de pessoas tentaram atacar o consulado israelense.

A frota levava 10 mil toneladas de ajuda humanitária e, segundo Israel, não acatou o bloqueio imposto. Um dos barcos atingidos é grego, outro é turco. O líder do Hamas, Ismail Haniyeh classificou como "brutal" o ataque.
Fonte: Gazeta do Povo

Aos trancos e barrancos

Dora Kramer


Não importa quem é quem, fato é que brigam como cão e gato. Andam mais juntos do que nunca, pois firmaram uma aliança e já na campanha eleitoral estão fadados à convivência estreita na mesma chapa de candidatos.

Uma relação cuja falta de sintonia se dá pela própria natureza do par, PT e PMDB, gente de origem, jeito, pensamento, grupos, completamente diferentes.

De repente se veem na contingência de construir uma aliança imensa no país todo, estado por estado, para sustentar a candidatura presidencial de Dilma Rousseff.

Em alguns deu certo, na maioria mais ou menos. Em três mais visivelmente complicados – Pará, Maranhão e Minas Gerais – os acordos podem até vir a ser fechados no final, mas a animosidade reinante entre as partes não indica harmonia adiante.

Por muito menos o PT não conseguiu se adaptar em 1998 à aliança com Leonel Brizola e, diga-se, vice-versa.

Das atuais complicações em tela, a mais importante politicamente para a aliança nacional é a de Minas. Em tese estaria tudo acertado: chapa única com o candidato do PMDB para governador (Hélio Costa), o petista vencedor das prévias do partido Fernando Pimentel em uma das vagas ao Senado e o lugar de vice provavelmente para alguém também do PT.

Tudo pronto para ser oficialmente anunciado no próximo dia 6 de junho.

Eis que senão quando vem um petista do alto comando e diz: nada disso. O partido quer a cabeça da chapa, espera que Hélio Costa desista, seja candidato ao Senado porque, embora esteja na frente nas pesquisas, quando Aécio Neves entrar de fato na campanha estadual em favor do candidato Antonio Anastasia, os índices de Costa se desfazem.

São “inconsistentes”. Fer­­­nando Pimentel, prefeito de Belo Horizonte até 2008 com 80% de aprovação teria muito mais identificação com o mineiro que o peemedebista, cuja vida política é feita em Brasília como senador e ministro das Comunicações.

De mais a mais, o PT gostaria de adiar o anúncio oficial para depois de fechada a aliança nacional de apoio do PMDB a Dilma.

Ah, para quê?

Hélio Costa esperou 24 horas e partiu para o rebate começando pelo essencial: “Sou pré-candidato ao governo de Minas, a ponte de retorno ao Senado já não existe para mim e ponto final.”

E um acréscimo: “Boatos petistas não me tiram a determinação”.

Quais boatos? “É todo dia, toda hora, em todo lugar espalham que não vou ser mais candidato. Nosso pessoal discute isso nas reuniões, eles podem fazer o jogo político, mas não precisam esticar tanto a corda porque isso lá na frente compromete a relação.”

Hélio Costa ainda prefere acreditar que as lideranças do PT estejam fazendo jogo de cena para acalmar a militância e não parecer que entregaram o ouro de bandeja com facilidade. “É gênero, porque a briga entre eles é muito séria.”

Agora, ele também acha que nem por isso era necessário desqualificar sua posição nas pesquisas [“na última apareço com 52%”] dizendo que seus votos são inconsistentes.

“Por quatro vezes tive votações de 3,5 milhões de votos. Quero saber quem é o petista que teve isso.” Falta de aproximação cotidiana com o eleitorado?

“Conheço 750 dos 853 municípios de Minas e visito todas as semanas o estado. O Fernando Pimentel saiu da prefeitura de Belo Horizonte há dois anos.”

Quanto à data do anúncio do apoio ao nome dele para disputar o governo em chapa única, continua seguro: “Será em 6 de junho.” Antes da convenção nacional do PMDB marcada para o dia 12, onde os delegados mineiros têm 16% dos votos. “Para aonde Minas for irá o resultado da convenção.”

Não obstante a contundência, Hélio Costa não investe em briga, aposta na aliança. Inclusive porque tem consciência: “Só ganhamos se estivermos juntos, PT e PMDB.”

No detalhe, a análise é a seguinte: “No Sul está complicado, São Paulo é caso perdido. É fundamental ganhar em Minas onde Dilma está empatada com Serra e Aécio ainda não entrou na campanha. Em Minas há um partido dificílimo de ser enfrentado: o PL, Palácio da Liberdade – sede do governo, atualmente ocupado pelo vice de Aécio, candidato à sucessão.”

Fonte: Gazeta do Povo

Fidelidade só no papel



As eleições deste ano serão marcadas por duas novidades contraditórias. Será a primeira disputa após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que estabelece a fidelidade partidária, ou seja, que os mandatos pertencem aos partidos e não aos políticos. Ao mesmo tempo, não valerá mais a regra da verticalização, que determinava que as coligações estaduais deveriam respeitar as alianças nacionais.

Está formado o ambiente para o samba do crioulo doido. Afinal de contas, qual é o conceito de fidelidade que vale na política brasileira? É fiel o partido que, por exemplo, apoia Dilma Rousseff (PT) para presidente e em vários estados acompanha a chapa de candidatos a governador do PSDB?

Numa época em que as legendas se esforçam para jogar para a torcida com o apoio ao desfigurado projeto Ficha Limpa, essa dicotomia não pode passar batida para o eleitor. Não serão poucos os casamentos esdrúxulos a se formar nos próximos dias, tanto nacionalmente quanto no Paraná.

Todos eles vão radicalmente contra ao princípio do fortalecimento dos partidos, uma das chaves para fortalecer a democracia brasileira. O que está em jogo são os interesses pessoais. Cada um corre para um lado, salve-se quem puder.

O PTB, que integra a base de apoio ao governo na Câmara dos Deputados, anunciou na semana passada que apoiará José Serra (PSDB). Na mesma linha, o PP está bem próximo de fechar com os tucanos. Difícil é entender por que o PSDB aceita de braços abertos os partidos explicitamente vira-casacas de Roberto Jéfferson e Paulo Maluf em troca de uns segundinhos no horário eleitoral gratuito.

No Paraná, o PP já oficializou o acordo com o PSDB. Em troca, ganhou o direito de indicar o deputado federal Ricardo Barros (vice-líder do governo Lula por sete anos) para o Senado e uma coligação nas proporcionais. Uma jogada de mestre dos progressistas, que fortalece o partido e abre caminho para aumentar as bancadas na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional.

Do outro lado, o que ganha o PSDB, ou melhor, a legenda como um todo ou o “ideal” social-democrata? Quem leva indiscutível vantagem individual é o candidato a governador Beto Richa. Já os que concorrerão a deputado terão de fa­­­zer mais votos, sem dizer que a parceria fulmina a eleição de novas lideranças e ainda enterra as chances de o partido manter a cadeira que hoje é de Flávio Arns no Sena­do.

Outra incongruência muito próxima de se concretizar é a adesão do senador Osmar Dias à chapa de Richa. Osmar é líder do PDT, partido original da pré-candidata Dil­­­ma Rousseff (PT) e cujo presidente licenciado, Carlos Lupi, é ministro do Trabalho. Além disso, tem votado lealmente com a base governista nos últimos quatro anos.

Lupi e a cúpula pedetista, no entanto, já se comprometeram a não incomodar Osmar se ele decidir ficar em uma coligação pró-Serra. Assim como o PSB, que nacionalmente rifou Ciro Gomes para também apoiar Dilma, não vai molestar o prefeito Luciano Ducci por fazer campanha a favor do PSDB. Para fechar a lista, há uma forte corrente no PMDB, que indicará Michel Temer como vice de Dilma, também disposta a apoiar o PSDB no Paraná.

Entre tantas movimentações e tantas regras ambíguas, o que fica mais evidente às vésperas das definições de candidaturas é o individualismo, para não falar em caciquismo puro. Uma prática que corrói a política partidária e que deixa o cidadão comum cada vez mais avesso à política. Uma mostra de que não há lei que estabeleça fidelidade.

A não ser a própria consciência, mas aí já é querer demais.

Nos corredores

Viagem de Pessuti

A viagem do governador Orlando Pessuti (PMDB) a Brasília não será restrita à audiência com o presidente Lula, marcada para quarta-feira. O peemedebista também deve se encontrar com o presidente licenciado do partido, Michel Temer. Em ambos os casos, deve estar preparado para ouvir consultas (ou pedidos) sobre uma possível desistência da candidatura ao Palácio Iguaçu.

Tudo menos o PP

Os deputados federais Luiz Carlos Hauly e Gustavo Fruet e o senador Flávio Arns entregam amanhã ao presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, um documento com razões para não se coligar com o PP no estado. Pesado, o material terá duas utilidades. Se não convencer Guerra sozinho, será transformado em um pedido formal à toda executiva nacional do partido para reverter a aliança.

Territórios de paz

O Paraná deve receber no segundo semestre o projeto Territórios de Paz, que integra mais de 20 ações de enfrentamento à criminalidade e ações sociais do Programa Nacional de Segurança Pública. A iniciativa do Ministério da Justiça é destinada a favelas e comunidades pobres com problemas de segurança e já está presente em dez estados, desde 2008.

Fonte: Gazeta do Povo

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