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domingo, maio 02, 2010

Os loucos e insensatos do MST estão em marcha

Os loucos e insensatos do MST estão em marcha
Gerivaldo Alves Neiva*
Trafegava ontem (22.04) pela BR 324 (Salvador - Feira de Santana) e vi a marcha do MST pela rodovia. Saíram de Feira de Santana e a previsão de chegada a Salvador é na segunda-feira (26.04). São mais de 100 km de caminhada. Fala-se em 5 mil ou 6 mil participantes. Vi muitos jovens e mulheres participando da marcha.
Segunda a imprensa local, “a manifestação tem como objetivos cobrar mais agilidade na reforma agrária no País e cobrar do governo a realização de obras negociadas em manifestações anteriores, como a construção de casas e escolas em 120 assentamentos no Estado. A marcha também tem o caráter de protesto contra a criminalização dos movimentos sociais e contra a impunidade no campo, afirmou o deputado estadual Valmir Assunção (PT), que integra a marcha. Com ele, estão outras lideranças do partido na Bahia, como o vice-presidente estadual da legenda, Weldes Valeriano. Na programação dos participantes, estão previstas caminhadas pela manhã e atividades culturais - como curso de formação política e exibição de filmes - nos outros períodos”. (leia mais...)
Antes de encontrar os membros do MST em caminhada, parei em um posto para abastecer o carro e puxei conversa com o frentista sobre a marcha. Comecei perguntando se estavam muito na frente e ele me respondeu que tinham passado por ali na manhã anterior e que àquela hora (+/- 9h) já deveriam ter levantado acampamento e estavam novamente na pista. Em seguida, tentou me confortar argumentando que era feriado, o trânsito não estava intenso e talvez não encontrasse muito engarrafamento. Respondi que não me incomodava muito, pois o MST tinha o direito de lutar e de se manifestar. Ele se animou para continuar a conversa e alegou que também gostava do MST e da coragem deles, mas não gostava quando se tornavam violentos, destruíam plantações e casas das fazendas invadidas.
Desejei bom dia de trabalho ao frentista e segui viagem. Depois que passei por aquela multidão de homens e mulheres, caminhado em duas filas indianas, cantando e demonstrando que estavam voluntariamente naquela caminhada, pensei comigo mesmo: são mesmo loucos e insensatos! Ora, são mais de 100 km de caminhada e nesta época do ano costuma chover muito no recôncavo baiano. Loucos e insensatos, mesmo!
Mais na frente, lembrei-me da observação do frentista com relação à violência do MST e pensei: também, o que se pode esperar de loucos e insensatos? Que vão entrar com muito cuidado nas fazendas que ocupam, cuidar bem da casa, deixar tudo limpo e arrumado? Não, nada disso. São loucos e insensatos!
Mas o que os levou à loucura e à insensatez? Por que tantos jovens, moças e rapazes, já perderam a razão e os bons modos ainda na flor da idade?
Esta doença é hereditária e foi causada por mais de 500 anos de exclusão e opressão. No início, os índios, depois os negros, depois os posseiros e pequenos colonos foram excluídos da terra e lançados ao léu. Agora, séculos depois, tornaram-se “sem-terra” e marcham pelas rodovias do país, moram em acampamentos, ocupam fazendas, derrubam laranjais, queimam sedes luxuosas, matam bois para comer a carne... São uns loucos e insensatos.
Sendo assim, diferente dos “doutores da lei”, eles não sabem distinguir os vários tipos de posse, não sabem distinguir posse de propriedade e, muito menos, o que sejam os tais “interditos proibitórios.” Para eles, interessa somente a terra e os alimentos que dela brotam. Terra, portanto, não se confunde com posse e, muito menos, com propriedade. Terra é mãe e produz alimentos, é o local, o espaço sagrado e detentor das possibilidades de continuidade da espécie humana sobre o planeta. Propriedade, de outro lado, é mera abstração, conceito, idéia, pedaço de papel, registro em cartório...
Não compreendem os loucos e insensatos do MST, enfim, por que tantos “letrados” andam dizendo por aí que a “propriedade” é um direito sagrado. Ora, sagrada é a terra, e não a propriedade dela! Esse destino místico da terra, porém, não se realiza com pastos e pisadas de bois ou eucalipto para virar celulose, mas com a presença do homem, como se pertencessem um ao outro, plantando e colhendo, no cio da terra, alimentos para o mundo. O homem, portanto, não pode impor qualquer função ou amarras à terra, pois ela já tem desde sempre o seu destino inafastável, que é oferecer a vida ao homem que lhe habita.
Pensando bem, aliás, o que seria da vida, da liberdade e do mundo sem os loucos e os insensatos?
Salvador, 22 de abril de 2010
* Juiz de Direito

Autoexame da mama só detecta tumores maiores

Fernanda Barbosa
do Agora

Fazer o autoexame é importante para prevenir e detectar o câncer de mama, mas só esse procedimento não é o bastante para assegurar a saúde da mulher. Mesmo que pareça desagradável, a mamografia é o principal remédio contra a doença.

A mamografia é uma espécie de radiografia que pressiona a mama e, por isso, consegue uma imagem melhor. Ela deve ser feita anualmente, principalmente nas mulheres acima de 40 anos. Além do autoexame, feito pela própria mulher, outra forma de detectar rapidamente o câncer é o exame clínico, realizado por um médico.

O Inca (Instituto Nacional do Câncer) informa que o autoexame não pode substituir o parecer de um especialista e, pode, inclusive, ter consequências negativas. A mulher pode achar que fez o exame certo, mas ter um nódulo. Ou ela pode sofrer impacto psicológico ao pensar, erroneamente, que tem a doença.

Fotos do dia

Grávida, Daniela Sarahyba está na "Vogue RG" de maio Festa da Força Sindical reúne milhares de pessoas na praça Campo de  Bagatelle (zona norte) Eventos comemorativos do Dia do Trabalho tiveram a participação de  cerca de 1,5 milhão O cantor Milton Nascimento se apresentou na festa da CUT, no  Memorial da América Latina
Gaviões da Fiel lota o treino do Corinthians; torcida pede empenho  do time contra o Fla Presidente Lula e sua mulher posam ao lado de Ronaldo, Roberto  Carlos e Andrés Sanches Jogadores do Cimed/Malwee comemoram conquista da Superliga  masculina de vôlei Modelos nus posam para foto conjunta em Manchester, na Inglaterra

Beira-Mar quer estudar gestão financeira

Folha de S.Paulo

Um traficante condenado a 120 anos de prisão tem o direito de fazer faculdade? E se o curso for de gestão financeira? E se o traficante for o mais lendário da história recente do país? A Justiça Federal do Mato Grosso do Sul terá de responder a essas duas perguntas. Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, quer fazer o curso de gestão financeira à distância da Universidade Católica Dom Bosco.

Beira-Mar está no presídio federal de segurança máxima de Campo Grande. Seu advogado, Luiz Gustavo Battaglin Maciel, pediu ao juiz responsável por essa penitenciária para o preso ter acesso à internet por três horas por semana. O curso tem duração de dois anos.

O traficante concluiu no ano passado o ensino médio. Fez uma espécie de supletivo dentro da prisão. Foi um bom aluno, segundo o exame: com exceção de redação, suas notas estão sempre acima da média. É a segunda tentativa de Beira-Mar de fazer um curso superior. No ano passado, o juiz federal Odilon de Oliveira negou um pedido, sob alegação de que ele poderia praticar crimes se tivesse acesso à internet.

"Existem maneiras muito simples de limitar o acesso do computador ao site da universidade", diz o advogado.

A última condenação de Beira-Mar, a 29 anos de prisão, foi por crimes que praticou dentro da prisão. Na investigação, a Polícia Federal descobriu que ele tinha postos de gasolina, lan house e uma distribuidora de gás em Duque de Caxias (RJ), usados para lavar dinheiro.

Da prisão, Beira-Mar montou um centro de distribuição de cocaína no Paraguai. Usava aviões que voavam em alturas que dificilmente podiam ser captadas pelos radares para trazer droga para o Brasil.

Se a Justiça conceder a Beira-Mar o direito de estudar, haverá um problema prático: nenhum dos cinco presídios federais no país permite que os presos usem a internet --o acesso é restrito aos funcionários da administração. Cerca de 700 presos estão nessas instituições.

B@te-papo na internet: como atualizar uma foto na web?

Alessandra Kormann

Gostaria de saber se existe algum site que possa mostrar como seria a aparência de uma pessoa hoje, com base em uma foto tirada em 1982. Estou à procura de alguém. Isso é possível?
Detetive

Encontrei um site elaborado por pesquisadores britânicos da Universidade de St. Andrews, o endereço http://morph.cs.st-andrews.a c.uk//Transformer/ c.uk//Transformer/. O site é em inglês, mas é bem fácil de usar, mesmo para quem não conhece o idioma. Primeiro, selecione a foto que vc quer envelhecer, clicando no campo de busca.

A imagem deve estar em JPG ou em GIF e não pode ter mais de 2 Mb de tamanho. Em seguida, selecione o gênero da pessoa ("male" para masculino ou "female" para feminino) e a faixa etária, se é criança (child), adolescente (teenager), jovem adulto (young adult) ou idoso (older adult). Depois escolha o grupo étnico mais aproximado, de acordo com as imagens mostradas. Clique, então, em "Submit". Na próxima tela, selecione um quadrado em volta do rosto da pessoa, arrastando o mouse. Clique em "Next". Posicione as bolinhas verdes em cima dos olhos e da boca e clique em "Next" mais uma vez. Finalmente, dentro do campo "Choose Transform", escolha a transformação que vc deseja: bebê, criança, adolescente, jovem adulto ou idoso.

O resultado não é perfeito, mas dá para ter uma ideia aproximada. Tb é possível ver como a pessoa seria se fosse de outro grupo étnico ou um mangá, por exemplo. Se vc quiser um retrato mais sofisticado, existem profissionais que trabalham com softwares e técnicas de envelhecimento para auxiliar em investigações. Se for o caso, procure a polícia.

Fonte: Agora

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Trabalho insalubre até 91 dá benefício mais rápido

Anay Cury
do Agora

O segurado do INSS que trabalhou em algum tipo de atividade insalubre antes de 1991 poderá conseguir a aposentadoria por tempo de contribuição mais rápido.

Uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) permitiu que um segurado do Rio Grande do Sul conseguisse aumentar o tempo de INSS para obter a aposentadoria por tempo de contribuição, que exige 35 anos de pagamento, para homens, e 30 anos, para mulheres .

Isso porque o INSS, na hora de converter o tempo especial (trabalhado em condição insalubre) em comum, utilizou um índice menor do que a Justiça considerou devido. A decisão foi publicada no dia 12 de abril, no "Diário Eletrônico da Justiça".


As mulheres são responsáveis por 52% das compras de carros novos nos Estados Unidos, e influenciam mais de 85% das aquisições feitas pelos maridos e namorados.

Elas formam o segmento que mais cresce no setor de veículos, tanto para carros novos quanto para usados.

Pesquisas recentes mostram que as mulheres se preocupam mais com a economia de combustível do que com a cor do carro ou mesmo se o modelo possui equipamentos eletrônicos. E, ao contrário dos homens, vão a várias revendas, antes de fecharem negócio.

Segurança e conforto

As mulheres também querem itens que facilitem sua vida quando estiverem dirigindo, mas rejeitam pagar mais por isso.

Segurança tem prioridade alta na decisão de compra, já que frequentemente carregam crianças no carro.

Fonte: Tribuna da Bahia

SMS com publicidade é proibido

Começou a vigorar ontem determinação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que proíbe as operadoras de telefonia celular de enviar mensagens publicitárias por meio de torpedo (SMS). As empresas também estão obrigadas a utilizar contratos com letra em corpo maior do que o tamanho 12. É o fim dos contratos em letras miúdas e o início da regulamentação da publicidade por celular. A determinação, de fevereiro, dava prazo até ontem para que as operadoras pedissem autorização dos clientes para envio de SMS e tivessem os contratos adequados. As determinações seguem recomendação do Código de Defesa do Consumidor e do Ministério Público Federal (MPF). O MPF considera que o consumidor tem a privacidade invadida quando recebe propagandas pelo telefone sem ter autorizado.
Fonte: Gazeta do Povo

Com Lula, evento de 1º de maio vira ato pró-Dilm

Nelson Almeida/AFP

Nelson Almeida/AFP / Lula e Dilma participaram de evento  organizado por centrais sindicais em comemoração ao Dia do Trabalho em  São Paulo Lula e Dilma participaram de evento organizado por centrais sindicais em comemoração ao Dia do Trabalho em São Paulo
Dia do Trabalho


Presidente disse não temer que a oposição o acuse de propaganda eleitoral antecipada. TSE multou Lula por propaganda antecipada pró-Dilma duas vezes

Reuters

Primeiro de uma série de eventos do Dia do Trabalho a contar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ato organizado por centrais sindicais na manhã deste sábado (1) em São Paulo tornou-se mais uma chance dele defender a pré-candidatura petista à Presidência e pedir votos para Dilma Rousseff.

Em sua primeira participação em comemorações do 1º de maio desde que assumiu a Presidência, em 2003, Lula disse não temer que a oposição o acuse de propaganda eleitoral antecipada.

"Alguns vão dizer agora que é (ato) político, porque eu vim. Mas nos sete que eu não vim e que os outros vieram não foi político. Não existe problema. Nós, com a mesma tranquilidade, vamos nos outros atos", discursou Lula na festa promovida pela Força Sindical, um dos quatro eventos do qual participará.

"Quando eu deixar a Presidência vou registrar em cartório tudo o que eu fiz. Eu quero que quem vier depois de mim, e vocês sabem quem eu quero, saiba que tem que fazer mais e tem que fazer melhor", disse, numa menção indireta à sua ex-ministra.

Por duas vezes, o Tribunal Superior Eleitoral multou Lula por propaganda antecipada pró-Dilma, em valores que somam 15 mil reais.

Ele também reiterou seu compromisso em segurar a inflação, poucos dias depois de o Banco Central ter elevado a taxa básica de juro da economia em 0,75 ponto percentual.

"Não pensem que por conta das eleições eu vou deixar o Brasil afundar. Não pensem. Eu aprendi minha seriedade... e não vou brincar. Porque a inflação neste país não volta mais. A irresponsabilidade fiscal não volta mais", disse.

Apesar da promessa com relação à responsabilidade fiscal, críticos do governo reclamam dos gastos públicos. Na sexta-feira, o Banco Central informou que o setor público consolidado teve o pior saldo primário num mês de março, na série histórica iniciada em 2002.

Discursando antes de Lula, Dilma elencou os sucessos do governo na economia e afirmou que "o que vem por ai é muito maior".

"O que vem por aí é mais riqueza... O que vem por ai é um Brasil cada vez melhor."

Apoio estatal

O evento da Força Sindical teve patrocínio de estatais como Petrobras, Banco do Brasil Eletrobras e Caixa Econômica Federal. Para o presidente do sindicato, o deputado federal Paulinho da Força (PDT), não há indícios de favorecimento.

"Nós achamos normal o patrocínio. Eles (as estatais) sempre patrocinaram durante os 13 anos da festa", disse a jornalistas.

Ele estimou o patrocínio das estatais federais em 700 mil a 800 mil reais.

Em seu discurso, Paulinho defendeu Dilma e alfinetou o principal adversário da petista à sucessão, José Serra (PSDB).

"A imprensa já diz que estamos fazendo política. Nós deveríamos fazer mesmo. Nós convidamos o governador José Serra... (Ele) não veio porque não gosta dos trabalhadores", disse.

"Esse sujeito que não gosta de trabalhador não pode ser candidato", declarou Paulinho, que teve poucos seguidores ao tentar puxar o coro de "Olé, olé, olá, Dilma." Parte da Força Sindical pode optar em apoiar Serra, que participará de evento evangélico em Camboriú (SC) neste sábado.

Fonte: Gazeta do Povo

Fator surpresa

Dora Kramer


Por essa o presidente Luiz Inácio da Silva não esperava. Justiça seja feita, nem ele nem ninguém imaginava que por trás da impressão de indecisão e da bagunça generalizada reinante no PSDB houvesse uma campanha presidencial pronta para entrar em cena a tal ponto estruturada que até o adversário reconhece a sucessão de acertos na largada.

Coisa raríssima em se tratando de tucanos, cujas campanhas presidenciais de 2002 e 2006 notabilizaram-se não por desacertos corriqueiros, mas por desastres monumentais dignos de manual. Passos tão fora do compasso que até os acertos eram anulados por equívocos cometidos nos momentos seguintes.

Fiquemos nas cenas inesquecíveis: Geraldo Alckmin consegue ir ao segundo turno com Lula e a primeira coisa que faz é se atirar nos braços de Anthony Garotinho, já em franca débâcle de imagem.

De jaqueta cheia de adesivos de estatais, o tucano posa para fotos a fim de se mostrar mais realista que o próprio rei e cai na armadilha do adversário que assume a partir dali o co­­mando da agenda do debate nacionalista.

Ao que tudo indica, Lula acreditou que a escrita se repetiria. Esqueceu-se de que ele mesmo mudou quando se viu diante do que seria a derradeira chance.

E provavelmente não levou em conta o mais importante: a conduta do adversário diante da dimensão de sua força. É possível que tenha feito essa leitura com sinais trocados.

Por ser muito forte, Lula achou que sua fortaleza bastaria. Intimidaria o inimigo, substituiria a necessidade de uma organização perfeita de campanha, a escolha de candidatura autossustentável.

Pois exatamente pelo poderio de Lula é que o adversário se preparou com antecedência, mediu cada movimento, entrou em campo estrategicamente prevenido, com tarefas divididas e o candidato dono da própria autonomia.

E o PT? Uma babel de comandantes desconectados na dependência de Lula até para administrar vontades de diretórios regionais, com Dilma ainda desconfortável no figurino de candidata.

O presidente estava certo de que dominava o terreno, mas ao se abrirem os trabalhos deparou-se com um cenário inesperado. Onde imaginava que haveria a discórdia – em Minas – fez-se a unidade.

Onde acreditou que haveria espaço para a dicotomia de um plebiscito sem nuances por falta de discurso da oposição, o adversário propõe uma pauta à qual a cada dia acrescenta um assunto diferente.

Onde esperava estabelecer a guerra na base do “nós contra eles” o oponente construiu uma barreira já no início recusando a proposta de maneira explícita e em seguida aproveitando todas as chances para amenizar o tom como quem diz “não quero briga”.

Ocorre, porém, que o susto inicial não representa necessariamente a regra do jogo todo. Inclusive porque surpresa por definição dá e passa.

Em tese, o fato de Lula ter sido surpreendido por não poder combater à sombra como gostaria não quer dizer que não possa fazê-lo ao sol. E até sob forte temporal se preciso for.

Imã

Da cúpula do PMDB partiu um alerta ao comando do PT sobre a relação do senador Francisco Dornelles com o PSDB. Nada tem a ver com o lugar de vice de José Serra.

A preocupação é com o papel que o sobrinho de Tancredo Neves e tio de Aécio possa vir a ter na articulação de adesões governistas à candidatura oposicionista.

Os peemedebistas lembraram aos petistas que foi assim, pescando na seara alheia, que Tancredo conseguiu votos para se eleger presidente no colégio eleitoral em 1985.

Água nova brotando

Chico Buarque declarou voto em Dilma Rousseff. Quem sabe não serve de incentivo à retomada da participação dos artistas na política.

Uma renovada de ares no ambiente é salutar e, sobretudo, necessária para tentar injetar um pouco de ânimo criativo onde reina a mesmice e a autorreferência. Faria um bem danado ao processo.
Fonte: Gazeta do Povo

O Jango que deu certo

Carlos Chagas

A História costuma ser feita de ironias. Confundem-se a origem, o perfil político e os objetivos de dois presidentes da República rotulados de populistas, representantes das massas: João Belchior Marques Goulart e Luiz Inácio da Silva, apesar de um, rico fazendeiro, e outro, torneiro-mecânico. Só que as semelhanças de conduta expostas na obstinação comum de redimir os menos favorecidos separam-se como água e azeite.

Para chegar ao poder, João Goulart precisou de uma revolta armada, com o país à beira da guerra civil. O Lula, nem tanto. Perdeu três vezes as eleições, só vencendo na quarta, mas deixando de ser confundido com Jango no propósito de promover “na marra” as reformas de base. O atual recuou pouco antes de assumir o poder, através de um documento de submissão às elites denominado “Carta aos Brasileiros”. O anterior radicalizou no final de um mandato incerto, por falta de opções.

Antes do texto de capitulação prévia do Lula, porém, será bom não esquecer da existência de empresários dispostos a deixar o país, no caso de sua vitória. E de projetos em andamento visando a retirada dos investimentos externos feitos no Brasil.

O problema é que João Goulart, mesmo de início disposto ao diálogo e à conciliação, não escreveu carta alguma. Mais ainda, insistiu na determinação de promover mudanças estruturais num país àquela época muito mais atrasado, radicalizado e empedernido pelos privilégios elitistas.

Já o Lula, de concreto, deixou de realizar as reformas agrária, bancária, urbana, educacional e outras, conseguindo transformá-las em assistencialismo. Além de manter satisfeito e não apavorado, até melhor aquinhoado, o segmento conservador. Mas satisfez as massas com a melhoria de seu padrão de vida, sufocando segmentos dispostos a seu lado que, no passado, Jango não conseguiu conter. Insurgia-se todos os dias, naqueles idos, o Comando Geral dos Trabalhadores, ao tempo em que CUT e congêneres, hoje, viram-se transformados em gatinhos, tigres que foram antes.

No Congresso, nos tempos de Jango, a resistência da Direita revelou-se extremada e muito superior aos pruridos da bancada ruralista e sucedâneos, hoje. Lula conseguiu a submissão da maioria parlamentar através de benesses, nomeações e liberação de verbas de que o longínquo antecessor não cogitou ou conseguiu implantar.

Uma semelhança verifica-se entre os dois presidentes populistas na questão agrária. As Ligas Camponesas de Francisco Julião invadiam terras até em proporção menor do que o MST, hoje, mas aos liderados de João Pedro Stédile falta o apoio de outras forças sindicais, ao contrário do início dos anos sessenta, quando todos defensores das reformas de base pareciam unidos.

Por último, nos tempos de Jango o planeta dividia-se em dois campos empenhados em luta mortal. Como mais tarde o bloco chefiado pela União Soviética saiu pelo ralo, junto com o comunismo, beneficiado foi o Lula, circunscrito apenas a alguns arroubos periféricos diante dos Estados Unidos. É bom lembrar que os americanos chegaram a chamar Jango de estadista, enquanto tramavam sua queda, ao tempo em que incluem o Lula no rol dos 25 maiores líderes da atualidade, sem o menor perigo de intervenção por aqui. Também, não precisam. As forças armadas brasileiras, cuja maior parte Washington manipulava através do “perigo vermelho”, tiveram sua oportunidade e fracassaram por estender seu predomínio durante 21 anos, enquanto hoje mantém conduta exemplar, afastadas da política. Ainda que não raro engolindo sapos em posição de sentido.

Um suma, Jango perdeu, Lula sai vitorioso. Oriundos da mesma raiz germinaram em terrenos diversos. Este deu certo, aquele foi deposto. Os dois passarão aos livros de História como populistas, mas que diferença, hein?

Fonte: Tribuna da Imprensa

Decreto da presidente do Tribunal de Justiça corta benefícios de servidor

Redação CORREIO

Para reduzir despesas com pessoal, o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA), publicou o Decreto 152/10 que suspende vários benefícios dos servidores do Poder Judiciário, entre eles vantagens, adicional de função, Gratificação Especial de Eficiência e contratação de hora extra. A medida entrará em vigor no dia 1º de junho.

A publicação assinada pela presidente do TJ-BA, desembargadora Telma Britto, foi feita ontem, às vésperas do ferido do Dia do Trabalho, no Diário Eletrônico do TJ-BA De acordo com o documento, a medida foi adotada porque a despesa com pessoal do Poder Judiciário ultrapassou, no último quadrimestre de 2009, o limite prudencial estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal.

Ainda no decreto, consta que as medidas foram recomendadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado (Sinpojud) estuda medidas para anular o texto. No dia 20, foi aprovado o projeto de lei que reajusta em 9,7% os salários dos magistrados baianos.
Fonte: Correio da Bahia

Perícia do DPT conclui: manobra indevida matou motociclista

Flávio Costa | A TARDE

Fernando Vivas | Ag. A TARDE


Laudo do  DPT desmente versão do juiz em acidente ocorrido em 2009

Laudo do DPT desmente versão do juiz em acidente ocorrido em 2009

O laudo do Departamento de Polícia Técnica desmente a versão do juiz Benedito da Conceição dos Anjos de que ele teria feito uma manobra legal durante o acidente que resultou na morte do comerciante Anderson Jorge dos Santos. Os peritos atestaram, porém, que a vítima estava em alta velocidade.

Em 16 de outubro de 2009, o magistrado dirigia sua Toyota Hilux quando cometeu uma “roubadinha” para entrar no estacionamento do Tribunal de Justiça, na 5ª Avenida do Centro Administrativo (CAB). Em vez de seguir mais alguns metros e entrar no segundo retorno para a pista, fez uma manobra proibida e entrou no primeiro. O carro foi atingido pela moto pilotada por Anderson, que vinha em linha reta pela via. Ele morreu na hora.

Conduta inadequada - Em documento assinado em 11 de dezembro de 2009, os peritos do DPT concluíram que “a causa do acidente resultou de conduta inadequada do condutor da caminhonete de placa de JPE-2618 (o magistrado), por conduzir o veículo sem a devida atenção e segurança do local, o que motivou a interceptação das três faixas da via vertical”. Em entrevista ao jornal A TARDE, no dia seguinte à batida, Benedito negou que tivesse cometido uma “roubadinha”. “A manobra foi legal”, disse, à época, o magistrado.

No mesmo documento, os peritos afirmam que cálculos matemáticos revelaram que a moto de Anderson estava a 116 km por hora, quase o dobro do limite permitido para a via: 60km/h. A TARDE também apurou que exames realizados pelo IML Nina Rodrigues no cadáver de Anderson revelaram presença de cocaína em seu sangue.

O juiz não foi submetido a exames de alcoolemia por agentes da Transalvador. No dia do acidente, ele não foi interrogado pelo delegado Augusto Henrique Cruz, então plantonista da 11ª CP (Tancredo Neves). Testemunhas afirmaram que o juiz foi retirado do local por policiais militares que atuam no TJ-BA; foi atendido pelo Serviço Médico da corte, onde atua no Núcleo de Precatórios.

Leia a reportagem completa no jornal A TARDE deste domingo

Poder, tradição e corporativismo aumentam clãs políticos na Bahia

Regina Bochicchio | A TARDE

Fernando Amorim | A TARDE


Antônio  Carlos Magalhães, um dos principais representantes dos clãs políticos na  Bahia


Antônio Carlos Magalhães, um dos principais representantes dos clãs políticos na Bahia

Poder não é genético, mas hereditário em boa parte da política brasileira. A Bahia, por exemplo, é pródiga na formação de clãs políticos familiares, que se mantêm no poder há anos, como os das famílias Magalhães e Carneiro - respectivamente de Antonio Carlos Magalhães (morto em 2007) e do senador João Durval Carneiro (PDT).

O que não falta, também, é político querendo eleger seus filhos para manter seu poderio. Todos, porém, dizem que entram na vida pública para o bem da coletividade.

Nessa ala se enquadram os casos recentes dos filhos dos deputados federais João Leão (PP) e Mario Negromonte (PP) – Carlos Felipe Leão (PP), o Cacá Leão, e Mário Negromonte Junior (PP) – que, pela primeira vez, são prováveis candidatos a deputado estadual. Eles são bons exemplos de que, para muitos que têm parentes políticos – com base eleitoral estruturada e o caminho das pedras pronto para patrocínio de campanha – fica fácil entrar na vida pública.

Cacá aguarda decisão do PP para ver se a candidatura vai esbarrar na do deputado estadual Roberto Muniz , alto clero no partido, que teria mesma base eleitoral que a sua, em Lauro de Freitas, onde seu pai, João Leão, foi prefeito. Por que quer ingressar na vida pública? “Levanto a bandeira ampla dos jovens, do mercado de trabalho, da infraestrutura de estradas no Estado”, alega.

Ele admite, porém, que ser filho de deputado federal abre portas e, mesmo debutante, já fala como político de verdade: “Fui criado numa escola que não é feita de promessas, mas de realização”. E o pai, João Leão, ainda diz que preferia que ele fosse empresário, “como o filho de José de Alencar (PRB) que preside a Coteminas”.

Corporativismo - Famílias com tradição na política têm, é claro, em todo lugar boas condições competitivas nessa área, diz o cientista político Paulo Fábio Dantas (ver artigo na pagina seguinte): “Mas isso não se deve a nenhuma razão específica do sistema político, ou da tradição política. É um traço corporativo da sociedade. Basta ver o que ocorre entre advogados, médicos, dentistas" .

Corporativismo, sim, e dinheiro para colocar em prática o projeto. Da parte dos clãs já consolidados, seus principais expoentes, hoje, são o senador ACM Junior e o deputado federal ACM Neto (DEM), do patriarca Antonio Carlos Magalhães. Tem também o vereador Paulo Magalhães Jr., primo de Neto, e seu pai, o deputado federal Paulo Magalhães, que concorre à reeleição esse ano.

O prefeito de Salvador, João Henrique (PMDB), por sua vez, é um dos filhos do senador João Durval Carneiro (PDT), assim como o deputado federal Sergio Carneiro (PT). A família tenta, agora, emplacar pela segunda vez Luiz Alberto, o Lue, (PSB), no Legislativo estadual. Além disso, a esposa de João, Maria Luiza (PSC), foi eleita deputada estadual com 56.563 votos em 2006. Este ano, deve tentar a reeleição. Ligado à família está o deputado federal Sergio Brito (PDT), casado com a irmã de Maria Luiza. Enquanto o clã de ACM está no DEM – à exceção de Paulo Magalhães Jr. que mudou em setembro para o PSC – os Carneiro são ecléticos: PDT, PMDB, PSC, PT e PSB.

Embora não sejam numerosos, não se pode esquecer dos Vieira Lima. Afrísio foi vereador e deputado estadual e federal. Seu filho, Geddel, deputado federal. O irmão de Geddel, Lúcio, era chefe de gabinete do então deputado Geddel. Quando o irmão virou ministro e se licenciou da presidência estadual do PMDB, ele assumiu a presidência do partido e desde então se prepara para herdar do irmão bases eleitorais para se eleger deputado federal. Geddel, este ano, concorre ao governo do Estado.

Leia a reportagem completa no jornal A TARDE deste domingo

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