BRASÍLIA - O governo pode ter problemas com obras importantes como a transposição do Rio São Francisco e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), entre outras. Advogados públicos, defensores e procuradores da Fazenda e do Banco Central que defendem a União em contestações a esses programas estão em greve, há 43 dias, por causa do descumprimento de um acordo que previa um aumento de 30% nos seus salários, parcelado até 2009.
Os funcionários - que somam 11 mil, dos quais 6 mil estão em atividade - esperavam o cumprimento do acordo a partir de dezembro passado. Entraram em greve no dia 17 de janeiro, depois de entrevistas em que o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, alegou que os acordos "subiram no telhado" com a perda dos recursos da CPMF.
Ontem, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou recurso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e confirmou uma decisão da juíza Iolete Fialho de Oliveira, da 16ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, que considerou a greve abusiva.
As duas decisões - da Justiça Federal e do STF - se basearam no descumprimento da lei que obriga à manutenção de 30% de funcionários em atividade. Os grevistas, presentes no Fórum Nacional da Advocacia Pública, asseguram que têm garantido o percentual e disseram que vão recorrer da decisão do ministro.
"A bola está com o governo. Até agora, temos recebido informações de que a administração pública cumpriria o acordo assinado conosco, mas não há proposta concreta", afirmou o presidente da Associação Nacional dos Advogados da União (Anuani), José Wanderley Kozima.
Segundo ele, a greve não aconteceria se o governo tivesse sinalizado com o cumprimento do acordo. Os líderes das categorias recusam vincular as negociações da categoria ao fim da CPMF, que fez o governo perder, segundo cálculos próprios, R$ 40 bilhões. Alegam que no mês passado o governo anunciou recorde de arrecadação.
Nota
Em nota, o presidente da Advocacia Geral da União (AGU), José Antonio Dias Toffoli, diz que "em momento nenhum o governo federal descumpriu o acordo salarial firmado com as carreiras jurídicas da instituição". Toffoli prega a readequação do acordo por causa do fim da CPMF.
Faz questão de frisar, porém, que a AGU reafirma o compromisso. Ao final, assinala que a AGU "reafirma a total desnecessidade e descabimento da greve, já que o referido acordo será cumprido". Segundo a nota, o advogado-geral da União apresentou ao Ministério do Planejamento quatro propostas de readequação do acordo salarial.
O ministério se comprometeu, segundo o texto, a apresentar, o mais breve possível, uma contraproposta para solucionar a questão. A AGU solicitou ao Judiciário a suspensão dos prazos de defesa da União para evitar prejuízos em função da greve. Segundo a AGU, ao menos por enquanto, o único efeito da greve foi a sobrecarga para os que permanecem trabalhando.
Governo já estuda mudanças na proposta de reforma tributária
Fonte: Tribuna da Imprensa
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sábado, março 01, 2008
Procuradores pedem afastamento de dez deputados
MACEIÓ - O procurador-geral de Justiça de Alagoas, Coaracy Fonseca, o procurador-geral de Justiça substituto, Dilmar Camerino, e promotores de Justiça do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) e da Fazenda Pública protocolaram ontem pela manhã, no Tribunal de Justiça do estado, um agravo de instrumento solicitando que os dez deputados estaduais indiciados pela Polícia Federal (PF) na Operação Taturana tenham os seus mandatos suspensos.
Como já havia solicitado numa ação cautelar, os procuradores alagoanos renovaram pedido para que o TJ decrete o bloqueio de bens dos deputados e a proibição de pagamento de vencimentos a servidores fantasmas e laranjas da "folha 108". E também requisitou as folhas de pagamento da Assembléia nos últimos cinco anos, fichas funcionais e financeiras de ex-deputados, servidores na ativa e aposentados.
Na primeira instância, o juiz Gustavo de Sousa indeferiu o pedido de suspensão dos mandatos dos deputados, concedendo apenas o afastamento dos seis integrantes da Mesa da Assembléia já indiciados. As medidas adotadas pelo MP são preparatórias para uma ação civil de responsabilidade contra os deputados estaduais acusados - Antônio Albuquerque (DEM), Cícero Amélio, Manoel Gomes de Barros Filho, Arthur Lira, Cícero Ferro e Isnaldo Bulhões Júnior (todos do PMN), Edval Gaia Filho (PSDB), Maurício Tavares (PTB), Dudu Albuquerque (PSB) e Antônio Hollanda Júnior (PTdoB).
Albuquerque está afastado da presidência da Assembléia e é apontado pela PF como chefe da quadrilha. Ele e os demais indiciados negam ter participado do golpe. No entanto, o superintendente da PF em Alagoas, delegado José Pinto de Luna, garante que há provas robustas contra todos, num golpe que desviou mais de R$ 280 milhões da Assembléia.
Outros dois deputados
Marcos Ferreira e João Beltrão (ambos do PMN) também foram indiciados. Com isso, dos 27 deputados estaduais de Alagoas, 12 já foram indiciados e outros estão sendo investigados. Ao todo, mais de 80 pessoas já foram indiciadas, acusadas do desvio dos recursos do duodécimo da Assembléia. A investigação é presidida pelo delegado Janderlyer Gomes. Segundo ele, o inquérito estará concluído até o final de março.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Como já havia solicitado numa ação cautelar, os procuradores alagoanos renovaram pedido para que o TJ decrete o bloqueio de bens dos deputados e a proibição de pagamento de vencimentos a servidores fantasmas e laranjas da "folha 108". E também requisitou as folhas de pagamento da Assembléia nos últimos cinco anos, fichas funcionais e financeiras de ex-deputados, servidores na ativa e aposentados.
Na primeira instância, o juiz Gustavo de Sousa indeferiu o pedido de suspensão dos mandatos dos deputados, concedendo apenas o afastamento dos seis integrantes da Mesa da Assembléia já indiciados. As medidas adotadas pelo MP são preparatórias para uma ação civil de responsabilidade contra os deputados estaduais acusados - Antônio Albuquerque (DEM), Cícero Amélio, Manoel Gomes de Barros Filho, Arthur Lira, Cícero Ferro e Isnaldo Bulhões Júnior (todos do PMN), Edval Gaia Filho (PSDB), Maurício Tavares (PTB), Dudu Albuquerque (PSB) e Antônio Hollanda Júnior (PTdoB).
Albuquerque está afastado da presidência da Assembléia e é apontado pela PF como chefe da quadrilha. Ele e os demais indiciados negam ter participado do golpe. No entanto, o superintendente da PF em Alagoas, delegado José Pinto de Luna, garante que há provas robustas contra todos, num golpe que desviou mais de R$ 280 milhões da Assembléia.
Outros dois deputados
Marcos Ferreira e João Beltrão (ambos do PMN) também foram indiciados. Com isso, dos 27 deputados estaduais de Alagoas, 12 já foram indiciados e outros estão sendo investigados. Ao todo, mais de 80 pessoas já foram indiciadas, acusadas do desvio dos recursos do duodécimo da Assembléia. A investigação é presidida pelo delegado Janderlyer Gomes. Segundo ele, o inquérito estará concluído até o final de março.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Garibaldi: Comissão de Orçamento compromete Congresso
BRASÍLIA - As suspeitas de irregularidades na Comissão Mista de Orçamento provocaram atritos entre o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), e os parlamentares do colegiado. O senador encampou as acusações do PSDB e anunciou que, na próxima semana, vai discutir com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), mudanças na comissão.
Em resposta aos ataques, o presidente da Comissão, senador José Maranhão (PMDB-PB), e o relator-geral, José Pimentel (PT-CE), formalizaram uma carta de esclarecimento sobre a montagem do parecer que será votado na quarta-feira no plenário do Congresso Nacional.
O pivô da suspeita é o anexo de metas e prioridades constante do orçamento. O PSDB acusou, sem citar nomes nem provas, um pequeno grupo de parlamentares de estar manipulando a Comissão para beneficiar emendas de seu interesse. O anexo, que prevê recursos de R$ 534 milhões para projetos nos estados, foi aprovado como emenda de relator, um procedimento que PSDB alegou ser irregular.
"Não podemos ficar à mercê de uma Comissão de Orçamento que compromete o Congresso Nacional, compromete o Senado, a Câmara, e compromete todos os parlamentares. Não estou dizendo que todos são responsáveis por isso que está havendo, mas são alguns que insistem em realizar determinadas manobras e comprometem a dignidade do Parlamento justamente numa hora em que estamos querendo restaurar a sua credibilidade perante a opinião pública", disse o presidente do Senado.
Enquanto Garibaldi reforçava o movimento contra a comissão, o senador Pedro Simon (PMDB-RS), no plenário, anunciava a intenção de assinar um requerimento de criação de uma CPI para investigar a comissão do Orçamento. Ele disse que as denúncias são "mais graves" do que aquelas que aconteceram na chamada CPI dos Anões do Orçamento, em 1993.
Para contrapor a esse clima de suspeição, Maranhão e Pimentel convocaram uma entrevista para esclarecer que o Orçamento foi elaborado dentro das normas legais e que o anexo de metas já tinha sido aprovado pelo Congresso, por unanimidade, durante a votação do Plano Plurianual (PPA) em novembro do ano passado.
E foi incluído como emenda de relator para compatibilizar no Orçamento os projetos previstos no PPA e na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Além disso, Pimentel mostrou atas de reuniões de bancadas estaduais, nas quais estavam registradas as ações prioritárias que deveriam ser incluídas no anexo.
No caso do Rio Grande do Norte, por exemplo, estava a assinatura do próprio Garibaldi pedindo pelas obras. Na ata da bancada do Amazonas consta também a assinatura do líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), e na de Pernambuco a assinatura do presidente tucano, senador Sérgio Guerra (PE).
"Quem diz que teve 'contrabando' é no mínimo desonesto ou esqueceu de ler (as regras de elaboração do Orçamento)", afirmou Pimentel. "Evidentemente que não quero polemizar com o senador Garibaldi. O que queremos é esclarecer os fatos", afirmou Maranhão.
Os dois dirigentes da comissão explicaram que 95% dos recursos foram para bancadas estaduais e 5% para emendas individuais apresentadas por 95 parlamentares, que foram aprovadas porque tinham sido reapresentadas durante a discussão do PPA.
Pimentel afirmou que, a partir de agora, se algum dos parlamentares quiser abrir mão dos recursos terá de pedir a supressão na votação do plenário prevista para quarta-feira.
Ministro atribui denúncias de favorecimento a entidades ligadas ao PDT a "ranço udenista"
Fonte: Tribuna da Imprensa
Em resposta aos ataques, o presidente da Comissão, senador José Maranhão (PMDB-PB), e o relator-geral, José Pimentel (PT-CE), formalizaram uma carta de esclarecimento sobre a montagem do parecer que será votado na quarta-feira no plenário do Congresso Nacional.
O pivô da suspeita é o anexo de metas e prioridades constante do orçamento. O PSDB acusou, sem citar nomes nem provas, um pequeno grupo de parlamentares de estar manipulando a Comissão para beneficiar emendas de seu interesse. O anexo, que prevê recursos de R$ 534 milhões para projetos nos estados, foi aprovado como emenda de relator, um procedimento que PSDB alegou ser irregular.
"Não podemos ficar à mercê de uma Comissão de Orçamento que compromete o Congresso Nacional, compromete o Senado, a Câmara, e compromete todos os parlamentares. Não estou dizendo que todos são responsáveis por isso que está havendo, mas são alguns que insistem em realizar determinadas manobras e comprometem a dignidade do Parlamento justamente numa hora em que estamos querendo restaurar a sua credibilidade perante a opinião pública", disse o presidente do Senado.
Enquanto Garibaldi reforçava o movimento contra a comissão, o senador Pedro Simon (PMDB-RS), no plenário, anunciava a intenção de assinar um requerimento de criação de uma CPI para investigar a comissão do Orçamento. Ele disse que as denúncias são "mais graves" do que aquelas que aconteceram na chamada CPI dos Anões do Orçamento, em 1993.
Para contrapor a esse clima de suspeição, Maranhão e Pimentel convocaram uma entrevista para esclarecer que o Orçamento foi elaborado dentro das normas legais e que o anexo de metas já tinha sido aprovado pelo Congresso, por unanimidade, durante a votação do Plano Plurianual (PPA) em novembro do ano passado.
E foi incluído como emenda de relator para compatibilizar no Orçamento os projetos previstos no PPA e na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Além disso, Pimentel mostrou atas de reuniões de bancadas estaduais, nas quais estavam registradas as ações prioritárias que deveriam ser incluídas no anexo.
No caso do Rio Grande do Norte, por exemplo, estava a assinatura do próprio Garibaldi pedindo pelas obras. Na ata da bancada do Amazonas consta também a assinatura do líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), e na de Pernambuco a assinatura do presidente tucano, senador Sérgio Guerra (PE).
"Quem diz que teve 'contrabando' é no mínimo desonesto ou esqueceu de ler (as regras de elaboração do Orçamento)", afirmou Pimentel. "Evidentemente que não quero polemizar com o senador Garibaldi. O que queremos é esclarecer os fatos", afirmou Maranhão.
Os dois dirigentes da comissão explicaram que 95% dos recursos foram para bancadas estaduais e 5% para emendas individuais apresentadas por 95 parlamentares, que foram aprovadas porque tinham sido reapresentadas durante a discussão do PPA.
Pimentel afirmou que, a partir de agora, se algum dos parlamentares quiser abrir mão dos recursos terá de pedir a supressão na votação do plenário prevista para quarta-feira.
Ministro atribui denúncias de favorecimento a entidades ligadas ao PDT a "ranço udenista"
Fonte: Tribuna da Imprensa
Terremotos no Ceará vão continuar
Sismógrafos registraram cerca de 300 tremores, o mais forte de 3,9 graus na escala Richter
FORTALEZA - Pela terceira vez este ano a terra voltou a tremer na região Norte do Ceará. Desta vez, segundo a Defesa Civil do Estado, a intensidade chegou a 3,9 graus na escala Richter, que vai de zero a nove graus. "Foi o maior de todos", informou Francisco das Chagas Brandão Melo, chefe do Laboratório de Sismologia da Defesa Civil.
Assustados, moradores de várias cidades permaneceram acordados nas ruas durante toda a madrugada. Muitas senhoras se sentiram mal e foram socorridas por ambulâncias. De acordo com Melo, os abalos vão continuar e a população precisará aprender a conviver com eles.
Os tremores começaram por volta das duas horas da madrugada de ontem. Os equipamentos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que monitoram toda região nordestina, registraram mais de 300 abalos em oito localidades.
No distrito de Jordão, em Sobral, a 240 quilômetros de Fortaleza, a caixa d'água que abastece a comunidade está com pequenas rachaduras e ameaça desabar. Três médicos prestaram atendimento a idosos que se queixavam de pressão alta. Muita gente levou colchões para dormir no meio da rua. Redes foram penduradas em árvores. Até o padre foi chamado para tranqüilizar a população. "Vim para acalmar o povo e também para chamar a atenção das autoridades para a situação", disse o padre Juscelino Pascoal.
Técnicos da Defesa Civil também tentavam acalmar os ânimos das pessoas. Além do pavor dos tremores, os moradores também convivem com o risco de perder suas casas por causa da especulação imobiliária. Segundo a Defesa Civil, a população está sendo alertada também a não vender os imóveis aos corretores que se aproveitam da ocasião. Outra recomendação da Defesa Civil é que os moradores improvisem um abrigo em frente da própria casa temporariamente.
Móveis balançando
Fernando Cunha, morador da cidade de Massapé, disse que era 1h50 quando percebeu os móveis da casa balançando. "Foram três tremores fortes e depois se sucederam vários outros menores", relatou. O terremoto também atingiu o Município de Coreaú. "Estava no computador quando tudo começou a tremer. O barulho era horrível, assustador. Foi aquele desespero", contou Joélio Souza.
Fernando Queiroz disse que em Moraújo a população também ficou muito assustada: "Todos saíram de casa com medo que acontecesse o pior". Em Jordão, o vigilante Antônio Batista viu a terra sacudir e as telhas caindo. Em Sobral, a sexta-feira amanheceu em clima de ressaca e o tremor foi o assunto do dia.
Segundo a Defesa Civil, esses terremotos vêm acontecendo desde o dia 28 de janeiro. De acordo com o professor do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Wellington Ferreira Filho, a região Norte do Ceará tem um histórico de atividades sísmicas por causa da presença de falhas geológicas. "Existem registros no Nordeste de abalos sísmicos desde o início do século 19. Existem também pesquisas que apontam para abalos sísmicos na pré-história. Então, esse é um fenômeno que vai continuar ocorrendo", informou o especialista.
Ele ressalvou, no entanto, que são ocorrências de pequena intensidade. "A maior registrada até agora, em termos de magnitude, foi de 5,2 (graus na escala Richter), o terremoto de Pacajus, que inclusive foi sentido na região de Fortaleza, em 1980", lembrou o professor.
Ele explica que as falhas geológicas são rachaduras na crosta terrestre, ou seja, na casca que envolve o planeta. "Essa casca é dividida em placas tectônicas, que estão em movimento. Na borda das placas, existe uma maior atividade. É o caso dos Andes, do Japão, do Oeste dos Estados Unidos, onde ocorrem os maiores terremotos. Nós estamos no interior da placa. E essa região é a mais ativa do Brasil", afirma. Segundo o professor, apesar de não ser um fenômeno previsível, a expectativa é de que não ocorram terremotos de grande magnitude.
Fonte: Tribuna da Imprensa
FORTALEZA - Pela terceira vez este ano a terra voltou a tremer na região Norte do Ceará. Desta vez, segundo a Defesa Civil do Estado, a intensidade chegou a 3,9 graus na escala Richter, que vai de zero a nove graus. "Foi o maior de todos", informou Francisco das Chagas Brandão Melo, chefe do Laboratório de Sismologia da Defesa Civil.
Assustados, moradores de várias cidades permaneceram acordados nas ruas durante toda a madrugada. Muitas senhoras se sentiram mal e foram socorridas por ambulâncias. De acordo com Melo, os abalos vão continuar e a população precisará aprender a conviver com eles.
Os tremores começaram por volta das duas horas da madrugada de ontem. Os equipamentos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que monitoram toda região nordestina, registraram mais de 300 abalos em oito localidades.
No distrito de Jordão, em Sobral, a 240 quilômetros de Fortaleza, a caixa d'água que abastece a comunidade está com pequenas rachaduras e ameaça desabar. Três médicos prestaram atendimento a idosos que se queixavam de pressão alta. Muita gente levou colchões para dormir no meio da rua. Redes foram penduradas em árvores. Até o padre foi chamado para tranqüilizar a população. "Vim para acalmar o povo e também para chamar a atenção das autoridades para a situação", disse o padre Juscelino Pascoal.
Técnicos da Defesa Civil também tentavam acalmar os ânimos das pessoas. Além do pavor dos tremores, os moradores também convivem com o risco de perder suas casas por causa da especulação imobiliária. Segundo a Defesa Civil, a população está sendo alertada também a não vender os imóveis aos corretores que se aproveitam da ocasião. Outra recomendação da Defesa Civil é que os moradores improvisem um abrigo em frente da própria casa temporariamente.
Móveis balançando
Fernando Cunha, morador da cidade de Massapé, disse que era 1h50 quando percebeu os móveis da casa balançando. "Foram três tremores fortes e depois se sucederam vários outros menores", relatou. O terremoto também atingiu o Município de Coreaú. "Estava no computador quando tudo começou a tremer. O barulho era horrível, assustador. Foi aquele desespero", contou Joélio Souza.
Fernando Queiroz disse que em Moraújo a população também ficou muito assustada: "Todos saíram de casa com medo que acontecesse o pior". Em Jordão, o vigilante Antônio Batista viu a terra sacudir e as telhas caindo. Em Sobral, a sexta-feira amanheceu em clima de ressaca e o tremor foi o assunto do dia.
Segundo a Defesa Civil, esses terremotos vêm acontecendo desde o dia 28 de janeiro. De acordo com o professor do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Wellington Ferreira Filho, a região Norte do Ceará tem um histórico de atividades sísmicas por causa da presença de falhas geológicas. "Existem registros no Nordeste de abalos sísmicos desde o início do século 19. Existem também pesquisas que apontam para abalos sísmicos na pré-história. Então, esse é um fenômeno que vai continuar ocorrendo", informou o especialista.
Ele ressalvou, no entanto, que são ocorrências de pequena intensidade. "A maior registrada até agora, em termos de magnitude, foi de 5,2 (graus na escala Richter), o terremoto de Pacajus, que inclusive foi sentido na região de Fortaleza, em 1980", lembrou o professor.
Ele explica que as falhas geológicas são rachaduras na crosta terrestre, ou seja, na casca que envolve o planeta. "Essa casca é dividida em placas tectônicas, que estão em movimento. Na borda das placas, existe uma maior atividade. É o caso dos Andes, do Japão, do Oeste dos Estados Unidos, onde ocorrem os maiores terremotos. Nós estamos no interior da placa. E essa região é a mais ativa do Brasil", afirma. Segundo o professor, apesar de não ser um fenômeno previsível, a expectativa é de que não ocorram terremotos de grande magnitude.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Motorista de Beltrame é executado no Rio
O carro do motorista do secretário de Segurança levou pelo menos oitenta tiros na Linha Amarela
O motorista do secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, foi morto na madrugada de ontem com cerca de trinta tiros ao reagir a um suposto assalto. O sargento da Polícia Militar Natan Evaristo da Silva, de 44 anos, teve seu carro cercado por quatro homens armados com três fuzis e pistolas na Linha Amarela, uma das principais vias expressas da cidade, quando ia para a casa do secretário, por volta das 5h35. Após o depoimento de testemunhas e policiais militares que chegaram a trocar tiros com os assassinos, a polícia descartou a hipótese de atentado ou de execução.
De acordo com as testemunhas, o tráfego já era intenso na via expressa quando um Vectra preto parou na pista do meio e quatro homens saíram do carro com toucas ninjas, armados com fuzis e pistolas. O veículo era roubado e havia sido bloqueado pelo sistema de segurança via satélite. Os criminosos abordaram o Pálio Weekend vermelho que vinha logo atrás. Ao volante estava o sargento, que reagiu a tiros e os criminosos revidaram com pelo menos 80 disparos. O policial morreu na hora.
Os policiais de uma cabine localizada a poucos metros do local reagiram rapidamente a tiros. "Nos abrigamos na mureta que divide as pistas e atiramos com cautela, pois temíamos atingir os motoristas que trafegavam na Linha Amarela. Os criminosos estavam com armamento pesado e atiravam indiscriminadamente", disse um sargento da PM, que não quis se identificar.
Mesmo sob intenso tiroteio, os bandidos pararam a picape Ranger do mestre-de-obras Antônio Monteiro de Lemos, de 46 anos, que estava a 50 metros atrás do carro do sargento. "O policial não teve chance. Eles metralharam o carro dele por todos os lados em menos de três minutos. O PM morreu sentado no carro. Depois, os bandidos pararam minha picape. Dois entraram na caçamba e dois na cabine. Queriam me levar, mas não cabem três em dois bancos. Um deles disse: atira nele. Me joguei e saí rastejando no meio da cena de guerra com a polícia atirando e os bandidos fugindo", disse Lemos.
A principal testemunha não acredita em atentado. "Não foi premeditado. O policial foi o cara errado na hora errada", disse o mestre-de-obras. Lemos contou que gritou para os policiais que não era criminoso com medo de ser alvejado.
Cerca de trinta minutos depois do assalto, o mestre-de-obras ligou para o rádio transmissor dele deixado no carro e falou com os bandidos. "Disse para eles que aquele era meu carro de trabalho. Um deles me disse: "lamento, mas a gente tinha que sair dali. Se não fosse você, iria ser outro. Seu carro está na Quinta da Boa Vista (Zona Norte). Não levamos nada"", revelou.
Dez minutos depois, a polícia localizou o carro no lugar indicado pelos traficantes. A polícia informou que as câmeras da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio) não registraram o crime. Peritos acreditam que pelo menos um dos bandidos foi atingido pelo policial, pois o banco da picape estava sujo de sangue.
ADA
Investigadores da 44ª Delegacia de Polícia de Inhaúma investigam a hipótese dos criminosos serem traficantes da facção criminosa Amigo dos Amigos, que se dirigiam para o Morro do 18, na Piedade (Zona Norte). A favela teria sido retomada ontem pela quadrilha que expulsou os milicianos da comunidade.
Segundo eles, bandidos desta quadrilha costumam usar estas tocas ninjas em invasões e há favelas dominadas pela facção criminosa próximas ao local onde a picape foi abandonada. Como três deles portavam fuzis, a polícia acredita que havia um líder entre eles.
Cerca de 400 pessoas acompanharam o enterro do sargento, no Cemitério Jardim de Mesquita, em Édson Passos, na Baixada Fluminense. "Foi um ato insano e de total falta de civilidade, mas não vai afastar a polícia do seu trabalho. A população está cansada de ser achincalhada", declarou o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. Muito abaladas, a esposa e a filha de 17 anos do PM não falaram com a imprensa.
Fonte: Tribuna da Imprensa
O motorista do secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, foi morto na madrugada de ontem com cerca de trinta tiros ao reagir a um suposto assalto. O sargento da Polícia Militar Natan Evaristo da Silva, de 44 anos, teve seu carro cercado por quatro homens armados com três fuzis e pistolas na Linha Amarela, uma das principais vias expressas da cidade, quando ia para a casa do secretário, por volta das 5h35. Após o depoimento de testemunhas e policiais militares que chegaram a trocar tiros com os assassinos, a polícia descartou a hipótese de atentado ou de execução.
De acordo com as testemunhas, o tráfego já era intenso na via expressa quando um Vectra preto parou na pista do meio e quatro homens saíram do carro com toucas ninjas, armados com fuzis e pistolas. O veículo era roubado e havia sido bloqueado pelo sistema de segurança via satélite. Os criminosos abordaram o Pálio Weekend vermelho que vinha logo atrás. Ao volante estava o sargento, que reagiu a tiros e os criminosos revidaram com pelo menos 80 disparos. O policial morreu na hora.
Os policiais de uma cabine localizada a poucos metros do local reagiram rapidamente a tiros. "Nos abrigamos na mureta que divide as pistas e atiramos com cautela, pois temíamos atingir os motoristas que trafegavam na Linha Amarela. Os criminosos estavam com armamento pesado e atiravam indiscriminadamente", disse um sargento da PM, que não quis se identificar.
Mesmo sob intenso tiroteio, os bandidos pararam a picape Ranger do mestre-de-obras Antônio Monteiro de Lemos, de 46 anos, que estava a 50 metros atrás do carro do sargento. "O policial não teve chance. Eles metralharam o carro dele por todos os lados em menos de três minutos. O PM morreu sentado no carro. Depois, os bandidos pararam minha picape. Dois entraram na caçamba e dois na cabine. Queriam me levar, mas não cabem três em dois bancos. Um deles disse: atira nele. Me joguei e saí rastejando no meio da cena de guerra com a polícia atirando e os bandidos fugindo", disse Lemos.
A principal testemunha não acredita em atentado. "Não foi premeditado. O policial foi o cara errado na hora errada", disse o mestre-de-obras. Lemos contou que gritou para os policiais que não era criminoso com medo de ser alvejado.
Cerca de trinta minutos depois do assalto, o mestre-de-obras ligou para o rádio transmissor dele deixado no carro e falou com os bandidos. "Disse para eles que aquele era meu carro de trabalho. Um deles me disse: "lamento, mas a gente tinha que sair dali. Se não fosse você, iria ser outro. Seu carro está na Quinta da Boa Vista (Zona Norte). Não levamos nada"", revelou.
Dez minutos depois, a polícia localizou o carro no lugar indicado pelos traficantes. A polícia informou que as câmeras da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio) não registraram o crime. Peritos acreditam que pelo menos um dos bandidos foi atingido pelo policial, pois o banco da picape estava sujo de sangue.
ADA
Investigadores da 44ª Delegacia de Polícia de Inhaúma investigam a hipótese dos criminosos serem traficantes da facção criminosa Amigo dos Amigos, que se dirigiam para o Morro do 18, na Piedade (Zona Norte). A favela teria sido retomada ontem pela quadrilha que expulsou os milicianos da comunidade.
Segundo eles, bandidos desta quadrilha costumam usar estas tocas ninjas em invasões e há favelas dominadas pela facção criminosa próximas ao local onde a picape foi abandonada. Como três deles portavam fuzis, a polícia acredita que havia um líder entre eles.
Cerca de 400 pessoas acompanharam o enterro do sargento, no Cemitério Jardim de Mesquita, em Édson Passos, na Baixada Fluminense. "Foi um ato insano e de total falta de civilidade, mas não vai afastar a polícia do seu trabalho. A população está cansada de ser achincalhada", declarou o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. Muito abaladas, a esposa e a filha de 17 anos do PM não falaram com a imprensa.
Fonte: Tribuna da Imprensa
sexta-feira, fevereiro 29, 2008
A DÍVIDA PÚBLICA NÃO ACABOU!
Por Postado por Raymundo Araujo Filho 28/02/2008 às 22:53
Estou postando este excelente artigo, para demonstrar que a canalha reacionária que freqüenta o CMI em nome dos piores interesses, ou não irá postar nenhum comentário, ou concordarão com o presidente entreguista Lulla, a quem chamam de ESQUERDISTA. É para rir! Raymundo Araujo Filho
Acúmulo de Reservas Cambiais = Farra dos Especuladores e Explosão da Dívida Interna Depois de divulgar amplamente o pagamento antecipado ao FMI, em 2005, dia 21 de fevereiro de 2008 o governo anunciou mais um suposto marco histórico: o de que os ativos do país no exterior, constituídos fundamentalmente pelas reservas internacionais, superaram a dívida externa pública e privada. Alega o governo que esta é uma evidência da superação do problema da dívida. Em primeiro lugar, cabe ressaltar que este suposto recorde não passa de manipulação estatística, originada em 2001, durante o Governo FHC, e perpetuada no governo Lula: a exclusão dos empréstimos intercompanhia (dívidas de filiais de transnacionais no Brasil com suas matrizes no exterior) do cálculo da dívida externa. Estes empréstimos dobraram em 2007, passando de US$ 20 bilhões para US$ 42 bilhões, mas são ignorados pelo governo, para que possa propalar um suposto marco histórico. Em segundo lugar, o que está por trás deste acúmulo desenfreado de reservas cambiais? Uma verdadeira farra dos especuladores nacionais e estrangeiros, que trazem seus dólares em massa ao Brasil para comprar títulos da dívida ?interna?, em busca dos juros mais altos do mundo. O resultado disto é a explosão da dívida interna, que atingiu R$ 1,4 TRILHÃO em dezembro de 2007, tendo crescido 40% em apenas 2 anos! Em 2007, o governo federal gastou R$ 237 bilhões com juros e amortizações da dívida interna e externa (sem contar o refinanciamento, ou seja, a chamada ?rolagem? da dívida), enquanto apenas gastou R$ 40 bilhões com a saúde, R$ 20 bilhões com a educação e R$ 3,5 bilhões com a Reforma Agrária. E o governo ainda tem coragem de afirmar que a dívida não é problema! Conforme denunciado na 3ª Edição da Cartilha ?ABC da Dívida? (que estará sendo lançada em breve pela Campanha Auditoria Cidadã da Dívida / Rede Jubileu Sul Brasil), a recente isenção fiscal de Imposto de Renda sobre os ganhos dos estrangeiros, o estabelecimento e a manutenção de taxas de juros altíssimas, e a total liberdade de movimentação de capitais têm gerado as condições para um verdadeiro ataque especulativo contra o Brasil. Os investidores estrangeiros trazem seus dólares para investir na Bolsa e em títulos da dívida interna, e assim forçam a desvalorização do dólar frente à moeda brasileira (o Real). Os bancos e empresas nacionais também se aproveitam disso, tomando empréstimos no exterior (mais baratos devido às baixas taxas de juros) para emprestar ao governo brasileiro, por meio da compra de títulos da dívida interna, recebendo uma fortuna em troca disso, devido às altíssimas taxas de juros do Brasil. Não há limite algum para estas operações, e o Banco Central (BC) compra estes dólares e fornece títulos da dívida interna de acordo com o fluxo de moeda estrangeira ao país. Quando recebem seus lucros e juros em reais, os investidores podem trocá-los por maior quantidade de dólares ? uma vez que a moeda brasileira se valorizou ? e assim cumprir seus compromissos com o exterior, tendo um lucro extra. Em 2007, o Real se valorizou 20% frente ao dólar. Portanto, o investidor estrangeiro que no início de 2007 trouxe dólares para aplicar na dívida interna brasileira ganhou, durante o ano, 13% em média de juros, e mais 20% quando converteu seus ganhos em dólar. Portanto, em 2007, os estrangeiros ganharam uma taxa real de juros (em dólar) de mais de 30% ao ano! Por outro lado, o Banco Central, comprando a moeda estrangeira trazida pelos especuladores, termina ficando com o mico, ou seja, o dólar, que está se desvalorizando. O BC também aplica os dólares (recebidos dos investidores e exportadores) , só que em títulos do Tesouro Americano (que ajudam Bush a financiar seu déficit e suas políticas, como a invasão do Iraque), que rendem perto de um terço dos juros pagos pelo governo brasileiro pelos títulos da dívida interna. Além do mais, como o dólar está em forte desvalorização, os juros pagos pelo Tesouro Americano são, na realidade, negativos para nós. O resultado disto tudo é um imenso prejuízo para o Banco Central: chegou a R$ 58,5 bilhões apenas de janeiro a outubro de 2007. Este prejuízo é bancado pelo Tesouro Nacional, e correspondeu ao dobro de todos os gastos federais com saúde no mesmo período. Por outro lado, os banqueiros, que se beneficiam desta manobra, não páram de bater recordes de lucro. Portanto, este suposto marco histórico divulgado pelo governo esconde, na realidade, uma verdadeira reciclagem do velho mecanismo de espoliação da dívida externa, com uma nova máscara: o endividamento ?interno?. Este mecanismo é altamente rentável aos investidores estrangeiros, uma vez que, desta forma, eles ficam imunes à desvalorização da moeda americana, recebendo seus lucros e juros em uma moeda que não pára de se fortalecer frente ao dólar. Além do mais, quando o governo alega que possui recursos para pagar toda a dívida externa, faz uma apologia ao pagamento de uma dívida ilegítima e já paga várias vezes com o sangue e suor do povo, desde os anos 80, quando os EUA, de modo unilateral e ilegítimo, multiplicou as taxas de juros incidentes sobre a dívida externa, levando o Terceiro Mundo à recessão e ao desemprego. Não há saída para o endividamento sem uma ampla e profunda auditoria, que quantifique quantas vezes já pagamos esta dívida e a que custo social e ambiental. Somente assim poderemos nos libertar dessa amarra que continua nos aprisionando, apesar do governo prosseguir em sua manobra diversionista, tentando sistematicamente, através da divulgação de dados manipulados e parciais, desqualificar os movimentos sociais em favor da auditoria da dívida, na tentativa de esconder que o endividamento continua sendo, cada vez mais, o centro dos problemas nacionais.
* o Autor do texto é - Economista da Campanha Auditoria Cidadã da Dívida, Rede Jubileu Sul Brasil -
Fonte: CMI BRASIL
Estou postando este excelente artigo, para demonstrar que a canalha reacionária que freqüenta o CMI em nome dos piores interesses, ou não irá postar nenhum comentário, ou concordarão com o presidente entreguista Lulla, a quem chamam de ESQUERDISTA. É para rir! Raymundo Araujo Filho
Acúmulo de Reservas Cambiais = Farra dos Especuladores e Explosão da Dívida Interna Depois de divulgar amplamente o pagamento antecipado ao FMI, em 2005, dia 21 de fevereiro de 2008 o governo anunciou mais um suposto marco histórico: o de que os ativos do país no exterior, constituídos fundamentalmente pelas reservas internacionais, superaram a dívida externa pública e privada. Alega o governo que esta é uma evidência da superação do problema da dívida. Em primeiro lugar, cabe ressaltar que este suposto recorde não passa de manipulação estatística, originada em 2001, durante o Governo FHC, e perpetuada no governo Lula: a exclusão dos empréstimos intercompanhia (dívidas de filiais de transnacionais no Brasil com suas matrizes no exterior) do cálculo da dívida externa. Estes empréstimos dobraram em 2007, passando de US$ 20 bilhões para US$ 42 bilhões, mas são ignorados pelo governo, para que possa propalar um suposto marco histórico. Em segundo lugar, o que está por trás deste acúmulo desenfreado de reservas cambiais? Uma verdadeira farra dos especuladores nacionais e estrangeiros, que trazem seus dólares em massa ao Brasil para comprar títulos da dívida ?interna?, em busca dos juros mais altos do mundo. O resultado disto é a explosão da dívida interna, que atingiu R$ 1,4 TRILHÃO em dezembro de 2007, tendo crescido 40% em apenas 2 anos! Em 2007, o governo federal gastou R$ 237 bilhões com juros e amortizações da dívida interna e externa (sem contar o refinanciamento, ou seja, a chamada ?rolagem? da dívida), enquanto apenas gastou R$ 40 bilhões com a saúde, R$ 20 bilhões com a educação e R$ 3,5 bilhões com a Reforma Agrária. E o governo ainda tem coragem de afirmar que a dívida não é problema! Conforme denunciado na 3ª Edição da Cartilha ?ABC da Dívida? (que estará sendo lançada em breve pela Campanha Auditoria Cidadã da Dívida / Rede Jubileu Sul Brasil), a recente isenção fiscal de Imposto de Renda sobre os ganhos dos estrangeiros, o estabelecimento e a manutenção de taxas de juros altíssimas, e a total liberdade de movimentação de capitais têm gerado as condições para um verdadeiro ataque especulativo contra o Brasil. Os investidores estrangeiros trazem seus dólares para investir na Bolsa e em títulos da dívida interna, e assim forçam a desvalorização do dólar frente à moeda brasileira (o Real). Os bancos e empresas nacionais também se aproveitam disso, tomando empréstimos no exterior (mais baratos devido às baixas taxas de juros) para emprestar ao governo brasileiro, por meio da compra de títulos da dívida interna, recebendo uma fortuna em troca disso, devido às altíssimas taxas de juros do Brasil. Não há limite algum para estas operações, e o Banco Central (BC) compra estes dólares e fornece títulos da dívida interna de acordo com o fluxo de moeda estrangeira ao país. Quando recebem seus lucros e juros em reais, os investidores podem trocá-los por maior quantidade de dólares ? uma vez que a moeda brasileira se valorizou ? e assim cumprir seus compromissos com o exterior, tendo um lucro extra. Em 2007, o Real se valorizou 20% frente ao dólar. Portanto, o investidor estrangeiro que no início de 2007 trouxe dólares para aplicar na dívida interna brasileira ganhou, durante o ano, 13% em média de juros, e mais 20% quando converteu seus ganhos em dólar. Portanto, em 2007, os estrangeiros ganharam uma taxa real de juros (em dólar) de mais de 30% ao ano! Por outro lado, o Banco Central, comprando a moeda estrangeira trazida pelos especuladores, termina ficando com o mico, ou seja, o dólar, que está se desvalorizando. O BC também aplica os dólares (recebidos dos investidores e exportadores) , só que em títulos do Tesouro Americano (que ajudam Bush a financiar seu déficit e suas políticas, como a invasão do Iraque), que rendem perto de um terço dos juros pagos pelo governo brasileiro pelos títulos da dívida interna. Além do mais, como o dólar está em forte desvalorização, os juros pagos pelo Tesouro Americano são, na realidade, negativos para nós. O resultado disto tudo é um imenso prejuízo para o Banco Central: chegou a R$ 58,5 bilhões apenas de janeiro a outubro de 2007. Este prejuízo é bancado pelo Tesouro Nacional, e correspondeu ao dobro de todos os gastos federais com saúde no mesmo período. Por outro lado, os banqueiros, que se beneficiam desta manobra, não páram de bater recordes de lucro. Portanto, este suposto marco histórico divulgado pelo governo esconde, na realidade, uma verdadeira reciclagem do velho mecanismo de espoliação da dívida externa, com uma nova máscara: o endividamento ?interno?. Este mecanismo é altamente rentável aos investidores estrangeiros, uma vez que, desta forma, eles ficam imunes à desvalorização da moeda americana, recebendo seus lucros e juros em uma moeda que não pára de se fortalecer frente ao dólar. Além do mais, quando o governo alega que possui recursos para pagar toda a dívida externa, faz uma apologia ao pagamento de uma dívida ilegítima e já paga várias vezes com o sangue e suor do povo, desde os anos 80, quando os EUA, de modo unilateral e ilegítimo, multiplicou as taxas de juros incidentes sobre a dívida externa, levando o Terceiro Mundo à recessão e ao desemprego. Não há saída para o endividamento sem uma ampla e profunda auditoria, que quantifique quantas vezes já pagamos esta dívida e a que custo social e ambiental. Somente assim poderemos nos libertar dessa amarra que continua nos aprisionando, apesar do governo prosseguir em sua manobra diversionista, tentando sistematicamente, através da divulgação de dados manipulados e parciais, desqualificar os movimentos sociais em favor da auditoria da dívida, na tentativa de esconder que o endividamento continua sendo, cada vez mais, o centro dos problemas nacionais.
* o Autor do texto é - Economista da Campanha Auditoria Cidadã da Dívida, Rede Jubileu Sul Brasil -
Fonte: CMI BRASIL
PDT volta aos braços de João Henrique
Depois de intensas conversas em Brasília, o PDT finalmente decidiu retornar aos braços do prefeito João Henrique (PMDB). Ontem, o partido brizolista bateu o martelo após uma tensa reunião da Executiva Estadual realizada no escritório do deputado federal Severiano Alves, presidente regional da legenda, que proporcionou um resultado com seis votos favoráveis e três contrários. Votaram contrários, além do deputado Roberto Carlos e do secretário-geral Alexandre Brust, o vereador Gilberto José. O deputado Roberto Carlos, que teve de deixar a reunião antes do seu encerramento para um compromisso em Juazeiro, questionou as vantagens que o partido teria em voltar ao governo municipal. Ele disse que foi voto vencido, mas condicionou a sua posição à não indicação de Carlos Soares para a secretaria de Educação, cargo oferecido ao partido pelo prefeito João Henrique. “Eu sugeri o nome do professor Joviniano Neto, que tem referência dentro do partido. Imagine a gente entrar no governo e não botar uma pessoa do PDT?”, questionou o parlamentar, afirmando que o nome indicado pela corrente que negociou a volta ao governo não é filiado ao partido. Já Alexandre Brust, que vinha resistindo para que o partido não retornasse ao governo municipal, disse que estranhou a ausência do vereador Odiosvaldo Vigas na reunião e que aceitou o resultado porque é partidário. “Se eu defendo o estatuto, eu não posso apoiar um infiel”, disse, referindo-se à saída de João Henrique do PDT para o PMDB, em maio do ano passado. Para Brust, voltar ao governo não significa apoiar o projeto de reeleição de João Henrique. “A volta do partido à base de apoio do prefeito é um aceno, mas não é um fechamento de questão”, disse. As conversas para o partido voltar à base de apoio do prefeito João Henrique vinham sendo feitas em Brasília com o ministro Carlos Lupi, também presidente nacional do PDT. Da Bahia participavam das conversas o presidente regional, Severiano Alves, o senador João Durval e os deputados Marcos Medrado e Sérgio Brito. Pressionado por setores do partido que não aceitavam o retorno ao governo municipal, Severiano justificou que “não gostaria de contrariar o ministro Lupi, que tinha interesse no retorno”. Severiano alegou ainda que Lupi lhe transmitiu a preocupação do PDT marchar unido com um partido da base aliada do governo federal, atendendo a uma preocupação do próprio presidente Lula. “Cargos não são o problema”, declarou Severiano para explicar qualquer insinuação. Contudo, segundo Alexandre Brust, “ainda não se sabe a reação da militância com a decisão”. Ontem, a reunião estava marcada para a sede do partido, na Mouraria, mas foi deslocada à última hora para o escritório do deputado Severiano Alves, no Caminho das Árvores. Na sede, alguns militantes se fizerem presentes, mas o clima era de tranqüilidade. (Por Evandro Matos)
Relatório final é entregue ao Ministério Público
O relatório definitivo da CPI da Ebal foi entregue no início da tarde de ontem, na sede do Ministério Público Estadual (MPE), em Nazaré, pelos deputados estaduais Arthur Maia (PSDB) e Zé Neto (PT) ao procurador geral da Justiça em exercício, Emenergildo Queiroz. O documento tem 234 páginas, 32 depoimentos ouvidos e 14 quebras de sigilo bancário. O parecer e os autos investigativos, contendo mais de 50 mil documentos analisados durante onze meses pela relatoria da CPI, uma das poucas concluídas em todo país, servirão para nortear as medidas judiciais adotadas pelo MPE. O presidente da Comissão, Arthur Maia (PSDB), e seu relator, Zé Neto (PT), afirmaram que foram utilizadas informações do Tribunal de Contas do Estado e da Auditoria Geral do Estado para a elaboração do documento. Para o deputado Zé Neto, relator da CPI, o sentimento é de missão cumprida. “Tecnicamente fizemos um belo trabalho e entregamos um relatório subs-tanciado e que vai dar respaldo para que o Ministério Público prossiga as investigações e puna os culpados”, disse. Ao receber a documentação, o procurador geral em exercício informou que na próxima segunda-feira, tomará as medidas para a distribuição do processo ao grupo de promotores que será responsável pela continuidade das investigações e encaminhamento das ações jurisdicionais indicadas no parecer. Além do material entregue ontem, referente a quebra de sigilos bancários, fiscais e telefônicos, outros documentos serão encaminhados ao MP na medida em que forem recebidos pela Assembléia. Zé Neto afirmou que com a entrega do relatório ao Ministério Público, a CPI cumpriu o papel a que se destinou e que após muitos anos sem a Assembléia ter a condição de conduzir funda-mentadamente uma CPI até o seu final, entrega-se esta peça para que o Estado Democrático de Direito seja reafirmado na Bahia. "A expectativa agora é que com as ações do MP, grande parte do Erário Público – da ordem de R$ 600 milhões - desviado seja restituído e que os envolvidos sejam punidos."(Por Carolina Parada)
Rangel sugere que TCM é mais forte que Assembléia
Mesmo só tendo conseguido 16 das 21 assinaturas para fazer pelo menos tramitar sua proposta de emenda constitucional, o deputado Paulo Rangel (PT) não desiste da idéia de extinguir o Tribunal de Contas do Município. “Fico arrepiado”, queixou-se em discurso na Assembléia Legislativa, “quando determinados deputados me dizem que não são malucos de assinar a proposta porque seus prefeitos serão perseguidos”. Inconformado com a falta de apoio dos colegas, ele disse ser “inadmissível admitir que os conselheiros do TCM tenham mais força sobre os parlamentares do que determinadas lideranças políticas”. Para Rangel, “a Casa não pode se agachar e se curvar a tal argumento”, pois isso signficaria uma “fuga ao critério indispensável para ser deputado, que é o da impessoalidade”. Depois de considerar “lamentável” que deputados do governo e da oposição tenham dito que a extinção do TCM irá “favorecer a corrupção”, o petista informou que o corte de contas tem pouco mais de 100 servidores concursados, número que sobe a mais de 300 com os funcionários à disposição e contratados pelo sistema Reda, além de 170 cargos comissiona-dos que consomem R$ 76 milhões anualmente. “Acho que todo os parlamentares têm as mãos limpas. Eu, particularmente, graças a Deus, não tenho vínculo com nenhum prefeito corrupto, com nenhum presidente de Câmara corrupto”, afirmou Rangel. Ele espera que a proposta receba mais assinaturas de apoio para que o tema seja debatido no plenário. “Vamos fazer a discussão. Esse dinheiro poderia ser aplicado na área social”, defendeu. Ao final do pronunciamento, em que disse ter “tentado de todo jeito e não soube como é gasto o dinheiro do Tribunal”, Rangel recebeu uma ligação do presidente do TCM, conselheiro Raimundo Moreira, convidando-o para uma reunião em que lhe daria as informações de que precisasse. Como estava de viagem marcada para a Paraíba, onde uma deputada tenta criar uma corte semelhante, o encontro ficou para a próxima semana. No plenário, o tema foi abordado também pelo deputado Carlos Gaban (DEM), que defendeu “a necessidade da existência de um órgão especializado na fiscalização das contas públicas municipais”. Disse ter conversado com prefeitos, que destacaram ”a função pedagógica do TCM”, pois, “diferentemente do tribunal estadual, o TCM orienta, esclarece e informa antes de punir”. Gaban contesta também a alegação de que a fusão do TCM com o TCE reduziria gastos. “Como se sabe, nos Estados onde não há TCM, as despesas com o TCE representam quantia maior que a da Bahia na manutenção das duas cortes de contas”. Quanto ao exemplo usado por Rangel, de que o Maranhão teria extinguido seu tribunal municipal no ano passado, Gaban afirma que isso ocorreu, na verdade, há mais de 20 anos, “por motivações de natureza meramente política”. (Por Luis Augusto Gomes)
Vacinação contra aftosa começa amanhã
Com objetivo de conscientizar pequenos, médios e grandes produtores de bubalinos e bovinos de todo o Estado, preocupação do governador Jaques Wagner, a primeira etapa da Campanha de Vacinação Contra a Febre Aftosa 2008, começa amanhã às 10h30, com um dia de campo na Fazenda João Paulo II, localizada no km 515 da BR 101, no trecho entre Itabuna e Buerarema, na região sul do estado.A expectativa é reunir produtores, trabalhadores rurais e técnicos para receber orientações sobre a importância da vacinação, os procedimentos corretos e declaração. A campanha é coordenada pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, e acontecerá até o dia 31 de março. Durante o período, todos os criadores estão obrigados a vacinar seu rebanho de bovino e de bubalino (bois e búfalos) contra a enfermidade. A multa é de 50 UFIRs por animal e de 150 UFIRs por propriedade que não declarar a vacinação. As campanhas são desenvolvidas pela Adab e acontecem anualmente em março e setembro. O diretor geral da agência, Altair Santana, afirma que os municípios que obtiveram, na etapa de setembro do ano passado, o percentual de vacinação inferior a 90%, receberão maior atenção, além dos criadores inadimplentes.
Fonte: Tribuna da Bahia
Relatório final é entregue ao Ministério Público
O relatório definitivo da CPI da Ebal foi entregue no início da tarde de ontem, na sede do Ministério Público Estadual (MPE), em Nazaré, pelos deputados estaduais Arthur Maia (PSDB) e Zé Neto (PT) ao procurador geral da Justiça em exercício, Emenergildo Queiroz. O documento tem 234 páginas, 32 depoimentos ouvidos e 14 quebras de sigilo bancário. O parecer e os autos investigativos, contendo mais de 50 mil documentos analisados durante onze meses pela relatoria da CPI, uma das poucas concluídas em todo país, servirão para nortear as medidas judiciais adotadas pelo MPE. O presidente da Comissão, Arthur Maia (PSDB), e seu relator, Zé Neto (PT), afirmaram que foram utilizadas informações do Tribunal de Contas do Estado e da Auditoria Geral do Estado para a elaboração do documento. Para o deputado Zé Neto, relator da CPI, o sentimento é de missão cumprida. “Tecnicamente fizemos um belo trabalho e entregamos um relatório subs-tanciado e que vai dar respaldo para que o Ministério Público prossiga as investigações e puna os culpados”, disse. Ao receber a documentação, o procurador geral em exercício informou que na próxima segunda-feira, tomará as medidas para a distribuição do processo ao grupo de promotores que será responsável pela continuidade das investigações e encaminhamento das ações jurisdicionais indicadas no parecer. Além do material entregue ontem, referente a quebra de sigilos bancários, fiscais e telefônicos, outros documentos serão encaminhados ao MP na medida em que forem recebidos pela Assembléia. Zé Neto afirmou que com a entrega do relatório ao Ministério Público, a CPI cumpriu o papel a que se destinou e que após muitos anos sem a Assembléia ter a condição de conduzir funda-mentadamente uma CPI até o seu final, entrega-se esta peça para que o Estado Democrático de Direito seja reafirmado na Bahia. "A expectativa agora é que com as ações do MP, grande parte do Erário Público – da ordem de R$ 600 milhões - desviado seja restituído e que os envolvidos sejam punidos."(Por Carolina Parada)
Rangel sugere que TCM é mais forte que Assembléia
Mesmo só tendo conseguido 16 das 21 assinaturas para fazer pelo menos tramitar sua proposta de emenda constitucional, o deputado Paulo Rangel (PT) não desiste da idéia de extinguir o Tribunal de Contas do Município. “Fico arrepiado”, queixou-se em discurso na Assembléia Legislativa, “quando determinados deputados me dizem que não são malucos de assinar a proposta porque seus prefeitos serão perseguidos”. Inconformado com a falta de apoio dos colegas, ele disse ser “inadmissível admitir que os conselheiros do TCM tenham mais força sobre os parlamentares do que determinadas lideranças políticas”. Para Rangel, “a Casa não pode se agachar e se curvar a tal argumento”, pois isso signficaria uma “fuga ao critério indispensável para ser deputado, que é o da impessoalidade”. Depois de considerar “lamentável” que deputados do governo e da oposição tenham dito que a extinção do TCM irá “favorecer a corrupção”, o petista informou que o corte de contas tem pouco mais de 100 servidores concursados, número que sobe a mais de 300 com os funcionários à disposição e contratados pelo sistema Reda, além de 170 cargos comissiona-dos que consomem R$ 76 milhões anualmente. “Acho que todo os parlamentares têm as mãos limpas. Eu, particularmente, graças a Deus, não tenho vínculo com nenhum prefeito corrupto, com nenhum presidente de Câmara corrupto”, afirmou Rangel. Ele espera que a proposta receba mais assinaturas de apoio para que o tema seja debatido no plenário. “Vamos fazer a discussão. Esse dinheiro poderia ser aplicado na área social”, defendeu. Ao final do pronunciamento, em que disse ter “tentado de todo jeito e não soube como é gasto o dinheiro do Tribunal”, Rangel recebeu uma ligação do presidente do TCM, conselheiro Raimundo Moreira, convidando-o para uma reunião em que lhe daria as informações de que precisasse. Como estava de viagem marcada para a Paraíba, onde uma deputada tenta criar uma corte semelhante, o encontro ficou para a próxima semana. No plenário, o tema foi abordado também pelo deputado Carlos Gaban (DEM), que defendeu “a necessidade da existência de um órgão especializado na fiscalização das contas públicas municipais”. Disse ter conversado com prefeitos, que destacaram ”a função pedagógica do TCM”, pois, “diferentemente do tribunal estadual, o TCM orienta, esclarece e informa antes de punir”. Gaban contesta também a alegação de que a fusão do TCM com o TCE reduziria gastos. “Como se sabe, nos Estados onde não há TCM, as despesas com o TCE representam quantia maior que a da Bahia na manutenção das duas cortes de contas”. Quanto ao exemplo usado por Rangel, de que o Maranhão teria extinguido seu tribunal municipal no ano passado, Gaban afirma que isso ocorreu, na verdade, há mais de 20 anos, “por motivações de natureza meramente política”. (Por Luis Augusto Gomes)
Vacinação contra aftosa começa amanhã
Com objetivo de conscientizar pequenos, médios e grandes produtores de bubalinos e bovinos de todo o Estado, preocupação do governador Jaques Wagner, a primeira etapa da Campanha de Vacinação Contra a Febre Aftosa 2008, começa amanhã às 10h30, com um dia de campo na Fazenda João Paulo II, localizada no km 515 da BR 101, no trecho entre Itabuna e Buerarema, na região sul do estado.A expectativa é reunir produtores, trabalhadores rurais e técnicos para receber orientações sobre a importância da vacinação, os procedimentos corretos e declaração. A campanha é coordenada pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, e acontecerá até o dia 31 de março. Durante o período, todos os criadores estão obrigados a vacinar seu rebanho de bovino e de bubalino (bois e búfalos) contra a enfermidade. A multa é de 50 UFIRs por animal e de 150 UFIRs por propriedade que não declarar a vacinação. As campanhas são desenvolvidas pela Adab e acontecem anualmente em março e setembro. O diretor geral da agência, Altair Santana, afirma que os municípios que obtiveram, na etapa de setembro do ano passado, o percentual de vacinação inferior a 90%, receberão maior atenção, além dos criadores inadimplentes.
Fonte: Tribuna da Bahia
Vamos celebrar o Dia da Corrupção
Por: Carlos Chagas
BRASÍLIA - Transcorreu, esta semana, o Dia da Roupa de Baixo. Não haverá que estranhar, num país que tem "dia" de tudo, até da geladeira. O inusitado foram as comemorações. Na estação rodoviária de Brasília um grupo de modelos desfilou de calcinha e sutiã. Foi a glória dos candangos, peões e flanelinhas que moram ou passam por lá.
Exortar para que a moda dos dias especiais pegue é redundância, porque já pegou. Basta consultar aqueles calendários mais sofisticados para se notar não haver um dia vago, sequer, nos 365. Na maioria deles acumulam-se homenagens, desde aos santos às mais esdrúxulas homenagens prestadas a categorias, religiões, esportes, máquinas e muita coisa a mais.
Apesar de tudo, falta um. Que tal criarmos o Dia da Corrupção? Sempre que fosse comemorado, estaria a população inteira autorizada a cometer lambanças de toda ordem. Os bancos e os banqueiros poderiam aumentar juros o quanto quisessem, enquanto as multinacionais remeteriam para o exterior lucros inexistentes. Funcionários públicos teriam a prerrogativa de utilizar cartões corporativos para despesas pessoais e familiares. Tecnocratas disporiam da condição de elevar impostos.
Aos deputados e senadores seria distribuído, senão o mensalão, ao menos o "anão". Ministros voariam sem restrições, a serviço, para Fernando de Noronha, fazendo jus a diárias. Prefeitos municipais receberiam propinas de empresas contratadas para recolher o lixo. Seriam aceitas como verdades absolutas as declarações de presidentes da República e de governadores, no sentido de que jamais imaginaram permanecer no poder um dia além do fim de seus mandatos.
Mas tem mais: os supermercados teriam o direito de diminuir o peso dos produtos vendidos, não o preço. Os motoristas de táxi ficariam livres para dar voltas imensas no rumo do destino indicado pelo passageiro. Pintores de parede seriam autorizados a misturar água na tinta e mecânicos de automóveis a engatilhar motores depois de consertar o defeito inicial. Madeireiros usariam livremente as motosserras.
Jornalistas poderiam mentir, professores enganariam alunos ensinando a escrever sal com "ç" e alunos enganariam professores apresentando trabalhos copiados do "google". Diretores de clubes de futebol estariam livres para receber gordas comissões pela venda de pernas-de-pau a clubes europeus, como se fossem craques.
Nos morros, favelas e periferias, nenhum policial sofreria punição caso matasse crianças com balas perdidas, assim como todos os traficantes se deixariam fotografar atirando com metralhadoras. No tráfego, nenhuma multa se aplicaria a quem avançasse sinais, dirigisse acima da velocidade máxima estabelecida ou trafegasse embriagado.
Em suma, o Dia da Corrupção mereceria olímpicas comemorações, de Norte a Sul, até que alguém lembrasse estar sendo a data festejada o ano inteiro.
Orfandade do Estado
Frase magnífica foi pronunciada pelo presidente Lula em sua recente visita ao Rio. Cercado pela multidão, ele declarou que "se o Estado não cuida da gente, gente que não deveria vai tomando conta". Referia-se aos narcotraficantes e às milícias estabelecidas nas comunidades carentes da antiga capital.
O problema está em que o Estado, ente etéreo e incorpóreo, é representado pela autoridade pública. Pelos governos e seus agentes. A eles caberia cuidar das gentes, garantindo os direitos elementares da pessoa humana. Se o representante maior do Estado critica o próprio, chamando-o à ordem por não cumprir suas finalidades, como desatar o nó exposto com tanta crueza e veracidade? "Gente que não deveria" amplia espaços de atuação em todos os patamares da sociedade, dos miseráveis aos elitistas. Talvez a solução devesse ser buscada nos antigos anarquistas do fim do século dezenove, aqueles que pregavam a abolição do Estado.
Vendedor de ilusões
Outra do nosso comandante, na mesma oportunidade: "Está na hora de parar de vender desgraças, vamos vender auto-estima". Não se cometerá a injustiça de discordar, muito menos de deixar de reconhecer que o presidente Lula desdobra-se, fazendo tudo ao seu alcance para proporcionar dias melhores ao País.
O diabo é que as desgraças não precisam ser vendidas. São distribuídas de graça. Basta assistir aos telejornais, às novelas, aos programas de auditório e sucedâneos. Quem quiser pode passar os olhos na imprensa escrita.
Descontando-se os exageros de alguns, ou a má-fé de outros, aos meios de comunicação cabe transmitir à sociedade tudo o que se passa nela, seja de ódio e de amor, de violência ou de paz, de certo e de errado. Se o conteúdo do que é divulgado prima pela desgraça, que não se culpe o termômetro pela febre do paciente.
Por certo que o presidente Lula não teve a intenção, mas, ao seu redor, começa a germinar a proposta de que, se a imprensa parar de vender desgraças, as desgraças desaparecerão. É bom tomar cuidado.
Impossível entender
Se o Banco Central fixa os juros em 6,5%, como explicar que os bancos tenham elevado para 50%, em média, a remuneração por empréstimos para pessoas físicas? Fica pior quando se atenta para o horror que são os juros do cheque especial, de 145%. Ou dos cartões de crédito, beirando os 200%.Alguma coisa cheira mal, especialmente porque ao Banco Central cabe fiscalizar a atividade bancária.
Outra impossibilidade de cognição está na denúncia feita pelo senador Francisco Dornelles, ontem. Ele não entende como um contribuinte que discorda da cobrança de impostos pela Receita Federal e recorre, primeiro à própria Receita, depois ao Conselho de Contribuintes, em seguida ao Conselho Superior de Assuntos Fiscais - ganha em todas essas instâncias, como então o governo, depois de tudo, ainda pode recorrer à Justiça para receber aquilo a que não tem direito? Com base nessa incongruência, o senador pelo Rio de Janeiro apresentou projeto de lei proibindo que o governo conteste no Judiciário uma decisão que ele mesmo tomou...
Fonte: Tribuna da Imprensa
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BRASÍLIA - Transcorreu, esta semana, o Dia da Roupa de Baixo. Não haverá que estranhar, num país que tem "dia" de tudo, até da geladeira. O inusitado foram as comemorações. Na estação rodoviária de Brasília um grupo de modelos desfilou de calcinha e sutiã. Foi a glória dos candangos, peões e flanelinhas que moram ou passam por lá.
Exortar para que a moda dos dias especiais pegue é redundância, porque já pegou. Basta consultar aqueles calendários mais sofisticados para se notar não haver um dia vago, sequer, nos 365. Na maioria deles acumulam-se homenagens, desde aos santos às mais esdrúxulas homenagens prestadas a categorias, religiões, esportes, máquinas e muita coisa a mais.
Apesar de tudo, falta um. Que tal criarmos o Dia da Corrupção? Sempre que fosse comemorado, estaria a população inteira autorizada a cometer lambanças de toda ordem. Os bancos e os banqueiros poderiam aumentar juros o quanto quisessem, enquanto as multinacionais remeteriam para o exterior lucros inexistentes. Funcionários públicos teriam a prerrogativa de utilizar cartões corporativos para despesas pessoais e familiares. Tecnocratas disporiam da condição de elevar impostos.
Aos deputados e senadores seria distribuído, senão o mensalão, ao menos o "anão". Ministros voariam sem restrições, a serviço, para Fernando de Noronha, fazendo jus a diárias. Prefeitos municipais receberiam propinas de empresas contratadas para recolher o lixo. Seriam aceitas como verdades absolutas as declarações de presidentes da República e de governadores, no sentido de que jamais imaginaram permanecer no poder um dia além do fim de seus mandatos.
Mas tem mais: os supermercados teriam o direito de diminuir o peso dos produtos vendidos, não o preço. Os motoristas de táxi ficariam livres para dar voltas imensas no rumo do destino indicado pelo passageiro. Pintores de parede seriam autorizados a misturar água na tinta e mecânicos de automóveis a engatilhar motores depois de consertar o defeito inicial. Madeireiros usariam livremente as motosserras.
Jornalistas poderiam mentir, professores enganariam alunos ensinando a escrever sal com "ç" e alunos enganariam professores apresentando trabalhos copiados do "google". Diretores de clubes de futebol estariam livres para receber gordas comissões pela venda de pernas-de-pau a clubes europeus, como se fossem craques.
Nos morros, favelas e periferias, nenhum policial sofreria punição caso matasse crianças com balas perdidas, assim como todos os traficantes se deixariam fotografar atirando com metralhadoras. No tráfego, nenhuma multa se aplicaria a quem avançasse sinais, dirigisse acima da velocidade máxima estabelecida ou trafegasse embriagado.
Em suma, o Dia da Corrupção mereceria olímpicas comemorações, de Norte a Sul, até que alguém lembrasse estar sendo a data festejada o ano inteiro.
Orfandade do Estado
Frase magnífica foi pronunciada pelo presidente Lula em sua recente visita ao Rio. Cercado pela multidão, ele declarou que "se o Estado não cuida da gente, gente que não deveria vai tomando conta". Referia-se aos narcotraficantes e às milícias estabelecidas nas comunidades carentes da antiga capital.
O problema está em que o Estado, ente etéreo e incorpóreo, é representado pela autoridade pública. Pelos governos e seus agentes. A eles caberia cuidar das gentes, garantindo os direitos elementares da pessoa humana. Se o representante maior do Estado critica o próprio, chamando-o à ordem por não cumprir suas finalidades, como desatar o nó exposto com tanta crueza e veracidade? "Gente que não deveria" amplia espaços de atuação em todos os patamares da sociedade, dos miseráveis aos elitistas. Talvez a solução devesse ser buscada nos antigos anarquistas do fim do século dezenove, aqueles que pregavam a abolição do Estado.
Vendedor de ilusões
Outra do nosso comandante, na mesma oportunidade: "Está na hora de parar de vender desgraças, vamos vender auto-estima". Não se cometerá a injustiça de discordar, muito menos de deixar de reconhecer que o presidente Lula desdobra-se, fazendo tudo ao seu alcance para proporcionar dias melhores ao País.
O diabo é que as desgraças não precisam ser vendidas. São distribuídas de graça. Basta assistir aos telejornais, às novelas, aos programas de auditório e sucedâneos. Quem quiser pode passar os olhos na imprensa escrita.
Descontando-se os exageros de alguns, ou a má-fé de outros, aos meios de comunicação cabe transmitir à sociedade tudo o que se passa nela, seja de ódio e de amor, de violência ou de paz, de certo e de errado. Se o conteúdo do que é divulgado prima pela desgraça, que não se culpe o termômetro pela febre do paciente.
Por certo que o presidente Lula não teve a intenção, mas, ao seu redor, começa a germinar a proposta de que, se a imprensa parar de vender desgraças, as desgraças desaparecerão. É bom tomar cuidado.
Impossível entender
Se o Banco Central fixa os juros em 6,5%, como explicar que os bancos tenham elevado para 50%, em média, a remuneração por empréstimos para pessoas físicas? Fica pior quando se atenta para o horror que são os juros do cheque especial, de 145%. Ou dos cartões de crédito, beirando os 200%.Alguma coisa cheira mal, especialmente porque ao Banco Central cabe fiscalizar a atividade bancária.
Outra impossibilidade de cognição está na denúncia feita pelo senador Francisco Dornelles, ontem. Ele não entende como um contribuinte que discorda da cobrança de impostos pela Receita Federal e recorre, primeiro à própria Receita, depois ao Conselho de Contribuintes, em seguida ao Conselho Superior de Assuntos Fiscais - ganha em todas essas instâncias, como então o governo, depois de tudo, ainda pode recorrer à Justiça para receber aquilo a que não tem direito? Com base nessa incongruência, o senador pelo Rio de Janeiro apresentou projeto de lei proibindo que o governo conteste no Judiciário uma decisão que ele mesmo tomou...
Fonte: Tribuna da Imprensa
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Globo quer cortar "Linha direta": um absurdo
Por: Pedro do Coutto
Li há alguns dias numa coluna da "Folha de S. Paulo" - está na internet - que a direção da Rede Globo pretende suspender o "Linha direta" que vai ao ar às quintas-feiras e, sem dúvida, figura entre os programas de melhor qualidade da emissora. Incrível destacar o "Big brother" e cortar o LD, inclusive com boa audiência para o horário. Se confirmado o corte, terá sido um equívoco grave. Mais que isso: um absurdo.
Há 54 anos no jornalismo, infelizmente, me acostumei a absurdos, a começar pelos que aconteceram, por exemplo, no "Correio da Manhã", jornal em que trabalhei. O "Linha direta" focaliza (ou focalizava) muito bem o eterno conflito humano que se desloca para as investigações policiais e daí para as decisões judiciais. Dois campos que, no mundo todo, em todas as épocas, motivaram obras extraordinárias. Não só livros de grande repercussão, mas filmes de altíssima qualidade também. Para citar um exemplo de sucesso duplo, total, nos dois campos, aí está o "Código Da Vinci" do jornalista Dan Brown. A vida e a arte convergindo.
Há uma infinidade de romances e contos, de um lado, e de filmes, de outro. No meio, peças de teatro como as inspiradas nos textos de Agatha Christie, a grande dama da história policial. São, no fundo, a fusão da reportagem e do vôo livre que caracteriza e realça a arte, síntese da realidade com a ficção. Pois os autores têm inevitavelmente sempre que partir de um ponto. O que torna muito tênue a linha que separa um plano do outro. Separa? Ou complementa? Tenho dúvida.
"Linha direta", acentuado pela atuação impecável de Domingos Meireles, sempre levou para a tela da principal rede de TV do País reportagens muito importantes, elucidativas até. O crime do Sacopã, ocorrido em abril de 52, uma delas. O acusado, tenente Jorge Alberto Bandeira, daquele ano até 2006, quando faleceu, sempre afirmou inocência. Muito bem. Quando Meireles convidou-o para dar seu depoimento, recusou.
Ficou no ar uma confissão tácita. O que não é suficiente para esclarecer o mistério em torno dos caminhos percorridos e pela convergência dos personagens envolvidos. Mas este é outro assunto. Outra matéria excelente, a que focalizou o terrível labirinto do cabo Anselmo. O crime da mala, ocorrido na década de 40. O assassinato do advogado Stélio Galvão Bueno pela própria mulher. A morte do cartunista Roberto Rodrigues, irmão de Nelson, na redação do jornal "A Crítica", de seu pai, por Sílvia Tibau.
Além destas, uma série de outras histórias que sempre receberam um tratamento de nível, tanto no que se refere à apresentação, quanto pela qualidade da imagem e das simulações feitas por atores pouco conhecidos, exatamente para conduzir a um processo semelhante ao do cinema-verdade. Processo que notabilizou Roberto Rossellini, notadamente com "Roma cidade aberta": o clássico "Paisá"; "O general de la Rovere". Todos com base na presença do nazismo na Itália e suas conseqüências no após guerra. "Roma cidade aberta", que tem Fellini como roteirista, o que poucos sabem, foi realizado ainda em meio a combates entre as forças militares e civis que lutavam pela cidade. O LD seguiu esta trilha. Percorreu muito bem o caminho.
Isso de um lado. De outro, contribuiu para a elucidação de uma seqüência de crimes até então insolúveis e para a prisão de criminosos que se encontravam foragidos da Justiça. Suas faces eram projetadas diante da multidão do outro lado da tela. Foram encontrados e presos.
A violência, a paixão, o ciúme, o ódio, o roubo, claro, fazem parte da tragédia humana. A pilhagem também. As figuras criminosas são de todas as épocas. Os conflitos humanos, também. Obras de arte definitivas foram produzidas a partir deles e com base neles. Estão tanto em Skakespeare quanto em Howard Koch, autor e roteirista de "Casablanca". Encontram-se em Dias Gomes, em Janete Clair, em Manoel Carlos, em Aguinaldo Silva. Situam-se nos romances de Alexandre Dumas. Os "Mosqueteiros" são para sempre. O western de John Ford, também.
Sem o conflito e o confronto é impossível fazer-se obras de arte. Como é igualmente impossível escrever-se a história. Seja das cidades, dos estados, dos países, do próprio universo. História? Lembremo-nos da divisão magistral de Marshall McLuhan: a era do relato, que antecede a imprensa de Gutemberg, que surgiu em 1440, e a do registro que a sucede. A cerca de 200 anos surgia a fotografia. Cem anos depois, o cinema. Na década de 1930 começava a televisão.
Hoje, com a internet, a pesquisa se amplia e consolida. Todas estas etapas pertencem ao processo da comunicação. Com os textos e as imagens, os personagens e os fatos tornam-se cada vez mais expostos. Nem por isso os conflitos desapareceram ou diminuíram.
Por isso, se a Globo cometer o erro de retirar o "Linha direta" do ar, o registro dos dramas e dos impasses se enfraquece, da mesma forma que o limite entre o legal e o ilegal na consciência coletiva. Será como deixar uma estante vazia, numa decisão que inclusive contradiz com os seriados da televisão a cabo que se baseiam em fatos reais que terminaram em crimes. Não se deve esquecer que é a realidade que inspira a ficção e não a ficção que inspira a realidade.
Afinal de contas, como digo sempre, ninguém até hoje escreveu algo que não tenha acontecido. O jogo das situações e das palavras é outra coisa. E a televisão, como o cinema, reflete o comportamento humano. "Linha direta" nunca inventou fatos. Apenas os refletiu, em nível alto, como um espelho da vida.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Li há alguns dias numa coluna da "Folha de S. Paulo" - está na internet - que a direção da Rede Globo pretende suspender o "Linha direta" que vai ao ar às quintas-feiras e, sem dúvida, figura entre os programas de melhor qualidade da emissora. Incrível destacar o "Big brother" e cortar o LD, inclusive com boa audiência para o horário. Se confirmado o corte, terá sido um equívoco grave. Mais que isso: um absurdo.
Há 54 anos no jornalismo, infelizmente, me acostumei a absurdos, a começar pelos que aconteceram, por exemplo, no "Correio da Manhã", jornal em que trabalhei. O "Linha direta" focaliza (ou focalizava) muito bem o eterno conflito humano que se desloca para as investigações policiais e daí para as decisões judiciais. Dois campos que, no mundo todo, em todas as épocas, motivaram obras extraordinárias. Não só livros de grande repercussão, mas filmes de altíssima qualidade também. Para citar um exemplo de sucesso duplo, total, nos dois campos, aí está o "Código Da Vinci" do jornalista Dan Brown. A vida e a arte convergindo.
Há uma infinidade de romances e contos, de um lado, e de filmes, de outro. No meio, peças de teatro como as inspiradas nos textos de Agatha Christie, a grande dama da história policial. São, no fundo, a fusão da reportagem e do vôo livre que caracteriza e realça a arte, síntese da realidade com a ficção. Pois os autores têm inevitavelmente sempre que partir de um ponto. O que torna muito tênue a linha que separa um plano do outro. Separa? Ou complementa? Tenho dúvida.
"Linha direta", acentuado pela atuação impecável de Domingos Meireles, sempre levou para a tela da principal rede de TV do País reportagens muito importantes, elucidativas até. O crime do Sacopã, ocorrido em abril de 52, uma delas. O acusado, tenente Jorge Alberto Bandeira, daquele ano até 2006, quando faleceu, sempre afirmou inocência. Muito bem. Quando Meireles convidou-o para dar seu depoimento, recusou.
Ficou no ar uma confissão tácita. O que não é suficiente para esclarecer o mistério em torno dos caminhos percorridos e pela convergência dos personagens envolvidos. Mas este é outro assunto. Outra matéria excelente, a que focalizou o terrível labirinto do cabo Anselmo. O crime da mala, ocorrido na década de 40. O assassinato do advogado Stélio Galvão Bueno pela própria mulher. A morte do cartunista Roberto Rodrigues, irmão de Nelson, na redação do jornal "A Crítica", de seu pai, por Sílvia Tibau.
Além destas, uma série de outras histórias que sempre receberam um tratamento de nível, tanto no que se refere à apresentação, quanto pela qualidade da imagem e das simulações feitas por atores pouco conhecidos, exatamente para conduzir a um processo semelhante ao do cinema-verdade. Processo que notabilizou Roberto Rossellini, notadamente com "Roma cidade aberta": o clássico "Paisá"; "O general de la Rovere". Todos com base na presença do nazismo na Itália e suas conseqüências no após guerra. "Roma cidade aberta", que tem Fellini como roteirista, o que poucos sabem, foi realizado ainda em meio a combates entre as forças militares e civis que lutavam pela cidade. O LD seguiu esta trilha. Percorreu muito bem o caminho.
Isso de um lado. De outro, contribuiu para a elucidação de uma seqüência de crimes até então insolúveis e para a prisão de criminosos que se encontravam foragidos da Justiça. Suas faces eram projetadas diante da multidão do outro lado da tela. Foram encontrados e presos.
A violência, a paixão, o ciúme, o ódio, o roubo, claro, fazem parte da tragédia humana. A pilhagem também. As figuras criminosas são de todas as épocas. Os conflitos humanos, também. Obras de arte definitivas foram produzidas a partir deles e com base neles. Estão tanto em Skakespeare quanto em Howard Koch, autor e roteirista de "Casablanca". Encontram-se em Dias Gomes, em Janete Clair, em Manoel Carlos, em Aguinaldo Silva. Situam-se nos romances de Alexandre Dumas. Os "Mosqueteiros" são para sempre. O western de John Ford, também.
Sem o conflito e o confronto é impossível fazer-se obras de arte. Como é igualmente impossível escrever-se a história. Seja das cidades, dos estados, dos países, do próprio universo. História? Lembremo-nos da divisão magistral de Marshall McLuhan: a era do relato, que antecede a imprensa de Gutemberg, que surgiu em 1440, e a do registro que a sucede. A cerca de 200 anos surgia a fotografia. Cem anos depois, o cinema. Na década de 1930 começava a televisão.
Hoje, com a internet, a pesquisa se amplia e consolida. Todas estas etapas pertencem ao processo da comunicação. Com os textos e as imagens, os personagens e os fatos tornam-se cada vez mais expostos. Nem por isso os conflitos desapareceram ou diminuíram.
Por isso, se a Globo cometer o erro de retirar o "Linha direta" do ar, o registro dos dramas e dos impasses se enfraquece, da mesma forma que o limite entre o legal e o ilegal na consciência coletiva. Será como deixar uma estante vazia, numa decisão que inclusive contradiz com os seriados da televisão a cabo que se baseiam em fatos reais que terminaram em crimes. Não se deve esquecer que é a realidade que inspira a ficção e não a ficção que inspira a realidade.
Afinal de contas, como digo sempre, ninguém até hoje escreveu algo que não tenha acontecido. O jogo das situações e das palavras é outra coisa. E a televisão, como o cinema, reflete o comportamento humano. "Linha direta" nunca inventou fatos. Apenas os refletiu, em nível alto, como um espelho da vida.
Fonte: Tribuna da Imprensa
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
Éramos felizes e não sabíamos!!!
Por: J. Montalvão
A situação de Jeremoabo é tão gritante que quando se tenta ou muda as coisas é sempre para pior.
A Câmara de vereadores de Jeremoabo, que atualmente é o centro negativo da política de Jeremaobo, tinha como Presidente eleito o Sr. Carlos Dentista, porém, esse se empolgou e quis mesmo atropelando a lei se perpetuar no poder, fomos contra, e a Justiça terminou fazendo valer a Lei.
Com a saída de Carlos Olimpio o vereador Josadilson assumiu interinamente a Presidência, onde depois do tempo permitido, deu um golpe e se apoderou do poder.
Com Carlos Olimpio, mais conhecido como Carlos Dentista, pelo menos tinha uma vantagem; seus irmãos nunca foram aquela Casa Legislativa, para desacatar vereadores nem tão pouco usarem da tribuna para querer imputar mancha nos homens de bens de Jeremoabo.
Como todos jeremoabenses sabem, aqui na nossa terra tem dois “point de encontros” para badalar todos acontecimentos de nossa cidade, principalmente a respeito de política ou politicagem, um em Paulinho de Darcy esse o mais badalado, e o outro em Nando de Dito.
No de Nando temos a figura de Zé de Olindo, que não deixa passar nada, e sempre vem com suas perguntas desconcertantes, onde, por exemplo, é um costumais defensor do Carlos, e essa semana mais uma vez fez a seguinte pergunta para que quem soubesse a resposta declinasse.A pergunta do Zé de Olindo: “por essa Câmara de Vereadores de Jeremoabo/Bahia, já passaram vários presidentes, porque nenhum nunca fez nada e ninguém sabe o que fazem com o dinheiro; se o Carlos Dentista ao assumir a Presidência, em apenas um ano com o dinheiro da Câmara comprou uma moto, um carro e construir um prédio que serve de referencia para Jeremoabo e ainda é chamado de ladrão”.
Eu tentei responder, não sei se convenci ao mesmo, porém, o Carlos Dentista com toda sua desastrosa administração (devido a conchavos políticos), foi o primeiro presidente a abrir a CAIXA PRETA da Câmara de vereadores de Jeremoabo/Bahia, demonstrando que ali jorra dinheiro, e não é sem recompensa que todo mundo quer ser presidente de Câmara.Aí eu deixo aqui a minha pergunta, e os vereadores que não são PRESIDENTES o que dizem ou denunciam?
Será que só são cegos, surdos e mudos para o Legislativo, ou para seus interesses pessoais?
E o povo vai continuar como avestruz?
Como não tenho vocação para bandidagem, nem tão pouco faço parte nem convivo com nenhuma quadrilha, desafio o cidadão Antonio Jadson do Nascimento a declinar o nome dos marginais falsificadores que trabalham ou operam na Prefeitura Municipal de Jeremoabo, ao tempo em que sendo tal denuncia efetuada em reunião do Legislativo Municipal perante todos vereadores, que os mesmo tenham a dignidade e responsabilidade de apurar ou no mínimo procurar as autoridades competentes, sob pena de conivência e apoio ao crime dos quadrilheiros.
A desonestidade e banalidade atingiram tão elevado grau de degradação, que há dias atrás, perante também todos vereadores, o atual presidente da Câmara de vereadores de Jeremoabo, denunciou perante seus pares, que o ex-presidente Carlos Dentista, todo mês recebia pela distribuição de água para as localidades onde inexistia aquele precioso líquido para sobrevivência, a importância de R$ 7.000,00 (sete mil reais), só que essa água não estava sendo transportada nem tão pouco chegava ao seu destino.
Com a palavra os vereadores de Jeremoabo/Bahia, e o Ministério Público, pois é o dinheiro público se evaporando!
E o povo vai continuar como avestruz?
Como não tenho vocação para bandidagem, nem tão pouco faço parte nem convivo com nenhuma quadrilha, desafio o cidadão Antonio Jadson do Nascimento a declinar o nome dos marginais falsificadores que trabalham ou operam na Prefeitura Municipal de Jeremoabo, ao tempo em que sendo tal denuncia efetuada em reunião do Legislativo Municipal perante todos vereadores, que os mesmo tenham a dignidade e responsabilidade de apurar ou no mínimo procurar as autoridades competentes, sob pena de conivência e apoio ao crime dos quadrilheiros.
A desonestidade e banalidade atingiram tão elevado grau de degradação, que há dias atrás, perante também todos vereadores, o atual presidente da Câmara de vereadores de Jeremoabo, denunciou perante seus pares, que o ex-presidente Carlos Dentista, todo mês recebia pela distribuição de água para as localidades onde inexistia aquele precioso líquido para sobrevivência, a importância de R$ 7.000,00 (sete mil reais), só que essa água não estava sendo transportada nem tão pouco chegava ao seu destino.
Com a palavra os vereadores de Jeremoabo/Bahia, e o Ministério Público, pois é o dinheiro público se evaporando!
Éramos felizes e não sabíamos!!!
Por: J. Montalvão
A situação de Jeremoabo é tão gritante que quando se tenta ou muda as coisas é sempre para pior.
A Câmara de vereadores de Jeremoabo, que atualmente é o centro negativo da política de Jeremaobo, tinha como Presidente eleito o Sr. Carlos dentista, porém esse se empolgou e quis mesmo atropelando a lei se perpetuar no poder, fomos contra, e a Justiça terminou fazendo valer a Lei.
Com a saída de Carlos Olimpio o vereador Josadilson assumiu interinamente a Presidência, onde depois do tempo permitido deu um golpe e se apoderou do poder.
Com Carlos Olimpio, mais conhecido como Carlos Dentista, pelo menos tinha uma vantagem, seus irmãos nunca foi aquela Casa Legislativa, para desacatar vereadores nem tão pouco usar da tribuna para querer imputar mancha nos homens de bens de Jeremoabo.
Como todos jeremoabenses sabem, aqui na nossa terra tem dois “point de encontros”, para badalar todos acontecimentos de nossa cidade, principalmente a respeito de política ou politicagem, um em Paulinho de Darcy esse o mais badalado, e em Nando de Dito.
O de Nando temos a figura de Zé de Olindo que não deixa passar nada, e sempre vem com suas perguntas desconcertantes, onde, por exemplo, é um costumais defensor do Carlos e essa semana mais uma vez fez a seguinte pergunta para que quem soubesse a resposta declinasse.
A pergunta do Zé de Olindo: “por essa Câmara de Vereadores de Jeremoabo/Bahia, já passaram vários presidentes, porque nenhum nunca fez nada e ninguém sabe o que fazem com o dinheiro, se o Carlos Dentista ao assumir a Presidência, em apenas um ano com o dinheiro da Câmara comprou uma moto, um carro e construir um prédio que serve de referencia para Jeremoabo?”.
Eu tentei responder não seu se convencia ao mesmo, porém, o Carlos Dentista com toda sua desastrosa administração (devido a conchavos políticos), foi o primeiro presidente a abrir a CAIXA PRETA da Câmara de vereadores de Jeremoabo/Bahia, demonstrando que ali jorra dinheiro, e não é sem recompensa que todo mundo quer ser presidente de Câmara.
Aí eu deixo aqui a minha pergunta, e os vereadores que não são PRESIDENTES o que dizem ou denunciam?
Será que só são cegos, surdos e mudos para o Legislativo, ou para seus interesses pessoais. E o povo vai continuar como avestruz?
A situação de Jeremoabo é tão gritante que quando se tenta ou muda as coisas é sempre para pior.
A Câmara de vereadores de Jeremoabo, que atualmente é o centro negativo da política de Jeremaobo, tinha como Presidente eleito o Sr. Carlos dentista, porém esse se empolgou e quis mesmo atropelando a lei se perpetuar no poder, fomos contra, e a Justiça terminou fazendo valer a Lei.
Com a saída de Carlos Olimpio o vereador Josadilson assumiu interinamente a Presidência, onde depois do tempo permitido deu um golpe e se apoderou do poder.
Com Carlos Olimpio, mais conhecido como Carlos Dentista, pelo menos tinha uma vantagem, seus irmãos nunca foi aquela Casa Legislativa, para desacatar vereadores nem tão pouco usar da tribuna para querer imputar mancha nos homens de bens de Jeremoabo.
Como todos jeremoabenses sabem, aqui na nossa terra tem dois “point de encontros”, para badalar todos acontecimentos de nossa cidade, principalmente a respeito de política ou politicagem, um em Paulinho de Darcy esse o mais badalado, e em Nando de Dito.
O de Nando temos a figura de Zé de Olindo que não deixa passar nada, e sempre vem com suas perguntas desconcertantes, onde, por exemplo, é um costumais defensor do Carlos e essa semana mais uma vez fez a seguinte pergunta para que quem soubesse a resposta declinasse.
A pergunta do Zé de Olindo: “por essa Câmara de Vereadores de Jeremoabo/Bahia, já passaram vários presidentes, porque nenhum nunca fez nada e ninguém sabe o que fazem com o dinheiro, se o Carlos Dentista ao assumir a Presidência, em apenas um ano com o dinheiro da Câmara comprou uma moto, um carro e construir um prédio que serve de referencia para Jeremoabo?”.
Eu tentei responder não seu se convencia ao mesmo, porém, o Carlos Dentista com toda sua desastrosa administração (devido a conchavos políticos), foi o primeiro presidente a abrir a CAIXA PRETA da Câmara de vereadores de Jeremoabo/Bahia, demonstrando que ali jorra dinheiro, e não é sem recompensa que todo mundo quer ser presidente de Câmara.
Aí eu deixo aqui a minha pergunta, e os vereadores que não são PRESIDENTES o que dizem ou denunciam?
Será que só são cegos, surdos e mudos para o Legislativo, ou para seus interesses pessoais. E o povo vai continuar como avestruz?
Direito tem, quem direito anda
Por: J. Montalvão
Jeremoabo já se tornou o ponto culminante da boataria, fofoca, e para completar de difamação, e o pior quem não tem o rabo preso ou culpa no cartório são os difamados, é a teoria: ou anda de cocara comigo, ou eu ponho um rapo.
Uma das autoridades que conseguiu colocar um basta nisso foi o ex-Prefeito Lula de Dalvinho, que pelo menos durante o seu governo, não aceitou difamação, falou, tem que provar.
Hoje ao chegar ao prédio da Prefeitura o comentário generalizado, é que o senhor Jadson, usando uma emissora de rádio local, atirou “merda”, no ventilador na tentativa de atingir indistintamente todos os fu8ncionários e servidores daquela repartição> Não acho impossível o mesmo ter cometido essa insensatez, todavia, todavia, sempre procuro ter certeza para depois me manifestar, sendo que, baseado nesse princípio enviei uma missiva a diretoria do Rádio Vaza-Barris para me inteirar da verdade.
Jeremoabo, 28 de fevereiro de 2008.
Prezado Senhor
Venho através do presente amparado na Constituição Federal de 1988, Título II, Capítulo I, Art. 5°, Inciso V e XXXIV alínea “b”, solicitar de V.Sa., copia do programa de Rádio levado ao ar na data de ontem, onde foi entrevistado o cidadão Antonio Jadson do Nascimento.
Sem outro assunto para o momento, desde já agradeço as providencias por V.Sa., adotadas.
José Dantas M. Montalvão
CIDADÃO-ELEITOR-CONTRIBUINTE
Ilmo. Sr.
Diretor do Rádio Vaza Barris
Nesta
Jeremoabo já se tornou o ponto culminante da boataria, fofoca, e para completar de difamação, e o pior quem não tem o rabo preso ou culpa no cartório são os difamados, é a teoria: ou anda de cocara comigo, ou eu ponho um rapo.
Uma das autoridades que conseguiu colocar um basta nisso foi o ex-Prefeito Lula de Dalvinho, que pelo menos durante o seu governo, não aceitou difamação, falou, tem que provar.
Hoje ao chegar ao prédio da Prefeitura o comentário generalizado, é que o senhor Jadson, usando uma emissora de rádio local, atirou “merda”, no ventilador na tentativa de atingir indistintamente todos os fu8ncionários e servidores daquela repartição> Não acho impossível o mesmo ter cometido essa insensatez, todavia, todavia, sempre procuro ter certeza para depois me manifestar, sendo que, baseado nesse princípio enviei uma missiva a diretoria do Rádio Vaza-Barris para me inteirar da verdade.
Jeremoabo, 28 de fevereiro de 2008.
Prezado Senhor
Venho através do presente amparado na Constituição Federal de 1988, Título II, Capítulo I, Art. 5°, Inciso V e XXXIV alínea “b”, solicitar de V.Sa., copia do programa de Rádio levado ao ar na data de ontem, onde foi entrevistado o cidadão Antonio Jadson do Nascimento.
Sem outro assunto para o momento, desde já agradeço as providencias por V.Sa., adotadas.
José Dantas M. Montalvão
CIDADÃO-ELEITOR-CONTRIBUINTE
Ilmo. Sr.
Diretor do Rádio Vaza Barris
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