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domingo, maio 31, 2020

“Gabinete do ódio” está perto de ser desmantelado pelo inquérito das fake news


Carlos Bolsonaro deverá ser atingido no final do inquérito
Rafael Moraes Moura
Estadão
O avanço da investigação sigilosa do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre ameaças, ofensas e fake news disparadas contra integrantes da Corte e seus familiares deve chegar ao núcleo próximo do presidente Jair Bolsonaro, segundo o Estadão apurou.
Com previsão de ser concluído em 15 de julho, mas a possibilidade concreta de ser novamente prorrogado, o inquérito já fechou o cerco sobre o “gabinete do ódio”, grupo de assessores do Palácio do Planalto comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do chefe do Executivo. A existência desse núcleo foi revelada em reportagem do Estadão de setembro do ano passado.
OPERAÇÃO DA PF – Comandante do “gabinete do ódio”, Carlos não foi alvo da operação da Polícia Federal ocorrida na quarta-feira por determinação do relator do inquérito das fake news, ministro Alexandre de Moraes. A ofensiva, considerada “abusiva” pelo Palácio do Planalto, resultou na apreensão de documentos, computadores e celulares em endereços de 17 pessoas suspeitas de integrar uma rede de ataques a ministros do STF e na convocação de depoimento de oito deputados bolsonaristas.
A expectativa de integrantes do STF é a de que, se em um primeiro momento Moraes optou por focar nos tentáculos operacionais do “gabinete do ódio”, o filho do presidente da República deve ser atingido já na etapa final do inquérito, com o aprofundamento das investigações.
O cálculo político que estaria sendo feito é o de que o envolvimento de nomes mais graúdos nessa etapa poderia comprometer os trabalhos. A investigação é conduzida no Supremo pelo delegado federal Igor Romário de Paula, que integrou a Lava Jato em Curitiba, e é tido como um aliado do ex-ministro Sérgio Moro, e também por Denisse Dias Rosas Ribeiro, Fábio Alceu Mertens e Daniel Daher.
BLINDAGEM – Em meio às acusações de Moro de que Bolsonaro tentou interferir politicamente na PF, Moraes decidiu blindar o grupo e determinou que o inquérito deveria continuar nas mãos desses delegados, independentemente das trocas no comando da corporação. Ao determinar a operação de busca e apreensão, que mirou empresários e blogueiros bolsonaristas, o ministro definiu o “gabinete do ódio” como uma “associação criminosa”.
“As provas colhidas e os laudos periciais apresentados nestes autos apontam para a real possibilidade de existência de uma associação criminosa, denominada nos depoimentos dos parlamentares como ‘Gabinete do Ódio’, dedicada a disseminação de notícias falsas, ataques ofensivos a diversas pessoas, às autoridades e às Instituições, dentre elas o Supremo Tribunal Federal, com flagrante conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática”, escreveu Moraes.
ATAQUES – A operação contra aliados bolsonaristas foi criticada na sexta-feira, 29, por Carlos no Twitter. “Nunca tiveram provas, apenas narrativas. Revelações literalmente inventadas por 2 parlamentares e agora apoiadas por biografados. Forçam busca e apreensão ilegais para criarem os fatos e ganharem fôlego”, escreveu.
“Eu não sei o que estão fazendo. Não chego perto do meu pai há um bom tempo. Apenas exibi minha liberdade de falar enquanto posso!”, emendou. O filho do presidente ainda postou uma declaração antiga de Moraes em julgamento do STF, quando o ministro falou “que quem não quer ser criticado, ser satirizado, fique em casa, não se ofereçam ao público”. “Querer evitar isso por uma ilegítima intervenção estatal na liberdade de expressão é absolutamente inconstitucional”, disse Moraes na ocasião.
INQUÉRITO – O inquérito das fake news foi aberto por determinação do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, à revelia do Ministério Público, o que provocou críticas da Procuradoria-Geral da República (PGR), da Ordem dos Advogados do Brasil e, na época, de colegas da Corte.
Na ocasião, o ministro Marco Aurélio Mello chegou a chamar o inquérito de “natimorto”. De lá pra cá, no entanto, diminuiu a resistência interna da Corte às investigações, que encontraram na rede ameaças de incendiar o Supremo e matar ministros com tiros à queima-roupa. Interlocutores de Moraes avaliam que, hoje, a maioria da Corte apoia o inquérito como uma “defesa institucional do STF” contra ataques.
SUSPENSÃO – O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu na última semana a suspensão do inquérito. A decisão será do plenário do Supremo. A Associação Nacional dos Procuradores da República também contesta a investigação em outra ação.
Em outra frente, um ano e dois meses depois de ingressar no Supremo para também contestar o inquérito das fake news, a Rede mudou de posição e pediu ontem a Fachin o arquivamento da ação. A lei sobre ações de controle de constitucionalidade, porém, prevê que, se a ação for proposta, não se admitirá depois desistência.

Apoiadores de Bolsonaro que agrediram profissionais da Saúde durante ato são indiciados


Enfermeiros pediam melhores condições de trabalho 
Deu no Estadão
A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou três pessoas que agrediram enfermeiros que participavam de um ato pacífico em homenagens aos colegas mortos pela covid-19 no dia 1º de maio, na Praça dos Três Poderes. Os indiciados são duas mulheres, de 20 e 45 anos, e um homem, de 57.
Os três vão responder por crimes contra a liberdade individual. O Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi instaurado no 5ªDP (Asa Norte). Os envolvidos podem aguardar a decisão em liberdade. Os indiciamentos estão no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e serão encaminhados para o Ministério Público, que tomará as medidas que entender adequadas. A assessoria de imprensa da Polícia Civil não divulgou os nomes dos envolvidos.
MELHORES CONDIÇÕES – O ato dos enfermeiros reuniu 60 profissionais da Saúde, que pediam melhores condições de trabalho e a manutenção do isolamento social. Eles estavam vestidos de jaleco e com máscaras de proteção e se posicionaram em fileiras, segurando cruzes e respeitando o distanciamento recomendado de pelo menos um metro entre cada um.
A manifestação pacífica foi interrompida por um homem e uma mulher carregando uma bandeira do Brasil. A dupla agrediu física e verbalmente enfermeiras que participavam do ato. Uma delas foi empurrada violentamente pelo agressor.
Na ocasião, o Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) emitiu nota que afirmava que “o episódio retrata a triste realidade de milhares de profissionais da Enfermagem, que trabalham para salvar vidas e sofrem violência nos hospitais do país, caladas e calados, sem chance de se defender”.

Com 2,9 mil cargos no governo, militares temem desgaste com trapalhadas de Bolsonaro



Tânia Monteiro e Adriana FernandesEstadão
As Forças Armadas já preveem que terão uma “enorme” conta para pagar ao fim do mandato do presidente Jair Bolsonaro pela presença de militares na cúpula e na base do governo. Em conversas nos quartéis e gabinetes de Brasília, oficiais admitem que a nova incursão na política, após 35 anos do fim da ditadura militar, trará desgaste à imagem da instituição e temem perder a credibilidade duramente reconquistada por causa do envolvimento com o governo e a perspectiva de seu naufrágio.
O Exército é que deve ficar com o maior ônus por ter um maior contingente no quadro da máquina pública bolsonarista. Levantamento do Ministério da Defesa, feito a pedido do Estadão, mostra que militares da ativa já ocupam quase 2,9 mil cargos no Executivo. São 1.595 integrantes do Exército, 680 da Marinha e 622 da Força Aérea Brasileira (FAB).
SERVINDO A BOLSONARO – Do total de Bolsonaro, 42% estão empregados na estrutura da Presidência, especialmente no Gabinete de Segurança Militar, um órgão que foi superreforçado no atual governo. Três oficiais ocupam o primeiro escalão: Walter Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), e Rego Barros é o Porta-Voz.
O incômodo com uma possível cobrança ocorre diante da constatação de que o pessoal da ativa nas Forças Armadas está não apenas em cargos estratégicos, mas em postos comissionados. São vagas de Direção e Assessoramento Superior, os DAS, com vencimentos que vão de R$ 2.701 a R$16.944 por mês.

DESGASTE INEVITÁVEL – Na prática, seja qual for o governo, sempre haverá desgaste para quem participar dele. No caso da gestão Bolsonaro há um adicional. É um governo que vive em crise constante e são frequentes as cobranças para que os oficiais se manifestem sobre todos os atos polêmicos do presidente, como participar de manifestações antidemocráticas. O que tem exigido do ministro da Defesa, Fernando Azevedo, divulgar notas para reafirmar o compromisso constitucional das Forças com a democracia.
Na última semana, o ministro Luiz Eduardo Ramos, que é general da ativa, se viu obrigado a dar explicações a seus colegas de turma da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) após o Estadão revelar que ele tem oferecido cargos ao Centrão, bloco fisiológico de partidos, em troca de apoio ao governo no Congresso.
CUMPRINDO MISSÃO – “É pelo respeito que tenho ao meu Exército que estou divulgando essa mensagem”, disse, ressaltando não ser “político” e estar cumprindo uma “missão”. O ministro já havia causado desconforto ao usar farda numa solenidade, ao lado do presidente, em 30 de abril, no Comando Militar do Sul, em Porto Alegre.
Até mesmo a fama de bons gestores dos militares é colocada em xeque. Chocou ministros do Supremo o fato de nenhum dos generais presentes já na famosa reunião de Bolsonaro com sua equipe ter pedido moderação aos seus colegas que atacaram outros poderes com palavras de baixo calão. Um ministro ouvido pelo Estadão observou que os generais, no mínimo, não deveriam ter permitido a gravação do encontro.
A presença dos militares no Ministério da Saúde também causa preocupação. Eles tomaram conta da pasta no momento em que o novo coronavírus avança e dois médicos civis pediram demissão por discordarem da orientação do presidente na condução da crise, o que o atual cumpre à risca.
MAIS NOMEAÇÕES – Especializado em logística, Pazuello já nomeou 20 militares e pretende chamar mais 37, no mínimo por três meses. A militarização também avançou para postos que requerem experiência específica. Na quarta-feira, por exemplo, o coronel do Exército Luiz Otávio Franco Duarte foi nomeado secretário de Atenção Especializada, responsável por habilitar leitos de UTI e distribuir recursos para Estados e prefeituras.
Mesmo com menos pessoal no governo, a Marinha já espera uma cobrança por sua atuação na gestão Bolsonaro. A presença do almirante Flávio Rocha, recém-promovido a quatro estrelas, no Palácio do Planalto preocupa a instituição. Rochinha, como é chamado no meio, tem recebido diferentes missões do presidente, como contornar a crise na Secretaria da Cultura. O outro almirante é Bento Albuquerque, que comanda Minas e Energia.
COMPROMETIMENTO – De todas as forças, a Aeronáutica é, até agora, a mais preservada de eventuais desgastes. Apesar de ser tenente-coronel da reserva no comando do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes não foi escolhido por ser da FAB.
Na avaliação do cientista político e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Carlos Pereira, “é natural” que Bolsonaro “vá buscar apoio no setor onde dispõe de maior confiança”. Pereira alertou, porém, que as Forças Armadas correm risco muito grande ao embarcar, com essa proporção, em um governo. “As Forças Armadas demoraram muito tempo para limpar seu nome e cumprir seu papel constitucional. Agora, correm o risco de se comprometer mais uma vez”, afirmou o cientista político e colunista do Estadão. / Colaboraram Mateus Vargas e Felipe Frazão
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Excelente matéria. Exibe a equivocada e ardilosa estratégia de Bolsonaro. Ele julga (?) que, ao encher o governo com militares, isso significaria que as Forças Armadas pretenderiam mantê-lo no poder a qualquer custo. Mas isso é Piada do Ano. (C.N.)

Vaquejada em Jeremoabo que desafiou o governo...



Nota da redação deste Blog - Devido a repercussão negativa que atingiu em cheio a  administração municipal de Jeremoabo devido a realização de uma " vaquejada"  em plena epidemia concernente ao COVID-19, o prefeito para justificar o injustificável,  emitiu " nota de repúdio", que se não fosse trágica seria hilariante.
Ao publicar e comentar a nota do prefeito, falei logo que ali seria uma maneira de procurar um " bode expiatório" para justificar uma aberração que além de desrespeitar as leis, afrontou as demais autoridades existentes em Jeremoabo e até no  mundo, já que desrespeitou protocolos e recomendações da Organização Mundial de Saúde.
Só que o cidadão escolhido como " salvador da pátria," apesar de ser um cidadão humilde,é uma pessoa que não aceitou servir de cobaia,  colocou a " boca no trombone", dando nome a todas as " "otoridades", que participaram e compartilharam  do ato criminoso.

Desrespeitar o isolamento na pandemia do coronavírus é crime e pode render prisão.

Para encerrar esse comentário transcrevo parte de uma matéria do  Professor, escritor e jornalista Landisvalth Lima:

CONTRAPROSA.COM.BR
O vídeo acima, postado por Mateus Molina no Facebook, é o flagrante mais cruel de como é difícil viver numa sociedade que se curva ao imediatismo, como se não houvesse amanhã. O fato aconteceu na c…
 
O vídeo acima, postado por Mateus Molina no Facebook, é o flagrante mais cruel de como é difícil viver numa sociedade que se curva ao imediatismo, como se não houvesse amanhã. O fato aconteceu na cidade de Jeremoabo, localizada no Nordeste da Bahia. Uma vaquejada, realizada nesta sexta-feira (29) no Parque Antônio Flávio, coloca à prova todas as medidas difundidas de isolamento social. É a tese inconteste de que desafiamos a ciência, fato comum nos países com baixo nível educacional.
Também é um desafio às autoridades. O prefeito Derisvaldo José dos Santos – o Deri do Paloma – lançou nota de repúdio nas redes sociais afirmando que tomará todas as providências contra o evento, que ocorreu de forma ilegal e clandestina. Esperamos que algo seja feito. Caso contrário, ficará evidente a incompetência do alcaide, não só por ter deixado o fato acontecer debaixo do seu nariz, como por prevaricar diante desta bomba biológica em plena pandemia. Mas fica também uma pergunta: Como é possível realizar um evento com número considerável de pessoas, regado a som potente, numa cidade do porte de Jeremoabo e não ser interrompido?
O fato evidencia distanciamento entre governo e povo. Se foi realizado por pessoas com o intuito de desafiar as autoridades, estas precisam agir para não ficar a impressão de que há vacância nos cargos. Prefeito, secretário, delegado de polícia, policial militar, onde estavam todos? Ninguém para barrar o evento? Então leis, decretos, normas… Nada disso vale? A vaquejada realizada neste dia 29 de maio em Jeremoabo pode ser a resposta ao questionamento que ecoa em nossos ouvidos: Há ou não governo em Jeremoabo? 

sábado, maio 30, 2020

Cada vez mais encurralado, Bolsonaro diz que tudo aponta para uma crise


New York Times faz editorial sobre "escolha triste do Brasil" por ...
Jair Bolsonaro julga que está sofrendo perseguições
Deu na Folha
Mensagem publicada pelo presidente Jair Bolsonaro neste sábado (30) em redes sociais afirma que “tudo aponta para uma crise” ao listar uma análise do noticiário da imprensa sobre os movimentos do Judiciário e do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre seu governo.
“Primeiras páginas dos jornais abordaram com diferentes destaques, as decisões envolvendo a atuação do Supremo Tribunal Federal, da Polícia Federal, do Tribunal de Contas da União e do Tribunal Superior Eleitoral em relação ao governo Bolsonaro e seus aliados”, diz a mensagem postada pelo presidente.
EDUARDO INVESTIGADO – A primeira informação elencada trata da decisão do ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), de enviar na noite desta sexta-feira (29) ao procurador-geral da República, Augusto Aras, um pedido de investigação sobre o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) por “incitação à subversão da ordem política ou social previsto na Lei de Segurança Nacional”.
A medida é uma praxe, uma vez que o tribunal, ao receber uma notícia-crime, deve reportá-la às autoridades de investigação. Nesta semana, o deputado criticou decisões recentes dos ministros Celso de Mello e Alexandre de Moraes. Em live na noite de quarta-feira (27) ao lado de alvos da ação do Supremo contra fake news, Eduardo defendeu reagir energeticamente contra a corte.
APROFUNDAR O INQUÉRITO – A postagem do presidente Bolsonaro cita ainda o pedido da Polícia Federal ao ministro Celso de Mello de mais 30 dias para concluir o inquérito que apura se Bolsonaro interferiu na corporação. O pedido foi feito pela delegada Christine Machado, que conduz as investigações. E a PF afirmou que um dos próximos passos do inquérito sobre interferências na PF será tomar o depoimento do presidente.
O presidente destaca ainda movimentações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) relacionada ao inquérito das fake news, que tramita no Supremo, da atuação do TCU sobre o chamado “Gabinete do Ódio”, instalado no Planalto e investigado pelo STF, e a manifestação de procuradores da República a favor da formação de uma lista tríplice para a chefia da Procuradoria-Geral da República —o atual chefe da PGR, Augusto Aras, não participou da lista.
A mensagem postada pelo presidente cita ainda a notícia de que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, ficou em silêncio em depoimento à PF nesta sexta-feira (29) para esclarecer afirmação feita em reunião ministerial de que, por ele, botaria “esses vagabundos todos na cadeia, começando pelo STF”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – 
Bolsonaro está encurralado dentro de si mesmo. Comprou brigas diariamente, fez uma asneira atrás da outra, não respeitou o decoro da Presidência, preferiu ouvir os filhos despreparados ao invés de consultar seus ministros. Agora está pagando o preço. É um presidente cada vez mais patético e desmoralizado. (C.N.)

Celso de Mello manda investigar Eduardo Bolsonaro, denunciado também no Conselho de Ética


Eduardo defendeu “medida enérgica” por Bolsonaro
Deu no Correio Braziliense
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) se tornou alvo de mais uma representação por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara. A Rede Sustentabilidade, o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT) protocolaram o pedido na quinta-feira, dia 28.
A ofensiva da oposição veio após declarações de Eduardo em uma transmissão ao vivo ao lado de apoiadores bolsonaristas investigados no inquérito das fake news. O parlamentar afirmou não ter dúvida de que será alvo de uma investigação em breve e disse que participa de reuniões em que se discute “quando” acontecerá um “momento de ruptura” no Brasil.
RUPTURA – “Não tenho nem dúvida que amanhã vai ser na minha casa (que cumprirão mandado de busca), que se nós tivermos uma posição colaborativa, vão entrar na nossa casa, dando risada. Até entendo quem tem uma postura moderada, vamos dizer, para não tentar chegar a momento de ruptura, a momento de cisão ainda maior, conflito ainda maior. Entendo essa pessoas que querem evitar esse momento de caos. Mas falando bem abertamente, opinião de Eduardo Bolsonaro, não é mais uma opção de se, mas, sim, de quando isso vai ocorrer”, afirmou o parlamentar.
“E não se enganem”, emendou, “as pessoas discutem isso. Essas reuniões entre altas autoridades, até a própria reunião de dentro de setores políticos, eu, Bia (Kicis), etc, a gente discute esse tipo de coisa porque a gente estuda história. A gente sabe que a história vai apenas se repetindo. Não foi de uma hora para outra que começou a ditadura na Venezuela, foi aos poucos.”
MEDIDA ENÉRGICA – O deputado disse ainda que “quando chegar ao ponto que o presidente não tiver mais saída e for necessário uma medida enérgica ele (o presidente) é que será tachado como ditador”.
A “live” foi transmitida pelo canal de YouTube do blog Terça Livre, de Allan dos Santos, um dos alvos da operação da última quarta-feira contra empresários, políticos e apoiadores de Bolsonaro investigados por divulgar notícias falsas e ameaças contra autoridades da República, como ministros do Supremo e seus familiares.
Além de Santos, a deputada Bia Kicis (PSL-SP), outra investigada pelo inquérito das fake news, também participou da transmissão, ao lado de Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo, e do médico Ítalo Marsili.
GRAVES CONSEQUÊNCIAS – Para a oposição, Eduardo Bolsonaro atentou “contra o Estado Democrático de Direito” e demonstrou que “há, em curso, uma articulação orientada pelo representado e por aliados do Presidente da República, na tentativa de deflagrar uma ruptura institucional, com graves consequências para a democracia brasileira”.
Eduardo Bolsonaro já responde a processo no Conselho de Ética por afirmar que “se a esquerda brasileira radicalizar”, uma resposta pode ser “via um novo AI-5”.
FECHAR O STF –  Em julho de 2018, antes do primeiro turno das eleições que deram a vitória a Jair Bolsonaro, o filho caçula do então presidenciável Jair Bolsonaro, disse que, para fechar STF, bastava “um soldado e um cabo”. A declaração se referia à suposta possibilidade do pai ser impedido de assumir o Planalto caso fosse eleito ainda na primeira fase da corrida presidencial.
Nos últimos dias, o governo tem sofrido uma sucessão de derrotas no Supremo, a maioria delas por decisões individuais dos ministros Celso de Mello e Alexandre de Moraes. O estopim para a nova crise ocorreu, no entanto, após a ação determinada por Moraes, relator do inquérito das fake news.
Na ação de quarta-feira, a PF apreendeu documentos, computadores e celulares em endereços de apoiadores do presidente. Desde então, aumentam as investidas contra o STF dirigidas pelo próprio presidente e por seus apoiadores.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A matéria não cita o mais grave, a decisão do ministro Celso de Mello, que enviou ao procurador-geral Augusto Aras, um pedido de investigação sobre o deputado l Eduardo Bolsonaro por “incitação à subversão da ordem política ou social previsto na Lei de Segurança Nacional”. O cerco está se fechando. (C.N.)

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