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sexta-feira, janeiro 03, 2025

Política no Ceara: “Lindo vai ser sua cara, toda furada de bala!”


Prefeito de cidade no interior do Ceará é preso antes de posse e filho  assume cargo | Jornal de Brasília

Preso antes da posse, Braguinha foi substituído pelo filho

Pepita Ortega e Fausto Macedo
Estadão

Enquanto os gestores dos mais de 5,5 mil municípios tomavam posse em clima festivo nesta quarta-feira, dia 1º, o prefeito reeleito de Santa Quitéria, no interior do Ceará, José Braga Barrozo (PSB), o Braguinha, foi preso pouco antes de assumir o mandato sob acusação de ter contado com apoio direto da facção Comando Vermelho à sua candidatura nas eleições 2024.

O Estadão apurou que o Ministério Público descobriu que o CV expulsou da cidade eleitores do adversário de Braguinha, comprou votos para ele com drogas e espalhou o terror pela cidade com ameaças de morte a quem não votasse no prefeito que tentava a reeleição.

PERTO DE SOBRAL – Santa Quitéria, vizinha ao município de Sobral, tem cerca de 40 mil habitantes e se situa a 220 quilômetros de Fortaleza. Com a prisão de Braguinha, quem acabou assumindo a prefeitura foi seu próprio filho, o vereador Joel Barroso.

O vice-prefeito eleito não consta como investigado no inquérito que tirou Braguinha da administração, mas a Polícia pediu que ele também fosse impedido de assumir o cargo. Joel Barroso entrou na linha direta de sucessão após ser eleito presidente da Câmara, por um voto de diferença.

A decisão judicial que mandou prender Braguinha detalha como a facção atuou intensamente nas eleições no Ceará, ordenando mortes, ataques e investidas políticas em quase todo o Estado – especialmente em Santa Quitéria.

GRAU ELEVADO – Ao avaliar as provas colhidas no inquérito, o Tribunal considerou que a influência do Comando Vermelho nas eleições de Santa Quitéria atingiu “grau elevado” – a qual se deu de diferentes formas, inclusive através da intimidação pública, mediante pichações.

“As inscrições expressavam slogans do Comando Vermelho e continham ameaças a quem apoiasse ou votasse no adversário de Braguinha, com mensagens como: ‘Quem apoiar o Tomas vai entrar na bala’ e ‘Quem apoiar o 15 vai morrer’.”

A facção fez ameaças diretas a apoiadores do adversário do prefeito reeleito, afirma a investigação. As mensagens, enviadas pelo Whatsapp e por ligações, continham ameaças de morte, ordens de expulsão da cidade, ameaças de incêndio em casas e carros. “Lindo vai ser sua cara quando nos pegar e deixa toda furada de bala”, registrou uma delas.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOB
– É o chamado Faroeste Caboclo, agora agravado pela participação das principais facções criminosas, milícias e quadrilhas de todo tipo, de terno e gravata, colarinho branco ou encardido. Ah, Brasil, você é muitos países num só… (C.N.)
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