Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

domingo, abril 10, 2022

Nova geração de ecologistas não se limita a protestar e tenta influenciar leis inovadoras

Publicado em 10 de abril de 2022 por Tribuna da Internet

A promessa de um New Deal ambientalista para mudar os EUA

Jovens do Movimento Sunrise atuam diretamente no Capitólio

João Gabriel de Lima
Estadão

Eles se hospedam em Airbnbs (hospedagens alternativas) e se movem nos corredores do Capitólio. Inspiram-se no passado – o movimento dos direitos civis – e usam ferramentas do presente: bancos de dados, aplicativos e redes sociais. Em reportagem recente, a revista The New Yorker saudou o movimento Sunrise, formado por jovens ativistas, como o novo padrão de ambientalismo na era digital.

Nada pode ser mais danoso à democracia que o sentimento de que todos os políticos são mentirosos e eleições não servem para nada, conforme observou o jornalista Eugênio Bucci em artigo publicado nesta semana no Estadão. Movimentos como o Sunrise valorizam a prática democrática. Eles não se limitam a protestar e angariar adeptos. Buscam aliados entre os representantes eleitos, pautam discussões no Congresso e influenciam leis.

JOVENS INOVADORES – No mundo inteiro, os jovens estão na vanguarda da luta ambiental. Eles sabem que um presente com enchentes e secas é prenúncio de um futuro com escassez de alimentos e desastres naturais – futuro que não querem para suas vidas. Foram os jovens alemães que levaram o Partido Verde a uma votação expressiva nas últimas eleições. Na COP26, em Glasgow, os jovens brasileiros foram estrelas do pavilhão da sociedade civil em defesa da Amazônia.

“Cabe à sociedade civil fiscalizar os poderes para que as leis promovam o bem de muitos, e não o interesse de poucos”, diz Mariana Mota, coordenadora de políticas públicas do Greenpeace Brasil. Entidades como o Greenpeace observam de perto a “agenda verde” que começou a ser votada pelo Supremo Tribunal Federal a partir da última quarta-feira, dia 30.

Serão julgadas sete ações de autoria de vários partidos políticos. A sociedade civil – academia e movimentos, incluindo o Greenpeace – colaborou com estudos e dados. E a relatora Cármen Lúcia já deu um voto devastador, contra o governo.

VOLTA DA FISCALIZAÇÃO – Um tema perpassa as ações: a retomada da fiscalização ambiental, reduzida a níveis mínimos no governo Bolsonaro. Nesta semana, vários ex-ministros do Meio Ambiente – de Sarney Filho a Carlos Minc – estiveram com Luiz Fux, presidente do STF, e Cármen Lúcia, relatora de seis das sete ações.

Toda atenção é pouca, pois se trata de um jogo em que todos perdem. Com os recordes de desmatamento, a imagem do Brasil se deteriora, os lobbies europeus ganham um argumento contra o agronegócio nacional e nossa produção de alimentos diminui com as secas e demais danos causados pela mudança climática.

Ninguém, no entanto, perde mais que os jovens, que sofrem com a destruição de seu próprio futuro. No Sunrise ou nos movimentos brasileiros, faz sentido que eles liderem o combate à maior ameaça de nossa época.


Em destaque

Trump escapou sem receber pena, mas Bolsonaro não conseguirá escapar

Publicado em 13 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Bolsonaro mantém um bom relacionamento com Trump ...

Mais visitadas