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sábado, abril 09, 2022

Datafolha: Candidatos de Lula lideram em SP e no RJ; candidato de Bolsonaro está bem no Rio


Freixo e Cláudio Castro lideram disputa ao Governo do Rio

Pedro do Coutto

A pesquisa do Datafolha divulgada na noite de quinta-feira pela TV Globo e pela GloboNews, e amplamente analisada nas edições de ontem na Folha de S. Paulo e no O Globo, apresenta um panorama no qual se destacam as posições dos candidatos Fernando Haddad, em São Paulo, Marcelo Freixo , no Rio de Janeiro,  e do candidato de Bolsonaro, também no Rio, o governador Cláudio Castro.

A pesquisa tem sua maior importância na medida em que focaliza uma tendência de voto no maior colégio eleitoral do país, São Paulo, e no terceiro colégio, o Rio de Janeiro. Os números são importantes, sobretudo em São Paulo, pois no Rio ainda há uma tendência grande de votos brancos e nulos. Em São Paulo essa tendência está contida num percentual de 23%.

EMPATE – Em São Paulo, Haddad lidera com 29%, seguido por Márcio França com 20%, seguido do candidato de Bolsonaro, Tarcísio Freitas, com 10%. No Rio, Freixo lidera com 22 pontos, seguido de Castro, bolsonarista, com 18 pontos. Alguns comentaristas identificam nos percentuais um empate técnico. Não concordo.

A diferença de quatro pontos de um candidato para outro é considerável, mesmo podendo ser revertida. O importante é que, principalmente em São Paulo, a força do lulismo se configura mais intensamente.

VINCULAÇÃO – Há uma vinculação inevitável entre as campanhas para os governos estaduais e a campanha para a Presidência da República. É evidente. A largada em São Paulo e  no Rio foram muito importantes para a campanha do PT e deixaram claro a presença de Bolsonaro nas tendências de voto.

Outro aspecto é perceber que nenhum candidato que possa ser enquadrado na chamada terceira via apresenta pontuação expressiva. Pelo contrário, há um vazio de atores. O quadro permanece polarizado entre Lula e Bolsonaro. Deve estar vindo por aí uma pesquisa do Ipec. Aguardemos.

FGTS E OS NÚMEROS – O governo anunciou, e as inscrições começaram ontem, a possibilidade de os titulares de contas do FGTS sacarem ainda este ano, antes das eleições, é claro, a parcela de R$ 1000 de seus saldos. Inicialmente pode parecer uma concessão, mas o fato é que o saldo já pertencia aos trabalhadores. A liberação não significa adição e sim substituição de um saldo por outro menor.

Além disso, influi nos juros que incidem sobre o total de depósitos. É apenas uma observação para demonstrar que os números devem ser analisados com mais atenção do que aparentemente são observados.

REAJUSTE SALARIAL – O ministro Paulo Guedes, com a sua visão de sempre, revela Manuel Ventura, O Globo de ontem, afirmou que o reajuste salarial pretendido pelo funcionalismo público, inclusive pelo quadro do Banco Central, cuja remuneração é muito superior à média no país, pode destruir a economia.

Técnicos do Bacen, inclusive, já anunciaram disposição de entrarem em greve. O titular da Economia vê risco de hiperinflação se o reajuste dos servidores for atendido pelo governo do qual faz parte. O reajuste pretendido está na escala de apenas 5%. A inflação de 2021 passou de 10%.

Agora, mais um aspecto. O reajuste de salários pode destruir a economia; mas e o reajuste de preços? O que dizer a respeito ? Aumentar preços sem aumentar salários é algo extremamente antissocial.


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