Publicado em 6 de julho de 2021 por Tribuna da Internet
Adriana Mendes e André de Souza
O Globo
O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), fez um apelo ao presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira para que declare se ele realmente recebeu os documentos sobre a compra da vacina Covaxin durante o encontro com o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor Luis Ricardo Miranda. Segundo Aziz, só o presidente pode esclarecer a dúvida da sociedade brasileira.
— Vamos fazer um apelo ao Excelentíssimo senhor presidente Jair Messias Bolsonaro, que aquele pessoal que vai no cercadinho, pergunte: presidente o senhor recebeu ou não recebeu esse invoice (nota fiscal) — disse Aziz, sugerindo também que o presidente pode responder em uma live.
13 DIAS CALADO — Se não, a gente vai estar aqui ouvindo pessoas e as pessoas (..) só quem pode responder isso de fato e até hoje não respondeu — justificou o presidente da CPI.
— Qual o crime dos invoices? — questionou então o senador Marcos Rogério (DEM-RO), enquanto o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), destacava que são 13 dias em que o presidente não fala sobre o assunto.
— Ele (Bolsonaro) disse ou não disse aos irmãos Miranda que isso era coisa do líder do governo, Ricardo Barros ? — indagou Calheiros. Uma discussão tomou conta da sessão, e o presidente interrompeu a fala de Rogério e de Renan. — As intenções estão muito claras — concluiu Aziz.
OUVIR BARROS – Bolsonaro cobrou ontem que a CPI da Covid ouça o líder do governo na Câmara. O deputado Luís Miranda disse aos senadores que o próprio Bolsonaro atribuiu irregularidades na compra da vacina indiana a um “rolo” de Ricardo Barros.
Já o líder do governo negou que tenha envolvimento com a compra do imunizante e entrou no Supremo para forçar o depoimento na CPI.