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quinta-feira, novembro 21, 2019

“Federalização representará um retrocesso lamentável”, diz família de Marielle em carta enviada ao STF


STJ avalia força-tarefa com policiais estaduais do Rio e federais
Andréia Sadi
G1
A família da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada em 2018, enviou uma carta a ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na qual afirmou que a eventual federalização do caso representará um “retrocesso lamentável”.
Conforme o blog já informou, a Procuradoria Geral da República (PGR) avalia que a federalização seria um “remédio processual”. O STJ pode tomar uma decisão sobre o caso ainda neste ano. Para a família de Marielle, contudo, a apuração é “bem conduzida” atualmente e deve permanecer sob responsabilidade da Polícia Civil e do Ministério Público do estado.
POLÍCIA CIVIL E MP – “Nós, familiares da vereadora Marielle Franco, assassinada no dia 14 de março de 2018, reafirmamos, por meio desta carta, o nosso desejo de que as investigações sobre esse crime brutal não sejam federalizadas e que permaneçam sob a responsabilidade da Polícia Civil e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro”, diz um trecho da carta.
“Apelamos à sensibilidade dos excelentíssimos(as) senhor(as) ministro(as) para essa demanda da família de Marielle Franco, principal interessada na devida investigação, elucidação e responsabilização dos executores e do(s) mandante(s) do assassinato da vereadora e de Anderson Gomes. Esse pedido é movido pela convicção de que a apuração está sendo bem conduzida e que a sua federalização representará um retrocesso lamentável”, acrescenta a família, em outro trecho.
O documento é assinado por cinco familiares de Marielle, entre os quais Monica Benício (viúva) e Aniele dos Reis (irmã). A carta foi entregue pelo deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) à relatora do caso, ministra Laurita Vaz.
DISCUSSÃO – Freixo tem feito um périplo em gabinetes da Corte para discutir o assunto. Ao blog, o deputado disse ter ouvido de um ministro que o fato de a família de Marielle se posicionar contra a federalização é algo importante.
“Estamos conversando para mostrar quão grave seria a federalização. Os investigadores estaduais avançaram de forma positiva para elucidar o caso. A carta traz argumentos da família, contra a federalização”, disse. Conforme o G1, o STJ avalia criar uma força-tarefa composta por policiais estaduais do Rio de Janeiro e policiais federais para investigar as mortes de Marielle e do motorista Anderson Gomes.
ALTERNATIVA – A TV Globo apurou que a conversa com o deputado sensibilizou a relatora. Antes, havia uma tendência maior a federalizar o processo. Por isso, o gabinete estuda uma via alternativa, que contemplaria as linhas investigativas tan

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