Carlos Newton
Realmente, é espantoso. Nem mesmo a intervenção federal na segurança pública, que durou quase um ano, conseguiu resultados tão satisfatórios quanto a política de “Tolerância Zero” instituída no Rio de Janeiro pelo governador Wilson Witzel. Agora em maio, caiu para 344 o número de vítimas de homicídio doloso, uma redução de 19% em relação a maio de 2018. E foi o menor número para o mês de maio desde o início da série histórica, em 1991. No acumulado de três meses (março, abril e maio) a queda dos homicídios foi de 26%, em comparação ao mesmo período de 2018.
Também foi expressiva a diminuição de 17% nas ocorrências de roubo de veículos em maio, que caíram para 3.650 ocorrências. Nos últimos três meses (março, abril e maio), houve queda de 22% em relação ao mesmo período do ano passado.
ROUBO DE CARGA – Houve queda também em roubo de carga, um crime que teve 710 ocorrências, com redução de 6% em relação a maio do ano passado. Isso significa que no acumulado dos últimos três meses, houve redução de 21% em relação ao mesmo período do ano passado.
Por fim, ocorreu pequena diminuição nos roubos de rua, com 11.422 ocorrências e queda de 3% em relação ao mesmo mês de 2018. Nos últimos três meses (março, abril e maio), houve uma variação positiva de 1% em relação ao mesmo período do ano passado. Foi a única modalidade de crime que não caiu expressivamente.
Segundo especialistas, este fato já era esperado. Quando as autoridades aumentam a repressão ao crime organizado, que atua fortemente em narcotráfico, roubo de veículos e de cargas, a tendência é de que os criminosos aumentem os assaltos nas ruas, porque esse tipo de crime é mais difícil de coibir. E no caso, não houve propriamente aumento, porque os números permaneceram praticamente estáveis nos últimos três meses, com elevação de apenas 1%.
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POLÍCIA ESTÁ MATANDO MAIS OU MATANDO MENOS?
POLÍCIA ESTÁ MATANDO MAIS OU MATANDO MENOS?
É interessante notar que a mídia não tem destacado a queda da criminalidade em termos gerais no Estado do Rio de Janeiro, que é uma notícia que os moradores do Estado gostariam de receber. A chamada grande imprensa (TV, jornais & revistas, rádio e internet) prefere chamar atenção para as mortes por intervenção de agente do Estado, que geralmente ocorrem nos confrontos entre policiais e criminosos.
Os número aumentaram 18% em comparação a maio do ano passado. Com 171 vítimas, foi o segundo maior índice desde o início da série histórica em 1998. Houve um aumento de 18% em relação ao mesmo mês de 2018. Para um intervalo mais longo de observação, nos últimos três meses (março, abril e maio), ocorreu aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado.
MATANDO MENOS – Segundo os analistas, esses dados precisam examinados também em relação a outro fator comparativo – o números de operações policiais e de cumprimento de mandados, que aumentaram 25%. Portanto, se o número de operações policiais cresceu 25% e o total de mortes em confrontos aumentou 20%, isso significa que a Polícia está matando menos, ao invés de estar matando mais. Ou seja, o número de mortos é diretamente proporcional ao número de operações e cumprimento de mandados.
Os outros indicadores estão excelentes. Nos últimos três meses, menos 26% em homicídios; redução de 22% em roubos de veículos; e queda de 21% em roubos de veículos. Somente em roubos de ruas é que não ocorreu diminuição expressiva, com os números se mantendo estáveis.
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P.S. – As estatísticas da criminalidade são levantadas pelo Instituto de Segurança Pública, que há 20 anos acompanha a evolução no Estado do Rio de Janeiro. Seus dados indicam que, desde o início do atual governo, os números estão em queda, à exceção dos roubos de rua e das mortes em confronto entre a Policia e as quadrilhas do crime organizado. (C.N.)
P.S. – As estatísticas da criminalidade são levantadas pelo Instituto de Segurança Pública, que há 20 anos acompanha a evolução no Estado do Rio de Janeiro. Seus dados indicam que, desde o início do atual governo, os números estão em queda, à exceção dos roubos de rua e das mortes em confronto entre a Policia e as quadrilhas do crime organizado. (C.N.)