Carlos Newton
Conforme foi informado semana passada, os comentários deixariam de ter moderação, porque o editor da Tribuna da Internet tem coisas mais importantes a fazer e pouco se importa com essas manifestações de complexos e outras psicopatias.
Pessoalmente, não dou a mínima a esses sentimentos rasteiros. Afinal, vivemos num mundo em que ainda não há como encontrar o que possa ser verdadeiramente chamado de civilização, como dizia Lord Kenneth Clark, um dos mais civilizados cidadãos do mundo contemporâneo, embora hoje já possamos admitir que alguns países estejam perto de chegar lá, devido à redução das desigualdades sociais pelo regime misto de capitalismo e socialismo neles adotado, que a meu ver é o único caminho razoável.
Aliás, nos dias de hoje, defender o capitalismo neoliberal ou o comunismo ortodoxo, sem a menor dúvida, é sinal de falta de cultura ou mesmo insanidade política.
ALVORADA – O editor acordou cedo neste domingo e abriu o e-mail, Entre as múltiplas mensagens, uma delas lamentava a falta de moderação nos comentários e anexava o texto de despedida de Teresa Fabrício, que mora no Canadá, um dos poucos países que parecem se aproximam de um estado civilizatório.
Ao ler os mais recente comentários, o editor levou um choque eletrônico. Comentaristas que antes se comportavam civilizadamente retrocederam à barbárie, Ofensas, palavrões e imundícies contaminavam 47 dos últimos 200 comentários. Algo verdadeiramente assustador.
ATO INSTITUCIONAL – Como os militares voltaram à moda e a Lei de Segurança Nacional está de novo sendo aplicada, o editor da TI, de posse de seus poderes ditatoriais, decreta um Ato Institucional determinando o seguinte:
Art. 1º – O comentarista que ultrapassar a linha divisória do gramado, ofendendo a outrem ou usar palavras de baixo calão, terá imediatamente deletados do blog seus últimos 100 comentários.
Art. 2º – Se o distinto insistir no mau procedimento, de maneira folgazã, como dizia Billy Blanco, será devidamente censurado e vai sambar em outra gafieira.
Art. 3º – Não cabem recursos às sanções previstas nos artigos anteriores, e não adianta contratar os insistentes e criativos advogados do Lula, nem mesmo recorrer ao Comitê de Direitos Humanos da ONU…