Carlos ChagasComeçam a ser expedidos segunda-feira os convites para a reunião que o PMDB do Paraná promoverá dia 21 para debater a sucessão de 2010. Segundo o governador Roberto Requião, idealizador do encontro, todos estão convidados. Desde a direção nacional, ou seja a Comissão Executiva e o Diretório até os dirigentes de todos os diretórios estaduais e municipais, neste caso, as representações em 5.560 cidades do país. Sem falar nas bancadas de vereadores, deputados estaduais, federais e senadores.
Se todo mundo comparecer, Curitiba será uma festa. Pode ser que um caos, também, porque não haverá hotel, pensão ou hospedaria capaz de abrigar as cúpulas e as bases do partido.
É claro que a reunião já começou a ser sabotada pelos caciques comprometidos com a candidatura Dilma Rousseff, mas como poderá faltar o presidente licenciado mas comandante de fato do partido, Michel Temer? Não vai adiantar se o também presidente da Câmara pretender fazer-se representar pela presidente em exercício, deputada Íris Araújo.
A manifestação agora milimetricamente preparada tem como objetivo mobilizar as bases peemedebistas para decisão fundamental: lançar ou não candidato próprio à presidência da República, mesmo depois que a cúpula já formalizou apoio à candidata do presidente Lula e do PT. Monumental grito de entusiasmo e um longo abaixo assinado fluirão de um dia de inflamados discursos com o objetivo de levar o PMDB a realizar, no começo do ano que vem, a convenção nacional há anos desaparecida. Nela, os convencionais votarão pela aliança com o governo ou pela apresentação de um candidato saído de seus quadros.
Há quem aposte que a precipitação dos dirigentes nacionais começa a sair pelo ralo. Por certo que os adesistas deverão preparara-se. Senão para Curitiba, que poderão esnobar, ao menos para a convenção que já não podem evitar. Não deixará de ser no mínimo curioso assistir a infiltração de companheiros no encontro do PMDB, prontos para gritar o nome de Dilma. Em suma, a política é feita de surpresas e até de inusitados. Pode ser que mude muita coisa, no processo sucessório.
Rumo a Paris
Acompanhado de Dilma Rousseff, o presidente Lula viaja hoje para Paris. Conversará com o presidente Nicolas Sarkozy a respeito da reunião de Copenhague sobre o meio ambiente. É provável, também, que reafirme a disposição do governo de comprar mesmo os 36 caças “Rafale”, apesar de o laudo técnico não ter sido ainda formalizado no ministério da Defesa.
Não deixa de ser um pouco ridícula essa negociação de cartas marcadas, porque desde o governo Fernando Henrique que se discute a compra de aeronaves de combate. Dizem os doutos não haver pressa, seja por falta de dinheiro, seja pela ausência de crises capazes de justificar uma corrida armamentista no Brasil. A esse respeito, porém, será bom registrar que conflitos bélicos são como os apagões: quando menos se espera, acontecem…
Um vazio carregado
No vazio em que se transformaram os plenários da Câmara e do Senado, desde quinta-feira, bissextos oradores demonstraram perplexidade diante de recente comentário do presidente Lula, feito a uma rede de televisão. Nem uma voz amiga levantou-se para justificar a afirmação de que o mensalão, além de não ter existido, “exprimiu uma tentativa de golpe das oposições”.
A inusitada análise do presidente joga uma luz diferente no passado. Pelo jeito, quando o escândalo eclodiu, o Lula chegou a temer a cassação de seu mandato! Hoje parece incrível admitir essa hipótese, quando a popularidade do primeiro-companheiro ultrapassa 80%. Melhor explicação não há, no entanto, para o diagnóstico dele, de que tentou-se um golpe. A imprensa, na época, chegou a registrar a indignação de bissextos oposicionistas, mas, em sã consciência, ninguém sequer supôs a possibilidade do impeachment. Mas se agora quem a reconhece é o próprio, haverá no mínimo que rever o episódio.Encerrado coisa nenhuma
Antes de assumir a afirmação, a ministra Dilma Rousseff deixou o ministro Edison Lobão numa fria. Levou o titular das Minas e Energia a repetir de público frase que ela primeiro usou em particular e só depois repetiu para câmeras e microfones: “o apagão é caso encerrado”.
Ora bolas, encerrado coisa nenhuma. E nem se fala da hipótese de repetir-se o vexame energético. Fica para os técnicos discorrer a respeito.
O problema é que quase 60 milhões de brasileiros viram-se garfados. Prejudicados materialmente quantos perderam gêneros alimentícios nas geladeiras e nos estabelecimentos comerciais. Quantos, por falta de comunicação, deixaram de celebrar acordos e entendimentos. Outros, por terem queimados seus aparelhos elétricos, além dos que preparavam nos computadores trabalhos agora perdidos. Sem falar nos que se tornaram vítimas de assaltos nas ruas escuras e de furtos nas vitrinas de suas lojas.
Para a metade do país, o apagão não se encerrou. Deixou seqüelas aos montes.
Fonte: Tribuna da Imprensa
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