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terça-feira, abril 21, 2009

Dengue ameaça o São João de Jequié

Juscelino Souza sucursal Vitória da Conquista

Uma reunião entre representantes do Ministério Público Estadual (MPE), prefeitura municipal, comerciantes e comunidade vai decidir nesta quarta-feira, 22, a manutenção ou cancelamento dos festejos juninos em Jequié (a 359 km de Salvador). O encontro será na sede da Associação Comercial, às 20 h. O assunto ganhou corpo há uma semana, quando o promotor de Justiça, Maurício Pessoa, recomendou ao prefeito Luiz Amaral (PMDB) suspensão dos festejos, alegando que os recursos, na ordem de R$ 1 milhão, devem ser usados no combate à dengue, doença que responde por 15 mortes suspeitas, oito confirmadas e mais de 10 mil notificações, de janeiro até o momento.
O pedido do MPE, que faz referências a gastos públicos considerados desnecessários pelo promotor, como contratações de bandas, infraestrutura e publicidade, encontra resistência da prefeitura e de empresários, que calculam prejuízos com a eventual suspensão da festa. O promotor ainda sustenta que as verbas também devem ser aplicadas na melhoria do atendimento médico e hospitalar dos pacientes com dengue.
Em 2008, o São João de Jequié recebeu recursos na ordem de R$ 130 mil, somente de fontes externas. Esse montante foi rateado entre Bahiatursa e Petrobras (R$ 50 mil cada), BNB (R$ 10 mil) e Caixa Econômica Federal (R$ 20 mil). Por causa da dengue, antes mesmo dos preparativos para a tradicional festa, a queda na receita é evidente no comércio regional, que abrange uma população estimada em 500 mil pessoas. Lojas, restaurantes, pousadas e hotéis vazios são os sinais clássicos dos reflexos que o temor da doença causa.
Em alguns setores do comércio e prestação de serviços, o movimento caiu cerca de 30%. “O combate à dengue pode, inclusive, ser reforçado durante os festejos juninos pelos artistas”, disse o empresário Dickson Magno. O promotor discorda e argumenta que os casos continuam a crescer em Jequié, recorrendo a um ato municipal para dar sustentação ao seu pedido: em março o prefeito declarou situação de emergência por conta da epidemia de dengue.
Inquérito – Ainda em relação à dengue, o MPE instaurou um inquérito civil para investigar irregularidades supostamente cometidas pela Secretaria Municipal de Saúde e de alguns agentes de combate a endemias no trabalho de prevenção e combate à dengue “A organização e realização dos festejos de São João, com gastos públicos, constitui claro desrespeito ao interesse da saúde da população jequieense e para com as centenas de vítimas da dengue”, argumentou o representante do MPE.
“Diante de uma situação tão delicada como a saúde pública, na qual todos os esforços têm que ser empregados no controle da epidemia e na reestruturação de postos e hospitais, o município desperdiça recursos humanos e materiais com a organização da festa”, concluiu.
Na quinta-feira passada, 16, mesmo dia em que foi notificado pelo MPE, o prefeito convocou secretários municipais e reuniu-se com representantes de vários segmentos da sociedade civil organizada, como CDL, Associação Comercial e Industrial, Ordem dos Advogados, Lojas Maçônicas e Conselho Comunitário. Na primeira reunião, o prefeito Luiz Amaral destacou que os preparativos para o evento estão adiantados.
Segundo os empresários, o período de festas juninas é um dos mais importantes para a economia local. “O cancelamento da festa representaria um grande prejuízo para todos, já que muitos comerciantes investiram em seus negócios, visando à realização dos festejos juninos”, acrescentou o empresário Manoel David.
Fonte: A Tarde

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