Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

terça-feira, outubro 31, 2023

Ex-senador Telmário Mota é preso acusado de ter mandado matar mãe da própria filha

 


Por Redação

Ex-senador Telmário Mota é preso acusado de ter mandado matar mãe da própria filha
Foto: Roque de Sá / Agência Senado

O ex-senador Telmário Mota foi preso no município de Nerópolis, em Goiás, na noite desta segunda-feira (30). Ele é suspeito de mandar matar sua antiga companheira Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, mãe de uma filha dele que, no ano passado, o acusou de estupro.

 

A vítima foi assassinada com um tiro na cabeça no dia 29 de setembro, após sair de casa para trabalhar, na zona Oeste de Boa Vista, capital de Roraima. Telmário seria o mandante do crime.

 

Leandro Luz, que teria executado a mulher, foi preso e outro homem que também teria participado do crime teve a prisão decretada.

 

O ex-senador foi alvo de uma operação da Polícia Civil de Roraima nesta segunda-feira (30).

Aruana: privilégio para novo dono que constrói novo bar? Cadê o MPF?

 em 31 out, 2023 4:00

Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça
    “O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.


E alguns donos de bares na região da praia de Aruana, em Aracaju, estão revoltados com o privilégio que está tendo o novo proprietário do espaço que era do antigo Bar Aloha, em frente ao hotel Aruanã na praia de Aruana.

Além de ter demolido todo o bar antigo o novo proprietário – o blog não foi informado quem é ele – está construindo outro bar fora da estrutura cobrada pelo próprio Ministério Público Federal. Estão sendo plantados coqueiros conforme a foto ao lado, quando alguns deles, plantaram coqueiros tiveram que retirar por determinação do órgão fiscalizador.

Até mesmo uma simples reforma no telhado tinha que ser aprovada, tudo dentro de um padrão estabelecido, já que a área é terreno de marinha, de proteção Federal. No passado recente o MPF chegou a ajuizar ações contra donos de bares por conta da ocupação irregular de faixas de praia que tinham vegetação de restinga e até mesmo dunas.

Agora alguns donos de bares antigos estão tirando fotos para encaminhar ao MPF e as autoridades competentes. Será que a Prefeitura de Aracaju, responsável pela área agora resolveu abrir mão dos padrões determinados pelo MPF?

E se abriu, então os antigos donos podem agora plantar coqueiros também e reformarem seus bares sem pedir licença para ninguém? Será que a região da Aruana vai virar a casa da mãe joana como no passado, que necessitou da intervenção do MPF e a demolição de muitos bares?

 

Descaso PMA: uma pequena praça no fundo do Palácio de Veraneio precisa ser reformada. Existe há quase 30 anos. Emurb já fez o levantamento e nada. A quem recorrer? Será que não tem um vereador para defender a justa reivindicação? No fundo do Palácio de Veraneio, Bairro Farolândia, tem três ruas que foram abertas na década de 80, com a criação, de um pequeno conjunto residencial  denominado Jardim Eldorado compreendendo três ruas: Guarapari, Icarai e Guarujá. Nele foi construído uma pequena praça na confluência das ruas Guarapari e Icarai. De lá para cá, nada de novo na pequena praça, até para a Emsurb fazer a limpeza e a podagem das árvores é preciso muita reclamação.

 

A TV Sergipe já cobrou três vezes Na semana passada mais uma vez a TV Sergipe, através do telejornal SETV 1ª edição, no quadro “Chama que o SE1 resolve” retornou ao local e ouviu moradores, entre eles o abnegado Lenaldo Conceição, que foi o primeiro a cobrar a necessária reforma para o local.

 

 

 Poucos recursos Na matéria, ao vivo, com a jornalista Anna Fontes, foi mostrada a atual situação da praça, com bancos quebrados, cheia de matos e sem nenhum equipamento para a comunidade e uma iluminação péssima. No centro da pracinha tem um espécie de barco de cimento que não serve para nada. A Prefeitura poderia colocar equipamentos de ginastica e em um dos lados um parquinho para a criança. A região é cheia de moradores idosos, como também de crianças da terceira geração de moradores. A Emurb já chegou a realizar um levantamento técnico topográfico do local para fazer um projeto. Porém, nada existe de concreto. O blog pede apoio ao parlamento de Aracaju e que algum vereador tome para si esta causa que melhorar a qualidade de vida de dezenas de pessoas.

 

 

 

Atenção SMTT. É preciso sinalização horizontal na Rua Raimundo Fonseca com Celso Oliva  Moradores pedem que a SMTT coloque a sinalização horizontal na Rua Raimundo Vieira, com a Avenida Celso Oliva, no Bairro 13 de Julho. É que lá alguns vândalos retiram e quebram as sinalizações verticais de proibido estacionar com o intuito e interesse de a área sirva de estacionamento, mesmo sendo uma via bastante pequena.  Esse trecho é mão dupla, se estacionarem nos dois lados, vai causar transtornos. Os moradores pedem que a SMTT, além recolocar a sinalização vertical, pintasse também com o amarelo, que é uma sinalização horizontal clara para todos os motoristas da proibição do estacionamento.

Piso na conta O governador Fábio Mitidieri segue cumprindo com o pagamento do Piso da Enfermagem, conforme orienta o Ministério da Saúde. Nessa segunda-feira, 30, os profissionais da enfermagem do Estado receberam o segundo repasse dos recursos. Parte dos valores encaminhados pelo MS foram para pagar os profissionais que aguardavam a validação da documentação. O crédito foi retroativo ao mês de maio. Já a outra parte foi destinada para o pagamento da parcela de setembro e, também, para ajustar os valores das pessoas que receberam a menor na primeira fase.

 Simão Dias Nesta terça-feira, 31, o município de Simão Dias recebe o programa ‘Coleta externa de sangue’ do Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose). A campanha acontece das 8 às 15 horas, no campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS), e tem a finalidade aproximar o Hemocentro da população e garantir a manutenção dos estoques sanguíneos para atendimento transfusional da rede hospitalar do estado. Para doar sangue, é preciso estar bem de saúde, ter idade entre 16 a 69 anos, pesar acima de 50 quilos, comparecer ao serviço bem alimentado e apresentar um documento oficial original com foto. Mais informações por meio dos telefones 79 3225-8039 e 3259-3174.

 Juca lança o cartão DIN DIN em Laranjeiras O prefeito José de Araújo, o Juca, lançou no último sábado, 28, o cartão DIN DIN, que vai beneficiar inicialmente 1.200 famílias em situação de insegurança alimentar em Laranjeiras. Até dezembro, serão mais duas famílias incluídas. O programa irá substituir as feirinhas (cestas básicas), que eram distribuídas pela prefeitura, através do Mesa Farta e já nasce sendo considerado o maior programa social implantado no município. Cada família receberá o valor mensal de R$ 130,00.

 Vantagens Juca elencou diversas vantagens com o cartão, entre eles, o incentivo à economia local, uma vez que o Din Din só será usado dentro de Laranjeiras nos estabelecimentos credenciados. Nessa primeira etapa, serão injetados mensalmente no comércio, R$ 156 mil. A meta, até dezembro, com 3.000 famílias atendidas, é que esse valor chegue a aproximadamente R$ 400 mil.

 Conquista de todos “Essa é uma conquista não só da prefeitura, mas também dos beneficiários, que terão mais comodidade e opção para adquirir seus alimentos, e dos comerciantes locais, que precisavam de um incentivo para fortalecer os seus negócios e, assim, gerar emprego e renda para os laranjeirenses”, destacou Juca.

 Investimento nas pessoas O gestor municipal frisou ainda que uma boa gestão não se faz somente com investimento em obras, mas em pessoas. “Assumimos em 2021 uma cidade destruída que, aos poucos, estamos reconstruindo e investindo em pessoas, colocando o nosso povo no orçamento municipal. Isso é fruto de muito compromisso e responsabilidade com a aplicação dos recursos públicos. O mais gratificante é ver a felicidade estampada no rosto de cada um”, acrescentou. 

Exemplo Dona Simoní, que reside no bairro Pastora, disse estar muito feliz com a chegada do Din Din. “Nenhuma outra gestão investiu tanto no povo. O Din Din vem ajudar muita gente como eu. A Prefeitura se preocupa com a gente, se temos ou não comida na mesa. Esse valor, todos os meses, será uma grande ajuda”, comemora a beneficiária.

 Frota ampliada Em razão do feriado do Dia de Finados, o Departamento Estadual de Infraestrutura Rodoviária de Sergipe (DER/SE) disponibilizará toda a frota reserva do transporte intermunicipal de passageiros a partir das 14 horas desta quarta-feira, 1º, até a próxima segunda-feira, 6. O objetivo é suprir a demanda de passageiros que, durante feriados prolongados, se deslocam em maior número para as cidades do interior. Para evitar longas filas nos terminais nos dias de viagem, a Diretoria de Transportes e Trânsito voltou a sugerir às empresas a venda de passagens de forma antecipada nos terminais rodoviários.

Laércio critica em plenário a decisão da companhia aérea Gol de suspender voos para Aracaju O senador Laércio Oliveira (PP-SE) fez um discurso no Plenário do Senado na segunda-feira, 30, criticando a decisão unilateral da companhia aérea Gol, de suspender todos os voos que ligam a Aracaju, à cidade do Rio de Janeiro. “Nenhuma explicação convincente foi dada. Apenas disseram que estão fazendo ajustes operacionais”, disse o parlamentar.

Crescimento Laércio questionou por que a Gol retirou esses voos visto que os dados que mostram que pelo 9º mês seguido, o Aeroporto Santa Maria de Aracaju registrou aumento no número de embarques e desembarques. Só em setembro, houve crescimento de 21% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, registramos aumento no fluxo de passageiros de quase 25%.

Crescimento II “Esse número é bem superior ao verificado, em setembro deste ano, em outros aeroportos da Região Nordeste. A hotelaria também tem tido resultados bastante expressivos em Sergipe. Este ano, o setor terá um crescimento de, no mínimo, 10 % se comparado a 2022, o que significa 65% de taxa de ocupação geral anual”, afirmou.

 Apelo O senador concluiu seu discurso fazendo um apelo ao diretor-presidente da Gol Linhas Aéreas, Celso Ferrer, no sentido de que seja revista essa decisão, o mais rápido possível, para que o turismo do Estado de Sergipe não sofra mais prejuízos.

Conferência Intermunicipal da Cultura é realizada pela primeira vez em Rosário do Catete Com o objetivo de analisar, propor e deliberar com base na avaliação, reconhecendo a corresponsabilidade de cada ente federado, a Prefeitura de Rosário do Catete, por meio da Secretaria Municipal da Cultura, realizou a primeira edição da Conferência Intermunicipal da Cultura, ontem 30. O evento, que teve como tema “Democracia e Direito à Cultura”, reuniu membros da comunidade local e dos municípios de Riachuelo, Campo do Brito, Santa Rosa de Lima e Divina Pastora no Centro Recreativo João Diniz de Resende (Clube Municipal). 

Atividades A Conferência foi marcada por uma série de atividades significativas, incluindo credenciamento, exposição de artesanato e uma palestra magna, que explorou profundamente o tema central. Além disso, os participantes tiveram a oportunidade de se envolver em discussões construtivas por meio de grupos de trabalho e plenárias, refletindo sobre estratégias para fortalecer a cultura em Rosário do Catete. Durante a conferência, houve um momento para apresentações do grupo de Capoeira Raízes de Angola; da Banda de Música Nossa Senhora do Rosário e do seu corpo coreográfico; da Quadrilha Junina Renascer do Centro de Excelência Leandro Maciel e do Samba de Coco de Santa Rosa de Lima

 Plataforma vital De acordo com a secretária municipal da Cultura, Maura Cecília Santos, este evento foi uma plataforma vital para a comunidade discutir e delinear estratégias significativas para o fortalecimento da cultura. “A participação ativa e o engajamento demonstrado pelos membros da nossa comunidade são essenciais para a execução das políticas públicas destinadas ao impulsionamento das ações culturais”, destacou.

 Compromisso “A Conferência Intermunicipal da Cultura reuniu autoridades locais, líderes culturais e membros da sociedade em geral, proporcionando um ambiente propício para o diálogo e a colaboração. Este evento pioneiro é um testemunho do compromisso da Prefeitura de Rosário do Catete em promover a cultura como um direito fundamental, enquanto constrói uma sociedade mais democrática e culturalmente enriquecedora para todos”, completou Maura Cecília Santos. 

Presenças Os dez delegados titulares e as deliberações aprovadas serão encaminhadas à Conferência Estadual de Cultura. A Conferência contou com as participações da coordenadora do Ministério da Cultura em Sergipe, Thiane Araújo; dos vereadores de Rosário do Catete, George Santana e Maraísa Dantas (Mara da Farmácia); de de representantes do Poder Executivo de Rosário do Catete, Riachuelo, Campo do Brito, Santa Rosa de Lima e Divina Pastora.

 ‘Sala de Espera’ destaca serviço de enfermagem do Centro de Endocrinologia e Diabetes do Ipesaúde Na manhã de ontem, 30, os usuários do Centro de Endocrinologia e Diabetes do Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde) tiveram informações sobre as consultas de enfermagem. O tema foi abordado no Projeto ‘Sala de Espera’, que realiza o debate sobre diferentes assuntos do interesse dos beneficiários a cada nova edição.

 Abordagem Desta vez, a abordagem foi sobre ‘A importância da consulta de enfermagem no tratamento do diabetes’. Tendo como facilitadora a enfermeira Rachel Rezende, a palestra levou esclarecimentos sobre o serviço de enfermagem do Centro. Segundo ela, a consulta de enfermagem é de interação entre o enfermeiro e o paciente. “É neste primeiro contato que há uma conversa do profissional da enfermagem para tentar identificar os problemas”, explicou.

 Quadro diabetes Rezende ainda acrescentou que 90% dos pacientes atendidos nas consultas de enfermagem apresentam quadros de diabetes descompensada – quando há o aumento das taxas de glicemia – e que o enfermeiro tenta ajustar a situação com o monitoramento, orientações sobre alimentação e o uso da insulina. Rachel afirma que, no Centro de Endocrinologia e Diabetes, o trabalho de acompanhamento do paciente é feito de forma multidisciplinar, com a participação do enfermeiro, do médico e do nutricionista. “O paciente também participa. Ele tem que se ajudar”, declarou.

 Monitoramento O monitoramento é feito por meio de uma consulta quinzenal ou mensal, com atendimento da enfermagem e do médico. “O paciente sempre vem à unidade para trazer o mapa glicêmico, com as anotações das suas glicemias nos horários que o enfermeiro solicita. A partir do monitoramento são feitas as alterações das medicações. Caso não necessite alterar as medicações, a prescrição médica é mantida e é agendada uma nova consulta. O objetivo é manter o paciente próximo da gente para saber como está seu quadro”, informou.

 Qualidade de vida Ainda segundo a enfermeira, no Centro, a equipe visa manter a qualidade de vida do paciente. “Para se manter com qualidade de vida, ele tem que estar com o diabetes compensado e com conhecimento em relação à doença, sabendo dos riscos e da meta glicêmica dele. O conhecimento faz parte também do tratamento”, afirmou. Mas as consultas de enfermagem não são apenas para verificar a glicemia. “Olhamos os exames que ele trouxe, examinamos os pés, a circulação, fazemos o exame físico de ausculta. Por isso a importância de o paciente vir até a unidade e ter sua consulta presencial com o profissional”, considerou.

 Conscientização A coordenadora do Centro de Endocrinologia e Diabetes do Ipesaúde, Kelly Bignardi, ressaltou a temática abordada nesta edição do ‘Sala de Espera’. “O objetivo da palestra de hoje foi trazer informações sobre a consulta de enfermagem e o monitoramento, que é realizado pelos enfermeiros. Observamos que muitos pacientes não tinham conhecimento sobre este serviço. E informação, além de ser um direito, ajuda o paciente a estar ciente sobre o atendimento que ele pode buscar”, salientou. Segundo Kelly, atualmente a unidade conta com quatro enfermeiros na estratégia para a realização das consultas de enfermagem e o monitoramento dos pacientes que estão com a glicemia descompensada, precisando de um acompanhamento mais especializado da equipe multidisciplinar.

PELO E-MAIL nunesclaudio@infonet.com.br 

 ESPECIAL

 Grupo Galpão chega a Aracaju com o novo espetáculo “Cabaré Coragem”

 Em cartaz nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, no Teatro Atheneu, nova peça da Companhia mescla dramaturgia, música ao vivo e dança como forma de reafirmar a arte como identidade, permanência e crítica social. Ingressos a partir de R$ 20 (meia).

 Ao percorrer o universo do cabaré, de Brecht à contemporaneidade, o novo espetáculo do Grupo Galpão, que chega a Aracaju, apresenta uma trupe envelhecida e decadente que, apesar das intempéries e dos revezes, reafirma a arte como lugar de identidade e permanência. Ao mesclar um repertório de músicas interpretadas ao vivo com números de variedades e danças, fragmentos de textos da obra de Brecht e cenas de dramaturgia própria, o Cabaré Coragem convida o público a uma viagem sonora e visual. Fiel às suas origens de teatro popular e de rua, o Grupo Galpão busca, na nova montagem, a ocupação de espaços alternativos, ao romper, uma vez mais, com a relação entre palco e plateia, numa encenação que incorpora, radicalmente, a presença do público, sempre convidado a compartilhar da encenação. As apresentações serão realizadas nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, terça e quarta-feira, às 20h, no Teatro Atheneu. Os ingressos, a R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia), estão à venda no https://www.guicheweb.com.br/  e na bilheteria do teatro, de 12h às 20h.

 A Turnê Nordeste do Grupo Galpão é realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Cultural Vale e Petrobras.

Com direção de um de seus integrantes, o ator e diretor Júlio Maciel, o espetáculo conta com direção musical, trilha e arranjos de Luiz Rocha, dramaturgia coletiva com supervisão de Vinicius de Souza, cenários e figurinos de Márcio Medina, iluminação de Rodrigo Marçal e, no elenco, os atores Antonio Edson, Eduardo Moreira, Inês Peixoto, Luiz Rocha, Lydia del Picchia, Simone Ordones e Teuda Bara.

 Júlio Maciel, ator do Grupo Galpão e diretor do espetáculo, conta que “já se passaram muitos meses desde que nos sentamos ao redor de nossa mesa de trabalho na busca por um novo espetáculo. Como sempre, vieram muitas ideias, uma enxurrada de sonhos, vontades. Líamos Bertolt Brecht à procura de inspiração e para entender o caos político e social que vivíamos, enquanto uma persistente pandemia nos assombrava. Lembro-me de que, num desses encontros, às vezes acalorados, alguém disse a palavra ‘Cabaré’”. Naquele instante, conta o artista, os olhos se acenderam: “Logo depois, fomos inundados por indagações. Um Cabaré Brecht? Um Cabaré Brasileiro? Um Clássico? Jovem? Contemporâneo? Político? Feroz? Drag? Vedete? Teatro de Revista? E o teatro? O que diferencia o Cabaré do Teatro? Seria uma peça sobre um Cabaré de Beira de Estrada? Um Inferninho, com tipos excêntricos? Ou um show, uma festa de reencontro com o público?”

 “Todos queriam tudo pois estávamos famintos de gente”, explica Júlio. “Queríamos juntar as pessoas, tínhamos saudade. A partir de desejos pessoais, começamos a preparar canções, números de variedades. Reativamos nossa banda e convidamos muitos amigos criadores, que, corajosamente, aceitaram embarcar nessa nau para o desconhecido”, diz. Tais artistas levaram o Grupo por diversas rotas, de forma a que conhecessem várias paisagens. “Entre tempestades e luares, criamos nosso show. Finalmente, chegamos aqui. As portas do nosso ‘Cabaré Coragem’ estão abertas. Divirtam-se”, convida.

 Responsável pela supervisão dramatúrgica, Vinicius de Souza explica que “Cabaré Coragem” – cujo nome faz menção à icônica personagem de Brecht, Mãe Coragem – é um espetáculo que, por meio da música e do humor, permite que as pessoas pensem no velho sistema em que vivem, no qual alguns poucos levam uma vida de privilégios, enquanto a maioria sente fome. “O espetáculo nasceu de uma série de experimentos cênicos realizados pelo Grupo Galpão nos últimos meses. Eles se deram a partir de pesquisa sobre a linguagem do cabaré – que mistura música, teatro, dança – e a obra poética e musical de Bertold Brecht, o famoso diretor teatral alemão”, destaca.

 A mistura de experimentos resultou em um divertido e irônico show de variedades. Os atores e atrizes encarnam figuras de um decadente cabaré, onde apresentam números de canto, dança, acrobacia e outros entretenimentos. “Todos eles misturados à plateia, que também é convidada a beber e a cantar. No entanto, ao modo das personagens de Brecht, as figuras desse cabaré são extremamente carentes, vítimas da guerra e da exploração, esquecidas ou marginalizadas, mas cheias de sonhos e pulsões de vida”, conta Vinicius.

 Para a atriz Inês Peixoto, “a estreia de Cabaré Coragem na turnê nordeste tem muitos motivos para ser festejada. Esse foi o nosso primeiro processo de criação presencial após a pandemia. Que alegria! Um processo que teve várias etapas de compartilhamento com o público, nos colocando num jogo vivo para borrar as fronteiras entre ator e espectador. Minha personagem, num certo momento da peça, diz: ‘Sejam bem-vindxs ao Cabaré Coragem, este buraco quente, onde nossas paixões e nossos tormentos são colocados sobre a mesa, temperados no caldo da ironia, do deboche, do delírio e da música! Ninguém sairá ileso daqui!’. Está feito o convite! Esperamos vocês!”, reforça Inês.

 OPINIÃO

Das mãos aos talheres. Por Antônio Samarone, médico sanitarista

 Fernando descende de camponeses pobres. A mãe, pequena sitiante das Flechas. O pai, pataqueiro das Candeias. Fernando já nasceu na Villa, em casa de Rancho, no Beco do Ouvidor (atual Monsenhor Constantino).

 Fernando não se lembra de garfos em sua casa. Desde cedo, comeu com as mãos. Degustou a papa infantil, através do dedo indicador da mãe, em forma de gancho. Comer de colher, só depois de grandinho. Se fazia os bolos de feijão com as mãos, para molhar no molho de pimenta.

 Etiqueta à mesa era desconhecida.

 As crianças não cabiam na pequena mesa, posta ao lado do fogão de lenha. O único móvel era um guarda louça, infestado de baratas. Além dos pratos, guardava-se também os alimentos.

 Os copos eram três velhas canecas de estanho, as mesmas que se mergulhavam nos potes d’água.

 Fernando não seguiu a carreira eclesiástica por conta dos guardanapos. Já matriculado no Seminário de Carpina, a família recebeu a relação dos itens obrigatórios do enxoval, que deveria levar. Entre as exigências, estavam 12 guardanapos de pano. Ninguém sabia do que se tratava, nem os vizinhos.

 Guardanapos, até o nome era desconhecido.

 A mãe de Fernando suspendeu a viagem. Seu filho era pobre, mas não precisava passar aquela vergonha: chegar no Seminário sem os tais guardanapos. Roma, pode ter perdido um Cardeal.

 As únicas regras de boas maneiras obedecidas eram não ser guloso (arado), nem ximão. A comida era pouca. A mãe de Fernando castigava que comesse carne pura. Ximar era invejar a comida alheia. Fernando sempre baixava o olhar diante de uma mesa de comidas, nas casas alheias, para não parecer estar ximando.

 Fernando era elogiado por todos, por não ser ximão. Mesmo quando perguntavam se ele queria, ele, morrendo de vontade, com água na boca, nunca aceitava.

 Aos 16 anos, quando Fernando conheceu a primeira churrascaria rodízio, achou uma suprema estupidez. Pensou, vou comer tanta carne, que vou dar um grande prejuízo aos donos. Quase morre empanzinado.

 Na casa de Fernando, a carne, quando tinha, era um luxo.

 Uma regra invertida: as mãos de Fernando só eram lavadas depois das refeições, para se retirar o excesso de graxa. Lavar as mãos antes das refeições, ele nunca sentiu a menor necessidade.

 Hoje, Fernando está sofisticado: come pinha e chupa pitomba de garfo. Tentou até comer Carapeba, sem usar as mãos. Foi um desastre, desperdiçou a metade do peixe.

 Uma confissão: Fernando não sabe ainda comer com os pauzinhos chineses, nem fez o curso de vinhos, dos novos ricos.

Baseado na tese de Lula, relator avisa que o Orçamento vai estourar a meta

Publicado em 30 de outubro de 2023 por Tribuna da Internet

Os rentistas invadem o R: por que pagamos juros tão altos? - Análise Macro

Charge do Nani (nanihumor.com)

Idiana Tomazelli
Folha

A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que a meta fiscal de 2024 não precisa ser de déficit zero é vista como um comando para que a mudança seja sacramentada no Congresso Nacional, diz o deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), relator do projeto de diretrizes orçamentárias para o ano que vem.

Ele afirma à reportagem que a fala do chefe do Executivo coloca o ministro Fernando Haddad (Fazenda) “num certo constrangimento” à medida que a autoridade máxima do país admite que a meta não é factível. Por outro lado, significa também uma oportunidade que coloca o Orçamento do ano que vem em bases mais reais e factíveis.

CHOQUE DE REALIDADE – “Eu acho que a gente tem aí um choque de realidade. Mas às vezes é melhor do que permanecer em ambiente de insegurança, que pode inclusive trazer falta de credibilidade”, afirma o deputado. “Agora é refazer a conta com o que a gente já tem e fechar a proposta orçamentária. É prudente que o governo faça a reavaliação.”

Para o relator, a declaração de Lula não só abre a porteira para a discussão da revisão da meta, mas serve de comando para que ela ocorra. “Agora, determinou [a mudança da meta]. Apesar de todo o esforço do ministro, o próprio presidente jogou a toalha e admitiu que não é factível. Então, vamos para o que é factível”, diz.

Para ele, é preciso esperar a posição oficial do governo, mas ele lembra que agentes do mercado têm falado em um déficit “em torno de 0,75%” do PIB (Produto Interno Bruto) no ano que vem.

META IRREAL – Danilo Forte já havia defendido a mudança da meta fiscal em entrevista à Folha no início de agosto. Na época, as declarações incomodaram a equipe de Haddad, que pregava a manutenção de um objetivo mais ambicioso para obter apoio do Congresso à aprovação de medidas que ampliam a arrecadação.

Apesar disso, como mostrou a reportagem, a meta de Haddad enfrenta ceticismo dentro do próprio governo. Segundo relatos, a própria ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) chegou a defender um alvo mais flexível, com um déficit de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto).

Na época, Tebet argumentou que havia obstáculos consideráveis para garantir a aprovação de tantas medidas para ampliar a arrecadação. O governo enviou a proposta de Orçamento de 2024 contando com R$ 168,5 bilhões em receitas extras para fechar as contas e cumprir a meta de déficit zero.

NINGUÉM ACREDITA – O próprio mercado não demonstra acreditar no cumprimento da meta de Haddad e projeta um déficit de 0,75% do PIB, segundo o mais recente Boletim Focus, do Banco Central.

Simone Haddad, porém, vem insistindo na manutenção da meta zero para 2024. Para isso, tem como aliado o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para quem é importante o governo persistir no objetivo para demonstrar compromisso com o reequilíbrio fiscal – algo que poderia influenciar inclusive nas decisões de juros da instituição.

Por outro lado, o próprio governo havia pedido para que a (Comissão Mista de Orçamento), no Congresso, deixasse para novembro a votação do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024, diante de incertezas no cenário fiscal do próximo ano. O prazo legal era votá-la em julho.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Excelente reportagem, enviada por Carlos Vicente. É um jogo de faz-de-conta ou me engana que eu gosto, como dizia Carlos Chagas. O relator está visivelmente “comemorando” o estouro da meta. Cada governante faz o que bem entende e joga o problema para o sucessor resolver. A irresponsabilidade reina, a dívida pública aumenta como bola de neve e os governantes tipo Lula não estão nem aí. Vivem como se estivessem na Ilha da Fantasia. E ainda há quem acredite num farsante como Lula, que quer mudar o que está escrito nos livros de Economia, vejam a que ponto chega a desfaçatez dessa gente… (C.N.)

rasil tem “leis e jurisprudências ideais” para manter os criminosos em liberdade


Determinadas normas do pacote anticrime podem consagrar a impunidade das elites - Tribuna da Imprensa Livre

Charge do Newton Silva (Arquivo Google)

Roberto Motta
Gazeta do Povo

O Rio de Janeiro está de volta às manchetes criminais depois de incêndios em ônibus – 35 e um trem em um só dia. Foi um novo recorde. Os ataques foram retaliação pela morte de um miliciano em uma operação policial. Hoje a crise é no Rio, mas há pouco tempo era na Bahia. Antes disso, foi no Guarujá. O que está acontecendo com o Brasil?

Faço parte de uma geração que se lembra de um Brasil onde era possível andar com tranquilidade na maioria das ruas da maioria das cidades, na maior parte do tempo. Andávamos por todos os lugares, sem qualquer problema. Não me lembro, em toda a minha infância, de, sequer uma única vez, ter tido qualquer tipo de preocupação com segurança.

PORTÃO ABERTO – Morávamos em Salvador, em uma casa com muro baixo e portão aberto para a rua. Brincávamos soltos nas ruas da cidade. Havia pobreza, claro, talvez até mais dura do que hoje; mas não havia crime – não com a onipresença e a intensidade que conhecemos atualmente.

O que estamos vendo hoje no Rio – no Brasil inteiro – é um filme velho, com personagens cansados e roteiro de segunda categoria.

Esse Brasil – onde o medo não habitava nossas horas acordadas e nem assombrava nosso sono – está logo ali, no passado recente. A crise de criminalidade na qual o Brasil está mergulhado hoje não era inevitável. E da mesma forma que a crise não era inevitável, ela não é irreversível. A causa principal do caos da segurança pública brasileira são as ideias – e a ideologia – que passaram a dominar as políticas públicas e o sistema de justiça criminal.

GUERRA NA ROCINHA – Vale a pena lembrar uma história. Em setembro de 2017 uma guerra estourou no Rio de Janeiro. Era uma guerra entre traficantes. Mais uma. O líder do tráfico na favela na Rocinha, Nem, havia determinado que Rogério 157, seu sucessor no comando, entregasse a chefia da comunidade ao traficante Perninha.

Rogério 157 não acatou a ordem e começou a eliminar os apoiadores de Nem. O resultado foi um racha na facção Amigo dos Amigos (ADA) que controlava a Rocinha. Esse foi o início da guerra.

O que tinham em comum, além de pertencer à mesma facção, os três traficantes protagonistas dessa guerra? Todos já haviam sido presos pela polícia do Rio de Janeiro.

REFÉNS DO MAL – Vamos voltar ainda mais no tempo, porque tudo começa com ideias profundamente erradas que foram convertidas em lei e jurisprudência, e transformaram, a todos nós, em eternos reféns do mal.

Sete anos antes, no dia 21 de agosto de 2010, um sábado, à 6h30 da manhã, traficantes da Rocinha, armados com fuzis, granadas e pistolas, entraram em confronto com a polícia. Durante a fuga, nove criminosos invadiram o Hotel Intercontinental, em São Conrado, localizado ao lado da favela, fazendo 35 reféns, entre hóspedes e funcionários. O grupo era encabeçado por Rogério 157, então um dos seguranças de Nem, que já era chefe do tráfico da Rocinha.

O sequestro do Hotel Intercontinental durou três horas. Diante da superioridade das forças policiais os bandidos se renderam, foram presos em flagrante e denunciados por cárcere privado, sequestro, associação para o tráfico, porte de arma e resistência à prisão.

CERCO À ROCINHA – A invasão ao Hotel Intercontinental teve tanta repercussão – inclusive internacional – que contribuiu para que, pouco mais de um ano depois, em novembro de 2011, a Rocinha e o Vidigal fossem ocupadas pelas Forças Armadas e pela polícia. Durante o cerco às favelas, Nem foi encontrado no porta-malas de um Toyota Corolla, na Lagoa, tentando fugir, e foi preso. Repetindo: tanto Rogério 157 quanto Nem foram presos pelas forças de segurança.

Entretanto, em setembro de 2012 o tráfico da Rocinha comemorou uma vitória: a quadrilha foi beneficiada por um habeas corpus expedido pela 7ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro. O documento determinou a soltura dos criminosos por “excesso de prazo para julgar o processo”. Oito dos nove condenados, que estavam presos preventivamente, foram soltos.

Em janeiro de 2013 os nove criminosos foram julgados e condenados pelos crimes de cárcere privado, sequestro, associação para o tráfico, porte de arma e resistência à prisão. As condenações variaram entre 14 e 18 anos. Apenas três estavam presos; os outros seis foram condenados à revelia.

ALVARÁ DE SOLTURA – Três meses depois, em abril de 2013, em nova decisão liminar, o Tribunal de Justiça do Rio concedeu um alvará de soltura que determinou a liberação dos nove condenados. A decisão atendeu a um recurso da defesa que alegou que “os acusados não puderam aguardar o julgamento em liberdade”.

Você já sabe o que eles fizeram quando saíram da cadeia. Em 2017 os mesmos traficantes começaram uma guerra pelo controle da Rocinha. Não é difícil entender onde estão os erros.

O que estamos vendo hoje no Rio – no Brasil inteiro – é um filme velho, com personagens cansados e roteiro de segunda categoria, cujo final todos conhecemos. Tudo começa com ideias profundamente erradas que são convertidas em lei e jurisprudência, e transformam, a todos nós, em eternos reféns do mal.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Impressionante o artigo de Roberto Motta, enviado por Mário Assis Causanilhas. Mostra a verdade. A Polícia prende os chefões do crime e a Justiça logo arranja uma migalha jurídica, uma brecha, alguma tecnicalidade para soltar o criminoso, como se ele fosse Madre Tereza de Calcutá. Sinceramente, é desanimador. O artigo reforça a tese do editor da Tribuna — no dia que a Justiça brasileira funcionar, todo o resto se resolverá. Simples assim. (C.N.)

Em destaque

Hospital de Jeremoabo: Uma Crise Humanitária Ignorada

Hospital de Jeremoabo: Uma Crise Humanitária Ignorada Uma mãe precisa se deslocar 8 km para fazer a papa de seu filho internado. A falta de ...

Mais visitadas