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sábado, dezembro 31, 2022

Governo Bolsonaro anula portaria que impedia presença de Maduro na posse de Lula




Nicolás Maduro deve prestigiar a posse Lula, em 1º de janeiro 

A revogação do ato foi assinada na quinta-feira (29) pelo ministro da Justiça e Segurança substituto, Antonio Ramirez Lorenzo, e pelo ministro das Relações Exteriores, Carlos França

Por Renato Alves 

Por meio dos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores, o governo de Jair Bolsonaro (PL) revogou a portaria assinada em agosto de 2019 e que impedia a entrada do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Brasil. Agora, ele poderá estar presente na solenidade de posse do presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PL), domingo (1º).

A Portaria Interministerial nº 7, de 19 de agosto de 2019, assinada pelos então ministros da Justiça, Sérgio Moro, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, trouxe o regramento para impedir “ingresso no País de altos funcionários do regime venezuelano, que, por seus atos, contrariam princípios e objetivos da Constituição Federal, atentando contra a democracia, a dignidade da pessoa humana e a prevalência dos direitos humanos”. Maduro fazia parte da lista elaborada pelo Itamaraty com base nessa portaria.

A revogação do ato foi assinada na quinta-feira (29) pelo ministro da Justiça e Segurança substituto, Antonio Ramirez Lorenzo, e pelo ministro das Relações Exteriores, Carlos França, e está publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (30). (Com Estadão Conteúdo)

O Tempo

Bolsonarista’ presa por tocar o terror em Brasília apoiou futuro ministro de Lula, do PSB



Por Cláudio Humberto

O futuro ministro Márcio França (Portos e Aeroportos), do PSB, escolhido pelo presidente eleito Lula, contou com apoio da suposta bolsonarista Klio Hinaro, presa nesta quinta (29) na Operação Nero, deflagrada pela Polícia Federal e Polícia Civil do DF. Klio esteve em evento com França, então candidato socialista ao Governo de São Paulo, e fez questão de registrar o momento e chamar o socialista de “nosso futuro governador”.

Estranho no ninho

O caso Klio, que era do QG em Brasília, ligou o alerta nos movimentos pró-bolsonaro. Suspeita-se de infiltrados esquerdistas e baderneiros.

Lanterninha eleitoral

Klio Hinaro é conhecida na política: disputou a prefeitura de Tupã (SP) em 2020. Com 1,17% do total, ficou em última com apenas 364 votos.

Pai famoso

O pai da manifestante é Eizi Hirano, um dos mais importantes e influentes empresários da fotografia do Brasil. Morreu em 2019.

Operação Nero

A operação deflagrada ontem foi para prender envolvidos na noite de vandalismo e tentativa de invasão da sede da PF, em Brasília, no dia 12.

Lula e PT fazem ‘conta de somar’ no Congresso

O presidente eleito Lula não terá vida fácil no Congresso, ano que vem. Se o futuro governo conquistar todos os votos de partidos presentes na Esplanada dos Ministérios, o petista terá pouco mais da metade dos votos no Senado (45) e na Câmara (265). Vai precisar muito dos partidos do centrão, que já foi quase todo “contemplado” com ministérios apenas para PSD, MDB e União Brasil. Ainda sem cargos no futuro governo, PL e PP continuarão a ser determinantes nas votações a partir de 2023.

Difícil de ignorar

Os dois maiores partidos que estarão fora da Esplanada a partir de 2023 são PL e PP. Republicanos, que apoia Bolsonaro, também está fora.

Sem conversa?

O PL de Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, será o maior partido em 2023. Hospeda boa parte da oposição: 99 deputados e 14 senadores.

No aguardo

O PP do presidente da Câmara, Arthur Lira, e do ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira, será a 4ª bancada da Câmara: 47 votos.

Gente besta

Alegações idiotas como “Pelé era de direita” foram ouvidas ontem, quando se discutiu no PT o eventual cancelamento das festas de arromba da posse de Lula, dia 1º. A tendência é não cancelar.

Acerto com União

Tem digitais de Luciano Bivar, presidente do União Brasil, o movimento que garantiu o partido no ministério de Lula. Reuniu-se cedo com Lula para dissipar rebeldes no União e garantir votos na sigla para o petista.

Justiça seja feita

A escolha de José Múcio para ministro da Defesa virou uma unanimidade em Brasília. Ninguém a critica. Apesar de político talentoso, ele não é produto de indicação partidária, mas tem aval quase suprapartidário.

Conta fechada

O rateio ministerial de Lula rendeu boquinhas para nove partidos: PT liderando com 10 pastas; MDB, PSB, PSD e União Brasil, três pastas cada; e PDT, PSOL, Rede e PCdoB com uma cadeira ministerial.

Ex-deputado Eduardo Cunha (PTB) sobre o fim da redução de impostos de Bolsonaro

Pior para o País

Uma espécie de “comitê da vingança” do PT não poupa aliados. Caso de Kátia Abreu (PP-TO), citada para a diretoria de agricultura do Banco do Brasil. Ela era ministra da pasta onde foi constatada a pedalada que resultou no impeachment de Dilma. Pior para o agro, pior para o País.

Há três governos

Quando deixou a presidência, em 2011, o então ex-presidente Lula e família passaram férias de duas semanas no Forte dos Andradas, no Guarujá. Com custos bancados pelos cofres públicos.

Terreno na Lua

Dono do PDT, Carlos Lupi avisou ao presidente eleito Lula que “aceita” o Ministério da Previdência, já que o Ministério do Trabalho foi (também) para o PT. Por enquanto, ambos ainda não existem.

Cores proibidas

O verde e o amarelo da bandeira estão mesmo banidas. Uma associação de docentes da Universidade de Brasília, aparelhada pelo PT, distribui camisetas para quem vai à posse de Lula, dia 1º. Vermelhas, claro.

Meio-presidente

Ao hostilizar quem não votou nele, dizendo que “fiquem quietinhos”, Lula mostra que pretende governar apenas para a outra metade do País.

Diário do Poder

Certidão de óbito mostra causas da morte de Pelé




A certidão de óbito de Pelé, emitida hoje (30), mostra que a morte do Rei do Futebol foi causada por adenocarcinoma de cólon, broncopneumonia, insuficiência renal, e insuficiência cardíaca. Os médicos que atestaram o óbito foram Juliana Cardoso Zogheib e Cesar Martins da Costa. A morte ocorreu, segundo o documento, às 15h27 de ontem.

O corpo de Pelé permanece no hospital Albert Einstein, na capital paulista, onde ele ficou internado por um mês antes de morrer. O velório, aberto ao público, será realizado no Estádio Urbano Caldeira, a Vila Belmiro, a partir das 10h (horário de Brasília) da próxima segunda-feira (2).

“O corpo seguirá do Hospital Albert Einstein direto para o estádio na madrugada de segunda-feira (2) e o caixão será posicionado no centro do gramado”, diz nota do Santos FC. O acesso de populares ao velório será feito pelos portões 2 e 3, enquanto as autoridades terão acesso pelo portão 10.

A cerimônia seguirá até as 10h de terça-feira (3), quando será realizado o cortejo pelas ruas de Santos, que passará pelo Canal 6, onde mora a mãe de Pelé, dona Celeste, seguindo até a Memorial Necrópole Ecumênica, para o sepultamento reservado aos familiares.

Agência Brasil / Dinheiro Rural

Bella Ciao




Em breve, voltaremos a tratar de números e outros aspectos frios da realidade. Hoje, porém, é hora de celebrar o ano que vem pela frente

 “O sadismo não pode ser considerado uma estratégia política, mas uma perversão moral” (Procurador Strassera, em “1985”)

Por Fabio Giambiagi (foto)

Sempre gostei da filosofia de Desmond Tutu, que sugeria: “Não levante a voz: melhore seu argumento.” Em condições normais, encaro esta coluna como um espaço de convencimento, em que a batalha se dá em função da qualidade do raciocínio e não da intensidade do sentimento.

Hoje, porém, irei esquecer tal filosofia. Deixemos então, por um momento, a razão de lado para deixar o sentimento fluir, pois chega ao fim uma época sinistra.

Os historiadores do futuro terão dificuldade em entender como fomos vítimas da praga bíblica que se abateu sobre nós nos últimos anos, com seu legado macabro de tragédias e perdas. Nesta época de trevas, em que o simples exercício da compaixão se tornou malvisto por aqueles que fizeram do desprezo um meio de vida, conhecemos o que o ser humano pode revelar de pior.

Em perspectiva, será preciso lamber feridas profundas e cicatrizar as dores da alma nacional.

Nesse processo, esperanças darão lugar, provavelmente, a novas decepções. Assim é, desde que o homem existe. “A cada dia, a sua agonia”, reza o ditado. Deixemos isso para depois. Hoje é dia de comemoração pelo fim de uma época de pandemia y otras cositas más — comemoração permitida, de vez em quando, até aos economistas... Se estivéssemos na Itália em outros tempos, a multidão entoaria nas ruas a música “Bella Ciao” — em delírio cívico.

Embora a origem da música seja controversa e muitos a situem no século XIX, foi como hino de resistência ao fascismo que ela acabou por se popularizar, convertendo-se em uma espécie de emblema da liberdade, após ser “incorporada” pelos Partigiani da Resistência.

De forma resumida, a música diz: “O bella ciao, bella ciao, bella ciao ciao ciao/Uma mattina mi son’s svegliato/E ho trovato l’invasor/O partigiani portami via/Che mi sento di morir/E se muoio da partigiano/Tu mi deve seppellir/E seppellire lassù in montagna/Sotto l’ombra di un bel fior.” (O bella ciao, bella ciao, bella ciao ciao ciao/Uma manhã eu acordei/E encontrei um invasor/Ó resistente me leve embora/Pois sinto que vou morrer/E se eu eu morrer na Resistência/Você deve me enterrar/E enterrar lá na montanha/Sob a sombra de uma flor.)

Recuperando a história da música, contada através das décadas por diversos intérpretes, é possível identificar sua lógica. Ela descreve o encontro com um “invasor” que tomou conta da casa de quem relata os fatos e que, movido pelo desespero, cogita a ideia da própria morte, numa reflexão que se mistura com o ânimo de reagir ao intruso.

Desse ânimo, surgem forças para tentar enfrentar essa atmosfera de crueldade e medo, sabendo que o último ato da peça poderá ser a morte do autor do relato, mas num contexto de euforia e de conclamação à música, vista como um ato de rejeição à brutalidade.

Com um compasso vivace, não é difícil entender por que a música acabou se transformando em uma espécie de símbolo de enfrentamento com o arbítrio. Símbolo esse no qual, nos cânticos, a figura original da chamada dirigida ao ser amado se transforma em uma despedida irônica à entidade (pessoa, partido ou movimento) que encarna aquilo cuja partida passa a ser objeto de festa (uma forma de “Tchau, querida”, adaptada ao gosto do freguês).

Parodiando Galvão, bem se poderia gritar a plenos pulmões, como na Copa de 1994: “Acabou! Acaboooou!”

Há símbolos que são retratos de época. A fotografia da menina fugindo do napalm foi uma marca da guerra do Vietnã. A frase de que “a civilização abandonou o Brasil”, de Yvonne Bezerra, será uma boa definição dos anos que estamos encerrando nestes tristes trópicos, com sua sequela de absurdos.

Em breve, voltaremos a tratar de números e outros aspectos frios da realidade. Besteiras fiscais não faltarão. Hoje, porém, é momento de celebração ao ano que vem pela frente, torcendo que a pandemia et caterva fiquem para atrás — e de gritar, a plenos pulmões: BELLA CIAO, CIAO, CIAO!

O Globo

O golpista: a história do filho de brasileiros eleito com tudo fake.

 




Todos os dias chega uma notícia desmentindo a montanhas de lorotas construída por George Santos para se eleger deputado nos EUA. 

Por Vilma Gryzinski

“Eu não sou uma fraude, não dei um golpe no país inteiro.”

Os fatos indicam que George Santos fez exatamente isso para ser eleito deputado pelo Partido Republicano – ou apenas para tirar vantagem ou porque é simplesmente um fabulista, uma pessoa que inventa uma vida falsa para si mesma.

Alguns casos recentes foram serializados nos Estados Unidos, mostrando a facilidade com que estelionatários criam falsas identidades e convencem os crédulos. Ou seja, a maioria de nós que não conseguimos conceber como é possível ter tanta cara de pau.

A diferença, no caso de George Santos, filho de brasileiros que foram morar em Nova York, envolve política, uma atividade notoriamente pouco comprometida com a materialidade dos fatos.

Se ele não tomar posse, for obrigado a renunciar ou acabar cassado, também pode abalar a maioria de apenas nove deputados que os republicanos conseguiram na Câmara (222 contra 213 dos democratas). É relativamente raro que deputados americanos votem contra a orientação do partido ou de seus compromissos eleitorais, ao contrário de todo mundo sabe qual país, mas uma maioria de apenas nove votos, que poderia ser reduzida para oito caso Santos não tenha um futuro brilhante na política, dá uma dimensão muito maior ao caso.

O primeiro a levantar a pista foi o New York Times, seguido por outras publicações que desconstruiram o edifício que George Santos, de 34 anos declarados, ergueu. Era tudo mentira: os avós judeus que fugiram da Ucrânia para a Bélgica e daí para o Brasil, a formação no Baruch College, o trabalho no Citibank e na Goldman Sachs e até a ONG de resgate de cães e gatos. A fortuna familiar na administração de imóveis e investimentos? A mãe que se tornou a “primeira mulher a presidir uma instituição financeira”? Ou, pelo menos parcialmente, até a convicção gay, uma vez que foi casado com uma mulher, de quem se divorciou?

Tudo inventado. Note-se que o currículo dos sonhos abrange minorias com as quais conta pontos se identificar em Nova York. Como candidato, ele fez muita campanha entre a comunidade de judeus ortodoxos.

Depois de eleito, George Santos chegou a palestrar numa associação de judeus republicanos antes que a história explodisse. Dizia que o sobrenome original da família materna era Zabrovsky.

A mãe, Fátima, era auxiliar de enfermagem e a família precisou recorrer a uma igreja de Nova York frequentada por brasileiros quando ela morreu. Todos os avós nasceram no Brasil e a única ligação com a Bélgica é um bisavô que veio trabalhar em Petrópolis, o engenheiro Leonard Antoine Horta Devolder. É possível que tenha inspirado o nome do deputado fabulista, George Anthony Devolder Santos.

No começo, ele desmentiu, através de um advogado, as “alegações difamatórias”, usando até uma frase de Churchill: “Você tem inimigos? Bom, significa que você tomou uma posição em algum ponto da sua vida”.

Apropriadamente, a frase é fake. Ou pelo menos sua atribuição. Foi escrita por Victor Hugo.

Depois, apelou à vitimologia, dizendo que um “gay latino” estava sendo perseguido.

Quando não dava mais para desmentir os fatos, Santos mudou de tática: passou a admitir que havia “embelezado” o currículo. Procurou meios que seriam teoricamente simpáticos a um republicano. Grave engano. Entrevistado por Tulsi Gabbard, a ex-deputada que está cobrindo as férias de Tucker Carlson no Fox, foi simplesmente demolido.

A entrevistadora não deixou que ele tomasse o caminho mais fácil, de dizer que outras figuras conhecidas também mentiram – mais famosamente, Hillary Clinton sobre ter desembarcado na Bósnia sob fogo de franco-atirados, e Joe Biden sobre praticamente tudo, sendo que, nas mais recentes deturpações, alega que seu filho Beau morreu no Iraque. Ele na verdade foi vítima de um câncer no cérebro.

“Fiz, mas todo mundo faz” obviamente não é desculpa para um deputado eleito sobre uma montanha de mentiras.

E o caso não se limita ao desmoronamento moral. Santos também está sendo investigado criminalmente e agora surgiu a suspeita sobre a origem dos 700 mil dólares que doou à sua própria campanha. Qualquer um pode doar o quanto quiser a si mesmo, contanto que o dinheiro venha da pessoa física. Se vier da jurídica, é crime. Ou, claro, se tiver servido de fachada para outros doadores.

Embora desiludidos, como em tantos outros países, muitos americanos esperam que seus políticos tenham integridade. Ou pelo menos não mintam descaradamente. Quando são flagrados, a tendência é culpar a pessoa por seu erro, não o país. No Brasil, ao contrário, as reações ao caso George Santos tenderam para a responsabilização coletiva – o famoso “coisa de brasileiro”.

Santos, que tem um processo por estelionato em Niterói (uso de cheques furtados do empresário Bruno Simões), não representa “os brasileiros”. Representa a si mesmo – e os pobres eleitores engabelados por sua lábia fina, como todo 171.

Antes da eleição, e sua posterior desconstrução, ele deu uma ótima entrevista ao G1. Inclusive falando verdades.

“Eu cresci numa cidade maravilhosa”, disse sobre Nova York. “No momento em que ela mudou para (um governo) democrata, a gente viu a destruição da cidade ano após ano. Uma destruição visível de qualidade de vida, de segurança, de tudo”.

Outro ponto que ele defendeu: proibir que membros imediatos das famílias de congressistas invistam na bolsa, para coibir o uso de informações privilegiadas.

A análise de investimentos de deputados e senadores dos dois partidos indica mudanças que dificilmente podem ser explicadas por decisões aleatórias – e aí está um caso muito, muito mais grave do que o do currículo absurdamente falso de George Santos.

Revista Veja
Postado há  por 

Os políticos mais perigosos são os que querem salvar o mundo




Célebre teórico do conservadorismo, o filósofo húngaro-americano John Kekes toma a defesa da moderação na política. 

Entrevista a Carlos Graieb

John Kekes é um autor pouco conhecido no Brasil, que nenhuma editora cuidou de traduzir até hoje. Mas sua obra é indispensável para qualquer discussão das ideias conservadoras no século XXI, em particular A Case for Conservatism (Uma Defesa do Conservadorismo) e Against Liberalism (Contra o Liberalismo), ambos lançados em 1998 e já clássicos.

No seu livro mais recente, publicado em novembro, Kekes decidiu qualificar sua posição filosófica e política com um adjetivo. Moderate Conservatism (Conservadorismo Moderado) foi concebido como “uma crítica ao extremismo político e um alerta contra as consequências destrutivas da politização de aspectos da vida que deveriam ser deixados a critério dos indivíduos”. Como bom conservador, Kekes evita generalizações e insiste que escreveu pensando apenas nos Estados Unidos. É fácil perceber, no entanto, que as circunstâncias que o preocupam estão presentes também no Brasil.

Kekes nasceu na Hungria, em 1936, e imigrou para os Estados Unidos na década de 1960. Deu aulas até recentemente no Union College, do estado de Nova York. A filosofia moral é a outra grande vertente de sua obra, com títulos como The Roots of Evil (As Raízes do Mal) e Wisdom – A Humanistic Conception (Sabedoria – Uma Concepção Humanística).

Kekes respondeu as perguntas que Crusoé lhe enviou.

Algum incidente específico o levou a escrever Moderate Conservatism?

Não foi tanto um incidente quanto um processo que avança rapidamente – o da politização da vida, inclusive a vida privada. Em circunstâncias normais, a política é uma discussão tediosa entre profissionais do metiê, sobre como utilizar recursos que são sempre escassos. Isso mudou, não apenas nos Estados Unidos, mas em países do mundo todo. Políticos de diferentes partidos não concordam mais em discordar. Eles agora questionam os pressupostos da ordem política. Eles querem mudar, e mudar radicalmente, os consensos sobre o passado e o futuro do país de cujos problemas eles deveriam cuidar.

O subtítulo do livro é “Recobrando o Centro”. Centro é um sinônimo de moderação política?

O centro e a moderação política estão intimamente ligados, mas não são a mesma coisa. Chamo de centro aquilo que está implícito para os cidadãos, o substrato da vida pública. São tradições, processos, um senso básico de civilidade, a ordem costumeira da convivência interpessoal. São as decências básicas do nosso dia a dia. Moderação é evitar os extremos, que não são sempre a mesma coisa. É possível ser moderado em um regime brutal, em uma sociedade que se desintegra ou no meio de uma revolução. Isso é bem exemplificado pelas facções da Revolução Francesa de 1789. Não havia centro, mas havia moderados. Ou pensemos na Revolução Russa de 1917. Alexander Kerensky era um moderado, Vladimir Lenin era um extremista, mas ambos se opunham ao que costumava ser o centro na organização política czarista.

Moderação, no seu livro, não parece ser apenas o oposto de excesso, mas também, e talvez mais importante, o oposto de crenças absolutas. Quais são os inimigos políticos da moderação?

Os inimigos da moderação são os ideólogos de esquerda e direita que têm um programa político que promete nos levar ao BEM, com maiúsculas, seja como for que eles o definem. Talvez seja seguir a vontade divina, como querem os ortodoxos de todas as religiões; ou a busca de um bem supremo, como a igualdade, para os igualitários; ou a liberdade, como querem os libertários; ou uma sociedade em que os recursos produtivos estão nas mãos do Estado, como querem os socialistas. Os piores excessos não vêm dos vigaristas que desejam riqueza e poder, mas daqueles que acreditam genuinamente ter encontrado o bem, encaram qualquer opositor como um inimigos da humanidade e atribuem si próprios a missão de calar esses adversários. Os inimigos são teóricos em busca de um ideal, que renegam a prática política e desejam respostas do tipo “tudo ou nada”. Os inimigos são aqueles que ignoram que escolhas políticas dependem do contexto em que são feitas e são influenciadas pelas condições históricas. Eles não aceitam que entre liberdade, justiça e igualdade há um conflito que a cada momento terá de ser resolvido de maneira diferente. Os inimigos mais perigosos da moderação são aqueles políticos que querem salvar o mundo.

Como o senhor responde a quem diz que uma posição moderada é tímida, fraca ou descompromissada?

Mais uma vez, a questão é aquilo que você está tentando moderar. Não se deve moderar o espírito humano em sua curiosidade, imaginação, desejo de explorar. A vida do espírito é uma coisa; a vida política, algo muito diferente. Estão conectadas, é claro, mas é crucial, para o bem estar da sociedade, que permaneçam independentes.

Como um conservador moderado consegue se fazer ouvir quando há populistas de direita e de esquerda gritando ao seu redor? A moderação pode ser uma posição política combativa ou isso seria um paradoxo?

Esse é de fato o grande problema dos moderados. O melhor que podemos fazer é explicar repetidamente aos extremistas que suas ações põem em risco, precisamente, o tipo de sociedade que lhes permite gritar seus slogans. Podemos lembrar aos extremistas que, se a Paz de Westfália tivesse sido assinada algumas décadas antes, no século 17, a Guerra dos 30 Anos não teria devastado a Europa. Ou que se o rei francês Luís XVI tivesse ouvido os conselhos do estadista Malesherbes (por sinal, avô e modelo de outro grande moderado, Alexis de Tocqueville), a Revolução Francesa de 1789 não teria acontecido. Suspeito, no entanto, que esse tipo de resposta não seja útil, porque extremistas não têm senso histórico.

A civilidade parece ser a primeira vítima quando a polarização política toma conta de um país. O que se perde com isso é algo de importância central ou periférica?

A perda da civilidade é sintoma de algo mais profundo e de importância central. Alguns exemplos de pessoas que souberam manter a civilidade mesmo em meio às mais sérias discordâncias políticas são o inglês Edmund Burke, quando escreveu sobre a Revolução Francesa, o filósofo americano Michael Oakeshott, nos seus ensaios, e os três autores de O Federalista, o conjunto de panfletos que ajudou a dar forma à constituição americana. Refiro-me a Alexander Hamilton, James Madison e John Jay.

O senhor afirma diversas vezes que suas reflexões se aplicam apenas aos Estados Unidos. Sob quais condições é possível aplicá-las a países em que a tradição democrática não é tão profunda, como o Brasil?

Por ignorância, não me arrisco a fazer comentários sobre o Brasil. Mas, falando de maneira geral, o conservadorismo moderado pode surgir em um país quando seus cidadãos concordam que há algumas coisas – tradições, instituições, traços culturais – que eles desejam preservar, e não perder. Se uma parcela substancial da população de um país vive em condições desesperadoras, falar em conservadorismo moderado pode ser uma causa perdida. Segurança e nutrição adequada são pré-condições para que existam discordâncias políticas civilizadas entre conservadores, liberais e esquerdistas.

Em termos históricos, quais são os exemplos que um conservador moderado daria de seus princípios postos em prática?

O grande exemplo é a Inglaterra no período entre a Reforma de 1867, que ampliou o direito de voto, e a Primeira Guerra Mundial – ou até mesmo a Segunda Guerra. A Europa entre a queda de Napoleão Bonaparte e o começo da Segunda Guerra talvez seja um bom modelo também. Os livros do ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger são muito bons a esse respeito. Aliás, de modo geral, recomendo toda sua obra.

O relacionamento entre os poderes da República se tornou tenso no Brasil. O conservador moderado tem algo a dizer sobre a separação de poderes?

Na Inglaterra, essa separação é tácita, ambígua, e essa é a maneira pela qual os ingleses desarmam questões explosivas. Já nos Estados Unidos, a separação está bem no centro da tradição política. O problema é que a separação de poderes e o sistema de pesos e contrapesos que impede que um deles saia do controle vivem em um permanente estado de conflito. Ao contrário do que se poderia imaginar, quanto maior é a separação, menor é o controle que os poderes exercem uns sobre os outros. E vice-versa. Esse é um assunto ainda mal estudado. Se eu fosse um estudante à procura de um assunto para uma tese, escolheria esse.

Qual a posição do conservador moderado sobre liberdade de expressão?

Quem estabeleceu as balizas modernas para essa discussão foi o filósofo inglês John Stuart Mill, no livro Sobre a Liberdade. Eu o vejo como o vilão da história. No começo desse manifesto ele anuncia o que chama de “um princípio simples”, que é o da liberdade negativa, ou seja, a imunidade do indivíduo contra interferências em sua liberdade. Ele então usa o resto do texto para voltar atrás na sua afirmação original. Aliás, alguém espirituoso já disse que todo manifesto é assim: um texto em que você diz algo, e depois se retrata. O conservadorismo moderado tem uma concepção diferente, que eu chamo de liberdade limitada. Trata-se de reconhecer que a liberdade é um dos bens políticos primários, mas não um bem político que se sobrepõe a todos os outros. A liberdade pode ser restringida em contextos e condições em que há bons motivos para acreditar que a justiça, a igualdade política entre os cidadãos, a preservação do Estado de Direito ou a propriedade privada devem ter precedência sobre ela.

Um país polarizado pode se curar?

Creio que sim. Mas temo que às vezes seja preciso o ataque de alguma força estrangeira para que isso aconteça.

Revista Crusoé

Um país bloqueado entre o alívio e o medo




Estagnado, o Brasil troca uma direita reacionária que idealiza a ditadura por uma esquerda nostálgica do passado que inventou. 

Por Jerônimo Teixeira 

“Sensação geral de alívio”, anotou Carlos Drummond de Andrade em seu diário. A expressão me veio à memória no dia 30 de outubro, quando se anunciou a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro. No meu círculo de amigos e conhecidos, mesmo aqueles que sempre se opuseram ao PT, o sentimento predominante foi mesmo o alívio. Ufa!, exclamávamos: encerrou-se um governo marcado pelo descaso com a saúde e a vida, pelo fetiche militarista e autoritário, pela retórica vulgar e agressiva, pelo permanente atrito institucional.

O meu alívio veio carregado de cautela e reticência. A cautela impõe-se pelo óbvio motivo de que o partido do mensalão, do petrolão e da recessão está voltando ao poder. A reticência têm a ver com a figura macambúzia que deixa o Palácio do Planalto. Não estou convencido de que o país tenha superado Bolsonaro.

Digo isso não apenas porque Lula só venceu por uma estreita vantagem de 1,8% dos votos válidos, ou porque o próximo Congresso abrigará a galeria lombrosiana do bolsonarismo, ou porque enquanto escrevo segue acampada na porta dos quartéis a agremiação de aloprados que eu chamo de Horda Canarinha (que os ferozes mongóis da Horda Dourada me perdoem!). Esses fatos duros são sintomas de uma realidade cuja amplitude é de difícil digestão para os que estão aliviados (ou entusiasmados, no caso dos petistas) com o resultado das urnas: os derrotados não se dispersarão tão cedo. Para além de um movimento político, o bolsonarismo estabeleceu-se como uma nova cultura, cultivando um conjunto de valores, hábitos e manias que a antropologia ainda está para catalogar. Incluem-se aí as teorias conspiratórias compartilhadas em grupos de WhatsApp, o esquisito panteão de heróis e mártires que vai do coronel Brilhante Ustra a Daniel Silveira, o uniforme verde-amarelo e as mais pitorescas coreografias de protesto.

Como é próprio de um credo reacionário, o bolsonarismo galvaniza-se em torno não de propostas, mas de rejeições. Sob a rubrica do esquerdismo ou do comunismo, rejeitam-se em bloco a imprensa, o judiciário, a universidade. Quero me deter em um dos inimigos eleitos pela essa turma: o showbiz. A caricatura do artista parasita que vive da Lei Rouanet tornou-se um lugar comum entre os reacionários. Não lembro de Lula ter falado tanto em política cultural em uma campanha como fez neste ano, e isso deve ter sido uma resposta ao filistinismo militante de Bolsonaro. Neste ano novo, aliás, o Brasil volta a ter um ministério da Cultura, sob comando da cantora Margareth Menezes.

A beligerância da nova direita contra medalhões da cultura foi consolidando a miragem de que toda manifestação artística seria uma forma de resistência – pois não bastava fazer oposição ao governo Bolsonaro: era preciso resistir. Até a vetusta Academia Brasileira de Letras converteu-se de instituição careta em bastião progressista ao aceitar entre os imortais Gilberto Gil e Fernanda Montenegro, ambos hostilizados e detratados por figuras minúsculas do governo. Não foram poucos os comentaristas políticos, críticos e intelectuais que propagaram a ilusão romântica de que certos momentos da arte nativa – a Bossa Nova e a MPB, Guimarães Rosa e Machado de Assis – representam o Brasil verdadeiro, a autêntica alma nacional, em oposição ao reacionarismo bolsonarista, que só pode ser um corpo estranho incrustado no país. Há um fundo nitidamente elitista nessa ideia. Só merece ser chamada de brasileira a gente fina que ouve Chico e Caetano e posta foto de livros no Facebook em sinal de apoio a Lula. A malta grosseira que curte Gusttavo Lima e quer golpe militar está no país errado.

Não condeno o elitismo por si mesmo. Eu mesmo cultivo alguns arrogantes desprezos. O que realmente me intriga é que em resposta a um movimento político que idealiza o passado autoritário do Brasil tenha emergido o desejo de restaurar um outro e impreciso passado, um tempo idílico em que o país era gentil e cultivava a Beleza, com maiúscula.

A promessa do governo que agora toma posse não é de renovação, mas de restauração. Lula passou a campanha lembrando as maravilhas do tempo em que foi presidente e esquivando-se de perguntas sobre o descalabro econômico engendrado pela sucessora que ele ungiu. Ao mesmo tempo, ele falava em pacificar um país dividido. As duas propostas não são inteiramente compatíveis: embora raramente alcance a virulência verbal de Bolsonaro, Lula também é um promotor da divisão, que lança a carta do “nós contra eles” sempre que acuado por circunstâncias desfavoráveis. A terceira pessoa do plural já acomodou a “imprensa golpista” e o rico que não quer viajar de avião ao lado do pobre. Nos últimos tempos, “eles” são os especuladores (termo empregado por Lula) que derrubam o Ibovespa sempre que se relativiza a importância de manter as contas públicas em dia.

No discurso em que celebrou a vitória na eleição, Lula levou o ímpeto restaurador ao paroxismo: prometeu nada menos que a reconstrução da “alma deste país”. Essa alma, porém, está cindida. Embora no mesmo discurso Lula tenha prometido ser o presidente de todos os brasileiros, ele não fez qualquer gesto de conciliação ou aproximação para os 58 milhões de eleitores que o rejeitaram. Talvez esse gesto nem seja possível, tal o fosso de ressentimento e incompreensão separando a esquerda que volta ao poder imbuída de nostalgia por seus governos passados e a direita que, inconformada com a soberania das urnas, anseia pela volta de um regime militar. O Brasil parece estagnado entre esses desejos retroativos. É como se vivêssemos naquele “país bloqueado, enlace de noite, raiz e minério” de que Drummond fala em Áporo.

De volta, pois, a Drummond e à “sensação geral de alívio”. Omiti acima a data em que o poeta fez essa anotação em seu diário: 1º de abril de 1964. Drummond registrava o sentimento que captou em um passeio por Copacabana quando o golpe estava em curso. Em um lance irônico, minha memória buscou essa passagem para definir meu próprio alívio com a derrota de um admirador da ditadura militar.

Drummond estava ele mesmo aliviado. Sim, o poeta que em Nosso Tempo prometia se empenhar para deter “a marcha do mundo capitalista” aplaudiu a deposição de João Goulart, um presidente de esquerda. Em O Observador no Escritório, livro nos qual o autor mineiro reuniu trechos cuidadosamente selecionados de seu diário, as anotações dos dias que se seguem ao golpe já acusam o caráter autoritário do regime militar recém-instaurado. Alívio não é entusiasmo. Ambos, no entanto, costumam ser passageiros.

Espero que ninguém leia aqui qualquer paralelo entre a situação de 1964 e o momento atual. Nem acho que o PT vá instaurar a ditadura bolivariana, nem acredito que os quartéis ouvirão as súplicas golpistas da Horda Canarinha. O momento não é de ruptura, mas de complicadas e opacas reacomodações entre os atores da política. Creio que o risco futuro está na condução da economia: se o socorro aos necessitados – urgente e necessário, sim – for mal calibrado, a promessa de um retorno à relativa bonança do primeiro governo Lula pode degenerar na reedição do pesadelo recessivo de Dilma Rousseff. O país bloqueado vive entre o alívio e o medo.

Revista Crusoé

Quanto será o salário dos deputados estaduais na Bahia a partir de 2023

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Enquanto os mais iguais, enquanto a classe privilegiada com supersalários recebem aumentos, o funcionalismo público do executivo responsavel pelo funcionamento da máquina administrataiva há mais de 06(seis)anos não recene aumento.
O aumento para os políticos em cascata chega até os vereadores.

Como ficou confortável nas atuais circunstâncias escantear o funcionalismo público e deixá-lo literalmente na rua da amargura, para presidir um país ou governar um estado-membro sem a preocupação de dar aumento anual ou repor valores defasados nos salários de seus servidores. De uns anos para a cá a culpa do país não dar certo passou a ser atribuído ao gigantismo da dívida da Previdência Social uma conta que não fecha no Orçamento Público.

 

Só que os entendidos da área econômica e os políticos sempre omitiram a verdade do porquê deste “rombo”cuja causa não pode ser debitada aos funcionários e nem na diferença salarial entre estes e os empregados da iniciativa privada. Argumento pífio que enganou a opinião pública. Por quê ? Porque o funcionário desconta rigorosamente para a previdência um percentual fixo mensal (14 por cento) independente do valor de seu ganho bruto. Lembrando que o desconto continua recaindo sobre os proventos de aposentadoria e depois sobre a pensão do cônjuge ou de quem de direito. Portanto o “desconto” da previdência que seria para o funcionário poder receber sua aposentadoria, tornou-se um gatilho que é acionado mesmo após a sua morte.(Edson Vidal Pinto)

Somente três ministros se despediram de Bolsonaro na Base Aérea de Brasília

Antes de embarcar, Bolsonaro estava visivelmente abatido

 Redação Notícias

Somente três ministros se despediram de Bolsonaro na Base Aérea de Brasília
Somente três ministros se despediram de Bolsonaro na Base Aérea de Brasília
  • De todos os ministros do atual governo, apenas Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Carlos França estiveram no local;

  • Antes de embarcar, Bolsonaro estava visivelmente abatido;

  • Ele estava acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que também viajou para os Estados Unidos.

Apenas três ministros do governo compareceram à Base Aérea de Brasília para se despedir de Jair Bolsonaro, que embarcou para os Estados Unidos nesta sexta-feira (30). De toda equipe ministerial de Bolsonaro, somente Augusto Heleno (GSI), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e Carlos França (Itamaraty) estiveram no local.

Além deles, o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do Ar, Carlos de Almeida Baptista Jr, também foi se despedir do futuro ex-presidente.

Apesar de não chegar a se emocionar como na live que fez antes de viajar, Bolsonaro estava visivelmente abatido, conforme informou a coluna de Igor Gadelha do Metrópoles. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, acompanhou o marido e também viajou para os Estados Unidos.

O avião da Força Aérea Brasileira decolou de Brasília às 14h com destino a Orlando, no estado americano da Flórida. Com a viagem, Bolsonaro não passará a faixa presidencial ao seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, que ainda discute com sua equipe como se dará o ritual durante a cerimônia de posse.

A previsão é que o futuro ex-presidente passe ao menos um mês fora do país. Apesar dos preparativos, o governo não deu qualquer informação sobre a viagem, tampouco sobre quem o acompanhará.

Sem Bolsonaro, quem entrega a faixa?

Sem Bolsonaro, que não admite que perdeu a disputa presidencial que ocorreu em outubro, existe a possibilidade de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado e do Congresso Nacional, entregar a faixa presidencial ao presidente eleito.

Por lei, cabe ao presidente do Congresso abrir a sessão solene, e entregar ao presidente eleito e ao vice o termo de posse para que assinem. A previsão é de que, no evento, Pacheco discurse logo depois de Lula.

Outras opções também estão sendo discutidas pelos integrantes da equipe que organiza a cerimônia de posse.

Uma delas, ainda segundo a jornalista Malu Gaspar, é a faixa ser entregue por Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara; por um cerimonialista; ou por um grupo de pessoas representando diversos setores da sociedade brasileira.

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