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segunda-feira, outubro 31, 2022

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-Rosângela da Silva, a Janja: entenda quem é a próxima primeira-dama

 Letícia Mori - Da BBC News Brasil em São Paulo

Lula e Janja
Lula e Janja

O vestido de noiva que a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, usou para se casar com o hoje presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em maio deste ano, foi decorado por bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, no sertão do Rio Grande do Norte.

O sertão foi o tema: cactos sob um céu enluarado. Por todo o vestido, havia estrelas geométricas idênticas à estrela do PT - mas todas brancas. De vermelho, só as rosas do buquê e na lapela de Lula, que usava um terno azul royal.

Militante histórica do PT, Janja era integrante do partido desde muito antes de conhecer Lula: ela se filiou com dezessete anos, em 1983, e anos depois chegou a trabalhar na liderança do PT na Assembleia Legislativa do Paraná.

O atual marido Janja a encontrou pessoalmente pela primeira vez em meados dos anos 1990, quando ela era relativamente recém-formada em ciências sociais da Universidade Federal do Paraná e Lula já havia concorrido à Presidência e estava viajando pelo Brasil para conhecer a realidade do país.

O namoro, no entanto, só começou décadas depois, quando Lula já era viúvo de sua segunda esposa, a ex-primeira dama Marisa Letícia, que morreu em 2017. Um momento-chave no relacionamento foi um encontro no fim de 2017 em que estavam presentes artistas e ativistas de esquerda.

Lula segura a bandeira do Brasil ao lado de Janja
Lula segura a bandeira do Brasil ao lado de Janja

O namoro só foi confirmado em público em novembro de 2019, quando o ex-presidente deixou a Superintendência da Polícia Federal, onde estava preso em Curitiba. A libertação veio após o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir que é ilegal o cumprimento de pena antes do esgotamento dos recursos. Mais tarde, as condenações contra Lula seriam anuladas pela Corte.

Os dois ainda não eram casados, mas Janja estava listada como "família" no rol de pessoas autorizadas a visitar Lula na cadeia. E ela ia todos os dias, contou Lula mais tarde.

Lula, com os punhos erguidos em sinal de vitória, abraça uma mulher jovem de cabelos castanhos com luzes loiras
Namoro com Janja se tornou público em 2019, quando Lula deixou a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba

"Ela morava em Curitiba e sempre levava uma comidinha para mim toda a noite. Não deixava eu mandar minha roupa para lavar fora, queria lavar na casa dela" contou o ex-presidente em entrevista a um podcast em 2021. "Quando eu saí, pensei: 'não tem jeito, acho que vou ter mesmo que casar com a bichinha'." Aos 56 anos, Janja é 21 anos mais jovem que Lula.

Nas fotos do ex-presidente saindo da sede da PF em 2019, Janja apareceu ao seu lado publicamente pela primeira vez. E não saiu mais. Os dois se mudaram para o apartamento do petista em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e a socióloga passou não só a aparecer nas fotos, mas a ir aos comícios, a viagens, a frequentar os encontros estratégicos do PT e a participar da pré-campanha presidencial.

Janja não esperou autorização para ressuscitar o jingle Lula Lá, da campanha de 1989 - o que irritou algumas pessoas envolvidas na campanha, que acreditavam que a decisão não deveria ter sido tomada por ela. A socióloga também é vista como ciumenta e bastante protetiva. A maneira como ela está sempre levando água, interrompendo encontros quando Lula está cansado e organizando o entorno para deixá-lo confortável pode ser notada até por quem acompanha os comícios. Um amigo do casal, no entanto, diz que a esposa de Lula não é invasiva na campanha, mas "naturalmente tem uma preocupação com o presidente" e que ela não faz nada que Lula "não esteja ciente e não concorde". Ele afirma que "existe um certo ciúme" de Janja e "talvez até machismo" entre os próprios petistas.

Na festa de casamento do casal, neste ano, foi exibido o clipe com o jingle - que é descrito na página do YouTube de Lula como "surpresa preparada por Janja para Lula". O clipe, organizado pela socióloga, tem diversos artistas - e a própria Janja - cantando uma versão da música Lula Lá, cujo nome oficial é "Sem Medo de Ser Feliz".

Lula também passou a citar com frequência a esposa, cuja juventude ajudava a trazer a ideia de saúde e jovialidade à campanha do petista, que vai assumir a Presidência em 1º de janeiro com 77 anos.

O ex-presidente se descreveu diversas vezes como "um homem apaixonado" e disse mais de uma vez durante a pandemia que, apesar da idade, tinha a "energia de 30 (anos) e o tesão de 20". A frase foi abandonada na campanha, no entanto.

"Vocês viram essa moça que cantou? Ela é minha mulher. Essa moça... Eu fiquei mais apaixonado por ela quando eu estava preso", disse Lula em um comício em Minas Gerais em setembro - um dos muitos em que Janja cantou jingles ao vivo. "Eu e ela escrevemos 580 cartas. Todos os dias eu mandava uma carta para ela, e todo dia ela mandava uma carta para mim".

As cartas eram trocadas através de amigos que visitavam o petista na prisão - às vezes, através deles, Lula mandava flores com as cartas para Janja. Diversas vezes a socióloga fez postagens apaixonadas com fotos das flores no Instagram - sem, no entanto, citar quem era o seu admirador, já que o namoro ainda não era público na época.

Janja segura flor
Cartas de Lula chegavam com flores

Durante a pandemia - mais por desejo dela do que dele, conta um amigo do casal - os dois se mudaram para uma casa alugada em Alto de Pinheiros, bairro nobre de São Paulo. Com muros altos e uma piscina longe da vista dos vizinhos, a casa tem duas saídas, o que facilita o trabalho da equipe de segurança do ex-presidente.

Janja ama cachorros e tem dois - entre eles a Resistência, uma cachorrinha vira-lata preta e peludinha resgatada no acampamento de apoiadores de Lula em Curitiba - que agora circulam pela casa alugada.

Vestida de noiva, Janja beija Lula, que a abraça por trás
O casamento foi realizado em 2022

Futura primeira-dama

Bem-estar animal, aliás, é um dos assuntos caros à futura primeira-dama, que não só tem apreço pelo tema da proteção ambiental como é especializada em gestão social e desenvolvimento sustentável e trabalhou na área.

Janja foi coordenadora de programas de desenvolvimento sustentável na Itaipu, onde fez carreira e ocupou diversos cargos entre 2005 e 2019. Entre 2012 e 2016, ela se licenciou da empresa e trabalhou na Comissão de Sustentabilidade de empresas ligadas à Eletrobrás, no Rio de Janeiro.

Outro assunto caro a Janja é a proteção à infância e o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes - ela está envolvida na campanha Faça Bonito, promovida pelo Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e pela Rede ECPAT Brasil em parceria com as Redes Nacionais de Defesa dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes.

Fotografia colorida mostra cachorrinha preta com peito branco
Resistência deve acompanhar o casal ao Planalto

A socióloga, no entanto, já disse que quer "ressignificar o papel de primeira-dama", historicamente ligado à ideia de trabalho assistencial.

"Vamos trabalhar para eu me tornar essa primeira-dama que vocês esperam", escreveu no Instagram em agosto. "E vamos tentar ressignificar esse conceito de primeira-dama", disse, sem dar detalhes.

Feminista, ela disse em um evento ao lado de Lula, que não pretende ser "ajudadora" do marido - uma referência à fala da atual primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que afirmou em setembro em um comício com Bolsonaro que "a mulher é uma ajudadora do esposo."

"Eu não vou te ajudar não, não vou ser ajudadora. Eu vou estar ao seu lado, junto, lutando, para a gente dar de novo o Brasil da esperança que esse povo merece", afirmou Janja.

Bela Gil e Janja
Janja faz questão de se envolver na organização de eventos com artistas em apoio a Lula

Lula frequentemente é questionado sobre a esposa e, embora não se furte a dizer o quanto está apaixonado, evita falar sobre como ela é ou sobre sua personalidade. "Eu não gosto muito de falar sobre a Janja porque ela mesmo pode falar sobre si", disse o presidente neste ano, mostrando a influência do feminismo da esposa.

O presidente eleito já admitiu que em seu segundo casamento, com Marisa Letícia, ainda tinha uma "cultura machista, de um peão de fábrica, que achava que a mulher tinha que fazer a comida quando eu chegasse" e que isso foi mudando ao longo dos anos.

"Eu agora estou com a Janja, que é muito politizada, tem uma cabeça política boa e é muito feminista", disse Lula em uma conversa com o cantor Mano Brown em seu podcast "Mano a Mano".

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-63353755

YAHOO

No amanhecer de hoje, esperanças se renovam de que o Brasil possa retomar o crescimento sustentável

Publicado em 31 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Charge do Elvis (Arquivo do Google)

Pedro do Coutto

Encerrado o capítulo da votação deste domingo, com a próxima volta de Lula ao poder, em 1º de janeiro, a esperança se renova, sobretudo neste momento em que a fome voltou a figurar na realidade brasileira e a pobreza aumentou nos últimos quatro anos, resultado da compressão de salários, da perda dos vencimentos dos trabalhadores em relação à inflação e à falta de perspectiva diante de problemas que se eternizam.

O ainda ministro Paulo Guedes, de acordo com matéria de Eduardo Cuccolo, Folha de S. Paulo, considerou que o país não tem pobreza extrema, pois essa é identificada quando o rendimento per capita é menor do que US$ 2 por dia. E acentuou que o governo Bolsonaro com o Auxilio Brasil está pagando US$ 4 por dia às pessoas mais vulneráveis da sociedade.

NOVO RUMO – É uma resposta que desqualifica qualquer projeto social. O que se espera é que o novo presidente indique logo os nomes que comandarão a equipe econômica e escolha ministros à altura da responsabilidade pelos cargos que ocuparão.

Um dos nomes praticamente certos é o da senadora Simone Tebet (MDB-MS), cuja atuação na campanha do segundo turno foi fundamental para a vitória de Lula, que foi muito difícil.

Embora o MDB não queira que Simone Tebet seja ministra, é óbvia que ela tem de aceitar o convite de Lula. Caso contrário, ficará quatro anos fora da política, que poderão ser fatais para sua projeções futuras.

Tarcísio de Freitas recebe apoio de Haddad para buscar alinhamento com governo Lula

Publicado em 31 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

cveja propostas dos candidatos para Economia

Haddad e Tarcísio fizeram uma campanha muito amistosa

Carlos Petrocilo e Mariana Zylberkan
Folha

O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), 47, afirmou a jornalistas na noite deste domingo (30) que vai buscar alinhamento com o governo federal, que terá o ex-presidente Lula (PT) à frente. O petista derrotou o presidente Jair Bolsonaro (PL), que patrocinou a candidatura de Tarcísio.

Com 100% das urnas apuradas, Tarcísio obteve 55,27% dos votos válidos, ante 44,73% de Haddad. O TSE declarou eleito o político do Republicanos.

BOAS RELAÇÕES – “Vamos olhar o interesse para o estado de São Paulo”, afirmou o governador eleito. “Para que a gente possa trazer políticas públicas, é fundamental o alinhamento com o governo federal.”

Após a divulgação do resultado do segundo turno, o candidato derrotado ao Governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT), também ofereceu a Tarcísio ajuda na interlocução com o governo petista na Presidência. “Já liguei para o Tarcísio de Freitas desejando a ele que faça um bom governo, me colocando à disposição”, disse o petista em discurso após a apuração.

Tarcísio ecoou a declaração de seu adversário no segundo turno: “Já tive uma conversa amena, boa, com o Haddad. A gente teve uma boa relação ao longo da campanha. A conversa foi nesse sentido: ‘parabéns pelo resultado’. Se colocando à disposição para ajudar já em Brasília. Ele, como integrante da equipe do novo presidente da República, e vamos manter melhor diálogo possível.” Haddad é cotado para assumir um ministério no governo Lula.

E BOLSONARO? – Tarcísio afirmou que, até o momento da entrevista, ainda não tinha conversado com Bolsonaro, apenas com o ex-ministro Walter Braga Netto (PL), que compôs a chapa como candidato a vice-presidente.

“Falei com Braga Neto, o presidente está tranquilo em Brasília, acompanhou os resultados e amanhã trabalhará normalmente e vai seguir.”

Aos jornalistas, Tarcísio reafirmou uma das medidas anunciadas em sua campanha —acabar com a obrigatoriedade de vacinação dos servidores estaduais. “A obrigatoriedade da vacina, realmente, pretendo acabar. Eu confio na consciência das pessoas, na liberdade das pessoas. Conscientizando os servidores públicos, trabalhando na importância da publicidade da vacinação”, disse.

CÂMARAS NOS PMS – Já a respeito das câmeras em uniformes de policiais militares, algo que Tarcísio chegou a afirmar que retiraria, mas voltou atrás, ele afirmou neste domingo que irá avaliar com a turma da Segurança Pública.  “Sempre tive visão crítica, mas não sou dono da verdade. Muitas pessoas trazem argumentos e vamos discutir”, disse.

O bolsonarista voltou a afirmar que montará um time técnico de secretários e disse que Guilherme Afif (PSD) será o coordenador de sua equipe de transição. Questionado sobre se o próprio Bolsonaro poderá ser convidado para compor sua equipe, Tarcísio descartou a possibilidade.

“Ele é presidente da República, ele não vai vir ser secretário aqui no estado de São Paulo. Não sei qual o seu plano de voo agora. O presidente fez o melhor, não foi fácil ser presidente no momento de tantas crises. Ele se saiu muito bem, está entregando um país que está crescendo”, disse.

QUESTÃO SOCIAL – “Uma coisa é fato: temos que cuidar rapidamente da questão social, me preocupa a quantidade de pessoas na rua. Precisamos abrir as portas das comunidades terapêuticas e capacitar essas pessoas”, disse Tarcísio, mencionando ainda que irá trabalhar para a conclusão do Rodoanel Norte e para inaugurar o trem intercidades.

A comemoração de Tarcísio em uma área reservada num luxuoso hotel, na zona sul paulistana, se deu em uma clima misto de festa, mas preocupação com o revés do presidente Bolsonaro.

O governador eleito afirmou ainda que vai tirar uma semana para descansar.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O melhor dessa eleição foi a demonstração de civilidade de Tarcísio de Freitas e Fernando Haddad, que fizeram uma campanha limpa e amistosa em São Paulo, uma situação impensável em meio ao radicalismo da polarização. Tarcísio e Haddad deram um exemplo de maturidade política ao país. (C.N.)

Depois do flerte com golpismo, o vencedor da eleição tem de unificar um país dividido

Publicado em 31 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Tese do “País dividido” assustou outras eleições, mas no final deu tudo certo - Flávio Chaves

Charge do Genildo (Arquivo Google)

Deu em O Globo

Foram tantas as vezes em que o presidente Jair Bolsonaro flertou com o golpismo que a nona eleição presidencial desde a redemocratização tornou-se também a primeira em que se faz necessário exigir respeito ao resultado. Depois de impor inúmeras vezes a condição de serem “eleições limpas” para aceitá-lo —brecha aberta para contestação—, Bolsonaro deu enfim a primeira declaração sensata sobre o tema, na madrugada de sábado.

“Não há a menor dúvida. Quem tiver mais voto leva. É isso que é democracia”, afirmou ao final do debate em que enfrentou o ex-presidente Lula da Silva na TV Globo.

UMA CAMPANHA SUJA – Agora, Bolsonaro tem de cumprir o que disse. Tentativas de levar a disputa aos tribunais precisam ser repelidas com vigor e presteza, qualquer que seja o pretexto para justificá-las.

De todo forma, pode-se dizer que o país saiu dividido da campanha mais polarizada (e suja) de sua História. Mesmo que em tom mais civilizado, o último debate, na sexta-feira, comprovou que a desinformação ocupou o lugar da discussão serena de propostas e ideias. 

Seria ilusão acreditar que não haverá sequelas. Mesmo assim, é preciso confiar na força da democracia para se reparar. Lula precisa descer logo do palanque para compor um governo com palavras e atos que apaziguem o país.

INÍCIO DESAFIADOR  – Trata-se de uma transição complicada, porque Lula enfrentará um início de governo desafiador. Há sinais de desaceleração na economia, os juros estão altos para conter a inflação ainda renitente, e a devastação do Orçamento sob Bolsonaro, mascarada pela arrecadação, deixou ao eleito a obrigação de resgatar a credibilidade fiscal, pois a conta da esbórnia eleitoreira será cobrada em 2023.

Sobre esse tema essencial, a campanha pouco esclareceu. Em seu programa de governo, Lula não foi além de obviedades como combate à fome e à pobreza.

COMPROMISSO TARDIO – Apenas na última quinta-feira Lula lançou sua “Carta para o Brasil do amanhã” defendendo uma combinação de responsabilidade fiscal, responsabilidade social e desenvolvimento sustentável. O compromisso é tardio, e faltou explicar como alcançar as metas.

Lula tentou afastar o fantasma de delírios na economia chamando Geraldo Alckmin para vice e reunindo uma ampla aliança no segundo turno, abarcando ex-rivais como Marina Silva e Simone Tebet, liberais como Arminio Fraga, Henrique Meirelles e os formuladores do Plano Real, juristas como Joaquim Barbosa (algoz do PT no mensalão) e Miguel Reale Jr. (autor do impeachment de Dilma Rousseff), para não falar no ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas são apenas indícios.

Para Lula, o maior desafio ao final de uma campanha eleitoral violenta é abrir caminho ao diálogo. Só ele poderá propiciar um governo competente na gestão, zeloso de seus espaços institucionais e capaz de reunificar um país rachado ao meio.

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