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sábado, abril 30, 2022

Bolsonaro é aconselhado a não ir a ato pró-Silveira, e Poderes temem escalada de crise

por Marianna Holanda, Julia Chaib e Mateus Vargas | Folhapress

Bolsonaro é aconselhado a não ir a ato pró-Silveira, e Poderes temem escalada de crise
Foto: Reprodução/Facebook

Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) defendem que ele não participe dos atos em desagravo ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) neste domingo (1º), por temor de discursos radicalizados que possam acentuar a crise entre os Poderes.
 

Já integrantes do Legislativo e do Judiciário, com ou sem a presença do chefe do Executivo, temem que as manifestações possam reeditar os atos de raiz golpista de 7 de Setembro do ano passado.
 

Estão previstas mobilizações em ao menos cinco capitais: Salvador, Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Os últimos três devem ser maiores, em especial o que ocorrerá na avenida Paulista.
 

Segundo organizadores, Bolsonaro ainda não definiu se participará do ato na capital federal, que deve ocorrer em frente ao Congresso. Mas integrantes da segurança da Presidência participaram das reuniões com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
 

O entorno do chefe do Executivo diz que ele só comparecerá ao ato de Brasília caso a manifestação seja volumosa.
 

Reservadamente, integrantes do Governo do Distrito Federal dizem acreditar que o ato na Esplanada não deve ter tantas pessoas quanto os anteriores, até porque a manifestação foi convocada sem muita antecedência.
 

A avaliação de aliados do presidente, como mostrou a Folha, é a de que o indulto concedido ao deputado teve efeito positivo sobre a base que já é cativa de Bolsonaro. Mas a campanha do presidente constatou divisão em outra parcela do eleitorado, mais moderada.
 

O entorno do chefe do Executivo também teme o acirramento da crise quando Bolsonaro está, pela primeira vez, lucrando politicamente num embate com o Supremo.
 

O receio é que ele se exceda e que uma postura autoritária acabe por se sobrepor ao lucro que ele teve com a base ao dar o indulto a Daniel Silveira.
 

Senadores que conversaram com integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal) nos últimos dias captaram um receio na corte de que, mais uma vez, Bolsonaro esteja preparando o terreno para que a militância endosse atos de caráter golpista.
 

Isto é, que o objetivo do presidente, por fim, seria inflamar a base contra o Judiciário para posteriormente abrir caminho de questionamento à lisura das urnas e ao resultado das eleições, caso ele perca.
 

O deputado agraciado com o indulto de Bolsonaro, que anulou a pena de 8 anos e 9 meses imposta pelo STF, deve comparecer aos protestos em São Paulo e no Rio de Janeiro.
 

Há possibilidade de o presidente participar por vídeo no ato em São Paulo. Aliados consideram que esse é o melhor dos cenários, por ser mais controlável. Diante de multidões de apoiadores, ele costuma se exaltar mais.
 

Foi em um carro de som na avenida Paulista, em setembro do ano passado, que Bolsonaro exortou desobediência a decisões judiciais e xingou o ministro Alexandre de Moraes, relator de inquéritos que têm como alvo o presidente e seus aliados.
 

Nesta sexta (29), sem citar diretamente o deputado Daniel Silveira, Moraes defendeu a punição a quem defende ataques às instituições democráticas e a volta do AI-5, que esteve em vigor na ditadura militar.
 

As falas remetem a discursos feitos pelo deputado bolsonarista e pelas quais ele se tornou réu e foi condenado pelo STF. Moraes afirmou que quem tem coragem de exercer sua liberdade como escudo para ilícitos deve ter coragem de aceitar sua responsabilização penal.
 

"Se você tem coragem de exercer sua liberdade de expressão não como um direito fundamental, mas sim como escudo protetivo para prática de atividades ilícitas, se você tem coragem de fazer isso, você tem que ter coragem também de aceitar responsabilização penal e civil."
 

O ministro disse que não é possível tolerar discurso de ódio e ataques à democracia. "É discurso muito fácil a pessoa que prega racismo, homofobia, machismo, fim das instituições democráticas, falar que está usando sua liberdade de expressão."
 

Bolsonaro, por sua vez, modulou o discurso de crítica ao Supremo. Em entrevista à rádio Metrópole, de Cuiabá, disse que não quer peitar a corte, mas afirmou que ela cometeu excesso.
 

Em Brasília, o empresário João Salas, um dos organizadores do ato pró-Silveira, disse que vai disponibilizar um dos quatro trios elétricos para o presidente falar "do coração".
 

"Ninguém vai atacar o Supremo, nem nada disso por causa de discurso. Apoiamos o presidente e confiamos nele. A nossa manifestação, espontânea e pacífica, é estritamente sobre liberdade", disse.
 

Salas afirmou ainda ter solicitado aos demais organizadores que não pedissem "destituição dos 11 ministros do STF" na presença de Bolsonaro, caso ele compareça. "Se alguém tem que falar, algo a respeito da instituição ou de alguma pessoa, direcionado a alguém, é o presidente."
 

Existe ainda a possibilidade de uma motociata antes da manifestação.
 

Um fator que deixa as autoridades em alerta em todas as capitais é o fato de o 1º de Maio ser feriado tradicional para atos de esquerda, por ser o Dia do Trabalhador.
 

A Secretaria de Segurança de São Paulo vai reforçar o policiamento com efetivo de 840 policiais, na região da avenida Paulista e na da praça Charles Miller, no Pacaembu (zona oeste), onde ocorrerá também neste domingo manifestação crítica a Bolsonaro, com presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 

De acordo com a pasta estadual, será disponibilizado um aparato com 128 viaturas, dois blindados, veículo lançador de água, cães, cavalos e drones. Os policiais farão revista pessoal e nas mochilas dos manifestantes para evitar a entrada de "objetos que possam atentar contra a vida dos demais".

Defesa de Silveira se manifesta ainda no prazo e nega descumprimento no uso da tornozeleira

Publicado em 30 de abril de 2022 por Tribuna da Internet

Ministro Alexandre de Moraes faz palestra segunda-feira (17/12) na ACSP  sobre os 30 anos da Constituição | ACSP - Associação Comercial de São Paulo

Moraes se comporta como se o decreto não estivesse em vigor

Mariana Muniz e André de Souza
O Globo

Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira, a defesa do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) negou que o parlamentar tenha descumprido as medidas cautelares impostas a ele, como o uso da tornozeleira eletrônica. Para justificar as falhas no uso, a defesa de Silveira disse que pediu a troca do equipamento por suspeita de adulteração e defeito, mas que a solicitação não foi atendida.

Na terça-feira, o ministro Alexandre de Moraes mandou a defesa de Silveira explicar o descumprimento das medidas cautelares impostas ao deputado. O documento foi apresentado à Corte a poucos minutos para o encerramento do prazo, à meia-noite.

CAUTELARES SUSPENSAS – O advogado de Silveira argumentou que as cautelares foram suspensas pelo perdão concedido por Jair Bolsonaro (PL) no último dia 21. O próprio parlamentar admitiu ter retirado o equipamento por conta própria após ter recebido o indulto individual (graça) do presidente Jair Bolsonaro, no último dia 21.

— Nem era para eu ter usado ela. Estou sem ela — afirmou Silveira a jornalistas na terça-feira, confirmando o descumprimento da determinação judicial.

Apesar do perdão de Bolsonaro, Moraes, na decisão na última terça-feira, destacou que as medidas cautelares continuam válidas. O ministro afirmou que o presidente tem a prerrogativa de conceder o benefício, mas ressaltou que ainda caberá ao Supremo analisar se a medida já pode ser aplicada mesmo que a ação penal que levou à condenação do parlamentar ainda não tenha transitado em julgado, fase do processo em que não é mais possível apresentar recursos.

MULTA DIÁRIA – Na decisão que determinou ao parlamentar a utilização de uma tornozeleira eletrônica, o ministro Alexandre de Moraes estipulou multa de R$ 15 mil a cada dia que a medida fosse descumprida.

Segundo cálculos feitos pelo GLOBO, com o aparelho desligado em mais da metade do tempo desde que foi instalado, Silveira teria de desembolsar ao menos R$ 285 mil, com a possibilidade de a cifra aumentar caso continue desrespeitando a ordem judicial.

Relatórios da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do DF mostram que a tornozeleira do deputado permaneceu desligada por mais da metade do tempo desde que foi instalada, na tarde de 31 de março. Ainda nesta sexta-feira, Supremo notificou a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que se manifeste em 48 horas sobre o descumprimento das restrições impostas ao deputado.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O ministro Alexandre de Moraes tenta desconhecer que o decreto presidencial está em vigor, gerando todos os efeitos nele previstos, até que o Supremo o anule. Esse comportamento de Moraes é altamente negativo e configura descumprimento de decisão do presidente da República, servindo para agravar a crise entre os Poderes da República. E a quem isso interessa? Moraes está agindo estupidamente, desculpem a franqueza(C.N.)

Se ficar perdendo a linha com bolsonaristas, Ciro Gomes vai prejudicar sua campanha


VÍDEO: Em visita a Agrishow, Ciro Gomes troca ofensas com Bolsonaristas -  Buxixo - Gazeta MT

Ciro Gomes responde, fazendo sinal de que Bolsonaro é ladrão

José Carlos Werneck

O pré-candidato pelo PDT, Ciro Gomes, participou da Agrishow, em Ribeirão Preto, nesta quinta-feira e foi hostilizado por apoiadores do presidente Bolsonaro. Ele reagiu e chamou os críticos de “nazistinhas” e “ladrões de rachadinha”. Ele respondeu com xingamentos a um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro  na 27ª edição da Agrishow, em Ribeirão Preto.

Em entrevista coletiva após a confusão, Ciro Gomes não classificou o caso como uma discussão. “Não teve bate boca. Meia dúzia de nazistinhas gritaram ‘nordestino, cearense, vai embora. Bolsonaro! Mito’. E eu digo: ‘Ladrão de rachadinha’. Só isso”.

“AGIU À ALTURA” – À noite, a equipe do pré-candidato divulgou nota de esclarecimento nas redes sociais. Alegou que Ciro Gomes foi “insultado e sofreu tentativas de agressão física por militantes bolsonaristas”.

Os agressores teriam ainda agido com “profundo preconceito contra nordestinos”.

De acordo com a nota, Ciro “agiu à altura e lamenta ter sido forçado a agir com veemência, mas entende que esse tipo de comportamento fascista deve ser enfrentado, ou as milícias bolsonaristas se sentirão no direito de atacar a todos, inclusive a quem não consiga se defender”.

PERDEU A LINHA – Em vídeos que circulam nas redes sociais Ciro é visto sendo xingado e vaiado por pessoas que endossaram gritos de “mito”, em referência a Bolsonaro. Em certo momento, o candidato do PDT responde: “Roubou tua mãe ou comeu ela? Não tem educação, babaca? Vai tomar no teu cu”…

Ao circular pela feira, Ciro Gomes foi chamado de “vagabundo” por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro , que também gritavam “mito” repetidamente. Um homem chegou a se aproximar do presidenciável com um celular e provocá-lo, mas foi afastado por seguranças do pré-candidato.

Ciro trocou ofensas com alguns dos presentes, fazendo referência às acusações de rachadinhas pelos filhos de Bolsonaro e pelo próprio presidente. “Eu nunca roubei nada, nem a tua mãe”, respondeu Ciro.


Os palhaços, esse é o tratamento que o prefeito de Jeremoabo dispensa através de atos e fatos aos vereadores.



Na distribuição do peixe da Semana Santa o prefeito de Jeremoabo escancarou a autopromoção através de fotos e vídeos no INSTAGRAM DA PREFEITURA PAGO COM O DINHEIRO DO POVO, como numa demonstração de que para ele "vereador e nada é a mesma coisa", dessa vez vem repetir a dose fazendo autopromoção através da propaganda junina. ou seja, autopromovendo-se as custas do dinheiro do povo.

Será que os veraedores ainda não aprenderam que para coibir essa sangria do erário público existe uma ferramenta chamada AÇÃO POPULAR

Dificuldades crescentes no caminho da terceira via - Editorial

 





O slogan veio antes do conceito e se tornou uma casca vazia de conteúdo

Com a proximidade da data marcada (18 de maio) para a escolha de uma candidatura única de União Brasil, MDB e PSDB-Cidadania, a terceira via enfrenta dificuldades crescentes. Pelos personagens em ação e arranjos partidários existentes, a terceira via ainda não deixou de ser uma possibilidade estatística, dada a elevada rejeição dos dois principais candidatos à frente nas pesquisas, para se tornar uma possibilidade real.

O slogan veio antes do conceito e se tornou uma casca vazia de conteúdo. A política dá reviravoltas surpreendentes, e não é impossível que erros sérios dos candidatos na dianteira ressuscitem esperanças de algum outro candidato competitivo na disputa. Hoje é difícil vislumbrar quem possa ser.

Os partidos brasileiros, com raras exceções, não têm programas sérios, e quando os têm, não acreditam neles ou não os seguem. São ajuntamentos em torno de caciques nacionais ou regionais, unidos por interesses. O PSDB, que polarizou com o PT a disputa pela Presidência ao longo de seis eleições, seria o candidato natural a agregar outras legendas em torno de si. A deterioração do cenário político deixou os tucanos sem muro e sem rumo.

Como foram discutidos candidatos antes de programas, tradição pitoresca brasileira, é mais fácil atribuir cálculo político em vez de sinceridade a alguns dos que tentam a união para disputar o Planalto. Luciano Bivar, presidente do PSL, alugou sua legenda para Jair Bolsonaro em 2018 e viu-se da noite para o dia dono da segunda maior bancada da Câmara e da maior fatia dos recursos dos fundos dos partidos. Seu divórcio com o presidente foi disputa paroquial pelo comando da legenda, vencida pelo traquejo de Bivar e pela incompetência de Bolsonaro, que achava que não precisava de partido - e que depois sequer conseguiu formar um.

Bivar uniu-se a um DEM em processo de encolhimento, liderado por ACM Neto, que fez vários acenos a Bolsonaro e, antes da fusão na União Brasil, não descartou apoio ao presidente nas eleições. Bivar lançou-se pré-candidato à Presidência e se afastou das discussões com MDB e PSDB, em um sinal de que disputará sozinho, com votação insignificante.

É inacreditável, assim, que o União Brasil possa ser considerado parte de uma tentativa séria de terceira via. Restam PSDB e MDB, ambos com problemas domésticos graves - em comum, os ensaios às claras, ou ocultos, de frações das máquinas partidárias para derrubar os candidatos declarados até agora, João Doria e Simone Tebet.

João Doria e seu concorrente nas prévias do PSDB, Eduardo Leite, pegaram carona na onda de Bolsonaro em 2018 para abandonar depois a carroça da trupe autoritária do bolsonarismo. A cúpula tradicional tucana negou apoio a Doria, preferindo, primeiro, Leite, derrotado nas prévias. Ao mesmo tempo em que o ex-governador gaúcho insistia em dizer que ainda estava no páreo, dirigentes tucanos agiram para que o partido não apresentasse mais candidato à Presidência - feito inédito na história tucana - e se bandeasse para Simone Tebet, do MDB.

Mesmo tendo governado o Estado mais rico da federação, ter feito boa administração e, com seu exemplo, ter forçado o governo a se mexer para obter vacinas contra a covid-19, Doria tem rejeição muito alta e não se move nas pesquisas, com algo como 3%. Sem traquejo, Leite perdeu o norte, embora ainda conte com simpatias entre os tucanos.

Simone Tebet tem baixa rejeição, e o eleitorado tem pouco conhecimento sobre ela, que fez um trabalho sério na CPI da Covid. Alguns economistas a cargo de seu programa foram do PSDB e, nesse ponto, não seria difícil um acordo com Doria, não fosse o MDB. Renan Calheiros, José Sarney, Eunício Oliveira e outros da nata da “velha política” estão fechados com Lula e pretendem que a legenda não tenha candidato e apoie o ex-presidente. Tebet tem 2% nas pesquisas.

Sergio Moro, uma dissidência no campo de Bolsonaro, tomou um baile dos líderes partidários e será no máximo, e a contragosto, candidato a deputado federal pelo União Brasil, que fulminou sua expectativa de campanha presidencial. Ciro Gomes segue isolado, com potencial de terceiro lugar, onde hoje está nas pesquisas. Seu temperamento o afasta de acordos com o centro e o espaço à esquerda está ocupado por Lula.

A decisão de escolher um candidato único em 18 de maio não ajuda. Critérios para isso sequer foram discutidos e se alguém esperava que até a data um dos pré-candidatos recebesse algum alento das pesquisas, errou. Sem o início da campanha, isso não é possível.

Valor Econômico

Ucrânia busca retirar civis escondidos com combatentes em siderúrgica

 





Eles estão abrigados na siderúrgica Azovstal, em Mariupol

Por Natalia Zinets 

Kiev - A Ucrânia espera retirar nesta sexta-feira (29) civis que estão escondidos em uma enorme siderúrgica com os últimos combatentes, defendendo a cidade de Mariupol, no Sul do país. "Uma operação está planejada hoje para tirar os civis da siderúrgica", disse o gabinete do presidente Volodymyr Zelenskiy, sem dar detalhes. A Rússia não comentou imediatamente as declarações da Presidência ucraniana.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse, após se encontrar com Zelenskiy em Kiev, na quinta-feira, que intensas discussões estavam em andamento para permitir a retirada de pessoas da siderúrgica de Azovstal, que foi atacada pelas forças russas que ocupam Mariupol.

"Estamos dependendo da boa vontade de todas as partes e estamos nisso juntos", disse o coordenador de crise das Nações Unidas, Amin Awad, à Reuters na manhã desta sexta-feira.

Na terça-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, concordou "em princípio" com o envolvimento da ONU e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha na operação de retirada de Azovstal.

O conselho municipal de Mariupol disse que cerca de 100.000 moradores, em toda a cidade, estão "em perigo mortal" por causa dos bombardeios russos e das condições insalubres, e descreveu uma escassez "catastrófica" de água potável e alimentos.

A Rússia declarou vitória em Mariupol na semana passada, mas centenas de forças ucranianas permanecem no vasto complexo industrial da siderúrgica de Azovstal. Civis também estão abrigados no local.

Reportagem adicional de Leonardo Benassatto

Reuters / Agência Brasil

Rússia confirma ataque a Kiev durante visita de Guterres

 




Prédio residencial atingido por míssil em Kiev

Mísseis caíram a cerca de 3,5 quilômetros de local no qual o secretário-geral da ONU e o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, haviam concedido uma coletiva de imprensa. Uma jornalista morreu durante ataque.

A Rússia confirmou nesta sexta-feira (29/04) que atacou Kiev com armas de "alta precisão" durante a visita do secretário-geral da ONU, António Guterres, à capital ucraniana nesta quinta-feira.

Mísseis caíram a cerca de 3,5 quilômetros de distância do local no qual Guterres e o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, haviam encerrado uma coletiva de imprensa cerca de uma hora antes. Pelo menos uma pessoa morreu e várias ficaram feridas.

Zelenski, denunciou o ataque como uma tentativa de "humilhar a ONU e tudo o que a organização representa". Olexyj Arestovych, conselheiro do presidente ucraniano, disse que, com o ataque, a Rússia "atirou nas costas de Guterres".

Nesta sexta-feira, a Alemanha classificou o ataque como "desumano" e disse que a atitude mostra que o presidente russo, Vladimir Putin, "não respeita o direito internacional".

"Isto revela mais uma vez à comunidade internacional que Putin e o seu regime não têm respeito pelo direito internacional", disse o porta-voz do Governo alemão, Wolfgang Büchner, numa conferência de imprensa.

O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, também criticou os "ataques indiscriminados das forças russas a Kiev" e expressou sua solidariedade à população ucraniana, bem como a Guterres e ao primeiro-ministro da Bulgária, Kiril Petkov, que também estava na capital ucraniana na quinta-feira.

Ataque a indústria de foguetes

As autoridades russas garantiram que, no ataque à Kiev, foram destruídas instalações da empresa da indústria espacial e de foguetes Artem, sem detalhar quantos projéteis foram lançados e o número total de alvos na cidade. Segundo Zelenski, cinco foguetes atingiram a capital. 

Na data, Guterres havia visitado Bucha, Irpin e Borodianka, nos arredores de Kiev, cidades que foram alvo de sangrentos combates, que deixaram centenas de mortos, e depois havia seguido para a capital ucraniana para se reunir com Zelenski.

"É uma zona de guerra, mas é chocante que isso tenha acontecido perto de onde estávamos", disse Saviano Abreu, porta-voz da ONU que acompanhava Guterres.

Após semanas de conflito sem que as tropas russas conseguissem capturar Kiev, o exército russo se retirou da região e passou a se concentrar na tomada do leste e do sul da Ucrânia. No entanto, mísseis de longo alcance continuam sendo lançados contra áreas no oeste e do centro do país.

Depois do ataque de quinta-feira, o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, afirmou que diversos bombardeios russos já deixaram mais de 100 mortos na capital ucraniana desde 24 de fevereiro, quando foi iniciada a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Jornalista morre em ataque

O ataque russo a Kiev nesta quinta matou a jornalista Vira Hyrych, da Radio Free Europe/Radio Liberty, cujo corpo foi descoberto nesta sexta-feira nos escombros do edifício onde ela residia, anunciou a estação radiofônica financiada pelos Estados Unidos.

"Vira Hyrych morreu como resultado de um ataque de mísseis russos no edifício residencial de 25 andares [onde vivia]", escreveu a rádio em sua página na Internet.

A jornalista trabalhava para a Radio Liberty em Kiev desde 2018, tendo anteriormente trabalhado com várias estações de televisão ucranianas.
Crimes de guerra

Na quinta-feira, Guterres classificou o conflito na Ucrânia como um "absurdo" e defendeu uma investigação sobre possíveis crimes de guerra cometidos pela Rússia no país. Em visita aos arredores de Kiev, ele disse que pensou na própria família ao observar a destruição em Bucha, Irpin e Borodianka, três das cidades mais atacadas pelas forças russas no entorno da capital ucraniana. Em Bucha, Guterres defendeu uma investigação do Tribunal Penal Internacional, pedindo a cooperação de Moscou.

Antes de viajar à Ucrânia, Guterres esteve em Moscou, onde se reuniu com o presidente, Vladimir Putin, e pediu que ele coopere com a ONU para permitir a retirada de civis das áreas bombardeadas, sobretudo no leste e sul da Ucrânia.

Nesta quinta-feira, em entrevista à Deutsche Welle, a procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, disse que investigadores ucranianos já identificaram mais de 8 mil potenciais crimes de guerra cometidos pelo exército russo desde o início da invasão.

Ela também destacou que há uma investigação em andamento contra dez soldados russos suspeitos de cometer atrocidades em Bucha, onde centenas de corpos de civis foram encontrados após a retirada das tropas de Moscou.

Os fatos investigados, segundo Venediktova, incluem "assassinatos de civis, bombardeios de infraestrutura civil, tortura", bem como "crimes sexuais" relatados no território ocupado da Ucrânia.

Nova ajuda dos EUA

Horas antes do ataque em Kiev, o presidente dos EUA, Joe Biden, pediu ao Congresso 33 bilhões de dólares em ajuda adicional para apoiar a Ucrânia contra as "atrocidades e agressões" russas.

"O custo dessa luta não é barato. Mas ceder à agressão será mais caro se permitirmos que aconteça", defendeu o presidente americano.

Biden também rejeitou as alegações de autoridades russas de que Moscou estaria lutando contra todo o Ocidente.

"Não estamos atacando a Rússia. Estamos ajudando a Ucrânia a se defender contra a agressão russa", disse Biden.

O presidente americano afirmou que os Estados Unidos enviarão dez armas antitanque para cada blindado russo. No entanto, o comandante da Força Aérea Ucraniana Mikola Olechchuk indicou que o sistema antiaéreo do país é incapaz de atingir bombardeiros em grandes altitudes.

Precisamos de sistemas antiaéreos de médio e longo alcance" e "caças modernos", disse o militar.

Retirada de civis     

As autoridades ucranianas planejavam para esta sexta-feira a retirada de civis presos na usina de Azovstal, em Mariupol, sitiada pelas forças russas. Centenas de soldados e civis ucranianos, incluindo dezenas de crianças, estão abrigados na fábrica.

O batalhão ucraniano Azov indicou no Telegram que um hospital de campanha militar localizado no complexo industrial foi bombardeado. A sala de cirurgia desabou e os soldados em tratamento foram mortos ou feridos.

Deutsche Welle

GUERRA NA EUROPA: UCRÂNIA 2022 - Viatura Blindada Multitarefa, Leve de Rodas - A luta pela sobrevivência



 
No 60º dia de uma guerra na Europa, com a invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de Fevereiro do corrente ano, continuamos a nos impressionar com as perdas Russas em veículos blindados, onde abordaremos as perdas de Viaturas Blindadas Multitarefas Leve Sobre Rodas 4x4 (usamos aqui a nomenclatura empregada no Exército Brasileiro), superando em muitos casos a quantidade destes veículos no seio de diversos Exércitos no mundo.

Dois são os veículos nesta categoria que estão sendo empregados pelas Forças Russas na invasão da Ucrânia, um é de projeto e produção russa e o outro italiano, aliás, o único blindado não russo empregado neste conflito. Trata-se dos modelos GAZ 2975 Tigre nos seus diversos modelos e do Iveco 65E19WM Lince (na nomenclatura ocidental trata-se do Iveco LMV Lince).

Estes dois modelos de blindados leves estão sofrendo muitas baixas ao longo deste conflito, destruídos, danificados ou abandonados pelas forças russas, seja pelo uso incorreto, seja pela forma como os ucranianos os estão atacando empregando desde uma simples mina terrestre passando pelo uso de armas anticarro que vão deste um lança-rojão até um míssil, com resultados catastróficos para os veículos e suas tripulações.

Até o momento foram registradas as perdas de 78 GAZ 2975 Tigre (41 destruídos, 31 capturados, 05 danificados e 01 abandonado) e 21 Iveco 65E19WM Lince (16 destruídos, 02 danificados e 01 abandonado e 02 capturados), conforme dados confirmados através de fotografias, pelo portal Oryx (https://www.oryxspioenkop.com).

Como exemplo, citamos o ataque realizado por forças ucranianas da 28ª Brigada Mecanizada (Cavaleiros da Campanha de Inverno) , em 16 de abril de 2022, contra uma coluna composta por três GAZ Tigre e uma BMP-3 na região de Kherson, onde todos os veículos foram destruídos por mísseis PTKR Corsair de fabricação ucraniana, e pelo menos um dos blindados Tigre estava equipado com uma estação de armas remotamente controlada russa modelo Arbalet-DM, equipada com uma metralhadora calibre 12,7mm capaz de captar e rastrear automaticamente alvos em movimento, com sua câmera de TV apta a reconhecer o alvo a uma distância de até 2,5 quilômetros, e com visão térmica de até 1,5 quilômetros. (similar ao modelo usado pelo Exército Brasileiro conhecida como REMAX).

O blindado 4x4 Tigre foi apresentado pela primeira vez na exposição IDEX em 2001 e seu lote piloto foi produzido a partir de 2004 com 96 veículos. O Exército russo o adotou oficialmente com a designação de GAZ-2975 no final de 2006, começando a ser fabricado seriadamente a partir de 2007 em muitas versões, e sua produção já ultrapassou as 2000 unidades.

Um fato curioso é que a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro em setembro de 2010 recebeu um modelo TIGRE 4x4 blindado GAZ-233036 para teste até março de 2011, acabando por não adotá-lo.

A origem do IVECO LMV Lince (Iveco 65E19WM Lince na nomenclatura russa) nas Forças Armadas Russas surgiu a partir de acordos firmados entre o Ministério da Defesa da Rússia, a KAMAZ, uma tradicional fabricante de veículos russa e a italiana IVECO em acordos assinados em 2008. Em 2009, a KAMAZ compra dois veículos multifuncionais Iveco LMV blindados para testes, ao preço de aproximadamente 400.000 dólares cada. Nos testes off-road ele foi superado pelo Gas Tigre.

A ideia era produzi-lo na Rússia, mas isto nunca aconteceu, apenas foram montados alguns e a frota atual é de 240  unidades e tudo indica que com os embargos ocorridos pós-invasão da Ucrânia (fevereiro de 2022) isto não mais irá adiante, muito embora a previsão fosse de fabricar aproximadamente 2000 veículos, mesmo este sendo muito de valor superior ao GAZ Tigre, mas com blindagem bem superior, porém em termos de custos unitário, o Tigre custa um pouco mais de 5 milhões de rublos e o Iveco em torno dos 17 milhões de rublos, sendo este o único veículo blindado de fabricação não russa a operar junto às forças invasoras.

O Exército Brasileiro o selecionou em 2015, comprou 32 unidades novas do fabricante, aqui denominada Iveco M65 LMV-BR, tendo recebido 16, e o previsto é da ordem de 186, todavia, já operava 16 veículos usados adquiridos do Exército Italiano para missões de Garantia da Lei e da Ordem.

DefesaNet

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