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segunda-feira, maio 20, 2024

“Estamos vivemos apagão obras públicas estruturantes” Carlos Fabrício

 em 20 maio, 2024 3:40

Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça

            “O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.

O blog publica hoje um texto do especialista em Marketing pela UFS – Universidade Federal de Sergipe e, também, Bacharel em Publicidade e Propaganda pela UNIT, Carlos Fabrício, comunicólogo, que escreveu através da rede social X (ex-twitter) no perfil https://x.com/CFcomunicologo   Aqui:

O visionário João Alves Filho mais uma vez deixa a sua marca em pensar e projetar Aracaju para o futuro. Afinal, o pensamento da obra para melhorar a mobilidade urbana de Aracaju foi dele. Estamos vivemos um apagão de obras públicas estruturantes.

Infelizmente, os atuais gestores não têm espírito republicano. A teoria da Agenda Setting é colocada em prática quando se trata de política partidária e eleitoral. A verdade fica em último plano! O poder econômico se sobrepõe aos valores verdade da comunicação social e dos veículos.

As obras dos grandes gestores que construíram Aracaju e Sergipe são abandonadas, para serem esquecidas pelas gerações em nome da política eleitoral. Os atuais gestores públicos preferem construir a reformar e manter viva a história.

Obras de Heráclito Rollemberg, João Alves, Jackson, Almeida Lima, Gama e Marcelo Deda estão abandonadas.Reformas pontuais descaracterizam e desrespeitam os arquitetos envolvidos nos projetos.Deixam de dar manutenção contínua! Esperam destruir para reconstruir, apagando a história.

A Orla da Atalaia está destruída, com vários equipamentos derrubados. Na Orla Sul, obra recente de Belivaldo, o mesmo tratamento se repete: falta de atenção, manutenção contínua e descaracterização do projeto arquitetônico. Virará mais uma obra fantasma?

As placas de inauguração das reformas atuais não mencionam a data nem os gestores anteriores que construíram o projeto inicial. Elas apresentam apenas a informação do gestor atual, suprimindo a rica história dos gestores públicos que construíram Aracaju.

Falta de espírito republicano.

 

Porto da Folha O deputado Jeferson Andrade e o governador Fábio Mitidieri apoiam, em Porto da Folha, a pré-candidatura a prefeito de Thiago Santana (PSD). Thiago, que também tem o apoio efetivo do prefeito Miguel Loureiro, vem avançando muito na avaliação do eleitorado, segundo registros de pesquisas internas da sua própria coligação partidária.

Ações políticas Além do impacto positivo da atual gestão sobre a imagem do pré-candidato, ações políticas do deputado Jeferson Andrade aumentam consideravelmente as possibilidades eleitorais de Thiago Santana em Porto da Folha.

Ecos do lançamento da pré-candidatura de Yandra Moura Algumas coisas chamaram à atenção no lançamento da pré-candidatura de Yandra Moura (deputada federal União Brasil) a prefeita de Aracaju: o local escolhido, o Bairro 18 do Forte e a quantidade de pessoas, principalmente de lideranças de todos os bairros, políticos com mandatos, lideranças nacionais do partido e prefeitos.

Liderança de Fábio Mitidieri  Ficou claro no evento que a pré-candidatura não é para se contrapor algumas lideranças do grupo, mas somar forças para um projeto novo para Aracaju, através dos anseios da população. “Apesar de alguns avanços na prefeitura, ainda há muito para ser feito. Fui convocada pelas pessoas insatisfeitas com os atendimentos e consultas médicas, a escassez de medicamentos, os postos de saúde que fecham às 18h, as categorias profissionais desvalorizadas e a falta de vagas em creches, que impede que nossas mães possam trabalhar e progredir. Além disso, há reclamações sobre o transporte público que não oferece condições dignas aos usuários, sem conforto ou confiabilidade”, justificou Yandra.

Experiência e juventude “Eu e Belivaldo temos a inquietude da juventude e a sabedoria da experiência”, disse Yandra ao enaltecer a importância e o desprendimento do ex-governador Belivaldo Chagas como candidato a vice.

Trabalho incansável “Lembro-me de Yandra na campanha de deputada, recém-chegada na política, conquistou corações e se tornou a deputada mais votada da história de Sergipe. Hoje, ela realiza um mandato exemplar através de um trabalho incansável. Quando ela me procurou e disse que queria fazer mais por Aracaju, não hesitei em aceitar o convite. Portanto, Yandra, conte comigo, serei seu pré-candidato a vice-prefeito e ajudarei você a administrar Aracaju”, afirmou o ex-governador Belivaldo Chagas.

 Geolocalização No Rio Grande do Sul, cerca de 50 vítimas das enchentes já foram encontradas por meio da geolocalização dos celulares, tomando como base os últimos acessos feitos a aplicativos de rede social ou mensagem. O trabalho está sendo realizado pelo Laboratório Cibernético do Ministério da Justiça com apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial da Polícia Civil de Sergipe (Dipol). A equipe atua no próprio estado de Sergipe, trocando informações com a coordenação da operação, que está em Brasília (DF).

 Geolocalização II “A força-tarefa é coordenada, em nível de Brasília, pelo Ministério da Justiça, com parcerias em outros estados. Agentes, escrivães e delegados estão atuando na inteligência, na Dipol, auxiliando as forças terrestres que estão no Rio Grande do Sul a localizar pessoas desaparecidas por meio da tecnologia da geolocalização”, explicou a delegada Mayra Moinhos, chefe de inteligência da Polícia Civil.

INFONET

Reação do senso comum ao perigo inclui sempre animais, como o famoso Caramelo

Publicado em 19 de maio de 2024 por Tribuna da Internet

Muniz Sodré
Folha

Ainda corre mundo, comovendo, a foto de Caramelo quatro dias equilibrado no telhado de uma construção submersa em Canoas, na calamidade gaúcha. No Vale do Taquari, uma mãe agarrou-se a seu bebê num telhado durante o mesmo tempo. Mas a imagem do animal, valente resiliência, circula como símbolo do desespero assim como do afeto em meio à catástrofe.

A reação do senso comum ao perigo inclui sempre os animais. Há bases materiais e emocionais: mais de 60% das famílias brasileiras possuem pets. Cada vez mais se recorre a cães e cavalos para terapias psicológicas de idosos e crianças excepcionais. No âmbito dos jovens, pertence ao folclore roqueiro dos anos 1970 a imagem do gótico Alice Cooper vestido apenas por sua jiboia de estimação.

AJUSTAMENTO – É que todo animal, além da emoção doméstica, provoca pensamento. Primeiro porque resiste, mais do que o ser humano, ao artificialismo tornado padrão de referência para qualquer forma de existência. Cada um tende a ser apreciado por seu ajustamento aos costumes do capital, disso escapa o animal.

Na China, apesar de Xi Jinping e todo o racionalismo doutrinário, o culto taoísta exalta a incorporação do macaco rei pelo devoto, que então comunga com formas suprassensíveis de pensar. Na Índia, os bovinos permanecem sacralizados.

Dias atrás, na rede, um visitante de zoológico atraía a atenção de um gorila, imitando gestos de macaco. Quando terminou, o símio aplaudiu. Surpreendente, mas compreensível, porque a proximidade cada vez maior entre humanos e animais, embora consiga manter a diferença, diminui a radicalidade da distinção.

É UM FETICHE – No culto de si exacerbado pelas máquinas, em que tanto a solidão quanto a presença do outro parece insuportável, animal é fetiche de alteridade: nem gente, nem coisa, um ser vivo confortável. O cão, filosofa uma tabuleta de loja de pets, já nasce amando o dono.

Calígula fez do cavalo Incitatus senador romano. Caramelo não destoaria em Brasília, mas prevalece como imagem forte do gaúcho nos pampas, a mesma da crônica nativista das peleias entre maragatos, chimangos e pica-paus, sempre a cavalo com suas lâminas.

O que pouco ou nada se diz é que a destreza com montaria, lanças e boleadeiras era apanágio dos haussás, heróis da Revolução Farroupilha no Batalhão dos Lanceiros, composto de escravos.

PELOS DUROS – O pano de fundo dos brasões tradicionalistas gaúchos é afro, 20% da população é negra. Na dignidade da reconstrução, há de se ressignificar o racismo contra “pelos duros” e peles escuras como um contrassenso.

No telhado, a tenacidade evocativa de resiliência da memória, uma ironia objetiva do antirracismo, “desmonta filáucias de altos brasões esboroados entre moscas defuntórias” (Drummond, “Os dois vigários”).

Caramelo, tchê, é civilidade.


Reforma tributária deve provocar baixo impacto em efeitos eleitorais

Publicado em 19 de maio de 2024 por Tribuna da Internet

Finalmente a reforma tributária foi aprovada pela Câmara dos Deputados

Charge do MIlton César (Arquivo Google)

Marcus André Melo
Folha

No folclore político, os destinos de George Bush (“read my lips: no new taxes” [“leia meus lábios: não haverá novas taxas”]) e de Margaret Thatcher (a “poll tax” [captação], que ela quis impor) foram selados por questões de tributação. Mas as evidências sobre os efeitos eleitorais de reformas tributárias não estão claras. Ahrens e Bandau (2024), em “The electoral consequences of taxation in OECD countries” [“As consequências eleitorais da tributação nos países da OCDE”], analisam a questão com dados abrangendo 30 países da OCDE em 50 anos (1970-2020).

Concluem que os efeitos variam dependendo do imposto, se direto ou indireto. Mudanças no IVA, seja reduzindo ou aumentando as alíquotas, não tem impacto, enquanto as mudanças no imposto de renda de pessoas físicas (IRPF), sim.

AUMENTOS E CORTES – Mas aqui os efeitos dependem da direção das mudanças: aumento de impostos impactam negativamente, enquanto cortes são premiados eleitoralmente. O estudo identifica também uma assimetria: aumentos de impostos geram reações mais intensas do que cortes. Ou seja, perdas de bem-estar têm maior peso do que ganhos da mesma magnitude.

O que podemos esperar do impacto eleitoral da reforma tributária (EC 132)? Provavelmente muito pouco. Trata-se, sobretudo, de reforma de impostos indiretos (fundidos no IBS e CBS) que não tem visibilidade para o eleitor devido à alta complexidade da questão. E não só aqui no Brasil, como mostram os autores. A reforma contempla também direItos: mudanças no IRPF que são infraconstitucionais além de IPVA (para barcos, aeronaves), IPTU e progressividade no imposto de transmissão.

SEM IMPACTO – O estudo citado mostra que o impacto eleitoral da taxação do IR das empresas é nulo. Aqui provavelmente também o será. Muitas mudanças levarão anos para serem implementadas.

A invisibilidade do IRPF entre nós deve-se ao fato de que apenas uma fração do eleitorado é afetada e/ou tem compreensão de suas tecnicalidades. O que explica a costumeira falta de correção da tabela do IRPF; é geração de receita com baixo custo político.

O aumento de impostos é quase invisível e ofuscado por questões como os reajustes salariais.

PEJOTIZAÇÃO – O impacto da reforma, no entanto, é potencializado por atingir categorias vocais de eleitores. Devido à pejotização no setor privado, o IRPF é um tributo concentrado nos funcionários públicos.

Juntamente com setores afetados pela nova tributação do IPVA e heranças, este grupo tem impacto sobre formadores de opinião relevante e desproporcional a seu tamanho. Mas ainda assim diminuto. E a reforma cria ganhadores que não perdem nada: os eleitores que terão cashback. Isto importa politicamente.

A clareza de responsabilidade também. Quem é o dono da reforma? Como os autores mostram, é difícil reivindicar o crédito por reformas em governos de coalizão.

Bolsonarista do atentado a bomba no aeroporto de Brasília já será libertado

Publicado em 19 de maio de 2024 por Tribuna da Internet

George Washington de Oliveira Sousa planejou a tentativa de atentado e teria montado a bomba, que não explodiu.

George Washington deu sorte de não ser julgado por Moraes

Rayssa Motta
Estadão

O bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, condenado pela tentativa de atentado a bomba no aeroporto de Brasília, em dezembro de 2022, vai cumprir o que resta da pena em regime semiaberto. Ele foi sentenciado a nove anos e oito meses de prisão.

A juíza Francisca Danielle Vieira Rolim Mesquita, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, autorizou a progressão de regime. O Ministério Público foi a favor da flexibilização.

VOLTA AO TRABALHO – A mudança do regime fechado para o semiaberto foi reconhecida porque ele já cumpriu um sexto da pena. Esse é o requisito estabelecido na Lei de Execução Penal.

George Washington também poderá voltar a trabalhar. Antes da prisão, ele era gerente de um posto de combustíveis.

A denúncia do Ministério Público do Distrito Federal atribuiu a George Washington a montagem da bomba e a Alan Diego a instalação do explosivo em um caminhão de combustível, carregado de querosene de aviação. A perícia apontou que o artefato não explodiu por um erro de montagem.

TRÊS CRIMES – Eles foram condenados por três crimes: expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outro, causar incêndio em combustível ou inflamável e porte ilegal de arma de fogo e artefato explosivo ou incendiário.

O terceiro envolvido no caso, o blogueiro e ex-assessor do Ministério dos Direitos Humanos, Wellington Macedo de Souza, foi julgado em outro processo, depois que o caso foi desmembrado, e condenado a seis anos de prisão.

Ele está preso desde setembro de 2023, quando foi encontrado no Paraguai, após passar quase um ano foragido.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Tem algo errado na Justiça. Os responsáveis pelo atentado a bomba no aeroporto, que poderia matar muita gente e instituir o caos em Brasília na véspera do Natal (24 de dezembro de 2022) pegaram penas leves e dois já foram soltos. Enquanto isso, pessoas que apenas participaram da invasão de prédios públicos, inclusive sem provas de que depredaram patrimônio, foram condenadas a 17 anos, e consideradas “terroristas”. Como se vê, o que está errado são essas condenações malucas e exageradas, que Alexandre de Moraes inventou e foram aceitas pelos outros ministros do Supremo, algo que depõe contra a seriedade da justiça brasileira. (C.N.)


No julgamento de Assange, quem está no banco dos réus é a própria democracia

Publicado em 20 de maio de 2024 por Tribuna da Internet

Assange é um preso político sob um processo corrompido”, afirma  editor-chefe do WikiLeaks - Hora do Povo

Se houver condenação, a Primeira Emenda será desmoralizada

Carlos Newton

O Supremo Tribunal de Londres retoma nesta segunda-feira, dia 20, o julgamento do pedido de extradição do jornalista austaliano Julian Assange. Em março, a decisão foi adiada após o Supremo sinalizar que lhe permitiria recorrer do caso. Na ocasião, o tribunal britânico deu ao governo dos EUA prazo de três semanas para fornecer uma série de garantias em torno dos direitos de Assange, e a principal delas seria o compromisso de que não haveria condenação à morte.

A única esperança de Assange tem base numa declaração do presidente Joe Biden no dia 10, quando disse que iria “considerar” os diversos pedidos para retirar as acusações.

NOVO APELO – Em fevereiro, o Parlamento australiano, com apoio do primeiro-ministro Anthony Albanese, aprovou uma moção que apela pelo retorno de Assange à terra natal, em uma tentativa de colocar ponto final na extradição de Londres para Washington.

Nos Estados Unidos, o jornalista pode ser condenado a 175 anos de prisão por 18 acusações, a maioria sob a Lei de Espionagem, por ter divulgado documentos confidenciais do governo, com nomes de pessoas que teriam passado a correr riscos. A denúncia chega a ser ridícula, porque até hoje nenhum dos citados sofreu atentado ou agressão.

Assange se defende, argumentando que divulgou as informações com base na Primeira Emenda à Constituição, mas a Justiça americana não aceita essa alegação.

PRIMEIRA EMENDA – Na verdade, o procsso significa a desmoralização da Primeira Emenda e da democracia reinante desde a declaração de independência das 13 colônias inglesas, em 1776, e da aprovação da Constituição, em 1787.

Para os políticos norte-americanos, a liberdade de expressão é um dogma e não há nada que possa justificar mudança na Primeira Emenda, que diz simplesmente o seguinte:

O Congresso não fará lei relativa ao estabelecimento de religião ou proibindo o livre exercício desta, ou restringindo a liberdade de palavra ou de imprensa, ou o direito do povo de reunir-se pacificamente e dirigir petições ao governo para a reparação de seus agravos”, eis a melhor e mais completa síntese de democracia, possível e imaginável.

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P.S. –
 A grande dúvida é saber se Biden terá coragem de retirar as acusações. É possível, porém improvável. Se o fizer, vai inserir seu nome na História da Democracia. Se não retirar as acusações, ficará para sempre marcada como um político de fancaria, pusilânime e covarde, capaz de aceitar a tese patética de que um simples jornalista possa ameaçar a democracia criada pelos líderes daquelas 13 colônias britânicas. Biden tem esse privilégio e pode escolher como entrará na História – pela porta da frente ou pela estrebaria. (C.N.)

Deputada americana defende que EUA retirem visto de Alexandre de Moraes


Alexandre de Moraes tem foto exposta por deputada americana

Maria Salazar quer impedir entrada de Moraes nos EUA

Lucas Ribeiro
Gazeta do Povo

María Elvira Salazar, congressista pela Flórida na Câmara dos Representantes dos EUA, é uma figura política de destaque com uma rica trajetória como jornalista. Filha de refugiados cubanos, ela tem um entendimento profundo dos problemas que afetam as comunidades hispânicas.

Integrante do Partido Republicano, ela é a presidente do Subcomitê de Relações Exteriores da Câmara para o Hemisfério Ocidental. Antes de sua carreira política, Salazar teve uma notável trajetória no jornalismo, trabalhando para grandes redes como CNN, Telemundo e Univisión, cobrindo eventos globais importantes e realizando entrevistas com figuras como Fidel Castro, Augusto Pinochet, Bill Clinton, George Bush, Madre Teresa de Calcutá, além dos presidentes colombianos Álvaro Uribe e Juan Manuel Santos. Seu trabalho jornalístico lhe rendeu cinco prêmios Emmy.

CONTRA O SOCIALISMO – Na política, María Elvira Salazar se concentra em temas importantes para os latinos, defendendo políticas que promovem a prosperidade econômica e os valores cristãos tradicionais.

Eleita para o Congresso em 2020 para representar o 27º Distrito da Flórida, que inclui partes de Miami, ela trabalha ativamente nos Comitês de Relações Exteriores e de Pequenas Empresas. Essas posições lhe permitem influenciar a política externa dos EUA e apoiar os empresários locais.

María Salazar é conhecida por sua postura firme contra os regimes socialistas autoritários em Cuba, Venezuela e Nicarágua, usando sua posição para pressionar pelo respeito aos direitos humanos e pela promoção da democracia.

Como sua experiência como jornalista influencia seu trabalho atual na Câmara dos Representantes dos EUA?

Comecei como repórter durante as guerras e crises na América Central. Por vários anos, morei em diferentes países da região e pude conhecer suas culturas e pessoas. Se há alguém que pode falar com conhecimento sobre a América Latina, sou eu, porque me vejo como eles e sou um deles. E isso, em parte, devo ao jornalismo.

O que a motivou a se comprometer ativamente na luta contra as ditaduras socialistas na América Latina, mesmo morando nos Estados Unidos?
A história dos meus pais, como refugiados cubanos, é o que me motiva a lutar contra as tiranias do nosso hemisfério, porque não quero que ninguém mais tenha que deixar sua pátria como eles tiveram que fazer. Como jornalista, vi os venezuelanos caírem nas mãos do socialismo com as falsas promessas de Hugo Chávez, e os nicaraguenses tropeçarem duas vezes na mesma pedra, Daniel Ortega e Rosario Murillo, que roubaram o país. Não quero que esse câncer continue se espalhando pelo continente; trabalho todos os dias para extirpá-lo e fazer do socialismo apenas uma lembrança ruim.

Durante a recente audiência que discutiu a liberdade de expressão e o avanço do autoritarismo no Brasil, quais revelações ou momentos mais lhe surpreenderam?
O Brasil é um país muito importante no nosso hemisfério. É a economia mais forte na América Latina, por isso os socialistas sempre o cobiçam. Como líderes do mundo livre, devemos nos preocupar muito mais com o que acontece no Brasil. Por isso participei dessa audiência, porque é muito preocupante o que está acontecendo com o atual governo Lula e como eles estão restringindo as liberdades, especialmente a de expressão. Não podemos ficar calados. Esse é o caminho de Cuba, Venezuela e Nicarágua, e a democracia brasileira não pode ser perdida.

E a reação dos participantes?
Na audiência, chamei as coisas pelo nome. Sempre fui muito direta, sem rodeios. Fiquei surpresa com os aplausos dos brasileiros quando eu disse que Lula é um ‘condenado por corrupção’ e Alexandre de Moraes um ‘operador totalitário’. Isso me mostrou que os brasileiros estão se sentindo muito oprimidos agora e precisavam ouvir a verdade sendo dita livremente.”

Na sua opinião, o Brasil está seguindo o caminho do autoritarismo característico do socialismo do século XXI? Quais sinais indicam essa direção?
Qualquer país da América Latina está em risco de cair nas mãos do socialismo. Quando você vê que estão tentando silenciar os oponentes políticos; ou começam a colocar obstáculos para os empresários; ou querem calar o povo limitando suas liberdades, então o socialismo já está em nossas veias, pronto para infestar. E neste momento, infelizmente, vejo uma tendência socialista no Brasil, com o Supremo Tribunal Federal tentando silenciar quem questiona a narrativa do governo Lula. Isso aconteceu em Cuba, Venezuela e Nicarágua, onde a liberdade de expressão ou não existe ou está fortemente restrita. Os socialistas não gostam de ser contrariados.”

A Câmara dos Deputados dos EUA recentemente pediu à OEA que denunciasse violações de direitos humanos no Brasil. O que isso significa na prática para as relações internacionais e para o Brasil?
Acredito que as denúncias são muito importantes, tanto para as vítimas quanto para os agressores. E se essa denúncia for feita num fórum tão importante para o hemisfério quanto a OEA, ela ganha grande valor, pois implica os governos da região. Além de expor o problema e trazê-lo à tona, também serve para identificar quem está do lado do bem ou do mal. No caso da OEA, a organização tem um papel fundamental na proteção dos direitos humanos no nosso hemisfério, e o papel de denúncia do atual Secretário-Geral tem sido fundamental. Almagro tem sido muito frontal e claro contra as ditaduras em Cuba, Venezuela e Nicarágua. Agora, acho que é necessário prestar atenção ao que está acontecendo no Brasil com a supressão da liberdade de expressão. Não queremos voltar aos tempos sombrios do Foro de São Paulo.

É possível que as autoridades brasileiras envolvidas em violações de direitos humanos enfrentem sanções internacionais semelhantes às impostas a indivíduos de países autoritários como Cuba, Venezuela e Nicarágua?

Pelo que sei, meu colega, o deputado Chris Smith, está redigindo um projeto de lei sobre a democracia no Brasil. Mas enquanto isso acontece, acho que a coisa mais imediata que o governo dos Estados Unidos pode fazer é retirar o visto americano de Moraes e outras figuras no Brasil que violam a liberdade de expressão. Essa é uma decisão que está nas mãos da Casa Branca e do Departamento de Estado, mas certamente podemos pedir que sigam nessa direção, e assim o líder do mundo livre estabelece uma posição em relação ao que está acontecendo no Brasil, enquanto o projeto de lei do deputado Smith percorre o caminho legislativo.

Acha que há provas de que o governo Biden pode ter interferido nas eleições brasileiras em conluio com autoridades brasileiras com intenções políticas ou partidárias?
Trinta e cinco minutos depois que Lula foi declarado vencedor das eleições no Brasil em 2022, o presidente Biden enviou um comunicado parabenizando-o. Se não é um recorde, está bem perto de ser. Isso significa que, pelo menos, há uma conexão muito próxima entre a Casa Branca e Lula. E se somarmos a isso o que foi publicamente divulgado pela mídia, parece que os democratas estavam muito envolvidos em garantir que Lula voltasse ao Palácio do Planalto. Também temos outros casos, um deles mais recente, onde o governo Biden parece ter colocado as mãos. Refiro-me à Guatemala, onde evidentemente os democratas influenciaram a favor do governo atual para ‘defender a democracia’, segundo eles dizem.

Acha que há provas de ações de censura por parte das Big Techs para silenciar um lado do debate público?
Hoje em dia, tudo está na internet, especialmente os meios para nos informar como cidadãos. Embora os chamados meios tradicionais, como televisão, rádio e imprensa impressa, permaneçam vivos, as notícias nos meios digitais geralmente definem a agenda da mídia. E o público acredita principalmente nessas notícias. Além disso, todos nós temos mais vozes de certa forma, para o bem ou para o mal. É só tirar o celular do bolso, gravar, fazer upload e publicar. Por isso, é importante o papel das empresas de tecnologia, que deveriam sempre proteger a liberdade de expressão. Deveria prevalecer a premissa de que qualquer pessoa é livre para se expressar, desde que não incite à violência.

O que os brasileiros podem fazer para garantir a liberdade de expressão?
Não descansem em sua luta para manter a democracia brasileira. Nunca baixem a guarda. O negócio dos socialistas é o poder, por isso usarão todos os meios possíveis para se manterem lá. Nós estamos do lado dos bons, daqueles que queremos prosperidade para nosso povo, capitalismo e economia de mercado. Daqueles que querem manter nossas liberdades.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Matéria importante. Perder o visto para a matriz USA é uma humilhação para qualquer político ou autoridade aqui da filial Brazil. (C.N.)


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