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domingo, outubro 09, 2022

Monkeypox: saiba como se prevenir e onde buscar tratamento

 

(Foto: Freepik)

Desde que o primeiro caso de monkeypox foi confirmado no Brasil, em junho deste ano, a Prefeitura de Aracaju acendeu o alerta para a doença. Na capital sergipana, os primeiros casos foram confirmados em setembro e, de lá para cá, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) tem intensificado as orientações a respeito do vírus, bem como a sua transmissão.

Os três primeiros pacientes com casos confirmados foram identificados como uma adolescente de 12 anos, uma mulher de 28 anos, e um homem de 24, os quais relataram lesões na pele e boca. A SMS os manteve em isolamento domiciliar, por serem casos leves, e monitorou-os durante todo o quadro clínico. Entretanto, nas últimas semanas, outros casos começaram a surgir, e é importante que a população reforce os cuidados.

“Uma pessoa com algum tipo de lesão suspeita deve ser isolada e deve ser submetida ao diagnóstico médico. Seus contactantes devem evitar a proximidade, contatos físicos próximos e íntimos, contato com os objetos, roupas e materiais pessoais desses doentes. Além disso, deve-se lavar as mãos com frequência, o que também é primordial”, destaca Fabrízia.

Tratamento

Ainda conforme a infectologista, o tratamento é baseado em sintomáticos, ou seja, aqueles medicamentos que aliviam os sintomas como o prurido (coceira), a dor e a febre. Além disto, a higiene das lesões com água e sabão é essencial para não haver a progressão para alguma infecção bacteriana secundária, uma complicação dessas lesões ou um quadro de infecção generalizada bacteriana. Outra orientação é cobrir as lesões, caso precise se expor, no entanto, a higienização é crucial, pois ainda não existe antiviral específico para a monkeypox.

“Como ainda não existe um antiviral específico, em casos mais graves, nós usamos o tecovirimat, a substância conhecida como TPOXX, utilizado para varíolas humanas. A liberação foi feita pela agência regulatória de medicamentos dos Estados Unidos, FDA, para combater a varíola humana e, de forma emergencial, combater todos os poxvírus”, explica Fabrízia Tavares.

Os grupos de maior vulnerabilidade para o agravamento dessa doença são as pessoas com algum grau de imunossupressão, seja induzido por medicamentos, seja por uma imunossupressão adquirida, como o HIV, uma imunossupressão primária, gestantes, por sua condição fisiológica e os extremos de idade, como as crianças e os idosos.

Atendimento

Inicialmente, a pessoa com sintomas deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ou, ainda, as unidades hospitalares.

A partir deste atendimento inicial, uma notificação obrigatória pelo estabelecimento de saúde é realizada e, havendo caso suspeito, a pessoa que estiver sendo atendida em uma UBS deve ser encaminhada para o Centro de Atendimento e Triagem a Síndrome Gripal, onde será realizada a coleta do material, que será enviado para o Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen) para dar seguimento à investigação epidemiológica. Caso esteja em uma UPA, a coleta é realizada no próprio local.

Essa é uma medida que a SMS tem adotado no sentido de fazer o bloqueio da transmissão e o controle da doença.

Fonte: AAN

INFONET

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Eleições: veja o resultado no site Divulga e nas estatísticas do TSE

 em 9 out, 2022 8:05

(Foto: TSE)

Os resultados do primeiro turno das Eleições Gerais de 2022 podem ser acessados por diversas ferramentas da Justiça Eleitoral. São elas: o site Divulga, o site e o aplicativo Resultados, o Portal de Dados Abertos e o Sistema de Estatísticas Eleitorais, todos desenvolvidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para dar ainda mais transparência ao processo eleitoral.

Divulga e o site Resultados disponibilizam informações como candidatos eleitos, candidatos que concorrerão também no segundo turno, detalhes da totalização dos votos (votos válidos, em branco, nulos, anulados e apurados em separado), comparações de porcentagens e números. Nas páginas, é possível também visualizar e salvar os candidatos favoritos para acompanhar a apuração da votação. A diferença entre as ferramentas é que a primeira apresenta dados detalhados, enquanto a segunda traz informações resumidas.

Em dispositivos móveis, a pesquisa pode ser feita pelo aplicativo Resultados, que está disponível para download nas lojas Play Store e Apple Store.

Tanto nos sites quanto no app, os dados da eleição ficam na opção “Resultados”, na área principal, onde são apresentadas as informações da eleição mais recente ou da selecionada. Para acompanhar a totalização dos pleitos, o usuário deve acessar o menu superior dos sites ou inferior do aplicativo. Caso queira acessar o resultado de outras eleições, basta acessar o filtro no topo da página e pesquisar a opção desejada.

No Divulga, há ainda outros parâmetros de consulta pelos quais se pode conferir, como a votação nominal por cargo, abrangência, município e zona eleitoral, além de consultar Boletins de Urna por seção.

Todas essas ferramentas estarão habilitadas para uso também no segundo turno.

Sistema de Estatísticas Eleitorais e Portal de Dados Abertos

Sistema de Estatísticas Eleitorais (SEE) reúne os dados das eleições no módulo “Resultados”, que permite a consulta por candidaturas eleitas, quocientes eleitoral/partidário, comparecimento e votação, votação por candidaturas e candidaturas com recurso

Na aba “Votação”são apresentados estatísticas e gráficos sobre votos válidos, nominais, em branco, nulos e pendentes. É possível acessar os dados completos em “tabelas detalhadas”. O sistema também permite o cruzamento dos dados de votação por candidatos mais votados, cor/raça, estado civil, faixa etária, gênero e ocupação, entre outras opções.

Já o Portal de Dados Abertos do TSE disponibiliza grupos de dados com arquivos de resultados das Eleições 2022 e anteriores. Cada conjunto de planilhas traz detalhes como apuração por município, zona e seção; votação nominal/partido por município e zona; votação por seção eleitoral; e Boletins de Urna.

As informações podem ser extraídas do Portal por meio de softwares estatísticos e editores de planilhas, que possibilitam comparações entre anos e outras análises. O download dos arquivos acompanha um documento com a descrição das variáveis.

Fonte: TSE

INFONET

Mourão quer mudanças no STF para limitar poder, mudar formação e tempo de mandato

Publicado em 8 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

O vice-presidente e senador eleito, Hamilton Mourão, no Palácio do Itamaraty

Eleito senador, Mourão quer limitar poderes do Supremo

Deu na Folha

O vice-presidente da República e senador eleito, Hamilton Mourão (Republicanos-RS), fez críticas nesta sexta-feira (7) ao STF (Supremo Tribunal Federal) e propôs reformas na corte com mudanças no número de magistrados, duração de mandatos e da idade de aposentadoria dos ministros, além de limitações às decisões monocráticas.

“Olha, o que eu deixo muito claro, e vejo hoje, é que a nossa Suprema Corte tem invadido contumazmente aquilo que são atribuições do Poder Executivo, do Poder Legislativo e, algumas vezes, rasgando aquilo que é o processo legal”, afirmou Mourão em entrevista à GloboNews.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que recebeu propostas para aumentar o número de ministros do STF e que pode discutir o tema após as eleições. Segundo o mandatário, chegou para ele o projeto para incluir mais cinco magistrados na corte —atualmente, o tribunal tem 11 assentos.

SEM IDEOLOGIAS – Mourão endossou a proposta e sugeriu que o Congresso discuta também o tema. Segundo ele, os parlamentares não poderão se omitir ao debate sobre a corte “sem paixões ideológicas” e “sempre buscando aquilo que é o melhor para o sistema democrático”.

“Não é só uma questão de aumentar o número de cadeiras na Suprema Corte. Eu vejo que a gente tem que trabalhar em cima do que são as decisões monocráticas, temos que trabalhar em cima do que vem a ser um mandato para os mandatários da Suprema Corte. Eu acho que não pode ser algo até os 75 anos, né? Ou 10, 12 anos, tem que ser discutido”, afirmou Mourão.

O vice-presidente afirmou também que os senadores têm o dever de julgar crimes de responsabilidade, insinuando a possibilidade de processos de impeachment contra magistrados da corte.

IMPEACHMENT – “E temos até a questão de crimes de responsabilidade que são deveres do Senado Federal de julgar. Então eu acho que nós temos uma ampla gama de assuntos a serem tratados e que não podemos nos omitir.”

O aumento no número de ministros seria uma forma de Bolsonaro ampliar o poder de influência no Supremo, que impôs limites à atuação do presidente durante seu mandato, principalmente na gestão da pandemia da Covid-19.

A alteração na composição do STF, que tem a palavra final para decidir se medidas do Executivo e do Legislativo respeitam a Constituição e podem vigorar, já foi feita, por exemplo, pela ditadura militar iniciada em 1964 no Brasil e por presidentes autoritários de outros países.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Sem a apresentação de projetos, até agora a única coisa certa é que o próximo presidente do país terá o direito de indicar dois ministros do STF no lugar de Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, que irão fazer 75 anos em 2023, idade limite para atuar no tribunal. O resto é especulação. (C.N.)


Badalado apoio de Simone Tebet a Lula não vai significar nada, aritmeticamente

Publicado em 8 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Simone Tebet faz aparição pública ao lado de Lula e promete | Política

Será que Tebet conseguirá transferir algum voto a Lula?

Vicente Limongi Netto

Inacreditável o deslumbramento de alguns setores diante do apoio inexpressivo de Simone Tebet, senadora em fim de mandato e sem votos, oferecido ao candidato Lula. O acontecimento, transformado em notável notícia nos redutos petistas, trocando em miúdos, não é nada, não é nada, não é nada mesmo. 

Na própria terra da boquirrota Tebet, ela teve, no primeiro turno da disputa presidencial, apenas 79 mil votos. Números suficientes, no máximo, para eleger-se deputada federal.

Não se pode negar a Tebet a melancólica façanha de desunir e desestruturar o partido dela, o MDB, no país todo. Esfacelou a agremiação política outrora acostumada a históricas conquistas democráticas e eleitorais. No frigir dos ovos, caso Lula vença o pleito, Simone vai conseguir o que planejou, detalhe por detalhe, desde o início da campanha – um cargo no governo.

EM BUSCA DO HEXA – O comando da CBF não deixa faltar nada a seleção brasileira. Valem todos os esforços em busca do sonhado hexa, no Catar. A entidade tem gestão competente. A CBF conta agora com 16 patrocinadores. O Papa Francisco abençoou os atletas brasileiros. ecebeu do presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, uma camisa autografada da seleção, com o nome Francisco. 

Ednaldo não alonga a conversa quando o assunto é o substituto de técnico Tite, depois da Copa do Mundo. Não cita nomes, mas são bem cotados Fernando Diniz, do Fluminense, Dorival Junior, do Flamengo e o português Abel Ferreira, do Palmeiras. Há quem leve fé que Diniz e Dorival poderiam trabalhar juntos.

ARITMETICAMENTE – Cara jornalista Ana Maria Campos, um pequeno engano em seu artigo. Não se trata de “matemática do coeficiente eleitoral”,  mas, sim, da “aritmética do coeficiente eleitoral”( Eixo Capital- Correio Braziliense -7/10).  O título do box também equivocado: Não é “Derrota na matemática”, o correto seria “Derrota na aritmética”.

Matemática é a ciência dos números. Mas quem cuida deles, explica, anuncia, informa, é a aritmética, dividindo, somando ou multiplicando. A falha é comum e tornou-se vício de linguagem.

No futebol, sobretudo agora, na reta final do Brasileirão, nas duas séries, e na política, no segundo turno. É um tal de matematicamente irritante e incontrolável, quando todos profissionais, analistas, repórteres, comentaristas e colunistas deveriam abraçar, adotar e usar de vez e finalmente, a aritmética. Tentem, aceitem, não tira o pedaço. Fique bem, Limongi.


Ícone da esquerda, Chomsky lembra ao PT que apoio de artistas e estudantes não ganha eleição

Publicado em 8 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Noam Chomsky em 2018

Noam Chomsky está vivendo mais no Brasil do que nos EUA

Mariana Sanches
BBC News Brasil

Pela janela, Noam Chomsky, de 93 anos, assiste à motociata pró-Bolsonaro rasgar a rua, preenchendo o ambiente com bandeiras verde e amarelas e o ronco alto dos motores das motocicletas. Casado com uma brasileira, o filósofo e linguista americano, um dos mais citados pensadores vivos na atualidade, tem passado temporadas no Brasil.

Ativista político que se autodenomina um socialista libertário, Chomsky diz seguir “com grande interesse” aquela que tem sido descrita como a eleição mais tensa no país desde a redemocratização. Suas reflexões, ele ressalta, não são as de um especialista. “Não me leve muito a sério”, diz, antes de emendar observações afiadas sobre a política brasileira.

Chomsky nota que, se as motociatas de Bolsonaro têm ocupado espaços públicos ao redor do Brasil, o mesmo não tem acontecido com a campanha do petista Lula, que tenta voltar à presidência e impedir que o atual presidente conquiste mais quatro anos no Palácio do Planalto. Para o pensador, a esquerda deixou de ocupar as ruas de modo organizado.

PT DESORGANIZADO – “No Brasil, minha impressão é que o PT simplesmente falhou nos últimos 20 anos em se organizar como movimento de base. Então, só para ilustrar, a gente conversa com as pessoas e as pessoas não sabem que se beneficiaram dos programas que o Lula criou, não sabem que ele foi o responsável por seus filhos poderem entrar na faculdade, por terem conseguido abrir um pequeno negócio. É Deus, é sorte, ou algo assim. Não o PT”, aponta Chomsky.

Segundo ele, assim como o partido Democrata nos Estados Unidos, o PT se afastou do trabalhador, do mais pobre. Ao abraçar agendas neoliberais, perdeu a conexão histórica com seu eleitorado. E isso abriu espaço para que movimentos de direita radical capturassem essa audiência.

“O PT vai fazer uma grande reunião do partido para tentar responder ao que aconteceu no primeiro turno, uma reunião na universidade, onde estarão artistas e escritores. Enquanto isso, as pessoas comuns seguem dizendo, sobre o PT: “Nos livramos dos bandidos”, avalia Chomsky, que conversou com a BBC News Brasil, por vídeo chamada, na tarde de segunda-feira (03/10), menos de 24 horas após a definição de segundo turno.

FALHAS DA BASE PETISTA – Segundo Chomsky, um defensor incondicional da liberdade de expressão, a falta de capilaridade de base do PT e da esquerda brasileira explica a eficácia que têm algumas fake news na campanha, como a de que Lula planeja fechar templos religiosos.

“Se você tivesse um partido político ou qualquer organização geral defendendo os trabalhadores e os pobres, eles poderiam reagir a isso (fake news) na base, via organização local. Os Democratas não têm. E acho que não existe nada parecido no Brasil. O PT simplesmente não está se organizando na base, no chão de fábrica”, afirma Chomsky.

Chomsky observa que PT deixou de se organizar em bases populares — e perdeu a conexão histórica com seu eleitorado

PAUTAS DIVERSIONISTAS – O filósofo, aposentado pelo Massachussets Institute of Technology (MIT) e atualmente professor da Universidade do Arizona, afirma que pautas como o aborto e o armamento civil são estratégias diversionistas para que a população mais pobre não perceba que as políticas econômicas dos governos são desfavoráveis a seus interesses.

E afirma que o “pior crime de Bolsonaro é destruir a Amazônia”, algo que pode colocar em risco a sobrevivência da humanidade como um todo.

Chomsky vê muitos paralelos entre a política nos EUA e no Brasil: desde o erro das pesquisas eleitorais ao medir as performances dos candidatos populistas de direita ao risco de uma repetição da invasão do Capitólio à brasileira.

(Reportagem enviada por Dirceu Bertolini)


Voto branco e nulo em oposição a Lula e Bolsonaro tem novos adeptos no 2º turno

Publicado em 9 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

TRIBUNA DA INTERNET

Charge do Nani (nanihumor.com)

Joelmir Tavares
Folha

O voto nulo no segundo turno entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) virou um caminho para desiludidos da terceira via que veem obstáculos grandes demais para apoiar um dos lados. Ao mesmo tempo, pessoas que pretendiam anular, mas agora têm uma opção, fazem adaptações de discurso.

A lista dos que vieram a público nos últimos dias declarar a anulação de seu voto inclui o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), o ex-presidenciável do Novo Felipe d’Avila e o economista Affonso Celso Pastore, que colaborou com o ex-juiz Sergio Moro quando ele pretendia disputar a Presidência.

OUTROS RECUOS – Já o economista Arminio Fraga desistiu de anular e revelou apoio a Lula. O deputado federal Vinicius Poit (Novo), que concorreu ao Governo de São Paulo, anunciou alinhamento a Bolsonaro. Como mostrou reportagem da Folha em dezembro de 2021, Poit pretendia não votar em ninguém no atual cenário.

A anulação, que consiste em digitar um número inexistente de candidato e confirmar, foi a alternativa de 2,8% dos eleitores no primeiro turno presidencial. Foi o menor percentual desde 2002, assim como o de votos brancos (1,6%). Para o segundo caso, a urna eletrônica tem um botão específico.

O voto em branco foi a opção anunciada pela senadora paulista Mara Gabrilli (PSDB), que foi vice da presidenciável Simone Tebet (MDB). Tebet, terceira colocada na corrida ao Planalto, fechou apoio a Lula na segunda fase e disse que a gravidade do momento não admite “a omissão da neutralidade”.

INSATISFAÇÃO – A estabilidade do quadro, com a polarização eleitoral entre Lula e Bolsonaro desde o ano passado, já tinha acendido o debate da anulação, com argumentos sobre defeitos e riscos de cada postulante.

No MBL (Movimento Brasil Livre), o assunto apareceu diante dos primeiros empecilhos para construção de uma candidatura de centro-direita competitiva.

Agora, líderes do MBL como o deputado federal reeleito Kim Kataguiri e o estadual eleito Guto Zacarias (os dois da União Brasil-SP) confirmaram sua decisão.

AUTORITÁRIOS E CORRUPTOS – Para Kim, ambos os projetos em disputa são autoritários e corruptos. “Defendo o voto nulo justamente para que o próximo presidente da República entre o mais fraco possível em relação ao Congresso Nacional e a gente consiga barrar pautas como os petistas e os bolsonaristas em aliança já tentaram aprovar”, disse em entrevista à rádio Bandeirantes.

Zacarias foi às redes sociais propor: “Dia 30 é lacrar [apertar] o 00 e ir fazer um churrasco com os amigos. Quero manter a consciência limpa e continuar sem nunca ter votado em bandidos”. Nacionalmente, a União Brasil está neutra no segundo turno e liberou os filiados para se posicionarem.

Apesar das manifestações de integrantes, o MBL não está, institucionalmente, pregando o voto nulo.

DORIA VAI ANULAR – A falta de propostas claras de Bolsonaro e Lula foi a justificativa de Doria, em entrevista à Folha, para sua decisão, que já vinha sendo comentada desde meados deste ano.

O tucano despontou na política se valendo do antipetismo e, após se eleger em 2018 com a estratégia do “BolsoDoria”, rompeu com o presidente e passou a rivalizar com ele na pandemia de Covid-19. Inúmeras vezes, o então governador acusou Bolsonaro de ser antidemocrático e “claramente golpista”.

No caso de D’Avila, a definição também foi colocada ao longo da campanha e reafirmada por ele até o primeiro turno, do qual saiu com 0,47% dos votos válidos, na sexta colocação.

IGUALMENTE DANOSOS – D’Avila,, que é cientista político, classifica os dois candidatos ainda na disputa como populistas e considera ambos igualmente danosos para o país, a democracia e a economia.

Ao discordar do critério de ir no candidato “menos pior” no segundo turno, D’Avila costuma citar o raciocínio da filósofa Hannah Arendt de que aqueles que escolhem o mal menor se esquecem rapidamente de que escolheram o mal.

Na semana em que economistas tidos como “pais do Plano Real” se juntaram a outros profissionais de tendências liberais e declararam apoio a Lula, Affonso Pastore destoou ao expor seu voto nulo.

PASTORE E GABRILLI – À Folha ele disse que nenhum dos finalistas da disputa preenche os requisitos de defesa da ética e da democracia nem sinalizam políticas para o desenvolvimento econômico inclusivo e sustentável.

“Jamais poderia votar em um candidato [Bolsonaro] que nos últimos quatro anos procurou enfraquecer as instituições. Da mesma forma, jamais poderia votar em um candidato [Lula] que anuncia que quer estabelecer o controle social da mídia e que estimulou a corrupção sistêmica”, afirmou.

A equiparação entre eles foi também o argumento de Mara Gabrilli para o voto em branco. Com mandato até 2027, ela afirmou esperar por um governo que defenda seus ideais de país e disse que fará “oposição sensata” a quem quer que vença.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Chega de continuar escolhendo o menos ruim! (C.N.)

sábado, outubro 08, 2022

Bolsonaro fica isolado no Círio de Nazaré após críticas da igreja


BELÉM, PA (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, e as deputadas federais Carla Zambelli (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF) estiveram neste sábado (8) a bordo da Corveta da Marinha Garnier Sampaio, embarcação que leva a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, e ficaram isolados no Círio Fluvial, em Belém.

Esta é a segunda vez que o presidente acompanha a festa - a primeira foi em 2015, quando ainda era deputado. Bolsonaro embarcou no navio por volta das 6h30 e foi direto para a sala de comando --não chegou a se aproximar, em nenhum momento, da padroeira dos paraenses.

A procissão pelas águas da baía do Guajará faz parte das 13 romarias do Círio de Nazaré, considerada uma das maiores festas religiosas católicas do mundo.

Após recados críticos no dia anterior da própria Arquidiocese de Belém, que disse não ter convidado o presidente e criticou qualquer uso político do evento, Bolsonaro deixou o local sem discursar.

Em rede social, Bolsonaro compartilhou uma foto para mostrar a seus seguidores que estava em Belém, com a legenda "Sírio" de Nazaré. A foto do post foi apagada e republicada sem o erro de grafia.

O Planalto informou à Folha que Bolsonaro foi à capital paraense como chefe de Estado para participar do Círio. A Marinha do Brasil preferiu não comentar.

"Comunicamos não ter havido nenhum convite da parte da arquidiocese de Belém, nem da diretoria da festa de Nazaré, a qualquer autoridade seja em nível municipal, estadual ou federal", disse nota assinada pelo arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira Corrêa.

"Temos o dever de observar a plena liberdade de qualquer cidadão ou cidadã de participar dos eventos do Círio de Nazaré. Todavia, não desejamos e nem permitimos qualquer utilização de caráter político ou partidário das atividades do Círio", completou.

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL), criticou o que chamou de tentativa de Bolsonaro de usar a festa religiosa como palanque político.

"Recebi com profundíssima indignação a tentativa do uso político da maior demonstração de fé do povo paraense. A fé não pode ser sequestrada por uma candidatura à Presidência. Aliás, de um candidato que sequer é católico", afirmou, apesar de Bolsonaro se declarar católico.

A romaria fluvial reuniu centenas de embarcações. Na chegada, na escadinha do cais da Estação das Docas, antiga área portuária da capital paraense, o comandante do navio da Marinha, pela primeira vez, foi quem entregou a Imagem Peregrina de Nazaré ao arcebispo metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa.

A padroeira dos paraenses e Rainha da Amazônia foi, posteriormente, conduzida pelo prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, em revista à tropa das Forças Armadas, seguindo o protocolo de honraria de chefe de Estado. Bolsonaro só desceu do navio da Marinha, após o término da cerimônia e foi embora sem falar com a imprensa. O Planalto não comentou.

Em 2009, a ex-presidente Dilma Rousseff, quando ainda era ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência da República, acompanhou o Círio de Nazaré e chegou a fazer propaganda da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do projeto Minha Casa, Minha Vida.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi convidado pelo governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), para participar do Círio neste ano, mas recusou o convite.

"Eu não gosto de fazer nenhum gesto que possa parecer que eu estou utilizando a religião para fazer política. Uma das coisas que eu tinha vontade de ver há muito tempo é o Círio de Nazaré, mas eu não vou porque é um ano de eleição", disse Lula.

YAHOO 

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