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quarta-feira, outubro 05, 2022
Bolsonaro acusa institutos de pesquisa de interferirem no sistema democrático
Publicado em 5 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet
Marianna Holanda
Folha
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta quarta-feira (5), que institutos de pesquisa não são sérios e têm a intenção de interferir na democracia, pois os números dos levantamentos são divergentes do resultado final das urnas.
“Esses institutos estão trabalhando, na verdade, para quem os contrata, não é para fazer pesquisa séria. A intenção é interferir na democracia. Falam tanto de atos antidemocráticos. Isso é um ato antidemocrático”, disse Bolsonaro a jornalistas, no Palácio da Alvorada.
NÚMEROS ABUSIVOS – “Foram esses números abusivos desses institutos de pesquisa que quase decidiram eleição presidencial no primeiro turno, o que seria um desastre no Brasil.”
Bolsonaro disse esperar que institutos não “dobrem a aposta” no segundo turno. Como a Folha mostrou, a campanha do chefe do Executivo acionou a PGE (Procuradoria-Geral Eleitoral) e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que investiguem os institutos.
Os advogados do chefe do Executivo querem uma investigação dos órgãos para, segundo eles, apurar se houve irregularidade ou crime na divulgação de resultados divergentes.
MINISTÉRIO APOIA – Além disso, o Ministério da Justiça mandou para a PF (Polícia Federal) pedido para que apurem a discrepância dos resultados.
O ministro Anderson Torres também estava com Bolsonaro na manhã desta quarta-feira , durante entrevista coletiva para registrar o apoio do governador Ibaneis Rocha (MDB-DF) no segundo turno.
Aos jornalistas o ministro negou tratar-se de “intimidação”. “Existe um crime previsto para isso que é a divulgação de pesquisas falsas. A própria fake news. Tem maior que essa na véspera de uma eleição? Tem que fazer com muito cuidado, o inquérito é muito sério e a realidade vai vir à tona”.
CONTRA A DEMOCRACIA – O governador do Distrito Federal foi ainda mais duro em suas críticas. “Os institutos de pesquisa do Brasil têm agido contra a democracia e merecem, sim, ser investigados e punidos”, afirmou.
A ofensiva de aliados do presidente contra os institutos começou ainda durante o primeiro turno, quando propagavam a tese apelidada de “Datapovo”: contrapor aos levantamos que mostravam liderança de Lula a imagens de atos bolsonaristas para tentar deslegitimar os institutos.
Com o resultado do TSE apurado, aliados trocaram o discurso de ataque às urnas eletrônicas por críticas aos institutos, chegando até mobilizar senadores próximos ao Planalto por uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
INVESTIGAÇÃO – À Folha Arthur Lira, presidente da Câmara, descartou essa possibilidade de CPI, mas disse que algo precisa ser feito a respeito dos institutos.
“Há muita especulação. Tenho recebido muitos pedidos de CPI, mas não acho que seja o caso. Precisamos penalizar os institutos que erram, sim. Alguma coisa precisa ser feita. E estou falando de qualquer instituto, não de um específico”, disse o parlamentar.
Integrantes do núcleo do comitê eleitoral de Bolsonaro passaram a pregar boicote às sondagens. Eles também têm defendido meios, inclusive pelo Legislativo, de questionar ou punir institutos cujos resultados divirjam muito do apurado pelas urnas.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Parece muita espuma e pouco chope. Não vão investigar nada, você pode apostar. É tudo conversa fiada. (C.N.)
“Só Lula pode impedir Bolsonaro, que seria ruim para o Brasil e o mundo”, diz The Economist
Nelson de Sá
Folha
A revista inglesa The Economist, que é publicada às quintas-feiras, adiantou editorial em que defende que “outro mandato do populista Jair Bolsonaro seria ruim para o Brasil e o mundo” e que “só Lula pode impedir isso”. Para tanto, no título, “Lula deve se mover para o centro”:
A publicação faz uma lista do que o ex-presidente precisaria ceder: “Para convencer os eleitores indecisos de que podem confiar a ele a sua prosperidade futura, Lula deve anunciar um economista moderado como sua escolha para ministro das finanças”, propõe a revista britânica, acrescentando:
“Lula deve garantir aos agricultores que não tolerará invasões de terras organizadas por movimentos sociais próximos a seu partido. (Isso não é tão comum quanto os proprietários de terras afirmam, mas é temido.) Deve prometer não nacionalizar nenhuma indústria. Deve parar de brincar com a ideia perigosa de interferir na liberdade de imprensa do Brasil”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Os estrangeiros pensam (?) que conhecem o Brasil, mas suas análises são um desastre. Acham (?) que Lula é de esquerda, mas desde sempre Brizola avisava que o petista “é galinha que cacareja para a esquerda, mas põe ovos para a direita”. Melhor fariam os jornalistas da The Economist se estudassem melhor a política britânica, que somente saiu da crise devido à morte da Rainha Elizabeth II, mas a fase de luto logo acaba e eles terão de enfrentar novamente a realidade. (C.N.)
Após Bolsonaro obter apoios no Sudeste, Lula tenta reagir e mira PSD e Tebet
Quarta, 05 de Outubro de 2022 - 16:00
por Redação
Na batalha por apoio político para vencer a eleição mais acirrada desde a redemocratização, o presidente Jair Bolsonaro (PL) largou o segundo turno na frente, ao costurar alianças com os governadores dos três maiores estados do país. Já o ex-mandatário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mirou na adesão dos outros dois principais candidatos derrotados no primeiro turno.
As informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. Bolsonaro celebrou a rápida declaração de apoio dos governadores Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Rodrigo Garcia (PSDB), de São Paulo. Os dois primeiros já eram aguardados, por causa da proximidade com o presidente, e podem ajudar o mandatário a conquistar pelo menos 1 milhão de eleitores em relação ao primeiro turno – esse é o número de votos que os governadores tiveram a mais que o titular do Planalto.
Já o "apoio incondicional" anunciado por Rodrigo Garcia na terça-feira (4) não era tão óbvio no meio político, e tem como objetivo ajudar Bolsonaro a ampliar ainda mais a diferença obtida sobre Lula em São Paulo no primeiro turno. Além de articular para garantir o voto dos 4,2 milhões de eleitores que optaram por Garcia e podem não ter escolhido Bolsonaro, a campanha do presidente agiu rapidamente para evitar que o assédio do PT assegurasse o apoio dos tucanos a Lula.
Segundo aliados, Garcia estava inclinado a se posicionar a favor do chefe do Executivo nacional, mas iria aguardar orientação da cúpula do PSDB. Na terça (4/), o governador recebeu o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, no Palácio dos Bandeirantes e foi pressionado a declarar apoio ao presidente no mesmo dia, durante visita de Bolsonaro ao estado, como de fato ocorreu. Só depois da manifestação de Garcia que a sigla tucana decidiu ficar neutra e liberar seus filiados.
Com o apoio dos três governadores, Bolsonaro espera melhorar seu desempenho no Sudeste, região mais populosa do país, e diminuir a vantagem aberta por Lula no primeiro turno, que foi de 6 milhões de votos. O petista obteve 48,4% dos votos válidos, contra 43,2% do atual presidente. Bolsonaro já conta com o respaldo do governador reeleito do Paraná, Ratinho Junior (PSD), sexto maior colégio eleitoral, e fez acenos a ACM Neto (União), que disputa contra o PT o governo da Bahia, quarto estado com mais eleitores.
Enquanto Bolsonaro avançou rapidamente sobre os governadores, Lula mirou o apoio dos outros dois principais candidatos derrotados no primeiro turno: Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT). Juntos, eles somaram 8,5 milhões de votos, muito mais do que o montante que Lula precisaria para derrotar Bolsonaro – 1,9 milhão de votos –, considerando o resultado do primeiro turno.
Bahia Notícias
MDB decide liberar seus filiados, mas Simone Tebet prefere declarar voto em Lula
Publicado em 5 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet
Mônica Bergamo
Folha
O MDB oficializou a decisão de liberar seus filiados para fazerem campanha tanto por Lula (PT) quanto por Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. A coluna obteve a nota do partido com exclusividade. Nela, a legenda afirma que cobrará do vencedor a “defesa intransigente da Constituição de 1988 e do Estado Democrático de Direito”.
A candidata do partido à presidência, Simone Tebet, vai declarar voto em Lula. A intensidade do apoio dela depende de um ritual em que faria propostas que seriam incorporadas pelo petista em seu programa de governo.
DETALHES – Tebet viajou a São Paulo para se reunir com Lula e com o candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB) e acertar os detalhes de seu anúncio, que deve ser feito ao lado do petista.
A legenda está rachada, com lideranças de estados como Alagoas e Pará defendendo a adesão imediata ao petista, e políticos como o governador Ibaneis Rocha, do Distrito Federal, declarando voto em Jair Bolsonaro.
Com a decisão do partido, cada um faz o que for mais conveniente no contexto político de suas regiões. A nota do MDB cobre Simone Tebet de elogios por ter defendido “brilhantemente” as posições do partido em um projeto “independente e equilibrado, fora da polarização”, reforçando o papel dela como “liderança nacional”.
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NOTA DO MDB ELOGIA SIMONE TEBET
“O MDB é o maior e mais democrático partido do País, o único com presença em quase todos os municípios. Tem convicções claras a favor da Liberdade, da Democracia e da Soberania do povo brasileiro, exercida por meio do voto direto.
Nesta eleição geral, apresentamos um projeto independente e equilibrado, fora da polarização, brilhantemente liderado por nossa candidata Simone Tebet. Não há a menor dúvida de que ela se consolidou como uma liderança nacional.
Nos Estados, reelegemos os governadores do Pará e do Distrito Federal, em primeiro turno. E vamos disputar o segundo turno no Amazonas e em Alagoas. Aumentamos nossa bancada na Câmara e mantivemos uma grande bancada no Senado.
Nas últimas 48 horas, dirigentes, congressistas, governadores e prefeitos externaram sua posição em relação à disputa nacional em segundo turno. Por ampla maioria, o MDB decidiu dar liberdade para que cada um se manifeste conforme sua consciência.
Em qualquer cenário, o MDB deixa claro que cobrará do vencedor o respeito ao voto popular, ao processo eleitoral como um todo e, sobretudo, a defesa intransigente da Constituição de 1988 e do Estado Democrático de Direito.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Nenhuma novidade. Duas semana antes da votação, Simone Tebet já anunciava que apoiaria Lula no segundo turno. O PT foi mais comedido e preferiu liberar os filiados. (C.N.)
Presidente do PSDB-SP critica Rodrigo e diz que apoio a Bolsonaro gera mágoa
Quarta, 05 de Outubro de 2022 - 08:40
por Guilherme Seto | Folhapress
Fernando Alfredo, presidente do diretório paulistano do PSDB, diz que o governador Rodrigo Garcia decidiu apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno sem consultar a cúpula do partido em São Paulo.
Alfredo afirma que procurou Garcia o dia todo e não teve resposta. Por fim, soube da oficialização do apoio a Bolsonaro por meio da live do presidente com o governador.
O presidente municipal diz que o tucano não fala pelo partido e deu apenas seu apoio pessoal, que não deve ter muita influência no pleito, dado que, segundo Alfredo, os eleitores votaram majoritariamente no PSDB, não em Garcia.
"Não entendo como ele vai justificar tudo o que disse do Bolsonaro. Ele e o João Doria brigaram para trazer a vacina e agora vai e declara apoio 'incondicional'? A gente sabe o que o PT fez. E a gente também sabe o que o Bolsonaro fez. Perdi minha mãe porque o Bolsonaro não quis liberar vacina. Como que eu explico para meus irmãos e meus filhos um apoio ao Bolsonaro?", afirma.
O PSDB municipal decidirá nesta quarta-feira (5) qual candidato apoiará no segundo turno em São Paulo. Pesam contra Tarcísio a declaração de que não vê sentido em ter os tucanos ao seu lado no palanque e o fato de que não procurou o tucanato.
"O Tarcísio está de salto alto, acha que já é governador. Paciência. Se ele não nos procurar institucionalmente fica difícil querer apoiá-lo", diz.
Alfredo afirma que já foi procurado por Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e outros membros da campanha petista em São Paulo. Ele defende que o partido fique neutro, mas ressalta que a decisão será decidida coletivamente pelo diretório municipal.
Um dos aliados mais próximos de Bruno Covas (PSDB), Alfredo diz que a imagem de Garcia ao lado de Bolsonaro o remeteu aos comentários depreciativos de Bolsonaro em relação ao ex-prefeito.
Em agosto de 2021, Bolsonaro se referiu a Covas como "o outro que morreu" ao criticá-lo por suas medidas de contenção da Covid-19 na capital paulista. Covas morreu de câncer em maio do ano passado.
"O Rodrigo chegou ao PSDB pelas mãos de Bruno Covas. Eu rodei os 58 diretórios com ele. Bolsonaro falou do meu irmão Bruno Covas, não dá. Eu perdi a mãe na pandemia. Não tenho como estar ao lado de um cara desses", afirma o presidente municipal do PSDB.
"Em relação ao Rodrigo, depois de tudo que fiz por ele, o sentimento é de mágoa. Na política, alguns dizem que vale tudo. Para mim, não. O que vale na política é coerência, é ter lado, defender princípios", completa
Bahia Notícias
Ala do PP na BA defende volta do partido para base petista após resultado do primeiro turno
Quarta, 05 de Outubro de 2022 - 09:21
por Mauricio Leiro / Gabriel Lopes
A antiga composição do "tripé" que dava sustentação ao governo de Rui Costa (PT) - formado por PT, PSD e PP - pode estar próxima de voltar a ser realidade, ao menos com alguns quadros do Progressistas da Bahia que podem fazer o caminho de volta ao antigo grupo de aliados. Isso porque integrantes do PP teriam ficados insatisfeitos com o resultado do primeiro turno na eleição para o Governo do Estado, quando Jerônimo Rodrigues (PT) venceu ACM Neto (União) e a disputa foi encaminhada para segundo turno.
Informações obtidas pelo Bahia Notícias apontam que pelo menos dois políticos de peso já estão articulando o retorno e angariando apoio para enfraquecer a liderança de João Leão, atual presidente do PP baiano. O vice-governador da Bahia, eleito deputado federal no último domingo (2), teria marcado um encontro com figuras progressistas em sua casa para colocar "os pingos nos is" depois da eleição. A movimentação foi respondida com uma tentativa de "boicote" por parte de membros importantes do partido.
A movimentação também tem dedo do governador Rui Costa (PT), que teria procurado quadros do PP com votação expressiva e com maior potencial de adesão ao novo desenho. Essa ala foi, inclusive, resistente à migração do apoio a Neto meses atrás.
O rompimento do PP com os petistas aconteceu em março desse ano após Leão não ver ser cumprido uma suposta sinalização de que ficaria no governo por nove meses, com a possível renúncia de Rui para ser candidato ao Senado (leia mais aqui e aqui).
Bahia Notícias
Ministros do STF temem escalada de crise com eleição de críticos ao tribunal
Quarta, 05 de Outubro de 2022 - 13:00
por Matheus Teixeira | Folhapress
Integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal) temem que a eleição de diversos críticos da corte no pleito de domingo (2) escale a crise do tribunal com o presidente Jair Bolsonaro (PL), caso reeleito, e seus aliados nos próximos anos.
A avaliação feita em conversas reservadas é que a vitória expressiva de nomes que se notabilizaram por ataques ao tribunal representa um recado que deve ser levado em consideração.
Além do mais, o diagnóstico é que o resultado eleitoral tem potencial para mudar a postura do Supremo em relação a pautas conservadoras e, principalmente, à atuação dos ministros como barreira de contenção de abusos do bolsonarismo.
Para o Senado, Casa Legislativa responsável por analisar pedidos de impeachment de ministros do Supremo, Bolsonaro elegeu aliados em 14 estados.
A avaliação é que o mandatário, se reeleito em 30 de outubro, não terá força suficiente para depor magistrados -como já tentou fazer- ou para ampliar o número de integrantes do tribunal.
No entanto Bolsonaro viu aumentar seu poder de pressão e conseguiu alterar a correlação de forças entre os Poderes.
Nos bastidores, a análise de parte da corte é que um cenário em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito será mais confortável para o tribunal, mas não o suficiente para desarmar totalmente a ofensiva bolsonarista contra a cúpula do Judiciário.
As deputadas Bia Kicis (PL-DF) e Carla Zambelli (PL-SP), por exemplo, lideraram nos últimos anos no Congresso as brigas com o Supremo e ampliaram significativamente o desempenho eleitoral em seus respectivos estados.
O deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que foi condenado pelo tribunal a 8 anos e 9 meses de prisão, não se elegeu, mas teve desempenho eleitoral expressivo para o Senado e obteve 19% dos votos. Já Cleitinho Azevedo (PSC-MG) tornou-se senador com um jingle com provações ao STF.
Em conversas reservadas, ministros afirmam que o ideal no momento é o ministro Alexandre de Moraes, principal algoz de Bolsonaro no STF, iniciar uma mudança na forma de atuar já na presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Relator no STF de inquéritos que atingem diretamente o presidente, familiares e correligionários, Moraes foi autor de duras decisões contra o bolsonarismo. Ele seguiu o mesmo tom na corte eleitoral.
No TSE, Moraes mandou o mandatário e pessoas próximas excluírem diversas postagens das redes sociais.
Na última decisão, determinou censura à reportagem do portal O Antagonista segundo a qual o chefe do PCC Marcola teria declarado voto em Lula. Ele obrigou Bolsonaro a retirar do ar postagem sobre o tema.
Agora, na visão de integrantes do Supremo, o magistrado tem que aguardar o desfecho da eleição. Durante o pleito, deve agir contra Bolsonaro apenas em casos mais graves, ainda de acordo com membros do tribunal.
Com isso, Moraes poderia preservar a imagem do TSE e fortalecer o tribunal em eventual enfrentamento contra o bolsonarismo caso o mandatário perca as eleições e decida fazer uma ofensiva contra o sistema eletrônico de votação.
Em relação ao Supremo, a avaliação é que o resultado da eleição dificultou a ideia de uma ala da corte de avançar em pautas progressistas.
A descriminalização das drogas, que já teve julgamento iniciado e votos favoráveis, por exemplo, deve seguir na gaveta da corte sem que o debate seja concluído, a fim de evitar a criação de rusgas com a base conservadora do Congresso. O mesmo raciocínio serve para a discussão sobre aborto.
Apesar de ministros acreditarem que Bolsonaro ganhou força, eles avaliam que o presidente não conseguiria levar à frente o impeachment de algum integrante do STF --ele já pediu a deposição de Alexandre de Moraes e costuma fazer duros ataques a Luís Roberto Barroso e Edson Fachin.
Para isso acontecer, seriam necessários 41 votos no Senado para abrir o processo e 54 votos para aprovar a cassação, algo inédito na história do país. Além disso, teria outra missão: fazer com que o presidente do Senado dê início ao procedimento.
Nos bastidores, magistrados consideram extremamente importante uma reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para comandar o Senado. Ele tem uma atuação alinhada com o STF e costuma fazer uma contraposição à ofensiva de Bolsonaro ao Judiciário.
Contudo uma recondução de Pacheco está longe de estar certa. Ele se elegeu para o comando da Casa com apoio de Bolsonaro e, ao longo do mandato, afastou-se do presidente. Com isso, ganhou a simpatia de partidos de esquerda.
A mudança na composição do Senado após a eleição, porém, mudou o jogo de forças internamente e a reeleição dele na presidência da Casa não é vista como sacramentada, ainda mais na hipótese de Bolsonaro conseguir a recondução ao Palácio do Planalto.
Bahia Notícias
2ª Vara Federal na Bahia vai julgar crimes de violência político-partidária por Redação
Quarta, 05 de Outubro de 2022 - 13:40
por Redação
O Juízo da 2ª Vara Federal da Bahia terá competência para julgar crimes por ato de violência político-partidária cometidos no estado. A determinação é do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), atendendo ao provimento 135/2022, do Conselho Nacional de Justiça.
A medida visa garantir maior segurança e credibilidade ao processo eleitoral de 2022. Os juízos especializados terão também competência para julgar delitos de incitação ou apologia ao crime, associação criminosa, constituição de milícia privada e de organização criminosa, quando a incitação, a apologia ou a reunião de pessoas tiver como propósito, mesmo que indireto, a prática de delitos tratados no ato normativo.
A especialização de que trata a Resolução Presi n° 49/2022 ocorrerá de maneira concorrente com as atuais especializações dos juízos indicados e abrangerá a área de todo o estado. Na Bahia, os juízes responsáveis pelos julgamentos serão Fábio Ramiro, como titular, e Fábio Roque, como juiz substituto.
A 2ª Vara Federal da Justiça Federal na Bahia tem competência criminal e julga crimes contra o sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores e os praticados por organização criminosa, com juizado especial federal criminal adjunto. Os processos que tratam de delitos de menor potencial ofensivo serão distribuídos às Varas de Juizados Especiais Federais adjuntos aos juízos criminais elencadas no art. 1º da Resolução, em cujo julgamento será observado o disposto na Lei n° 9.099/1995 e na Lei n° 10.529/2001.
Bahia Notícias
Derrota da filha de Cesar Maia na eleição pode representar o fim político do clã no Rio
Publicado em 5 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet
Deu em O Globo
Com apenas 21.913 votos conquistados na disputa por uma cadeira na Câmara dos Deputados, Daniela Maia (PSDB), filha do ex-prefeito do Rio e atual vereador Cesar Maia e irmã de Rodrigo Maia, não conseguiu se eleger. Herdeira política do clã, ela não só amargou a derrota, como ainda enterra o nome de uma das famílias que já foi mais influente na capital carioca.
Somando Cesar e Rodrigo, foram mandatos como deputado constituinte, seis de deputado federal, três como prefeito e três como vereador. Cesar Maia disputou este ano, como vice-governador de Marcelo Freixo, mas a aventura terminou ainda em primeiro turno, com a reeleição de Claudio Castro (PL).
DANI NÃO EMPLACOU – Rodrigo já havia decidido não concorrer nas eleições deste ano, o que abriu espaço para tentar emplacar a irmã empresária. Dani Maia não era uma total desconhecida no meio político. Além de carregar o nome da família, ela chegou a comandar a RioTur, com a eleição de Eduardo Paes na prefeitura do Rio. Sua gestão, porém, recebeu muitas críticas.
Sem a experiência política do pai e do irmão, Dani Maia não foi capaz de atrair a atenção do eleitorado fluminense – sobretudo no interior do estado, uma dificuldade que já era sentida por Cesar.
Resta agora, para a família, o gabinete de vereador do patriarca por mais dois anos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É estranha a atitude de Rodrigo Maia, afastando-se da política após se tornar um deputado de renome nacional. Cumpriu seis mandatos seguidos na Câmara Federa, mas ainda não pode se aposentar pelo Legislativo, porque tem apenas 52 anos. Neste ano, sua eleição estaria praticamente garantida no União Brasil. Não deu para entender seu afastamento da política, coisa rara de acontecer. (C.N.)
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