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sábado, maio 07, 2022

Presidente do Ibama diz ser psicopata e não liga para o que sai na mídia a seu respeito

Publicado em 7 de maio de 2022 por Tribuna da Internet

Eduardo Bim, presidente do Ibama, durante audiência pública sobre derramamento de petróleo no litoral do Nordeste

Bim, presidente do Ibama, revela ser um tremendo cafajeste

Deu na Folha
Coluna Painel

Presidente do Ibama, o advogado Eduardo Bim disse durante palestra em abril que é “um psicopata” e não está “nem aí” para reportagens de jornal. Ele também desdenhou de decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que o afastou do cargo por 90 dias em 2021

“Beleza, licença-prêmio, 90 dias afastado. Tô nem aí, tô tranquilo, porque eu só trabalho em uma calibração técnica”, disse. Ele foi afastado no âmbito da operação Akuanduba, que investiga a edição de um despacho pelo Ibama, em 2020, que teria permitido a exportação de produtos florestais sem a necessidade de emissão de autorizações.

Bim também fez mais uma crítica indireta a Moraes, que em 2018 sugeriu ao STF a fixação da tese da imprescritibilidade do dano ambiental, o que significa que não há limite de prazo para que se exija na Justiça reparação por danos ao meio ambiente. A tese foi fixada pela corte em 2020.

“Já foi dito aqui, dito na plateia: dano ambiental [é] imprescritível, 2018, Supremo. Puta loucura, mas fazer o quê? Paciência”, disse o presidente do Ibama, na palestra.

Nesse evento no Instituto Brasileiro de Direito Imobiliário (Ibradim), Bim ainda disse que “os loucos gostam de ambiental, porque eles se sentem confortáveis na área, inventando coisas”, e usou a expressão “manicômio” para se referir à área.

 

Bim ainda cutucou os funcionários do Ibama, dizendo que são “superinteressados, quando eles querem, como todo ser humano, mas um pouquinho pior em alguns casos”.

 

Por fim, o presidente do Ibama criticou uma suposta dicotomia que ele enxerga em seus críticos, para os quais ele é o “gestor malvadão” e eles são os “salvadores do meio ambiente”.

“Não, todo mundo trabalha para implementar política pública que teoricamente tutela o meio ambiente, dentro dos limites da política pública, sem mais nem menos, sem amor nem ódio, o que é mais difícil, pois somos todos seres humanos.”​

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 Além de ser um péssimo gestor, que desmontou a fiscalização do Ibama e permitiu o avanço do desmatamento na Amazônia e em outras regiões, Eduardo Bim se revela um tremendo cafajeste, mau caráter e boquirroto, sem mínimas condições para ocupar cargo público. No entanto, mostra que sabe fazer o serviço sujo que lhe determinam. Sua imagem é o retrato ambiental do Brasil de hoje(C.N.)

6 Discriminação contra brasileiros em Portugal: 'Tive que falar inglês para ser bem tratado'

 




Denúncias de casos de xenofobia contra brasileiros em Portugal aumentaram 433% desde 2017, diz órgão ligado ao governo português

Por Luis Barrucho, em Londres 

"Não é problema meu se você não sabe falar português". "Não há água potável no Brasil". "Mulher brasileira vem para cá para roubar o marido das portuguesas". "Os moradores estão se sentindo incomodados de ver uma pessoa assim como você, estranha, andando por aqui". "Brasileiras são todas p*". "Você não entende nada. Você é burra". "Claro que não, brasileiro vir dar aula aqui?"

As declarações acima foram compartilhadas com a BBC News Brasil por brasileiros que viveram ou ainda vivem em Portugal. Apesar de fazerem parte de uma nova geração de imigrantes, mais qualificados e com maior poder aquisitivo, eles relatam episódios de xenofobia. E essa é uma das razões pelas quais alguns dos que já deixaram o país dizem não querer mais voltar a viver lá.

Segundo a Comissão para a Igualdade e contra a Discriminação Racial (CICDR), órgão ligado ao governo português, denúncias de casos de xenofobia contra brasileiros em Portugal aumentaram 433% desde 2017 — naquele ano, a comunidade imigrante do Brasil tinha voltado a crescer.

Em 2020, foram 96 queixas nas quais a origem da discriminação foi a nacionalidade brasileira. Em 2017, apenas 18. Entre os estrangeiros que vivem em Portugal, são os brasileiros que mais registram casos em que são vítimas de manifestações de racismo e xenofobia.

"A expressão que mais se destaca enquanto fundamento na origem da discriminação é a nacionalidade brasileira", diz a CICDR em relatório.

Recentemente, Pedro Cosme da Costa Vieira, professor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, no norte de Portugal, foi demitido por comentários sexistas, racistas e xenófobos, entre os quais, "as mulheres brasileiras são uma mercadoria".

'Destino tradicional de imigração brasileira, Portugal registrou nos últimos um aumento expressivo no fluxo migratório vindo da antiga colônia'

Em fevereiro do ano passado, Vieira já havia sido suspenso por 90 dias depois de um grupo de 129 alunos ter denunciado crimes de assédio e discriminação durante as aulas.

E, em meio à pandemia de covid-19, um perfil identificado como sendo de um grupo da Faculdade de Engenharia da mesma universidade publicou nas redes sociais frases xenófobas e machistas contra brasileiros e brasileiras.

Destino tradicional de imigração brasileira, Portugal registrou nos últimos anos um aumento expressivo no fluxo migratório vindo da antiga colônia — dados oficiais mostram que a comunidade de brasileiros morando legalmente no pequeno país europeu subiu pelo quinto ano consecutivo e atingiu a marca recorde de 209.072 em 2021, um aumento de 13,6% em relação a 2020.

Os brasileiros permanecem, assim, na liderança isolada como a maior comunidade imigrante em Portugal, representando 29,2% de todos os estrangeiros em situação regular no país, segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), órgão do governo português responsável pelo controle da imigração.

Mas esse número pode ser ainda maior, pois não inclui os brasileiros com dupla cidadania portuguesa ou de outro país da União Europeia e quem está em situação migratória irregular.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil estima em 276.200 o número de brasileiros vivendo em Portugal, mas associações de apoio a imigrantes calculam que o contingente se aproxima de 400 mil.

Alguns brasileiros citados nesta reportagem optaram por denunciar as agressões que sofreram sob condição de anonimato por temer represálias.

'Ministério das Relações Exteriores do Brasil estima em 276.200 o número de brasileiros vivendo em Portugal, mas associações de apoio a imigrantes calculam que o contingente se aproxima de 400 mil'

'Tocou minha vagina'

"Estávamos juntos havia três meses. Quando me falou sobre um amigo que terminou o relacionamento com uma portuguesa por causa de uma brasileira, ele deu um leve tapa na minha vagina e disse que entendia o porquê. Fiquei horrorizada", diz à BBC News Brasil Mariana Braz, que vive em Portugal desde que se mudou para o país para fazer mestrado.

"As brasileiras são, de maneira geral, vistas de uma forma extremamente sexualizada, como objetos sexuais. A sociedade portuguesa ainda é essencialmente machista e conservadora", acrescenta.

Episódios como o que sofreu a encorajaram a idealizar em 2020 o projeto social 'Brasileiras não se calam', de apoio a mulheres brasileiras imigrantes.

"Para além de um canal onde mulheres brasileiras compartilham suas histórias, o projeto também oferece grupos de apoio emocional online gratuitos, e conta com uma rede de psicólogas e advogadas que prestam apoio psicológico e jurídico a custo social", diz Braz.

"Uma vez fui fazer um treinamento para trabalhar em uma empresa de energia e o supervisor (que era português), dentro do elevador me disse assim: 'o legal é que não precisamos ir lá para escravizar. Vocês que já vêm por conta própria para essa função'": é um dos vários relatos, a maior parte vinda de Portugal, da conta das 'Brasileiras não se calam' no Instagram, que tem cerca de 50 mil seguidores.

'Brasileiras são todas p*'

Um relato semelhante aconteceu com a filha de Isabel, que ainda vive em Portugal.

"Estávamos todos sentados em uma mesa, a família toda, eu, minha mãe, minhas duas filhas e o namorado de uma delas. Minha filha levantou-se para buscar uma cadeira e pediu gentilmente à mesa ao lado, na qual havia duas senhoras sentadas. Uma delas nem esperou minha filha sair para dizer, sem mais nem menos, que as 'brasileiras são todas p*'", diz.

Isabel voltou para o Brasil em setembro de 2020. Ela, que já tinha morado no Japão, viveu em Portugal por dois anos para fazer seu mestrado em uma prestigiada universidade no Porto, a segunda maior cidade do país. E conta ter ficado "chocada" com o preconceito no ambiente acadêmico.

"Não esperava encontrar tanto preconceito no ambiente acadêmico. Certa vez, um professor falou da bunda das brasileiras. Outra afirmou que não havia água potável no Brasil", diz.

"Já havia feito mestrado na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e me considero uma pessoa extremamente preparada profissionalmente. Comentei com uma professora que gostaria de me candidatar a uma vaga para lecionar na universidade. Ela riu da minha cara e disse: 'Claro que não, brasileiro vir aqui dar aula?'

'Em 2020, foram 96 queixas nas quais a origem da discriminação foi a nacionalidade brasileira. Em 2017, apenas 18'

"Em outra ocasião, estava falando com a minha orientadora. De repente, ela deu um soco na mesa e disse: 'não entendo nada que falas'".

"Minha filha faz graduação aqui em Portugal e algo semelhante acontece com ela. Os alunos portugueses não costumam se misturar com os brasileiros. Em um trabalho de grupo, ela ouvia de colegas portugueses: 'Não entendes nada. És burra?'.

"O que mais me chamou atenção em Portugal foi que o preconceito, diferentemente do Japão, é descarado".

'Tive que falar em inglês para ser bem tratado'

Pedro, que também fez mestrado em Portugal, compartilha a mesma frustração sobre o ambiente acadêmico.

"Nosso curso era em inglês e, devido a termos técnicos, queríamos fazer a prova em inglês. Mas nos deram a prova em português de Portugal e acabei indo mal. Quando fui reclamar, ouvi: 'Não é problema meu se não sabes falar português'."

Mas, para Pedro, o pior era a discriminação vivida fora do ambiente universitário. Ele relata que fingia não ser brasileiro e, por vezes, falava em inglês, a língua materna de seu companheiro, para "ser bem tratado".

"Quando telefonava para fazer reservas em restaurantes e falava em português, sempre ouvia que não havia mais mesas disponíveis. Pedia a meu companheiro para ligar de volta. E, surpreendentemente, ele conseguia fazer a reserva. O tratamento era completamente diferente. Passei, então, a falar em inglês em restaurantes para ser bem tratado".

Hoje vivendo em Londres, no Reino Unido, Pedro diz que gosta de Portugal, mas não pensa em voltar a morar no país.

'Um estranho no bairro'

Formado em História, Felipe foi professor em Brasília antes de se mudar para Portugal para fazer mestrado.

Por sua própria experiência, ele diz sofrer preconceito "velado". "Nunca me vi em uma situação de preconceito 'descarado'. Mas você sabe quando é alvo de discriminação, ainda que 'sutil', seja pela forma como alguém te olha ou fala com você".

"Trabalho para uma empresa de engenharia aqui e meu trabalho consiste em sair a campo para fazer medições. Uma vez, fui confrontado por um policial que me disse que 'os moradores estão se sentindo incomodados de ver uma pessoa assim como você, estranha, andando por aqui'. Mostrei a ele todos os meus documentos, inclusive minha carteira de identidade portuguesa. E ele me perguntou como eu havia conseguido obtê-la".

"O preconceito se alimenta da ignorância das pessoas. Evidentemente, nem todos os portugueses são preconceituosos, mas dizer que não há preconceito contra brasileiros é mentira".

Neste sentido, ele destaca o crescimento da extrema-direita em Portugal, após o partido Chega, com seu discurso anti-imigração, se tornar a terceira maior força do Congresso, em janeiro deste ano. Embora seu líder, André Ventura, não tenha os brasileiros como foco de suas controversas declarações contra imigrantes, e sim os chamados 'ciganos', o sucesso da sigla nas últimas eleições legislativas "de certa forma dá legitimidade àqueles que querem propagar discursos de ódio, exatamente como aconteceu após a eleição de Jair Bolsonaro", diz o professor.

'Nem todos os brasileiros dizem ter sido alvos de discriminação'

'Sou vista como ativo'

Embora tenham sido alvo de discriminação, os brasileiros ouvidos para esta reportagem ressalvam que gostam "de Portugal e dos portugueses".

"Gosto de viver aqui. Como em todo lugar, há prós e contras. Sinto que tenho mais qualidade de vida aqui do que no Brasil, mas não é por isso que vou 'passar pano' para o racismo e para a xenofobia. Queremos construir uma sociedade mais igualitária, e não será escondendo problemas que vamos alcançá-la. Temos que encará-los de frente. E uma das formas é denunciando o que acontece", diz Braz, idealizadora do 'Brasileiras não se calam'.

Mas a carioca Natalia Arantes, que vive em Lisboa, a capital do país e, portanto, uma cidade mais cosmopolita, relata ter tido uma experiência diferente. Ela diz já ter ouvido casos de discriminação, mas ressalva que nunca passou por situação semelhante.

"Pelo contrário, sempre fui muito bem recebida aqui. Inclusive na minha empresa, sou vista como um 'ativo', pois entendo como lidar melhor com clientes brasileiros que buscam comprar imóveis aqui em Portugal", diz ela, que é corretora.

Ela conta que nos últimos anos vários brasileiros compraram imóveis em Portugal em busca de uma melhor qualidade de vida para suas famílias. Os juros baixos das hipotecas são um atrativo à parte.

'Nos últimos anos vários brasileiros compraram imóveis em Portugal em busca de uma melhor qualidade de vida para suas famílias; juros baixos das hipotecas é um atrativo à parte'.

"Muitos relatam querer uma vida mais segura aqui, longe dos problemas de violência urbana do Brasil. Há também brasileiros que adquirem imóveis por investimento", diz Arantes que mantém uma página no Instagram com dicas sobre como é viver em Portugal com mais de 20 mil seguidores (@vivasuavidaemportugal).

A reportagem da BBC News Brasil tentou ouvir o governo português, mas até a conclusão desta reportagem, não obteve resposta.

Como denunciar?

Segundo a Comissão para a Igualdade e contra a Discriminação Racial (CICDR), "quaisquer queixas, que se enquadrem no objeto da Lei n.º 93/2017 (legislação nacional contra discriminação racial), de 23 de agosto, podem ser apresentadas no formulário eletrônico, presencialmente junto da própria CICDR, do ACM, ou através de e-mail enviado para cicdr@acm.gov.pt ou por correio postal, endereçado à Presidente da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial, enviado para a Rua Álvaro Coutinho, 14, 1150-025 Lisboa, ou ainda presencialmente neste endereço".

BBC Brasil

Alemanha vai enviar sete obuses autopropulsados à Ucrânia

 




Sistema blindado de artilharia se assemelha a um tanque e contém canhão que pode alcançar alvos a 40 quilômetros de distância. Exército alemão vai treinar soldados ucranianos a usarem o equipamento, anuncia governo.

A ministra da Defesa da Alemanha, Christine Lambrecht, anunciou nesta sexta-feira (06/05) que o país enviará ao menos sete obuses blindados autopropulsados ​​2000 ao exército ucraniano. Por isso, a Alemanha deve começar já na próxima semana o treinamento de militares para uso do equipamento.

O anúncio ocorreu durante visita de Lambrecht à Eslováquia, onde ela se encontrou com soldados alemães deslocados nas fronteiras orientais da Otan.

O treinamento dos militares ucranianos vai ocorrer em Idar-Oberstein, no estado da Renânia-Palatinado, em cooperação com a Holanda. Inicialmente, a Ucrânia enviará 20 soldados, todos com experiência com os equipamentos, segundo informações da emissora pública alemã ARD.

O obus autopropulsado 2000 é um sistema de artilharia que se assemelha a um tanque. Ele contém um canhão que pode disparar projéteis e alcançar alvos a até 40 quilômetros de distância, segundo os militares alemães.

A Bundeswehr (Forças Armadas alemãs) conceitua o equipamento como uma das peças de artilharia mais modernas do mundo. Além do longo alcance, uma das características dessa arma é a precisão: até seis cartuchos podem ser disparados simultaneamente pela tripulação.

'Ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht anunciou envio dos sistemas de artilharia à Ucrânia'

Bundeswehr continuará totalmente equipada

Os sete obuses a serem enviados não são os mesmos que estão à disposição da Bundeswehr, mas virão de um reservatório separado que inclui equipamentos levados para reparos.

Os armamentos serão entregues após o término da manutenção, o que deve ocorrer nas próximas semanas, segundo informaram Lambrecht e seu chefe de defesa, o general Eberhard Zorn, a repórteres na Eslováquia, país que faz fronteira com a Ucrânia. Segundo o jornal Bild, a expectativa é que as peças estejam prontas até o final de junho.

Essa informação corrobora o que Lambrecht já havia repetido algumas vezes: o fato de que a Alemanha não deve abrir mão de armamentos pesados que são necessários e utilizados pela Bundeswehr.

Militares já haviam manifestado preocupação com o envio dos obuses porque isso poderia restringir a capacidade de combate do exército alemão.

Atualmente, a Alemanha tem mais de 100 obuses, dos quais 40 estão prontos para ser distribuídos, conforme informações do Bild. Seis deles foram deslocados para a Lituânia, a fim de reforçar os grupos de batalha da Otan na região.

Mudança de rumo em meio à guerra

A decisão pelo envio dos sistemas de artilharia ao exército ucraniano marca um novo passo para a Alemanha em meio à invasão russa da Ucrânia.

O governo do chanceler federal alemão, Olaf Scholz, tem sido repetidamente criticado, especialmente por seus parceiros em Kiev, por não fazer o suficiente para apoiar a Ucrânia contra a agressão russa.

A primeira mudança de política ocorreu quando Berlim voltou atrás em sua tradição de não enviar armas para regiões envolvidas em conflitos. Ainda assim, até recentemente relutava em enviar armas pesadas.

Em 28 de abril, o Bundestag (Parlamento alemão) finalmente aprovou o envio de armas pesadas à Ucrânia, como sistemas antiaéreos e veículos blindados, com 586 votos a favor, 100 contra e sete abstenções.

Deutsche Welle

Por que ferrovias podem decidir a guerra na Ucrânia




Rússia intensifica bombardeios em trilhos, pontes e estações a fim de paralisar sistema ferroviário, que se tornou símbolo de resistência. Com guerra e bloqueio de portos, empresa ferroviária assumiu logística do país.

Por Thomas Latschan

Os trens da Ukrsalisnyzja ainda estão circulando. A empresa ferroviária ucraniana relatou nesta quarta-feira (04/05) atrasos de até 12 horas em somente 20 das conexões de longa distância, apesar da intensificação dos bombardeios russos na malha ferroviária ucraniana em todas as regiões do país.

Na quarta-feira, um ataque danificou fortemente uma ponte ferroviária sobre o rio Dnipro. Durante a noite, várias estações de trem no leste e oeste ucranianos foram alvo das bombas russas. Outras várias já tinham sido atacadas anteriormente, como em Kramatorsk, onde um bombardeio deixou 50 mortos no início de abril. Principalmente estações de províncias, subestações e pontes ferroviárias estão cada vez mais na mira das tropas russas.

Há uma boa razão para a mudança da tática russa. Nos dois primeiros meses de guerra, a empresa ferroviária se tornou a mais importante companhia de logística da Ucrânia. A malha ferroviária ucraniana possui 22 mil quilômetros. Com mais de 230 mil funcionários, a empresa era um dos principais empregadores do país antes da guerra. Há dez anos, para a Eurocopa de 2012, a Ucrânia investiu cerca de 700 milhões de euros em melhorias na infraestrutura ferroviária e na frota de veículos.

Embora o país possua uma grande rede de rodovias, apenas algumas possuem mais de uma via – geralmente nas regiões de grandes cidades. Muitas delas estão em péssimas condições e são bastante inadequadas para o transporte de cargas pesadas.

E, assim, a ferrovia se tornou um símbolo da resistência ucraniana. Ela transporta armas e ajuda humanitária para o leste, além de ucranianos que fogem das regiões de combate. Agora leva famílias de volta a áreas antes ocupadas por tropas russas. Trouxe ainda líderes internacionais a Kiev, como o secretário de Estado americano, Antony Blinken, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

'Trens foram um dos principais meios de transporte de refugiados'

Além disso, a ferrovia assume cada vez mais um papel importante no transporte de bens de exportação. Antes da guerra, o porto de Odessa era responsável por mais de 50% das importações e exportações do país. Porém, com o bloqueio russo, a Ucrânia tenta escoar produtos, como trigo, carvão, aço e substâncias químicas, por via férrea.

Incrivelmente robusta

O sistema ferroviário do país se revelou incrivelmente robusto e adaptável nos primeiros meses de guerra. A malha ferroviária é amplamente ramificada. Quando um trecho é bombardeado, é possível encontrar rapidamente uma rota alternativa.

"Em alguns casos, conseguimos reparar o trecho danificado em apenas algumas horas", contou o diretor de operações de trens de passageiros da Ukrsalisnyzja, Oleksandr Pertsovskyi, à emissora americana NBC.

Devido a uma estrutura de gestão pouco hierárquica, os responsáveis locais podem tomar decisões sem precisar da permissão de superiores. Dessa maneira, consertos podem ser feitos rapidamente sem burocracia.

Segundo Pertsovskyi, embora seja difícil consertar pontes destruídas ou danificadas, "no final das contas podemos continuar operando o sistema apesar dos fortes ataques".

'Pontes ferroviárias também são alvo dos russos'

Porém a tarefa se torna a cada dia mais difícil. Os funcionários da Ukrsalisnyzja precisam planejar rotas que evitem regiões particularmente perigosas. Os horários precisam ser alterados espontaneamente com frequência e são anunciados nas redes sociais da empresa. Os ataques a ferrovias aumentam diariamente.  

Importância da malha ferroviária em tempos de guerra

Desde o início, há uma ferrenha disputa pelo sistema ferroviário da Ucrânia. A Rússia tenta assumir, o mais rápido possível, o controle de centros logísticos da Ukrsalisnyzja em grandes cidades, como Kharkiv e Kiev, mas fracassa em meio à forte resistência dos ucranianos.

Por outro lado, militares ucranianos e funcionários ferroviários belarussos destruíram trilhos de conexões do país com a Rússia e Belarus, que seriam importantes para o deslocamento de tropas russas.

O Exército russo sempre dependeu da rede ferroviária para a logística. A Rússia tem uma vasta extensão territorial com paisagens acidentadas – estepes, permafrost e charcos sazonais.  Por isso, as tropas terrestres precisam da malha ferroviária para o transporte de soldados, alimentos e combustíveis.

"Quando as ferrovias não podem ser usadas, o Exército precisa confiar nas estradas", escreveu Emily Ferris, especialista em Rússia do Royal United Services Institute, sediado em Londres, numa revista especializada. Segundo ela, as tropas russas não têm alimentos e combustível suficientes para manter a ofensiva terrestre e conquistar o território ucraniano.

"No norte, a Rússia nunca conseguiu controlar um entroncamento ferroviário em Chernigov ou na região de Kiev, e o lamaçal fez com que muitos veículos militares atolassem", diz.

Novos objetivos, novas táticas

Agora a Rússia redefiniu os objetivos de guerra e se concentra em conquistar o leste e sul do país. Mas, segundo Ferris, nem em Kharkiv nem no sul ucraniano o país controla completamente os entroncamentos ferroviários, ou trilhos foram completamente destruídos em combates. Esse seria um dos motivos pelo qual a Rússia praticamente não consegue deslocar suas tropas Ucrânia adentro e conquistar mais territórios.

Devido à mudança de tática, a Rússia não precisa mais do sistema ferroviário em outras regiões do país. Por não o ter conquistado, quer agora destruir a rede para evitar a entrega de armas fornecidas pelo Ocidente no front. O tempo em que a Ucrânia conseguirá manter a sua infraestrutura ferroviária é, portanto, um fator decisivo para o resultado da guerra.

Deutsche Welle

Relatório da Anistia Internacional atribui crimes de guerra à Rússia


 

Local em que dois homens foram enterrados em Bucha, Ucrânia

Documento foi feito com base em investigação na região de Kiev

A organização não governamental (ONG) Anistia Internacional divulgou hoje (6) as conclusões de “extensa investigação” feita na região de Kiev. Os dados reforçam o coro internacional de acusações de crimes de guerra atribuídas às tropas russas. A organização de defesa dos direitos humanos afirma ter documentado “ataques aéreos ilegais em Borodyanka”, além de “execuções extrajudiciais” em localidades como Bucha, Andriivka, Zdvyzhivka e Vorzel.

O relatório da Anistia Internacional – intitulado Ele não vai voltar: crimes de guerra nas áreas do noroeste do Oblast de Kiev - é baseado em dezenas de entrevistas feitas na área e em “revisão extensa de provas materiais”.A delegação da ONG enviada à Ucrânia foi liderada pela secretária-geral da organização. Foram ouvidos sobreviventes, familiares de vítimas e autoridades ucranianas.

“O padrão de crimes cometidos por forças russas que documentamos inclui ataques ilegais e mortes deliberadas de civis”, afirmou Agnès Callamard, em entrevista.

“Estivemos com famílias cujos entes queridos foram mortos em ataques horríveis e cujas vidas mudaram para sempre por causa da invasão russa. Apoiamos sua exigência de justiça e apelamos às autoridades ucranianas, ao Tribunal Penal Internacional e a outros para que garantam a preservação de provas que possam suportar futuras acusações de crimes de guerra”, acrescenta. “É vital que todos os responsáveis, incluindo o topo da cadeia de comando, sejam levados à Justiça”.
 
De Bucha a Dmytrivka

Em Borodyanka, informa a organização, foi documentada a morte de pelo menos 40 civis “em ataques desproporcionais e indiscriminados, que devastaram um bairro inteiro e deixaram milhares de pessoas sem casa”. Em Bucha e outras cidades e vilas localizadas a noroeste de Kiev, a Anistia registrou 22 casos de assassinatos pelas forças russas, a maior parte aparentes execuções extrajudiciais.

Uma das testemunhas de Bucha citada no relatório é Oleksii Sychevky, que perdeu a mulher e o pai quando a coluna de veículos civis em que seguiam foi alvejada por forças russas.

“A coluna era de civis em fuga. Quase todos os carros tinham crianças. Quando o nosso carro alcançou uma linha de árvores, ouvi tiros – primeiro tiros isolados, depois uma explosão de disparos”, contou Sychevky.

“Os disparos atingiram o primeiro veículo da coluna e pararam. Estávamos no segundo veículo e tivemos de parar. Fomos então atingidos. Pelo menos seis ou sete disparos. O meu pai foi morto instantaneamente por uma bala na cabeça. A minha mulher foi atingida por estilhaços de metal e o meu filho foi também atingido”, descreveu

A investigação da ONG durou 12 dias. Os membros enviados à Ucrânia recolheram os depoimentos de “moradores de Bucha, Borodyanka, Novyi Korohod, Andriivka, Zdvyzhivka, Vorzel, Makariv e Dmytrivka”. Visitaram também outros locais em que ocorreram muitas mortes.

Foram ouvidas 45 pessoas que testemunharam ou tinham conhecimento, em primeira mão, de mortes de familiares e vizinhos por soldados russos. Mais 39 viram ou tinham conhecimento, em primeira mão, de ataques aéreos que atingiram oito edifícios residenciais.

A Anistia Internacional relaciona, em seu portal, toda a documentação de violações de direitos humanos e internacional humanitário cometidas durante a guerra na Ucrânia.

“Todos os responsáveis por crimes de guerra deveriam ser responsabilizados por suas ações. Considerando a responsabilidade de comando, superiores hierárquicos – incluindo comandantes e líderes civis como ministros e chefes de Estado – que tenham conhecimento de crimes cometidos por suas forças, mas que não tentaram travá-los ou punir os responsáveis, deveriam também ser criminalmente responsabilizados”, disse a organização. 

RTP / Agência Brasil

Jornal do Brasil

Inteligência dos EUA teria ajudado a afundar navio russo




Autoridades citadas pela mídia americana afirmam que Washington compartilhou com militares ucranianos informações sobre localização do navio Moskva antes de ataque. Embarcação era a principal da frota russa do Mar Negro.

Autoridades americanas disseram que os EUA compartilharam informações de inteligência com a Ucrânia sobre a localização do cruzador antimísseis russo Moskva antes de um ataque que afundou o navio de guerra, afirmou a mídia americana nesta quinta-feira (05/05).

A embarcação afundou em meados de abril, marcando um significativo revés para a capacidade de fogo da Rússia nas águas ao sul da Ucrânia. Kiev disse ter atingido com mísseis o mais importante navio russo na região, enquanto Moscou afirmou que o naufrágio ocorreu após um incêndio a bordo. O Moskva foi o maior navio de guerra perdido durante um conflito desde a Segunda Guerra Mundial.

O ataque teria acontecido depois que forças ucranianas perguntaram aos americanos sobre um navio navegando no Mar Negro ao sul de Odessa, segundo disseram autoridades dos EUA à emissora NBC News, a primeira a noticiar a suposta ajuda da inteligência americana. Os Estados Unidos o teriam identificado, então, como o Moskva e ajudado a confirmar sua localização.

Segundo as autoridades citadas pela NBC, os EUA não estavam cientes de que a Ucrânia planejava atacar o Moskva.

Uma autoridade americana citada pela agência de notícias AP e que falou em condição de anonimato ressaltou que a Ucrânia decidiu por conta própria atacar e afundar a principal embarcação da frota russa do Mar Negro, com seus próprios mísseis antinavio do tipo Neptune.

Segundo o New York Times, dois altos funcionários americanos disseram que a Ucrânia já havia obtido por conta própria os dados do Moskva, e que os Estados Unidos apenas confirmaram, mas outras autoridades disseram que a inteligência americana foi crucial para o afundamento do navio pela Ucrânia.

À agência de notícias AFP, uma autoridade americana, que também falou em condição de anonimato, contestou os relatos divulgados pela mídia, afirmando que os EUA não "fornecem informações específicas sobre alvos".

A Casa Branca ainda não se manifestou sobre o assunto.

Morte de generais russos

A revelação sobre o papel da inteligência americana no afundamento do Moskva foi divulgada depois que uma reportagem do jornal The New York Times destacou o papel que a inteligência americana teria no apoio ao assassinato de generais russos pela Ucrânia.

O jornal afirmou, citando várias fontes militares, que "muitos" dos 12 generais russos mortos pelas forças ucranianas, segundo contagem de Kiev, foram localizados com a ajuda da inteligência dos EUA.

Mas o porta-voz do Pentágono, John Kirby, relativizou a notícia, sublinhando que as agências americanas "não fornecem informações sobre a localização de líderes militares de alto escalão no campo de batalha, nem participam das decisões de ataque dos militares ucranianos''.

"A Ucrânia combina informações que nós e outros parceiros fornecemos com as informações que eles mesmos estão coletando e depois tomam suas próprias decisões e ações", ressaltou Kirby.

O Conselho de Segurança Nacional dos EUA (NSC, na sigla em inglês) havia qualificado de "irresponsável" a alegação de que os EUA estariam ajudando a Ucrânia a matar generais russos.

"Os Estados Unidos fornecem informações sobre o campo de batalha para ajudar os ucranianos a defender seu país", disse a porta-voz do NSC Adrienne Watson à agência de notícias AFP, por e-mail. "Nós não fornecemos inteligência com a intenção de assassinar generais russos", acrescentou.

Na segunda-feira, o Pentágono disse oficialmente que o chefe do Estado-Maior russo, Valeri Gerasimov, visitou na semana passada a linha de frente na região de Donbass, no leste da Ucrânia, por "vários dias", sugerindo que comandantes militares russos de alta patente estão se aproximando das regiões de combate. Mas o Pentágono não confirmou os rumores de que Gerasimov tenha sido ferido.

Deutsche Welle

Cármen vê inconstitucionalidade em ‘dossiê antifascistas’ do Ministério da Justiça




A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, defendeu na manhã desta sexta-feira, 6, que a corte máxima declare inconstitucionais atos do Ministério da Justiça e Segurança Pública de produção ou compartilhamento de informações sobre cidadãos ‘antifascistas’. Em julgamento do Plenário virtual do STF, a ministra votou por julgar procedente uma ação impetrada pela Rede contra a iniciativa do Ministério da Justiça à época em que era comandado por André Mendonça - hoje um dos ministros da corte máxima.

"O uso da máquina estatal para a colheita de informações de servidores com postura política contrária ao governo caracteriza desvio de finalidade e afronta aos direitos fundamentais de livre manifestação do pensamento, de privacidade, reunião e associação", registrou a ministra em seu voto. O julgamento teve início nesta sexta-feira, 6, e tem previsão de terminar no dia 13.

A manifestação da relatora confirma medida cautelar dada pelo Supremo em agosto de 2020. Na ocasião, por 9 votos a 1, os ministros decidiram suspender qualquer ato do ministério da Justiça de levantar dados sobre a vida pessoal, escolhas políticas e práticas civis exercidas por opositores do governo Jair Bolsonaro que ‘atuam no limite da legalidade’.

Como mostrou o Estadão à época, o colegiado entendeu que houve ‘desvio de finalidade’ no episódio, indicando que a Secretaria de Operações Integradas (Seopi) - órgão vinculado ao ministério da Justiça - promoveu uma ‘devassa’ ao coletar informações de 579 servidores públicos. Em tal julgamento, o então ministro da Justiça André Mendonça conseguiu se distanciar do episódio e foi ‘poupado’ nos votos dados pelo colegiado. À época, Mendonça demitiu o diretor de inteligência da Seopi, coronel Gilson Libório de Oliveira Mendes, em razão do episódio.

A análise inicial do caso pelo Supremo se deu quatro meses antes de o ministro Celso de Mello se aposentar, abrindo a primeira vaga para a escolha de Bolsonaro. O nome escolhido pelo chefe do Executivo foi o de Kassio Nunes Marques. Mendonça foi indicado para a corte somente no ano seguinte, após a saída do Marco Aurélio Mello, em julho de 2021.

No voto apresentado no Plenário virtual - ferramenta que permite que os ministros se manifestem sobre os casos a distância, sem discussões sob os holofotes da TV Justiça - Cármen Lúcia fez referência a nota explicativa apresentada por Mendonça, enquanto ministro da Justiça, nos autos. Segundo a relatora, a pasta não negou ter coletado as informações sobre os opositores do governo Jair Bolsonaro, ‘se limitando’ a defender a necessidade de resguardar o sigilo da atividade de inteligência.

"Importa observar que o Ministro da Justiça não negou o que afirmado na peça inicial da presente arguição, afirmando apenas que não tinha conhecimento do relatório. Não altera esse quadro a circunstância de não ter ele solicitado aquele relatório. Após o deferimento da medida cautelar, nenhuma outra informação sobreveio aos autos que pudesse contraditar a notícia e produção do relatório de inteligência no Ministério da Justiça com dados pessoais de servidores e professores que protestavam contra o governo", registra trecho do voto de Cármen.

A ministra destacou ainda que, em diversas ocasiões, o Supremo conferiu ‘máxima efetividade’ a direitos fundamentais como a liberdade de expressão, reunião e associação, ‘pela neutralização de medidas legislativas e administrativas de cunho censório ou vocação autoritária e pelo afastamento de mecanismos de maior dificuldade ou embargo à atividade intelectual e artística, às quais a Constituição garantiu o regime de liberdade responsável, sobre o qual se constrói a democracia, intimida capital dos déspotas’.

"Com maior relevo, impõe-se assegurar a liberdade de manifestação política, onde se planta e instrumentaliza o regime democrático. É no debate político que a cidadania é exercida com o vigor de sua essência", ressaltou ainda a ministra.

Estadão / Dinheiro Rural

Kassio pede vista e suspende análise de habeas de Allan dos Santos, foragido




Um pedido de visto do ministro Kassio Nunes Marques (foto), do Supremo Tribunal Federal, suspendeu a análise de um habeas corpus em que o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos - foragido da Justiça - tenta derrubar sua prisão preventiva decretada no âmbito do inquérito das milícias digitais. O caso voltará a ser discutido no Supremo quando Kassio devolver o processo, sendo que não há um prazo para que isso ocorra.

O habeas corpus de Allan dos Santos era julgado no Plenário virtual da corte - ferramenta em que os ministros depositam seus votos à distância - em sessão que teve início no dia 29, e teria previsão de terminar nesta sexta-feira, 6.

O relator, ministro Edson Fachin, se manifestou no sentido de negar o recurso impetrado bolsonarista contra uma outra decisão que já havia deixado de analisar o pedido de liberdade do blogueiro. O magistrado destacou que não cabe habeas corpus que questione decisão monocrática - no caso um despacho dado pelo ministro Alexandre de Moraes, que decretou a preventiva de Allan dos Santos.

Os ministros Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski acompanharam o voto do relator. O ministro Alexandre de Moraes se declarou impedido para analisar o habeas corpus.

Considerado foragido desde outubro de 2021, Allan dos Santos vive nos Estados Unidos. O blogueiro bolsonarista é investigado não só no inquérito das milícias digitais, mas também no das milícias digitais. Ele enfrenta um processo de extradição.

Além da ordem de prisão preventiva, Moraes impôs ao aliado do presidente Jair Bolsonaro uma série de medidas cautelares como um bloqueio das redes sociais - medida que o blogueiro tentou burlar por diversas vezes, sendo que parte das investidas acabou frustrada pelo Telegram após a quase suspensão do aplicativo no País.

Estadão / Dinheiro Rural

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