Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

quarta-feira, junho 10, 2020

Bolsonaro destrata ex-apoiadora que o cobrou por mortes da Covid-19: 'Sai daqui


por Ailma Teixeira
Bolsonaro destrata ex-apoiadora que o cobrou por mortes da Covid-19: 'Sai daqui'
Foto: Marcos Corrêa / PR
Ao chegar na entrada do Palácio do Alvorada, onde costuma conversar com apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi surpreendido por uma ex-apoiadora que lhe cobrou mais sensibilidade em relação às mortes decorrentes da Covid-19. O boletim do Ministério da Saúde indica que 739.503 pessoas testaram positivo para o novo coronavírus e 38.406 vidas já foram perdidas, 1.272 delas contabilizadas nas últimas 24 horas.

“Nós temos hoje 38.406 mortos por causa do Covid (...), não são 38 mil de estatística, são 38 mil famílias que estão morrendo nesse momento, 30 mil pessoas que estão chorando e o senhor, como chefe da nação... Eu votei no senhor, eu fiz campanha pra o senhor, faz tempo que o senhor me conhece e eu sinto que o senhor traiu a nossa população”, desabafou a mulher, identificada como Cris Bernart. 

Ela é assessora do vereador da cidade de São Paulo, Fernando Holiday (Patriota), e membro do Movimento Brasil Livre (MBL), que hoje faz oposição a Bolsonaro e planejou o protesto em frente ao Alvorada. Para realizar o ato, Cris pediu licença não remunerada do gabinete, o que consiste no desconto do salário pelo dia de trabalho perdido com a ida a Brasília.


Ela levou ainda um cartaz com os números de óbitos da pandemia, mas Bolsonaro lhe deu as costas. Registros do momento mostram bolsonaristas dizendo que ela é uma “petista infiltrada” e que “estava no lugar errado” por “falar mal do presidente”.


Ao ver a insistência da mulher no discurso, Bolsonaro a destratou. “Se você quiser falar, sai daqui, já foi ouvido. Cobre do seu governador. Sai daqui”, rechaçou o presidente, acrescentando depois que ela seria “matéria na imprensa o dia todo”. “Alguém está preocupado?”, ironizou.

Posteriormente, Cris foi procurada pela imprensa para uma entrevista e reforçou as queixas sobre a forma como Bolsonaro tem conduzido a crise. “Eu vim fazer uma crítica, fiz até um cartaz que depois tomaram pra questionar porque ele está escondendo esses dados da gente, a população tem o direito de saber o que está acontecendo”, relatou à imprensa.


Ela se refere ao fato de que, na última semana, o Ministério da Saúde retardou a divulgação do balanço oficial e pretendia não mais divulgar o número de casos e óbitos por data de registro, modelo adotado em quase todos os países afetados pelo vírus (saiba mais aqui). Diante desse contexto, Cris pasosu a apoiar o impeachment de Bolsonaro. “Estou louca pra acordar com [o vice-presidente Hamilton] Mourão gritando aquele 'bom dia' que vitou meme”.

Desde o início da pandemia, Bolsonaro tem minimizado o número de óbitos e os demais efeitos da pandemia, além de defender o retorno das atividades comerciais, que foram suspensas em muitos estados e municípios por decretos de governadores e prefeitos.

Câmara dos deputados suspende licitação de R$ 2,8 milhões com serviços de jardinagem para a Casa

Posted on 

Charge do Lane (chargesdolane.blogspot.com)
Fransciny Alves
O Tempo
A Câmara dos Deputados suspendeu a licitação em que poderia empenhar até R$ 2,8 milhões com serviços de jardinagem para a Casa. Como a coluna mostrou, a licitação estava marcada esta terça-feira, dia 9, e previa a contratação de uma empresa, durante um ano, para cuidar da manutenção e da conservação dos jardins internos e externos, dos vasos e viveiros de plantas, além de fornecer materiais para o trabalho no Legislativo.
Questionada sobre o motivo, a assessoria de imprensa se limitou a responder que o pregão eletrônico encontra-se na fase interna e será remarcado para uma nova data. Mesmo em meio à crise sanitária e econômica, a Casa solicitava a contratação de 35 profissionais para a realização das atividades. A folha de pagamento mensal estava prevista em R$ 64,5 mil.
PREVISÃO – Esses funcionários deveriam realizar o trabalho na sede da Câmara e em outros prédios do Legislativo, como a residência oficial da Presidência e as quadras onde estão localizados os apartamentos funcionais dos deputados. No documento da licitação também estava previsto o fornecimento de uniformes e materiais de proteção para os profissionais, como aventais, bonés, protetor solar, botas, luvas e máscaras.
Para a realização do serviço, a licitação lista a compra de diversos produtos. Na justificativa do edital é dito que a contratação seria necessária para que Câmara dos Deputados pudesse dar prosseguimento às ações de conservação e manutenção das áreas ajardinadas.

Depois da briga com Carluxo, ex-marqueteiro de Bolsonaro escreve sobre robôs eleitorais

Posted on 

Equipe de transição de Bolsonaro tem primeira baixa - Jornal O Globo
Carvalho explica como funcionam os chamados robôs eleitorais
Deu em O Globo
O empresário Marcos Aurélio Carvalho, um dos donos da AM4, foi peça-chave na campanha presidencial de Jair Bolsonaro em 2018. No fim daquele ano, contudo, deixou a equipe de transição de Bolsonaro após o vereador Carlos se incomodar com uma entrevista que deu a O Globo. Depois de meses em silêncio, Carvalho aceitou escrever um artigo para o seção Sonar de O Globo, sobre internet e política. Leia abaixo o artigo do ex-marqueteiro que ajudou Bolsonaro a virar presidente:
###
O PARTIDO DOS ROBÔS SEM VOTO
Marcos Aurélio Carvalho
Ademocracia moderna foi atravessada por um desafio inimaginável até pouco tempo: a ocupação da pólis por seres irreais. Quem são esses usuários que diariamente emplacam temáticas políticas nos trending topics do twitter, com uma capacidade quase imediata de mobilização em torno de hashtags perfeitamente bem combinadas, perfeitas até demais para serem verdade?
Há uma falha no teste do pato. “Se ele parece com um pato, nada como um pato e grasna como um pato, então provavelmente é um pato” – diz o ditado. E o usuário que se parece com eleitor, reclama como eleitor, apoia como eleitor, mas usa hashtags milagrosamente lançadas, em questão de minutos, aos assuntos mais comentados do momento? É robô.
TUDO VIRA HASHTAG – Tudo que acontece de mais relevante na política nacional vira uma hashtag, ou mais provavelmente duas: uma de apoiadores e outra de detratores. Inicia-se, então, a batalha digital do dia.
Existem, porém, as batalhas reais e as batalhas que nascem forjadas e se tornam reais. As primeiras não deixam de interessar à análise do cenário dicotômico, mas as segundas merecem especial atenção crítica.
Robô não vota. Então por que importa tanto o tumulto que ele faz? Porque a movimentação de usuários irreais tem o condão de pautar o debate. A aparência de que um assunto está sendo comentado faz com que ele passe a ser comentado de fato. Está feito o sequestro da pauta política de um país.
CRIA-SE UMA BOLHA – A movimentação de uma expressiva quantidade de usuários falsos tem a perigosa capacidade de criar uma bolha inflacionária política ou eleitoral. O que significa isso? Que ela traz uma falsa robustez a uma ideia, a uma pessoa ou a uma causa. Esse conjunto de robôs desprovidos de título de eleitor cria uma “bolha” de apoiadores – frágil, posto que mentirosa. Mas a demonstração da ampla adesão à ideia chama mais gente, desta vez pessoas reais.
É uma bolha inflacionária política e eleitoral, na medida em que carrega uma pessoa nos ombros invisíveis de celulares conectados a contas falsas e entrega a ombros verdadeiros de quem sentiu que estava aderindo a um forte movimento, “que subitamente eclodiu”.
Então, pouquíssimo importa que robô não vota, não comparece a manifestação, não bate panela na janela, desde que ele consiga fazer pessoas reais, capazes de tudo isso, aderirem ao movimento.
EM BUSCA DO FALSO – Não pode ser subestimada a grande susceptibilidade de uma pessoa real se juntar a um movimento de origem falsa. As pessoas entram diariamente nas redes sociais em busca de um tema para comentar. Não é mais só uma questão de programação comportamental, é também uma questão de pertencimento. Se uma hashtag entra para os trending topics, para muitos isso significa quase automaticamente que o assunto em torno dela merece um comentário ou uma ação.
Muita ficção científica foi produzida no passado, especulando sobre robôs usurpando empregos e até postos de comando humanos; mas pouco se imaginou sobre robôs usurpando o debate público humano, o debate sobre a própria forma de uma sociedade humana se organizar e se deixar liderar.
Qual é o grande mal disso? Justamente pela fugacidade do “assunto do momento”, a batalha política passou a ser diária, pontual e pormenorizada.
SEM IDEIAS E PROJETOS – Houve um claro esvaziamento da política de identificação de ideias e propostas, em favor da política de identificação de posturas e falas, cotidianamente. É um rumo perigoso para se tomar: o debate político deixar de ser sobre ideias e passar a ser sobre circunstâncias. A transitoriedade do apoio gera graves crise de representatividade e de capacidade de se liderar, pelo prazo necessário para fazer qualquer diferença.
Se esses fatos estão postos e estamos falando de uma realidade enquanto ela acontece (vide batalha de hashtags do dia), o que se há de fazer? Muito se debate, acertadamente, sobre regulação, investigação e inibição da presença digital fake. Mas conhecem-se os desafios de se controlar algo que é pouco rastreável, que desconhece fronteiras territoriais e faz-se esbarrar em alcances jurisdicionais.
Sem dúvidas, a melhor forma de encarar é escancarar.
É PRECISO CONTROLE – Não se questiona a importância de a comunidade digital global continuamente trabalhar para evoluir em segurança, rastreabilidade e confiança; e de as comunidades jurídicas amadurecerem os debates sobre controle, responsabilização e desmobilização. Mas a contribuição mais eficaz e imediata virá – e já tem vindo – das iniciativas de jogar luz sobre as trevas da mobilização robotizada em torno de pautas políticas.
Não tem fidelidade partidária no Partido dos Robôs sem Voto. É preciso apostar alto na “trollagem” contra os robôs. Isso significa expor suas contradições, suas obviedades, suas falhas, seus movimentos e suas inconsistências. Talvez seja essa uma boa releitura moderna do enigma da esfinge. Precisamos decifrar as redes a serviço do fake, sob pena de vermos devorado o debate público tal como se conhece. Nas urnas: um homem, um voto. Nas redes: um homem, um post.

Maia rebate Bolsonaro e sugere cortar salário dos três Poderes para bancar prorrogação de auxílio de R$ 600


Maia disse que deputados e senadores estão abertos ao diálogo
Camila Turtelli
Estadão
Apesar de o governo dar como certa a prorrogação do auxílio emergencial por um valor menor dos que os atuais R$ 600, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira, dia 9, que uma redução no benefício precisa passar pelo Congresso. Ele sugeriu um corte linear nos salários de membros dos três Poderes para bancar o benefício no valor de R$ 600 por mais tempo.
“O governo tem autorização para renovar a renda emergencial pelo mesmo valor, a lei não permite reduzir o valor. Se o governo for reduzir o valor, precisa encaminhar ao Congresso Nacional uma proposta que será votada com urgência certamente pela Câmara e pelo Senado”, declarou.
DUAS NOVAS PARCELAS – Bolsonaro reafirmou, nesta terça-feira, que a equipe econômica prevê o pagamento de duas novas parcelas do auxílio emergencial, de R$ 300 mensais, e que está disposto a aumentar esse valor se os parlamentares aceitarem diminuir os próprios salários como medida de compensação.
“A ideia da equipe econômica são mais duas parcelas, talvez de R$ 300. Sei que tem parlamentar que quer mais duas de R$ 600. Se tivermos um programa para diminuir salários de parlamentares, tudo bem, eu pago até R$ 1 mil por mês, não tem problema nenhum”, disse Bolsonaro ao sair do Palácio da Alvorada, ao final da manhã, após reunião ministerial.
DIÁLOGO – Em relação às declarações, o presidente da Casa disse que deputados e senadores estão abertos para dialogar sobre reduções de salários para bancar as novas parcelas do auxílio no valor de R$ 600.
“Se todos os Poderes topassem cortar um valor que seja por seis meses, 10%, ou um percentual maior por menos tempo, para garantir os R$ 600, eu tenho certeza que o parlamento vai participar e vai defender. Não tem nenhum problema”, afirmou.
Maia, contudo, ressaltou que o salário dos parlamentares não seria suficiente para cobrir as despesas. “O salário dos parlamentares em relação aos custos tem uma diferença um pouco grande. Vai ficar distante para cobrir, mas se todos os três Poderes estiverem de acordo para cortar salários por alguns meses, para garantir os R$ 600, o Parlamento está disposto a sentar na mesa e conversar”, argumentou.
RENDA MÍNIMA – Sobre o debate relacionado à renda mínima, Maia afirmou que é uma discussão fundamental, mas que a mudança não é feita “da noite para o dia”. “Renda mínima é um debate fundamental. Temos muitos programas que têm pouca efetividade, que atendem mal com foco distorcido em relação a base da sociedade”, disse.
Ele defendeu um debate ampliado do tema no Congresso no período pós-pandemia. “Não é da noite para o dia que você vai criar um programa permanente. Acredito que esse debate vai continua depois da pandemia e vai ser feito um debate no Parlamento, que é onde se constrói soluções para esse tipo de tema. Precisa de legislação”, disse.

Com R$ 200 milhões, PT fica com a maior fatia do fundão eleitoral para custear campanhas municipais

Posted on 

Charge do Nani (nanihumor.com)
Vinícius Valfré
Estadão
Com R$ 200.925.914,05, o PT será o partido com mais dinheiro do Fundo Eleitoral para custear campanhas de prefeitos e vereadores em 2020. A divisão do “fundão” entre as siglas foi anunciada na segunda-feira, dia 8, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A segunda maior cota será do PSL, legenda que elegeu e abrigou o presidente Jair Bolsonaro até novembro, com R$ 193.680.822,47.
Na prática, todos os 33 partidos formalmente registrados no TSE terão direito a alguma parcela. A menor será de R$ 1.233.305,95, para o desconhecido Unidade Popular (UP), aprovado pela Justiça Eleitoral em dezembro. O Fundo Eleitoral de Financiamento de Campanhas é bilionário: ao todo serão distribuídos R$ 2,034 bilhões.
RANKING – Depois do PT e do PSL, a sigla que terá mais recursos para a campanha, ficando em terceiro lugar nesse ranking, será o PSD, com R$ 157.180.452,52. Na sequência, aparecem o MDB e o PP, com, respectivamente, R$ 154.867.266,21 e R$ 140.245.548,54.
Os valores serão transferidos para os diretórios nacionais após as legendas informarem os critérios de distribuição, conforme previsto em lei. Ao Novo ficaram reservados R$ 36.593.934,06. Mas o partido decidiu renunciar às verbas. Assim, os recursos deverão voltar ao Tesouro Nacional no momento da apresentação da prestação de contas.
Os critérios para a divisão são definidos por lei e levam em conta os totais de votos recebidos pelos candidatos dos partidos na eleição anterior, além dos tamanhos das bancadas na Câmara e no Senado. Uma parte menor do fundo é distribuída de maneira uniforme entre todas as siglas.
ALTERNATIVA – Nas eleições previstas para este ano, o Fundo Eleitoral será utilizado pela segunda vez. Criado em 2017 pelo Congresso como alternativa à proibição do financiamento eleitoral por empresas, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o fundão contou com R$ 1,7 bilhão nas disputas de 2018.
O montante separado para este ano foi definido pelo Congresso no fim de 2019. Congressistas tentaram elevar o valor para R$ 3,8 bilhões, mas acabaram se contentando com os R$ 2 bilhões. Em 2020, com a pandemia de covid-19, circularam no Legislativo propostas para que o Fundo Eleitoral fosse revertido para ações de enfrentamento à crise sanitária. As propostas, no entanto, não prosperaram.
O Fundo Eleitoral é diferente do Fundo Partidário, que existe desde 1995 e é usado para que as siglas possam pagar as despesas diárias, como aluguéis, contas de luz e de água e salários de funcionários. Além de dinheiro público, o fundo partidário é constituído por recursos de multas pagas por legendas e também por doações.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É surreal tratar de um fundão eleitoral bilionário que bancará campanhas através de recursos públicos com milhares de pessoas à míngua, atravessadas por sucessivas crises, e que sequer conseguiram recebem o auxílio emergencial. Não há partido, ideologia ou racionalidade que avalize este disparate. Vergonhoso, do início ao fim. (Marcelo Copelli)

Em destaque

Desaceleração da China é inevitável e o Brasil precisa se situar melhor

Publicado em 4 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Queda da população está enfraquecendo a economia ...

Mais visitadas