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sábado, agosto 31, 2019

“É melhor do que buscar dinheiro no Queiroz Investimento”, ironiza Frota sobre críticas de Bolsonaro a Doria

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O neotucano acusou Bolsonaro de “brigar sozinho”
Igor Gielow
Folha
O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), que esteve no centro da disputa entre Jair Bolsonaro (PSL) e João Doria (PSDB), ironizou as críticas do presidente ao governador paulista por ter utilizado financiamento do  Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para comprar um jatinho. “É mais honesto e coerente empresários buscarem financiamento no BNDES. É melhor do que buscar dinheiro no Queiroz Investimento”, disse, se referindo a Fabrício Queiroz, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro que está sendo investigado por movimentações financeiras suspeitas e laços com milicianos quando era chefe de gabinete do filho do presidente na Assembleia Legislativa do Rio.
CRÍTICO – Frota foi um dos mais vocais apoiadores de Bolsonaro na campanha, mas progressivamente se afastou do presidente. Acabou expulso do partido de Bolsonaro, o PSL, abrindo a oportunidade para que Doria o convidasse a ingressar no PSDB. É crítico do que chama de “radicais olavistas” em torno do presidente, citando o guru dos filhos de Bolsonaro e de alguns ministros, Olavo de Carvalho —“Herculano Quintanilha da Virgínia”, segundo Frota, associando o escritor que mora naquele estado americano ao vigarista vivido por Francisco Cuoco na novela “O Astro” (1977-78). O presidente criticou Doria na noite de quinta-feira, dia 29, quando disse que ele havia “mamado nas tetas do BNDES” nos governos do PT.
Assim como outro potencial rival na eleição de 2022, o apresentador Luciano Huck, o governador utilizou uma linha de financiamento feita para facilitar a venda de aviões executivos da fabricante paulista Embraer. Bolsonaro já havia feito referência à compra de Huck, e agora foi para cima de Doria. “Ele está brigando sozinho, como já brigou com o [presidente da Câmara] Rodrigo Maia (DEM-RJ), com o [presidente do Senado] Davi Alcolumbre (DEM-AP) e comigo”, afirmou Frota. “Se tem alguém está errado é quem trabalha para mudar a direção da Polícia Federal e da Receita Federal, quem mudou o Coaf, para segurar as investigações sobre o Flávio Bolsonaro.”
DISPUTA – O deputado foi até aqui um dos principais troféus de Doria em sua disputa com Bolsonaro, mas sua filiação é contestada por integrantes da velha guarda do tucanato, que apontam críticas feitas por Frota contra o então candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) como incompatíveis com sua presença no partido. “O João Doria está fazendo o que um governador tem de fazer, está na Alemanha fechando contratos para o Brasil, enquanto o Bolsonaro está aqui arrumando confusão, buscando arrumar confusão com pessoas que trabalham em prol do Brasil. Bolsonaro não pode esquecer que votou com o PT justamente para criar esse financiamento legal que o Doria e mais 134 empresários utilizaram”, afirmou.
Para Frota, o presidente está sendo “extremamente hipócrita” e “mais uma vez, abre a boca de maneira errada”. “Ninguém está contra o Bolsonaro, ele só tem de parar de falar besteira. Todo dia ele escolhe um personagem para criar uma polêmica, ele não vive sem isso”, disse. Doria já havia respondido a Bolsonaro na Alemanha, onde visita instalações da Volkswagen e anunciou um investimento da empresa alemã de R$ 2,4 bilhões em São Paulo, dizendo que “nunca precisou mamar em teta nenhuma”. Para aliados do governador, a agressividade de Bolsonaro é um recibo passado às movimentações recentes do tucano.
Como elegeu-se apoiado pelo dito voto BolsoDoria no segundo turno de 2018 e transita numa faixa de eleitorado próxima à do presidente, Doria tem feito gestos para buscar diferenciar-se do ocupante do Palácio do Planalto. A filiação de Frota foi um dos eventos mais recente desta narrativa. Nesse contexto, a crítica direta de Bolsonaro é bem-vinda para o governador, mas alguns de seus estrategistas temem que antecipação do debate de 2022 acabe desgastando Doria de forma precoce, em especial se houver uma recuperação econômica mais vigorosa à frente.

Exército alega falta de recursos e diminui expediente de militares


Orçamento deste ano é pouco mais da metade do de 2015
Ricardo Della Coletta
Folha
Citando falta de recursos, o comandante do Exército, general Edson Pujol, autorizou que o expediente na Força às segundas-feiras do mês de setembro seja cortado para contribuir com a economia de despesas. Em um e-mail enviado nesta quarta-feira, dia 28, ao Alto Comando do Exército, Pujol diz que os comandantes, chefes e diretores da Força poderão “suprimir” a seu critério o dia de trabalho em suas respectivas áreas nos dias 2, 9, 16, 23 e 30 de setembro. “O contingenciamento ora imposto impacta, de forma significativa, a capacidade de custeio do Exército, exigindo medidas severas para que seja possível honrar os contratos com concessionários e outras despesas inerentes à vida vegetativa da Força”, diz o chefe militar. 
No mesmo comunicado, ao qual a Folha teve acesso, Pujol alega que o quadro orçamentário do Comando do Exército neste ano sofreu um contingenciamento de 28% do previsto no Orçamento para as despesas discricionárias, incluindo os programas estratégicos. Ele argumenta ainda que o orçamento do Exército autorizado para 2019 é pouco mais da metade (54%) da dotação recebida em 2015. “Em sintonia com a iniciativa do governo federal de equilibrar as contas públicas, a Força vem despendendo os esforços possíveis de racionalização, como cortes e ajustes em contratos, alongamento dos programas estratégicos, readequação da manutenção de material de emprego militar, redução de estoques estratégicos e redução dos gastos com concessionários de serviços públicos e contratos administrativos”, segue o comandante do Exército. 
CONTENÇÃO – A ordem que permite o corte no expediente foi disparada por Pujol às vésperas do envio, pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao Congresso Nacional, da proposta orçamentária para o ano que vem. O primeiro projeto de Orçamento de Bolsonaro deve ser encaminhada ao Congresso nesta sexta-feira, dia 30. Não é a primeira medida administrativa de contenção de gastos adotada pelo Exército. No ofício, por exemplo, Pujol determina que seja mantido o meio expediente nas sextas-feiras.  Ele encerra o comunicado dizendo que serão transmitidas outras orientações “em caso de evolução da situação orçamentária”. 
O próprio presidente Jair Bolsonaro tem abordado em suas entrevistas a situação financeira das Forças Armadas e falta de recursos.  Em meados deste mês, ao comentar a situação “grave” das contas públicas, Bolsonaro disse que os ministros na Esplanada estavam “apavorados” e que o Exército “vai ter que entrar em meio expediente”.  “Não tem comida para dar para o recruta”, disse o presidente. O ministério da Defesa foi um dos mais afetados pelo contingenciamento do governo.  A pasta sofreu um corte de mais de 40% das despesas não obrigatórias. 

Defesa diz que Fabrício Queiroz paga despesas no Albert Einstein “com recursos próprios”


Defesa diz não sabe quem paga as despesas do imóvel no Morumbi
Caio Sartori
Estadão
A defesa do policial militar aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), afirmou nesta sexta-feira, dia 30, que ele paga as despesas médicas no hospital Albert Einstein “com recursos próprios e, quando possível, com o plano de saúde dele”. Em janeiro, quando fez a cirurgia para tratar o câncer de cólon, Queiroz pagou R$ 64,6 mil em dinheiro pelo procedimento. Com paradeiro ignorado desde então, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro foi fotografado pela revista Veja na recepção e na porta do hospital, onde continua fazendo o tratamento da doença. Segundo a revista, foi localizado na segunda-feira passada, dia 26, e mora atualmente no bairro do Morumbi, zona sul de São Paulo.
Em nota, o advogado Paulo Klein, que defende o ex-assessor, disse que “recebe com tranquilidade as informações recentemente veiculadas, uma vez que só comprovam que o que vem sendo dito é absolutamente verdadeiro”. A defesa, no entanto, deixou de responder a outras perguntas relacionadas a Queiroz: afirmou não saber em que imóvel ele está hospedado na capital paulista, quem paga pelo imóvel e quem o acompanha no dia a dia do tratamento médico. A justificativa é que essas informações não estão relacionadas com o âmbito jurídico do caso.
BOATOS – Para interlocutores, a localização do ex-assessor ajuda a afastar teorias de que teria sido morto, saído do País ou se escondido em áreas dominadas por milícias no Rio de Janeiro. Queiroz relatou a interlocutores que sua família tem sofrido com esses boatos. Um deles foi reforçado, inclusive, pelo deputado federal Alexandre Frota (PSDB), que saiu do PSL há duas semanas. “Onde está enterrado o Queiroz?”, questionou o parlamentar.
Pessoas próximas ao ex-policial militar demonstraram incômodo com o mote “Onde está o Queiroz?”, usado com frequência pela oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro, pai de Flávio. Alegam que ele nunca fugiu, apesar de se recusar a falar com a imprensa e de ter faltado a depoimentos marcados pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ) – ele apresentou a defesa por escrito. A descoberta do paradeiro e a tranquilidade que Queiroz demonstraria ao transitar pelo hospital ajudaram a desconstruir a ideia de que ele seria um foragido da Justiça, dizem os interlocutores. Eles argumentam que, mesmo estando há mais de oito meses sem dar declarações e do mistério em torno de onde havia se estabelecido, o ex-assessor não tem nenhuma obrigação formal de “aparecer”.
COAF – Queiroz é pivô de uma investigação aberta pelo Ministério Público do Rio após a descoberta de “movimentações atípicas” na sua conta. Quando foi suspenso pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), em julho, o caso estava na fase de análise da quebra dos sigilos bancário e fiscal das 85 pessoas e nove empresas ligadas ao gabinete e às transações imobiliárias de Flávio. O MP não havia feito a denúncia do caso. As suspeitas são de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Facebook conclui que não conseguiu conter divulgação em massa de fake news nas eleições


Charge do Cazo (www.blogdoafr.com)
Deu no O Globo
O Facebook não conseguiu identificar comportamentos suspeitos e a divulgação de fake news em grande escala na rede social durante a eleição brasileira do ano passado, de acordo com relatórios da empresa obtidos e publicados nesta sexta-feira, dia 30, pelo jornal americano “The Wall Street Journal”. De acordo com o jornal, a plataforma dependeu de veículos de mídia para identificar questões relativas às eleições presidenciais, porque não tinha desenvolvido ferramentas para uma “detecção proativa” de certos problemas. A empresa de tecnologia não possui ferramentas para detectar conteúdo classificado como fake news, até porque uma empresa privada não deve arbitrar o que é ou não verdadeiro.
O Facebook, porém, possui políticas de combate ao mau uso da rede e toma algumas medidas, como a retirada de perfis falsos da rede, a identificação de aplicativos externos usados para o compartilhamento de postagens em massa na rede social e o aprimoramento das políticas de privacidade. Segundo o The Wall Street Journal, a empresa descobriu também um grupo de direita apoiador de Jair Bolsonaro que encorajava os seguidores no Facebook a usar uma ferramenta externa, que permitia ao grupo publicar informação duas vezes por dia nos perfis dos seguidores.
“VOXER” – Ainda de  acordo com o jornal, o documento mostra que o Facebook desconhecia o fato até ser alertado por jornalistas. Segundo a empresa, o aplicativo e todas os post publicados a partir da ferramenta foram excluídos da rede social. Um fonte na companhia informou que o caso foi identificado após reportagem do O Globo mostrar em março de 2018, com exclusividade, que o Movimento Brasil Livre (MBL) passou a publicar conteúdo em massa, usando o perfil de seus seguidores, por meio do aplicativo “ Voxer ”. A ferramenta, que permite compartilhar postagens de forma automática em contas de outros usuários, foi desativada pelo Facebook, após ter sido procurado pelo O Globo durante a apuração da reportagem.
A empresa entendeu que o mecanismo de compartilhamento automático de postagens violava as normas da rede social, porque, além de reproduzir até duas postagens por dia no perfil de cada usuário, permitia que o MBL também redigisse os comentários dos próprios usuários. Por meio da assessoria de imprensa no Brasil, o Facebook informou que a companhia tem feito “progressos significativos no combate a redes coordenadas que usam contas falsas e na luta contra a desinformação”.
“Somente no ano passado, derrubamos dezenas de redes desse tipo em todo o mundo. Nossos sistemas de detecção automatizados estão ficando cade vez mais inteligentes na identificação e remoção de contas falsas, para que possamos operar em escala. Mas estamos cientes de que esse é um desafio contínuo”, diz o Facebook em nota. Segundo o “The Wall Street Journal”, os documentos, partilhados entre os funcionários da empresa, mostram também como o Facebook continua a tentar lidar com a forma como seus serviços podem ser manipulados para espalhar desinformação política em anos de eleições. E revelam ainda como a companhia se prepara para as eleições de 2020 nos EUA, quatro anos depois de ter estado no centro de muitas
MARIELLE –  Ainda segundo os relatórios obtidos pelo jornal americano, o Facebook demorou quatro meses para desmantelar uma rede que espalhava desinformação sobre Marielle Franco após o assassinato da vereadora, em março de 2018. A análise do Facebook concluiu que a empresa não foi capaz de descobrir e identificar comportamento suspeito ou desinformação em grande escala após o assassinato da vereadora.

General Heleno perde a linha ao defender o “embaixador” Eduardo Bolsonaro

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General Heleno perdeu a oportunidade de ficar calado
Vicente Limongi Netto
Perplexo, lamento a estranha corajosa e ácida  atitude do  destemido ministro/general Augusto Heleno, meu amigo há 30 anos, ao insultar as memórias do presidentee Itamar Franco e do general Lyra Tavares, ex-ministro do Exército e também ex-membro da Academia Brasileira de Letras, que não podem mais se defender das acusações do chefe militar, a pretexto de defender o categorizado fritador de hambúrguer para se tornar embaixador nos Estados Unidos.
Quanto ao ex-deputado federal Delfim Netto, também atacado por Heleno, creio que o escrivão licenciado da Polícia Federal Eduardo Bolsonaro não tem competência profissional nem currículo para ser comparado ao ex-ministro da Fazenda dos governos militares e professor emérito da Universidade de São Paulo.
SABATINA – Alquimistas palacianos insistem na abissal tolice: pensam (ôpa, foi mal!) que na sabatina conquistarão votos de senadores para o fritador de hambúrguer Eduardo Bolsonaro, pelo simples fato de o deputado ter ido de pingente do ministro Ernesto Araújo ao encontro com o presidente Donald Trump.
Tem foto do encontro do século. Pena que o erudito Eduardo Bolsonaro tenha se recusado a dar entrevista à imprensa norte-americana, deixando de exibir seu fulgurante inglês aos jornalistas.

Bolsonaro diz que Queiroz é “nota dez” e inocentou Flávio em depoimento escrito

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Piada do Ano! Bolsonaro diz que o filho foi inocentado
Naira Trindade e João Paulo SaconiO Globo
O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado que conhece Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, desde 1984 e que Queiroz “é um cara sem problema, nota dez” e prestou depoimento por escrito, no qual eximiu seu filho de culpa.
— Eu conheço o Queiroz desde 1984. Ele era um soldado da brigada de paraquedista. Entrou na Polícia Militar, veio trabalhar na minha família. É um cara sem problema, nota dez. Teve esse problema. Quem responde por ele é ele, não sou eu — afirmou o presidente, durante agenda em Riacho Fundo, na região administrativa do Distrito Federal.
SEM CONTATO – Bolsonaro disse ainda que não tem mais nenhum contato com o ex-assessor de Flávio e que sequer conhece o paradeiro dele.
— Não existe telefonema para ele, nada. Não sei onde ele está. Parece que a Veja descobriu, como se estivesse foragido. E, pelo que eu sei, ele já prestou depoimento por escrito. E, pelo que eu fiquei sabendo também, exime o meu filho de culpa. Ele responde pelos atos dele — defendeu Bolsonaro.
Em fevereiro, Queiroz depôs por escrito ao Ministério Público do Rio (MP-RJ) e admitiu que ficava com parte dos salários dos funcionários do gabinete de Flávio, mas garantiu que o parlamentar não tinha conhecido das suas ações. O depoimento, no entanto, não sanou todas as dúvidas dos investigadores.
QUEBRA DE SIGILOS – Mesmo após os esclarecimentos, o MP-RJ entrou com um pedido de quebra de sigilo fiscal e bancário de Flávio, Queiroz e outros envolvidos na investigação. O argumento era de que existem indícios de organização criminosa no gabinete do filho do presidente. A Justiça do Rio autorizou em abril o procedimento requisitado pela investigação, que está suspensa desde julho por decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli.
Apesar de não ser considerado foragido pela Justiça e nem esperado para depor às autoridades, Queiroz desapareceu por meses e aumentou a desconfiança que paira sobre ele diante dos indícios investigados pelo Ministério Público de que administrava uma “rachadinha” no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), recolhendo de funcionários parte de seus salários como condição para que fossem contratados.
ACHADO PELA VEJA – Meses depois da última aparição, Queiroz foi localizado pela revista “Veja” esta semana. A publicação diz que ele hoje é morador do Morumbi, bairro nobre da zona sul de São Paulo, e segue em tratamento contra o câncer num dos hospitais mais caros do Brasil, o Albert Eistein.
O presidente tentou explicar a movimentação financeira em torno de R$ 1 milhão que seria referente a um apartamento adquirido por Flávio em 2017.
A transação foi incluída em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), mas o parlamentar afirma que se tratava do pagamento de um título bancário da Caixa Econômica Federal emitido para pagar o apartamento. Flávio não havia, no entanto, mencionado publicamente que teria recebido o dinheiro de Queiroz antes de repassá-lo ao banco.
CASO DO MILHÃO — “Vou repetir para vocês: R$ 1 milhão, o Queiroz tinha dado para ele. Quem pagou essa conta para a construtora foi a Caixa Econômica Federal. Documentado. Passa por ele porque a Caixa comprou a dívida dele. E ele, em vez de dever para a construtora, passa a dever para a Caixa. Isso é uma operação normal” — disse o presidente.
Bolsonaro também mencionou os depósitos fracionados de R$ 2 mil que Flávio recebeu na própria Alerj entre junho e julho de 2017. Depositado via caixa eletrônico, o montante chegou a cerca de R$ 96 mil e também foi identificado pelo Coaf. Segundo o presidente, as frações apenas respeitam o limite dado pelo banco o número máximo de cédulas dentro de um envelope. Trata-se da mesma explicação dada pelo parlamentar, que alegou a intenção de evitar filas e poupar tempo ao justificar o fracionamento das transações.
NO LIMITE — “A questão de depósito de R$ 2 mil. O depósito no envelope lá o limite é R$ 2 mil. Não é para fugir do clássico. Valor de imóveis, comprou imóveis na planta. Os dez. Foi pagando” — disse Bolsonaro, em referência aos imóveis do filho que entraram no radar do Ministério Público.
Já em relação aos repasses de salários feitos por funcionários a Queiroz, os quais o ex-assessor assumiu ter recebido, Bolsonaro defendeu que a questão não está relacionada a si mesmo.
“No restante, se funcionária botava dinheiro na conta de outro, é problema dele, pô. Ele que responda. Eu nunca tive problema com o Queiroz” — finalizou o presidente.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Bolsonaro é um homem simples. Tudo, para ele, pode ser simples. No caso do relacionamento entre Flávio e Queiroz, porém, nada é simples, tudo é complicado e sem explicação. E o mais curioso é que Bolsonaro acredita (?) que o filho foi inocentado pelo depoimento de Queiroz. Trata-se apenas de mais uma Piada do Ano. Como diz Jô Soares, “tem pai que é cego”… 
(C.N.)

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