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domingo, maio 12, 2019

Defesa de Lula pede ao STJ para ex-presidente cumprir pena em casa

Domingo, 12 de Maio de 2019 - 17:40


por Ricardo Della Coletta | Folhapress
Defesa de Lula pede ao STJ para ex-presidente cumprir pena em casa
Foto: Reprodução / EBC
A defesa de Luiz Inácio Lula da Silva entrou com um pedido no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para que o ex-presidente passe a cumprir pena no regime aberto. O pedido consta nos embargos de declaração protocolados na noite desta sexta-feira (10) pelos advogados de Lula, solicitando que sejam revistos pontos da decisão tomada pela Quinta Turma do STJ, que em 23 de abril reduziu a pena do ex-presidente no caso do tríplex de Guarujá (SP).

Na ocasião, o colegiado da corte manteve a condenação do petista, mas baixou a pena de 12 anos e 1 mês de prisão para 8 anos, 10 meses e 20 dias.

Os advogados de Lula argumentam que, como ele está preso há um ano e um mês na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, a revisão da pena feita pelo STJ permite a mudança para o regime semiaberto —quando o preso pode sair para trabalhar durante o dia, mas precisa se recolher em estabelecimento penal à noite.

No entanto, a defesa de Lula argumenta a "inexistência de estabelecimento compatível" e a "peculiar situação do embargante [Lula]" para pedir que o ex-presidente migre automaticamente para o regime aberto (quando a pessoa pode sair durante o dia, mas precisa retornar para a sua residência à noite).

A defesa de Lula diz que, com a mudança feita pelo STJ na sentença e descontado o tempo de prisão que que ele já cumpriu, o ex-presidente tem agora uma pena de 7 anos e 9 meses, o que permite a progressão para o semiaberto por ela ser inferior a oito anos.

"Frisa-se que tal valor encontraria correspondência a um cumprimento de pena em regime inicial semiaberto, por inteligência do artigo 33, §2º, alínea 'b', do Código Penal, mas diante da (conhecida) inexistência de estabelecimento compatível, faz-se necessário desde logo a fixação de um regime aberto, máxime diante da peculiar situação do Embargante —sem prejuízo do manejo de todos os meios legalmente previstos com vistas à sua absolvição e manutenção da presunção de inocência nos moldes assegurados no Texto Constitucional", escrevem os advogados na peça.

Cristiano Zanin, advogado do ex-presidente, disse à Folha que o pedido de progressão de regime ocorre de forma subsidiária, e que o objetivo principal dos embargos protocolados nesta sexta-feira é a anulação do processo e a absolvição de Lula.

"Estamos mostrando diversas omissões, contradições e obscuridades [no acórdão] e pedindo que elas sejam corrigidas. Para que as teses defensivas, notadamente aquelas que buscam a absolvição, sejam acolhidas", disse Zanin. "O foco central do recurso é corrigir esses erros, para que o tribunal possa absolver o ex-presidente", complementou. De acordo com ele, os embargos deverão ser analisados pela Quinta Turma do STJ.

Os defensores do petista querem que a nova dosimetria estabelecida pelo STJ influencie também no regime inicial de cumprimento da sentença, tese que divide especialistas ouvidos pela Folha.

Gustavo Badaró, professor titular de processo penal da USP, avalia que os advogados de Lula tentam se valer de uma interpretação equivocada de um dispositivo do Código de Processo Penal.

Segundo ele, o desconto do tempo já cumprido na prisão só pode influenciar o regime inicial da pena nos casos de presos provisórios, o que não se aplica ao ex-presidente. "Lula não ficou preso um dia cautelarmente. A prisão dele é execução de pena", afirmou Badaró.

Já Davi Tangerino, professor da Fundação Getulio Vargas e da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), concorda com os argumentos que constam no pedido de Lula.

"Se o STJ pode recalcular a pena, é apenas natural que ele possa, ou melhor, deva descontar o tempo de prisão já cumprido e que isso influencie no novo regime da pena", disse.

Lula foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá. Ele está preso desde abril de 2018, depois de ter sido condenado pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), a segunda instância da Justiça Federal.

Em 2017, a sentença imposta pelo ex-juiz Sergio Moro, em primeira instância, tinha sido de 9 anos e 6 meses. O TRF-4, porém, elevou a pena para 12 anos e 1 mês —agora reduzida pelo STJ.

Apoiadores do ex-presidente já vinham defendendo internamente que ele tentasse uma transferência para um regime mais brando, mas Lula se negava a pedir o benefício. Ele argumentava que a única coisa que quer da Justiça é o reconhecimento da sua inocência.

Recentemente, no entanto, o ex-presidente disse em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar que autorizava a sua defesa a pedir o benefício da progressão de regime, desde que isso não configurasse uma confissão de culpa.

Na peça assinada por Zanin e por outros defensores do petista, os advogados afirmam que Lula “não praticou nenhum dos crimes aqui imputados”, mas ressaltam que a defesa “tem o dever ético de buscar, por todos os meios legais, a liberdade do patrocinado sob todos os aspectos viáveis".

Ao incluir nos embargos de declaração um pedido para que Lula tenha o cumprimento da sua pena abrandada, Zanin tenta antecipar a progressão de regime.

Em tese, o ex-presidente poderia passar para o semiaberto depois de cumprir um sexto da sua pena, o que deve ocorrer no fim de setembro.
Bahia Notícias

Olavo de Carvalho obedece as ordens de Bolsonaro, transmitidas pelos filhos


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Militares obrigaram Bolsonaro a “enquadrar” Olavo de Carvalho
Antonio Santos Aquino
Estão enganados os que pensam que o escritor Olavo de Carvalho quer afastar os militares de Bolsonaro e que Bolsonaro quer se afastar dos militares. Primeiro, porque, sem os militares, Bolsonaro já teria caído, tantas são as “bobajadas” de todos os matizes que o presidente faz. Olavo é um “guru funcionário” de Bolsonaro, um pau mandado que usa seu confuso intelecto para desmoralizar os militares perante a população. Bolsonaro quer aparecer como superior intelectual sobre os outros militares. Quando na realidade ele, intelectualmente, é inferior a todos.
O perigo é que os militares que o acompanham mantém-se silentes, pensando no “belo soldo” que recebem. Mas não estão intimamente satisfeitos. E uma parte substancial dos militares da ativa (principalmente oficiais) respeitam a Constituição, mas não estão satisfeitos com esse bate-boca de beira de cais.
VÁRIOS CRIMES – Quanto a Olavo de Carvalho, ele vem se comportando mal. Na verdade tem cometido diversos crimes. Desmoraliza militares, ofende as Forças Armadas e incita à violência os partidários de Bolsonaro.
No entanto, o mais importante é dizermos claramente quem instiga Olavo de Carvalho. E isso é claro como o sol do meio-dia. O próprio Bolsonaro é quem manda os filhos acionarem Olavo para ofender os militares, desclassificando-os perante a sociedade para que se pense que Bolsonaro é mais preparado do que eles.
Um dos filhos, Carlos Bolsonaro diz que “implodiu Santos Cruz”, mas o general continua no Planalto, aparentemente intocável.

Ao contrário do que dizem os “analistas”, a taxa Selic vai subir, ao invés de cair


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Charge do Sinfrônio (Arquivo Google)
Mathias Erdtmann
Contrariando os analistas dos bancos Itaú e Bradesco, acho que a taxa de juros Selic irá subir, podendo atingir 10% ao ano. O motivo é simples: a Selic tradicional, desde o início do Plano Real, resulta de inflação acrescida de 6%. A inflação (IPCA) dos últimos 12 meses subiu e está a mais de 4%, e a Selic tradicionalmente sobe cerca de três meses depois. A não ser que algo tenha mudado no Copom (Comitê de Política Monetária).
O Tesouro Direto está vendendo o papel indexado à inflação por IPCA+4,5%, o que já apontaria para uma Selic de 8,5% na outra opção de indexação. Claro que os papéis podem se descolar, mas tradicionalmente acabam convergindo após três meses.
ERA DOS BANCOS – Fico preocupado com alguns sinais do governo que indicam, na verdade, reforço ao sistema bancário: reforma da previdência (jogando as pessoas para a capitalização ou previdência privada complementar, que em última análise será gerida por bancos); ausência de plano para pôr fim às operações compromissadas, que aumentam a dívida interna em 1 trilhão, aproximadamente; autonomia total do banco central, uma bandeira dos bancos há muito tempo; e avanços no liberalismo econômico que reforça a participação dos bancos na fatia do PIB.
Além disso, no caso de eventuais privatizações de empresas relevantes, tipicamente os bancos engolem uma grande fatia das empresas leiloadas. Fala-se até em privatização de ativos da Petrobras, que têm lucro de 9% ao ano, para pagar dívidas de 6,5% ao ano. Não faz sentido, é decisão errada.  

Ao prever ‘tsunami’, Bolsonaro se referiu à hipótese de ser obrigado a recriar ministérios


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Bolsonaro dá umas declarações que chegam a assustar as pessoas
Delis OrtizTV Globo — Brasília
Ao participar nesta sexta-feira (10) de um evento com dirigentes da Caixa, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro falou sobre a possibilidade de um “tsunami” na próxima semana, mas não esclareceu a que estava se referindo. Segundo fontes do Palácio do Planalto ouvidas pela TV Globo, a referência foi à possibilidade de a medida provisória da reforma administrativa perder validade e, com isso, o número de ministérios aumentar de 22 para 29.
Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro disse que limitaria a “no máximo 15” o número de ministérios se fosse eleito – ao assumir o governo, em 1º de janeiro, deu posse a 22 ministros. No governo Michel Temer, eram 29 ministérios.
SEM ACORDO – A MP da reforma administrativa perde validade no próximo dia 3 de junho e, se não for aprovada pelo Congresso e sancionada por Bolsonaro até essa data, voltará a valer a estrutura ministerial do governo Temer. Deputados tentaram analisar a MP nesta quinta-feira (9), mas a votação foi adiada, por falta de acordo.
“Estamos governando. Alguns problemas? Sim, talvez tenha um tsunami semana que vem. Mas a gente vence esse obstáculo aí com toda certeza”, declarou o presidente nesta sexta.
VETAR OU NÃO? – Nesta quinta-feira (9), uma comissão especial do Congresso aprovou o texto da MP com modificações em relação à proposta do governo. A partir de agora, caberá ao plenário da Câmara analisar a medida provisória e, em seguida, ao plenário do Senado.
Se o novo texto for aprovado pelos plenários de Câmara e Senado e eventualmente Bolsonaro vetar algum trecho do texto, os parlamentares terão de analisar, em seguida, se mantêm ou se derrubam o veto.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Essa “apreensão” é uma grande conversa fiada. Se estiver a fim, Rodrigo Maia coloca a Câmara para votar as Medidas Provisórias de enxurrada, uma após a outra. Isso não é nenhuma novidade na Câmara. Faz parte do jogo legislativo. Mas o certo seria aprovar a Medida Provisória na forma concebida pelo governo. É um direito do Executivo se autogerir, em função da independência do Poderes, que precisa ser respeitada. (C.N.)

Bolsonaro confirma que vai indicar Sergio Moro para a primeira vaga no Supremo

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No STF, Moro vai virar o jogo nos julgamentos, de 5 a 6 para 6 a 5
Ricardo Della ColettaFolha
​O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (dia 12) que assumiu compromisso com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para indicá-lo para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal).  “Eu fiz um compromisso com ele, ele abriu mão de 22 anos de magistratura. A primeira vaga que tiver lá [no STF], estará à disposição”, disse Bolsonaro, numa entrevista ao programa do jornalista Milton Neves, da rádio Bandeirantes.
“A primeira vaga que tiver eu tenho esse compromisso e se Deus quiser nós cumpriremos esse compromisso. O Brasil inteiro vai aplaudir”, acrescentou o presidente.
LUGAR DO DECANO – O primeiro ministro do Supremo que deve deixar a Corte é o decano Celso de Mello, que atinge a idade de aposentadoria obrigatória em novembro de 2020. A segunda vaga no STF deve ficar disponível com a aposentadoria de Marco Aurélio Mello, em julho de 2021.
Bolsonaro fez os comentários sobre Moro após ser perguntado pelos entrevistadores sobre uma fala recente do ex-juiz da Lava Jato, que disse a um jornal português que ir para o STF seria “como ganhar na loteria.”
Moro foi anunciado ministro da Justiça no início de novembro do ano passado, poucos dias depois de confirmada a vitória de Bolsonaro no segundo turno das eleições.
PACOTE ANTICRIME – Na entrevista, Bolsonaro defendeu ainda o pacote legislativo de endurecimento de penas e de combate ao crime organizado patrocinado por Moro. Ele argumentou que a proposta de Moro é importante por conter medidas rígidas, como o endurecimento das regras de progressão de pena.
Segundo o presidente da República, o chamado pacote de lei anticrime de Moro já deveria ter sido “discutido e votado” no Congresso.  Questionado pelos entrevistadores se a demora era responsabilidade do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Bolsonaro disse apenas que o deputado é o “dono da pauta” na Casa.
LINHA DIRETA – Sobre outra bandeira de Moro, a manutenção do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) no Ministério da Justiça, Bolsonaro disse que, caso o órgão seja transferido para o Ministério da Economia, haverá “uma linha direta” entre as duas pastas para a troca de informações.
Criado em 1998, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) é um órgão de inteligência financeira que investiga operações suspeitas. Ao assumir a Presidência, Bolsonaro tirou o Coaf do Ministério da Economia (antiga Fazenda) e o colocou na pasta de Moro, a Justiça. O ex-juiz acabou derrotado depois que a comissão especial do Congresso que analisa a reestruturação administrativa devolveu o Coaf à Economia
DECRETO DAS ARMAS – Seu primeiro revés foi ainda em janeiro. O ministro tentou se desvincular da autoria da ideia de flexibilizar a posse de armas, dizendo nos bastidores estar apenas cumprindo ordens do presidente. Teve sua sugestão ignorada de limitar o registro por pessoa a duas armas —o decreto fixou o número em quatro
No caso do escândalo de candidaturas de laranjas, enquanto Moro deu declarações evasivas, dizendo que a PF iria investigar se “houvesse necessidade” e que não sabia se havia consistência nas denúncias, Bolsonaro determinou dias depois, de forma enfática, a abertura de investigações para apurar o esquema
Por ordem do Palácio do Planalto, a proposta de criminalização do caixa dois, elaborada pelo ministro da Justiça, vai tramitar separada do projeto anticrime. E Moro teve de demitir a especialista em segurança pública Ilona Szabó por determinação do presidente, por ela ser contrária ao afrouxamento das regras de acesso a armas.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Não é invejável a situação de Moro. Terá de esperar durante um ano e meio até realizar seu merecido sonho de chegar ao Supremo, onde sua presença enfim vai virar o jogo em que a defesa da lei perde hoje de 5 a 6 e passará a ganhar de 6 a 5(C.N.)

Quem analisa com frieza a obra de Marx reconhece que suas críticas são válidas


Resultado de imagem para marx frasesFrancisco Bendl  
O notável articulista Percival Puggina se deixou contaminar pelos conceitos deturpados a respeito de Marx, lamento. Inteligente, mente arejada e culto, no entanto Puggina não ampliou seus estudos a respeito da essência dos enunciados do filósofo alemão. Aliás, os dias de hoje comprovam que Marx tinha plena razão nos seus alertas contra o capitalismo, pois o dinheiro seria de fato o novo Deus do indivíduo, levando à ganância e ao lucro exagerado. Pois, desde tempos imemoriais, o homem sempre foi humilhado e explorado pelo mais forte.
A história registra desde seus primórdios exatamente a exploração do homem pelo homem, mencionado séculos depois pelo filósofo Thomas Hobbes: “O homem é o lobo do homem” é uma frase tornada célebre pelo filósofo inglês, ao significar que o homem é seu maior inimigo.
DETURPAÇÃO – Marx, repito, teve deturpadas as suas teorias, de modo a permitir que o sistema continuasse usando a força do trabalhador como fonte de riqueza para seus empregadores, principalmente os patrões cristãos, que frequentavam as igrejas, doavam dinheiro à construção de mais basílicas, catedrais, santuários, mosteiros… cultuavam Deus, porém exploravam os filhos deste mesmo Deus!
Ao acusar Marx de ser anticristão, seus detratores deveriam perceber que, na razão direta desses conceitos formulados contra as respostas trazidas pelo filósofo alemão sobre as relações trabalho-capital, os capitalistas seriam, então, absolutamente contrários à espécie humana!
Pela exploração que lhe faziam e que ainda lhe fazem, os capitalistas detestariam o homem que precisa de trabalho, considerando que o empregado é uma pessoa inferior, sem estudos, sem maiores qualificações, por mais estulto e néscio que fosse o empregador.
RELAÇÕES COMPLICADA – Quanta à luta de classes, igualmente deturpada no seu significado, Marx foi claro que esta relação empregado/empregador sempre foi e seria difícil, complicada, haja vista que o capitalista jamais iria remunerar melhor a mão de obra contratada.
Definitivamente tal comportamento jamais poderia ser cristão, a começar pela ostentação, luxo, riquezas, que os cristãos obtiveram em nome de um Deus vingativo, cruel, que se não o amássemos e cumpríssemos com seus mandamentos o inferno seria o nosso destino, reservado justamente aos pobres, aos miseráveis, à ralé, pois o capitalista, o empregador, o rico, esses já teriam seus lugares garantidos ao lado do Senhor pelas doações à Igreja, à Roma, ao Cristianismo, independente das adulterações radicais que o movimento cristão tenha sofrido desde o seu surgimento!
EXPLORAÇÃO – Enquanto Marx visava melhorias para este homem explorado na sua força de trabalho, a Igreja continuava a doutriná-lo para que se resignasse com a sua vida, que acreditasse em Deus, que não se rebelasse, e que fosse um bom empregado, além de ter de confessar os seus pecados e pagar o dízimo, logo, a religião é o ópio do povo, frase atribuída ao alemão.
No entanto, a comparação da religião com o ópio já aparece, por exemplo, em escritos de Immanuel Kant, Johann Herder, Ludwig Feuerbach, Bruno Bauer, Moses Hess e Heinrich Heine. Este último, em 1840, no seu ensaio sobre Ludwig Börne escreveu:
“Bendita seja a religião, que derrama no amargo cálice da humanidade sofredora algumas doces e soporíferas gotas de ópio espiritual, algumas gotas de amor, fé e esperança. ”
ÓPIO DO POVO – Moses Hess, num ensaio publicado na Suíça em 1843, também utilizou a mesma ideia: A religião pode fazer suportável […] a infeliz consciência de servidão… de igual forma o ópio é de boa ajuda em angustiantes doenças.
Além de Heine e Hess, uma ideia similar aparece em “Histoire de Juliette”, ou “Les Prospérités du Vice”, obra do marquês de Sade, de 1797: “É ópio que você faz seu povo tomar, para que, anestesiado por esse sonífero, ele não sinta as feridas que você lhe rasga.”
Novalis, outro poeta alemão, também teria usado uma comparação semelhante em Blüthenstaub (Grãos de pólen), seu primeiro trabalho publicado na revista Athenäum, em 1798: “Sua suposta religião age simplesmente como um ópio: excitante, estonteante, acalmando os sofrimentos dos fracos.”
RESIGNAÇÃO – Certamente Marx é contestado porque demonstrou que a Igreja não só em nada contribuiu para o desenvolvimento da Humanidade, como foi a responsável pela sua resignação, atrofiamento da criatividade, passividade e autoconstatação de sua inferioridade diante de outro homem, a começar pelo Papa, infalível e cultuado como direto representante de Deus neste planeta!
Portanto, Léo Moulin, que teve uma de suas declarações postadas pelo admirado Puggina, onde afirma que “… A obra prima da propaganda anticristã é ser bem sucedida em criar nos cristãos, sobretudo nos católicos, uma consciência pesada …” efetivamente referiu-se a si mesmo!
Se as fortunas arrecadas pelo catolicismo/cristianismo nos gastos em construções de seus templos, obras de arte de valores inestimáveis guardadas a sete chaves, avaliação impossível de ser feita do patrimônio dessa mesma Igreja, fossem canalizadas para melhorar a vida do cidadão, Marx jamais teria razão em defender esse homem explorado pelo empregador/capitalista, e jamais poderia ter dito, assim como outros o fizeram também, que a religião é o ópio do povo!
CAPITAL E TRABALHO – Em minha defesa, antecipo que não sou comunista, e a TI é minha testemunha nesses oito anos que a frequento. Mas, a situação cada vez mais deplorável do ser humano no Brasil e no mundo, explorados, roubados, enganados, com as suas forças de trabalho sendo pessimamente remuneradas, e se exigindo deste trabalhador cada vez mais horas de trabalho para o enriquecimento do comerciante ou industrial ou banqueiro, Marx não poderia neste momento deixar de ser estudado, de ser analisado, pois a ojeriza que sofre dos capitalistas está na razão direta que não aceitam mudanças nesta relação trabalho/capital, enquanto hoje não só se faz necessária, quanto o futuro da humanidade está relacionado diretamente às reformas que precisam ser feitas, de o trabalhador ser mais valorizado e considerado pelos ricos ou pelos seus empregadores!
Meu abraço ao articu
Domingo, 12 de Maio de 2019 - 09:00

Entenda o que pesa contra o ex-presidente Michel Temer, que voltou à prisão

por Folhapress
Entenda o que pesa contra o ex-presidente Michel Temer, que voltou à prisão
Imagem: TV Globo
Desde a tarde de quinta-feira (9), o ex-presidente Michel Temer (MDB) está detido na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Ele foi preso a mando do Tribunal Federal da 2ª Região, que suspendeu um habeas corpus em seu favor.

O emedebista já havia sido detido em março, após decisão do juiz federal Marcelo Bretas, que acatou pedido da Lava Jato no Rio de Janeiro (veja aqui).

Segundo a Procuradoria, Temer é suspeito de chefiar uma quadrilha criminosa que recebeu propina por meio de contratos públicos.

Folha - Com que argumentos o TRF-2 determinou que Michel Temer voltasse à prisão?

Procuradoria - Os dois juízes federais que votaram pela suspensão do habeas corpus defenderam a existência da contemporaneidade dos fatos e do risco à ordem pública, requisitos da prisão preventiva. Esses dois itens foram rejeitados pelo juiz que determinou a soltura de Temer em março.

Folha - Onde o ex-presidente está detido?

Procuradoria - Ele está preso na Superintendência da PF em São Paulo, em uma sala improvisada. A defesa quer que ele seja transferido para uma unidade com condições mais adequadas para um ex-chefe de Estado. A PF pediu à 7ª Vara Federal do Rio na sexta (10) autorização para transferir Temer a um batalhão da Polícia Militar em São Paulo. Consultados, defesa, PM e Ministério Público Federal concordaram. Até a conclusão desta edição, não havia decisão em juízo.

Folha - O que diz o MPF sobre o ex-presidente?

Procuradoria - A Lava Jato no Rio afirma que Temer é chefe de uma organização criminosa que por 40 anos recebeu vantagens por meio de contratos com estatais.

Folha - Qual a relação entre Temer, o coronel Lima e as obras de Angra 3?

Procuradoria - Um dos contratos investigados é um projeto envolvendo as obras da usina nuclear de Angra 3. Segundo as investigações, o coronel Lima, amigo de Temer, atuou como seu operador financeiro, ocultando a origem ilícita do dinheiro por meio de suas empresas Argeplan e PDA.

Folha - Como ocorreu o esquema em Angra 3?

Procuradoria - Segundo o MPF, Lima teria pedido propina a José Antunes Sobrinho, executivo da Engevix, para que a empreiteira participasse da obra. A Procuradoria afirma que isso foi feito a mando de Temer. Para o MPF, obras na casa de sua filha, Maristela, foram utilizadas para lavar parte da propina.

Folha - Do que Temer foi acusado?

Procuradoria - Nesse caso, o ex-presidente é réu por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. Ele é réu em outras cinco ações e investigado em mais três.

Folha - O que mais liga Temer à Argeplan?

Procuradoria - Planilha de controle de serviços apreendida na Argeplan indica a realização de obras para Temer em 1988 e 1993. Em 1998, outra planilha aponta pagamentos ao "escritório político MT". Segundo o MPF, isso mostra que a empresa, registrada em nome de Lima, tem sido utilizada há décadas para administrar e lavar recursos ilícitos obtidos por Temer.

Folha - Que indícios levam o MPF a afirmar que Lima pedia propina a mando de Temer?

Procuradoria - José Antunes Sobrinho, executivo da Engevix que teria pago a propina referente a Angra 3, disse em delação que Temer afirmou que ele poderia tratar de qualquer tema com Lima, homem de sua confiança. Antunes Sobrinho também afirmou em sua colaboração que Lima deixou claro que o ex-presidente havia indicado Othon Silva para a diretoria da Eletronuclear com o objetivo de viabilizar esquemas de corrupção.
Bahia Notícias

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